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Apresentação
Problematizaremos a realidade escolar a partir da observação da escola como um espaço múltiplo e social, sua função e
importância na formação do cidadão através da pesquisa participante: ação-reflexão-ação. Ainda pensaremos sobre o
cotidiano escolar: significados, dimensões e atores.
Compreenderemos que a prática docente se gesta em uma materialidade onde as turmas, conteúdos escolares, tempos,
localização, espaço, organização do trabalho escolar e políticas educacionais são fios desse cotidiano que tecem o ofício
de ser professor. Analisaremos ainda os diversos "espaços-tempos" da escola enquanto um campo de conhecimento.
Objetivos
Observar a escola como um espaço histórico e social
Entender que o espaço escolar pode ser um elemento facilitador ou prejudicial às interações pessoais e às práticas
pedagógicas;
Citação
Toda a escola é ensino ,aprendizagem e ensino e toda a comunidade escolar é formada por agentes educadores, ou seja,
todos ossujeitos envolvidos, em seus diversos processos: pais, alunos, professores, funcionários, gestores, etc.
Como já afirmado, o aluno não aprende só na sala de aula, masno espaço escolar como um todo: pela maneira como ela
é organizada;como funciona; pelas ações que promove; pelo modo que os sujeitos se relacionam, pela forma como a
escola se relaciona com a comunidade, pela atitude expressa em relação aos problemas educacionais e sociais, pelo
modo como nela se trabalha, pelo planejamento político e pedagógico pela instituição, dentre outros aspectos.
E a participação conjunta, planejada e organizada é que resulta a qualidade do ensino, princípio fundamental para a
democratização da educação.
Cotidianamente, ocorrem diferentes e diversas situações permeadas por complexas relações entre os envolvidos nos seus
diferentes processos, como nas aulas, por exemplo, onde observamos situações de ensino com acordos e conflitos, alianças,
imposição de estratégias, disputas de poder e influências.
A influência das características culturais de sua comunidade e desenvolvimento de práticas exercidas pelos autores que no seu
interior, ou mesmo em seu entorno, desempenham funções distintas.
Portanto, falar da escola como espaço social implica em resgatar o papel dos sujeitos na trama que a constitui, como
instituição que, além de ser comprometida com o conhecimento teorizado, busca a formação integral do indivíduo, incluindo-se
a formação de valores e atitudes.
Desde o final do século XIX, com a aceleração da industrialização, a escola vem sendo cada vez mais procurada, ou seja, vive
uma explosão quantitativa devido à necessidade crescente de mão de obra.
Entretanto, apesar de já ter passado por algumas mudanças, existem algumas características que permanecem iguais as de
alguns séculos passados.
Vejamos:
horários definidos;
uma sala;
a figura do professor;
carteiras;
Com isso, a separação dos conteúdos, a classe, o espaço da aula, a organização do tempo e a repetição caracterizaram a
escola. Dessa forma, para a construção do seu relatório, há uma proposta com diversos itens a serem observados sobre o
papel de alguns desses agentes educadores/sujeitos sociais, bem como sobre as práticas desenvolvidas por eles.
Na verdade, você começará por observar o espaço físico da escola, pois é claro que ele também influenciará o desenvolvimento
das práticas pedagógicas, ainda que estas não estejam apenas condicionadas a ele.
Número de salas. A escola possui salas-ambientes? Tem biblioteca? Auditório? Refeitório? Quadras?
Pense:
Como são os quadros? Há quadros? Apagadores? Canetas?
Há computadores? Para uem? Xerox, mimeógrafo, impressora? Há material necessário às aulas das diferentes áreas?
Como vimos, a escola como um todo é um local de ensino e aprendizagem,
por isso, observar o uso de seus espaços é fundamental para a percepção
do que se ensina e como se ensina. A escola deve possuir ambientes
favoráveis ao processo de ensino, bem como de bem-estar para sua
comunidade interna e externa. Isso é essencial, pois o processo educacional
está relacionado não apenas a transmissão de cultura, mas ao despertar de
reflexões críticas acerca do cotidiano e da realidade, propiciando a
transformação não apenas individual, mas social.
A forma como a escola organiza e usa o seu espaço deve buscar condições que favoreçam a aprendizagem;
Exemplo
Imagine uma escola onde professores e alunos só possam comer em pé? Onde não haja cadeira suficiente para todos os
discentes sentarem? Isso facilita ou atrapalha? Como era o mobiliário da escola onde você estudou? Salas muito cheias
atrapalham ou ajudam os processos de ensino? Falta de material influencia ou não na prática pedagógica?
Enfim, o espaço escolar facilita ou dificulta as interações pessoais e práticas pedagógicas?
Antes de analisarmos o próximo item, reflita sobre um fragmento do texto da professora Nilda Alves: Decifrando o pergaminho
– os cotidianos das escolas nas lógicas das redes cotidianas:
E entre os professores?
E entre os funcionários?
Saiba mais
Saiba mais como hoje em dia se aplica a gestão.
Não esqueça de que a pesquisa deve ser uma constante em sua carreira para o aperfeiçoamento de sua própria prática e que
ela não deve ser feita apenas através da leitura de textos teóricos de sua área, mas através da observação cotidiana das
atividades planejadas e oferecidas aos alunos durante os diversos momentos vividos nas aulas. Veja que pertinente a citação:
O responsável pelo estágio na unidade escolar deve ser visto como contribuidor para a sua formação, por isso é necessário que
ambos sejam parceiros durante esse processo. É possível que o estagiário discorde dos procedimentos da escola ou da
atuação do professor, identificando contradições entre o que está observando e a teoria estudada durante o curso.
Atenção
Lembre-se: não existe observação neutra. Tanto observador quanto observado estão diante de uma relação em que cada um
estará observando e acompanhando o outro, a partir da compreensão que possui da realidade, portanto, é importante fazer
considerações que contextualizem a prática considerada inadequada e que o estagiário faça o exercício constante de se colocar
no lugar do outro, buscando compreender o contexto histórico-social que o constituiu profissionalmente.
Saiba mais
Para uma maior reflexão sobre o tema, leia hoje em dia se aplica a gestão.
Lembre-se de que esta disciplina busca aprimorar a compreensão, pelo aluno/estagiário das relações estabelecidas na escola
e de como elas são produzidas em um contexto interdisciplinar mais amplo de relações econômicas, políticas, filosóficas e
culturais da sociedade na qual está situada. Portanto, a escola deve ser bem conhecida e valorizada por todos que nela atuam
ou desejam atuar futuramente.
Na próxima aula voltaremos a esse assunto! Mas você já pode desenvolver o seu olhar investigativo! Vamos atuar como
professores pesquisadores?
Mãos à obra e procure analisar a escola como um todo, não esqueça de que ela é um espaço social!
a) A escola nunca pode ser influenciada pela comunidade, ela deve seguir normas determinadas pela LDB – Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional.
b) Com relação à escola e ao espaço social, podemos dizer que uma escola organizada segue as políticas públicas educacionais, sendo uma
instituição regida por legislação específica, que delimita e influencia a ação dos seus sujeitos.
c) O Paternalismo e suas variantes, autoritarismo e congêneres são formas de pensar e agir que prejudicam o sistema educacional.
Notas
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Referências
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ALVES, Neila Guimarães; AZEVEDO, Joanir Gomes de. (Orgs.) Formação de professores: possibilidades do imprevisível. Rio de
Janeiro: DP&A, 2004.
BOTH, Ivo José. Avaliação planejada, aprendizagem consentida e ensinada. É ensinando que se avalia/é avaliando que se
ensina Ibex: Curitiba, 2008.
DINIZ, Reinaldo Ramos; OLIVEIRA, Inês Barbosa (Orgs.) Ação sindical, ação educativa e produção acadêmica. Rio de Janeiro:
DP&A, 2004.
ESTEBAN, Maria Teresa (Org.).Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
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Cortez, 2002.
PASSIVI, Elza Yasuko (Org.). Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez Editora, 2002.
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