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Introdução
Desde que o homem passou a registrar seus sentimentos e pensamentos por meio
da escrita ou mesmo antes através de gravuras, este deixou evidente a sua capacidade e
necessidade de interação. E contemporaneamente especialistas tem se debruçado sobre
este tema no campo educacional.
Isto se dá talvez por entender que o processo de ensino e aprendizagem é
complexo e como tal, envolve fatores diversos que podem determinar o sucesso ou
fracasso de um aluno, ou até mesmo de uma comunidade inteira, uma vez que o
desenvolvimento desse processo não ocorre de maneira isolada.
Dito isto, é preciso compreender que dentre os inúmeros fatores que compõe esse
universo da aprendizagem, pode-se acrescentar a ele a qualidade das relações entre os
professores, dentro de uma perspectiva pedagógica, no intuito de elaborar e melhor
desenvolver seus projetos. Tudo, claro, com foco no aluno.
Talvez seja “chover no molhado” dizer que um ambiente saudável é também fonte
de aprendizagem, assim como os espaços escolares e, tudo aquilo que envolve este
cenário. Por isso, é fundamental cuidar melhor de nossas relações.
Não é de hoje que especialistas têm alertado para a importância das relações
professor-professor, ressaltando que uma boa relação entre estes gera um clima de
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Graduado em Filosofia. Pós-graduando em Coordenação Pedagógica.
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Graduada em Letras. Pós-graduando em Coordenação Pedagógica.
confiança e segurança que pré-dispõe o aluno para a iniciação do processo de ensino
aprendizagem, assim como nos atesta M. Raposo e D. A. Maciel (2005, p.309):
... A esse respeito, quem está imerso no dia-a-dia da escola sabe que a
qualidade dessas interações é fundamental para o desenvolvimento do projeto
pedagógico e, portanto, das condições curriculares vividas de fato pelo aluno.
Para que as ações possam ganhar corpo é necessário que todos os anseios da
comunidade escolar estejam presentes no Projeto Político Pedagógico, pois um bom PPP
tem sua maior eficácia quando é construído a partir de um ambiente saudável, de relações
maduras e de conversas francas. Do contrário, o mesmo construído num ambiente um
tanto hostil, é como uma promessa que ficou por se cumprir.
Por outro lado, observamos que, nas escolas onde se consegue co-construir um
bom nível de interações sociais, constata-se a potencialização dos resultados
educacionais e do desenvolvimento dos trabalhos, tanto individuais quanto
coletivos.
O professor do século XXI, não pode ter medo de está em contato com seus alunos
e muito menos com seus pares. Precisa sim, despojamento nas relações, no intuito de
desenvolver a capacidade de entregar-se, afim de que produza ações mais efetivas no
contexto educacional, consequentemente também no âmbito pessoal.
3 – Considerações Finais
O texto de Raposo e Maciel nos fazem refletir muito sobre algo que muitas vezes
é negligenciado dentro do processo educacional: as interações como fonte de
aprendizagem. É, pois, preciso entender que tais relações são cheias de informações e
formações. Mudar o foco nessa relação parece ser essencial para poder olhar as
instituições escolares não apenas como local onde o professor é quem ensina, mas,
sobretudo, como espaço onde ele também aprende. Por que pensar assim?
Referencia