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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA

CAMPUS BACABAL(CESB)
CURSO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
PROF. ESP. :KATIA ALENCAR LIMA
ALUNA: LEIDIANE CONCEIÇÃO CARVALHO

Atividade 1

Proceder a Leitura do texto: A Escola Reflexiva, de Isabel Alarcão.

Tarefa – Produzir um texto com duas laudas de conteúdo, destacando a


importância de reconhecer A Escola como um Lugar de Trabalho, tanto para o
aluno, como para o professor e demais funcionários, ressaltando a Escola
que se organiza fundamentando-se nas bases do Planejamento Educacional.

TEXTO

A escola pode ser denominada como sendo uma instituição que fornece
o processo de ensino para discentes (alunos), com o objetivo de formar e
desenvolver cada indivíduo em seus aspectos cultural, social e cognitivo, esse
processo exige a presença de profissionais como professores, e outros
funcionários da escola. No texto a autora fala sobre diversos assuntos voltados
para a escola, destacando questões de inadequações da escola em relação a
demanda da sociedade, mostrando que a escola precisa abandonar modelos
que não contribuem para o desenvolvimento das pessoas envolvidas nessa
atividade educacional, e trazendo novas ideias para tornar a escola reflexiva
onde os alunos sintam-se confortáveis e com desejo de aprender, questionar,
tirar dúvidas, tornar-se um cidadão reflexivo, para isso e preciso ter professores
reflexivos, emergindo assim a necessidade uma necessidade de um novo
planejamento educacional.

A autora observa que depois de vários anos de escolarização, muitos


alunos não revelam as competências cognitivas, atitudinais, relacionais e
comunicativas que a sociedade espera e necessitam, como também nota a
presença do cansaço e desânimo que tanto os alunos quanto os professores
manifestam resultados negativos, isso deve-se ao fato de se sentirem
abandonados pela comunidade e pelo governo. Mas todos sabem que a
educação é essencial para o desenvolvimento humano, em todos os seus
aspectos e modalidade e para essa meta ser concluída é necessário a presença
de professores e da escola. Na nossa realidade é encontrado escolas com ideias
e iniciativas inovadoras, além de bons projetos próprios com coerência e que
impulsiona o trabalho escolar, nessa linha de pensamento a autora fala que cada
escola deve conceber um local, tempo e um contexto educativo. A escola vai
além do concreto, e é abstrata, encontra-se no texto exercícios mentais que todo
mundo deveria fazer inclusive gestores e coordenadores de uma escola, para
traçar o perfil das nossas escolas. Se faz necessário analisar a localização das
escolas em relação às comunidades. A partir disso a autora fala que a escola é
um contexto e deve ser, primeiro que tudo, um contexto de trabalho. Trabalho
para o aluno. Trabalho para o professor e para o aluno, o trabalho é a
aprendizagem em suas várias dimensões. Para o professor, é a educação na
multiplicidade de suas funções. Não se aprende sem esforço, e as crianças e os
jovens precisam aprender a se esforçar, a trabalhar, a investir no estudo, na
aprendizagem, na compreensão. Assim o esforço deve ser algo confortável e
isso não implica dizer que o professor deve conceder conteúdos fáceis, mas sim
proporcionar ao aluno momentos que despertem sua capacidade cognitiva de
resolver situações corriqueiras ou problemas lógicos. Paulo freire alega:
“estudar, por isso mesmo, implica a formação de uma disciplina rigorosa que
forjamos em nós mesmos, em nosso consciente”. Um bom contexto de trabalho
requer um ambiente de tranquilidade com a com a conscientização do papel que
cada um deve desempenhar. É abordado pela autora que a escola deve
promover o sim e o não onde prevenção deve afastar a necessidade de
repressão, como também o espírito de colaboração deve evitar problemas
sérios.

A escola além de lugar e um contexto é um tempo também, que passa e


não volta mais, por isso não deve ser desperdiçado, por isso é importante ter um
ponto de partida com bons métodos e metodologias para expor os temas a ser
trabalhados em sala de aula. Quando se compara escola com tempo, implica-se
dizer que a escola é o tempo que o professor deve desenvolver e aplicar
capacidades como a memorização, a observação, a comparação, associação,
raciocínio, a expressão, a comunicação e o risco. E o professor deve questionar
quais tarefas na escola visam desenvolver as capacidades do alunado. A escola
tem a função de preparar cidadãos, mas não pode ser pensada apenas como
tempo de preparação para a vida. Ela é a própria vida, um local de vivencia da
cidadania.

Segundo a autora e preciso analisar se a escola que temos espelha a


cidadania, e ainda firma que a escola não tem conseguido acompanhar as
profundas mudanças que ocorrem na sociedade. Sendo necessário que a
mesma esteja em constante transformação, que é comum a presença de
métodos que estagnam a educação reflexos de outros modelos internacionais.
Um problema que afeta bastante a educação no Brasil é a influência da tradição
ocidental, que privilegia grandemente o pensamento logico-matemático e a
racionalidade, ignorando o desenvolvimento global do ser pessoa, ou
simplesmente discrimina e perde e não se adaptam a esse paradigma. Drucker
(1993) advoga que a escola terá de sofrer uma mudança radical nos métodos e
processos de aprendizagem e nos conteúdos que ensina. Ele ainda comenta
sobre a impossibilidade de desvincular currículo e pedagogia de políticas e
administração. Sendo assim para mudar a escola faz-se necessário mudar a
organização e o modo como ela é gerida. Para solucionar essas questões é
inevitável não pensar em modificar os currículos ou a forma organização
disciplinar, e a pedagogia organizacional da escola. Isso de forma que haja
valorização das relações humanas da escola, por isso é imprescindível pensar
de forma holística e sistêmica esse processo. Porém não basta pensar e preciso
agir para transformar a escola.

Para mudar a cara da escola é necessário a tomada de decisões político-


administrativo-pedagógicas, alunos, professores, auxiliares e os funcionários ,
os pais e os membros da comunidade, ou seja há uma necessidade de envolver
todas as pessoas, dessa forma elas poderão mudar a cultura que se vive na
escola ou que no decorrer do tempo ela própria inculca. A escola reflexiva
segundo Izabel é a que tem a força de pensar a partir de si própria e perpassar
essa força adiante.

Uma escola sem pessoas seria apenas um edifício, pois são as pessoas
que fazem o trabalho, as relações delas entre si e de si próprias com seu trabalho
e com a sua escola, são a pedra de toque para vivência de um clima em busca
de uma educação melhor a cada dia. O processo de inovação tem-se mostrado
devido à presença de bons líderes. A autora destaca liderança, visão, diálogo e
ação como sendo os pilares para a sustentação de uma organização dinâmica,
situada, responsável e humana. Um projeto institucional especifico implica
margens de liberdade concedidas a cada escola sem que se perca a dimensão
educativa mais abrangente, definida para a sua área geográfica, o seu país e o
mundo. Por isso é essencial que a escola esteja em constante mudança para
acompanhar todo o processo que envolve a sociedade e suas transformações,
mas valorizando as oportunidades e cultivar o universal no local. É difícil inovar
numa sociedade onde a competitividade, o individualismo e a falta de
solidariedade do mundo globalizado aproximam as pessoas, mas elas vivem
alienadas. Talvez isso se deva ao fato de a escola se colocar como mera
preparadora de um ser cidadão. E a escola reflexiva vai além.

A escola deve organizar-se para ensinar, educar, aprender e educar as


pessoas, na educação formal e impossível não destacar os vetores políticos,
administrativos, curriculares e pedagógicos, é importante que haja um trabalho
compartilhado no qual a visão desses vetores sejam a mesma em relação a
escola e toda sua composição. Na escola, todos são atores. Os alunos, os
professores, os funcionários, os pais ou os membros da comunidade envolvidos
nas atividades da escola, todos têm um papel a ser desempenhado. Porém, se
os alunos passam pela escola, os professores ficam e acompanham o
desenvolvimento da instituição. Por isso, e também pelas responsabilidades que
assumem, os professores são atores de primeiro plano. O educador tem um
papel a desempenhar na política educativa. No seio da escola, a sua atividade
desenrola-se no cruzamento das interações político-administrativo-curricular-
pedagógicas. A complexidade dos problemas que hoje se colocam à escola não
encontra soluções previamente talhadas e rotineiramente aplicadas, esse
processo, pela sua complexidade, exige cooperação, olhares multidimensionais
e uma atitude de investigação na ação e pela ação. Exigindo do professor a
consciência de que a sua formação nunca está terminada e das chefias e do
governo, a assunção do princípio da formação continuada.

Segundo a autora a escola como instituição não estagna se houver


interação entre as transformações ocorridas no mundo e no ambiente
corriqueiro, destacando o dinamismo que marca a abertura, interação e
flexibilidade. A escola reflexiva de acordo com o texto é uma
“organização(escolar) que continuadamente se pensa a si própria, na sua
missão social e na sua organização, e se confronta com o desenrolar da sua
atividade em um processo heurístico e simultaneamente avaliativo e
formativo”(Alarcão, 2001 a, b e c). Esse modelo de escola pensa no presente
para projetar no futuro, não ignora os problemas atuais, mas resolve-os, e sabe
o que quer e para onde vai, dialoga com a comunidade exterior e está sempre
atenta à comunidade interior envolvendo todos no processo escolar.

A escola vista como um organismo vivo inserido no ambiente próprio, é


visto pela autora como sendo uma organização que está em constante
organização em desenvolvimento e em aprendizagem que à semelhança dos
seres humanos, aprende e desenvolve-se em interação.

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