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Apresentação
Analisaremos a trajetória de vivências e observação do cotidiano escolar no que tange à prática supervisionada de estágio
em História com o objetivo de subsidiar a elaboração do relatório final, sobretudo o caráter reflexivo e crítico que
caracteriza as considerações finais.
Objetivos
Analisar a trajetória de vivências e observação do cotidiano escolar no que tange à prática supervisionada de estágio
em História com o objetivo de subsidiar a elaboração do relatório final, sobretudo o caráter reflexivo e crítico que
caracteriza as considerações finais.
Olá, finalmente chegamos à nossa última aula de Prática de Estágio Supervisionado I em História.
Tenho certeza de que neste momento, já estamos com nosso relatório quase pronto, apenas esperando algumas reflexões e a
resolução de algumas dúvidas.
Sei que seu professor tutor está lhe ajudando nesta etapa. Não hesite em perguntar! Esse diálogo é fundamental para que tudo
corra bem!
Como tratamos na aula anterior, no início de sua caminhada, você era, ainda, o resultado da formação da escola que tivestes e
ainda não tinha refletido e não sabia de forma aprofundada o que significava historicamente a função e o funcionamento de
uma escola. Você era aluno(a), agora você está se tornando professor(a).
E agora? Percebe as diferenças? Muitas mudanças ainda irão acontecer, não se esqueçam de que temos ainda mais duas
disciplinas voltadas para o estágio que em muito enriquecerão a caminhada de vocês rumo à docência.
Sem dúvidas você deve ter percebido que o Estágio Supervisionado em História tem uma grande relevância para a mudança
epistemológica da sua fundamentação da prática profissional. Como percebemos, nesta fase acadêmica é que construímos,
de forma mais efetiva, a nossa identidade docente.
Fazemos isto através do confronto entre a teoria, observada a partir das leituras sugeridas e dos debates nos fóruns, e a
prática, onde diariamente, ou semanalmente, observamos determinadas situações diretamente relacionadas ao cotidiano
escolar e à prática docente.
Como afirmamos anteriormente, após a experiência da observação no campo de estágio, é hora de organizar essas
experiências a analisá-las à luz das leituras e reflexões instigadas pelas nossas aulas e as suas observações do cenário de
estágio. Dessa forma, você deverá concluir a elaboração de seu relatório descritivo e reflexivo. Para isto, nesta aula 10, vamos
orientá-lo na produção desses registros iniciando pela apresentação deste Estudo de Caso que reflete a relação teórica e
prática no que se refere ao cotidiano escolar e a prática da docência.
Concepção de gestão:
Qualquer prática escolar deve basear-se em um modelo de gestão
democrática, por isso perceber qual a concepção de gestão fará com que
você perceba como todo o cotidiano da instituição a qual está observando
está, de certa forma, fundamentado.
Para explicitar a concepção de gestão que você observou na equipe gestora, é fundamental que apresente falas dessa equipe.
A seguir, um estudo de caso que apresenta a fala do diretor de uma escola ao ser perguntado sobre como definiria o gestor
escolar. A análise do relato é feita posteriormente.
Nesta fala do diretor da escola, podemos identificar a ideia de que todos os participantes do processo educativo são gestores
escolares, ou seja, todos que de forma direta ou indireta fazem parte da escola são gestores escolares. Esta concepção
decorre da visão do trabalho de organização político-pedagógico da escola a partir de um processo de gestão democrática,
uma vez que é intrínseco a esta modalidade a noção de participação de todos os envolvidos nos campos pedagógico,
financeiro e administrativo da instituição escolar. A participação na construção e tomada de decisão referente a questões do
processo educativo coloca estes sujeitos na condição de gestores os quais se tornam responsáveis pelo desenvolvimento e
resultado das decisões coletivas postas em prática.
As atividades de observação permitem um contato inicial com a prática gestora, através do qual você pode observar o papel do
gestor escolar, os alunos, os professores, a interação escola e família, os comportamentos e os projetos realizados.
Na observação do cenário de estágio, o diálogo permanente com a equipe gestora foi fundamental para caracterizar essa
equipe, a relação teoria e prática e o funcionamento de toda a dinâmica escolar. A produção do relatório é mais uma
oportunidade para você desenvolver o exercício da crítica e da reflexão acerca dos assuntos trabalhados ao longo de nossas
aulas e a partir das suas impressões e toda a trajetória vivenciada durante a experiência na escola no âmbito escolar.
Saiba mais
Conheça a estrutura e pontos importantes sobre o Relatório que você vai desenvolver clicando aqui.
Sumário #1
O SUMÁRIO constitui uma enumeração das principais divisões e seções e outras partes do trabalho, na mesma ordem em
que aparecem no seu desenvolvimento.
Deve conter exatamente os mesmos títulos e subtítulos que constam no trabalho e as respectivas páginas, atendendo
assim aos itens solicitados neste roteiro.
Introdução #2
Na INTRODUÇÃO apresente uma ideia geral do que será encontrado no corpo do relatório, fazendo uma breve abertura do
Estágio e seu respectivo cenário, além de uma sucinta descrição de cada item do relatório. Apresente também quais eram
as suas expectativas ao iniciar o estágio.
Caracterização da escola #3
Apresenta o cenário onde foi desenvolvido o estágio, ou seja, o cenário e seus personagens. Neste item, você deve
descrever de forma objetiva os itens apresentados, tendo o cuidado de não apresentar opiniões negativas ou positivas
sobre o trabalho da instituição, uma vez que isso será feito na parte referente ao desenvolvimento e análise do estágio.
O DESENVOLVIMENTO E ANÁLISE DAS AÇÕES OBSERVADAS é uma etapa fundamental no relatório e deve conter a
descrição, análise crítica e fundamentação do trabalho realizado. Descreva as práticas observadas no cotidiano escolar,
no ambiente escolar, além dos planejamentos, atividades e experiências pedagógicas. Para saber mais sobre este
conteúdo, acesse a biblioteca virtual disponível na plataforma.
Considerações finais #5
Nas CONSIDERAÇÕES FINAIS se reafirmam as aprendizagens e as experiências mais significativas que o estágio
possibilitou. Faça um texto descritivo e conclusivo de seu trabalho explicitando se as atividades propostas ao iniciar o
estágio foram utilizadas e se o objetivo foi cumprido.
Como o estágio contribuiu para a sua formação profissional. Se foram alcançados, se não alcançou ou superou as
expectativas iniciais, além da aprendizagem para a vida pessoal. Conclua com sugestões ou recomendações, caso
necessário. Neste item, não devem ser apresentadas citações.
Referências #6
Nas REFERÊNCIAS, apresente o material utilizado para a sua fundamentação teórica do relatório e que deverão estar de
acordo com as normas da ABNT.
Anexo #7
No ANEXO, você deverá postar um Plano de Ação desenvolvido pela equipe gestora e acompanhado por você durante o
seu estágio. Os documentos estão disponíveis em sua biblioteca virtual.
Deve-se propor buscar uma educação reflexiva, transformadora. Isso implica no questionamento do caráter da formação inicial
dos professores, do papel das IES e, especialmente, no papel do Estágio Supervisionado.
Mais do que capacitação para resolução de conflitos no exercício da prática docente; é preciso discutir modificações na
estrutura, organização e nos conteúdos da formação dos professores.
Uma formação inicial renovada deve passar por uma formação científica,
acadêmica e pedagógica rigorosa. O momento do estágio supervisionado
contribui para isso.
A ampliação dos conhecimentos conduz à maior segurança e autonomia para desenvolver as atividades durante as aulas. O
ensino superior permite aprender a teoria pedagógica necessária ao fazer pedagógico do professor nas escolas. Fazer
pedagógico que deve resultar na produção de práticas educativas eficazes, apoiadas não só na teoria, mas também na reflexão
sobre sua prática e trajetória pessoal, profissional.
A formação deve ter uma perspectiva global que possibilite a realização de uma especialização posteriormente. A necessidade
de constante aperfeiçoamento disseminada pelo mundo da Educação em virtude da crença na repercussão desses
conhecimentos adquiridos na melhoria do desempenho dos alunos.
A reflexão sobre a formação inicial e continuada dos professores conduz à reflexão sobre o papel da Prática de Ensino como
elemento articulador da formação docente idealizada e proposta.
A reflexão deve ultrapassar o plano da competência, no sentido do aprender a refletir, e se posicionar como um caminho
para a compreensão dos problemas e necessidades, dando sentido às ideias, à teoria (BARRETO,2006). Vale ressaltar que
os caminhos que conduzem à práxis são norteados pela teoria e pela consciência de que ela é determinante da práxis.
Teoria e prática são indissociáveis (KOSIK,1976; 23 apud BARRETO, 2006; 21). A formação inicial e o estágio devem
buscar apoio na investigação da realidade, intencionalmente, marcados por um processo dialético entre os professores-
formadores e os futuros professores.
Ação #2
A ação, própria dos sujeitos, refere-se aos seus modos de agir e pensar, suas concepções de mundo, de conhecimento,
enquanto a prática é institucionalizada e expressa a cultura e a tradição das instituições.
A realização da ação deve representar uma intenção, uma necessidade do sujeito, mediada pelo sistema de valores
coletivos e pelos compromissos que orientam a educação. A relação teoria-prática é insuficiente para entender a ação, se
não contemplar a ética para agirmos individual e coletivamente. A ação dos professores não pode ser considerada
somente como algo entre o conhecimento e a ação, pois entre ambos existe a mediação da subjetividade dos indivíduos.
Participação do aluno #3
A participação do aluno na realidade a ser investigada – instituições escolares e não escolares no caso da Licenciatura
em História – é possível mediante a intencionalidade dos cursos formadores e do estagiário. “A intencionalidade é, para
Sacristán (1999, p.33 apud BARREIRO, 2006, p.27), condição necessária para a ação e compreender este elemento
dinâmico e motor é fundamental para qualquer educador”.
A formação e a profissionalização de professores são temas que passam a ser discutidos de forma intensa a partir dos anos
1990, em meio às reformas educativas, associadas às novas exigências geradas pela reorganização da produção e
globalização da economia.
Referências
ALVES, Neila Guimarães; AZEVEDO, Joanir Gomes de. (Orgs.) Formação de professores: possibilidades do imprevisível. Rio de
Notas
Janeiro: DP&A, 2004.
BOTH, Ivo José. Avaliação planejada, aprendizagem consentida e ensinada. É ensinando que se avalia/é avaliando que se
ensina. Ibex: Curitiba, 2008.
DINIZ, Reinaldo Ramos; OLIVEIRA, Inês Barbosa (Orgs.) Ação sindical, ação educativa e produção acadêmica. Rio de Janeiro:
DP&A, 2004.
ESTEBAN, Maria Teresa (Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2004.
MACEDO, Elizabeth; OLIVEIRA, Inês B.; MANHÃES, Luiz Carlos; ALVES, Nilda (Orgs.). Criar currículo no cotidiano. São Paulo:
Cortez, 2002.
PASSIVI, Elza Yasuko (Org.). Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
PIMENTA, Selma Garrido (Org.). Professor reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez Editora,
2002.
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