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RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PROJETO DE EXTENÃO1

Ana Flávia Buenos da Silva Soares 2


Giovana Nogueira de Castro3

RESUMO: Caracterizado como projeto de extensão, o seguinte trabalho foi proposto pela
Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão (UNISULMA), e tem por objetivo promover
a valorização da imagem pessoal na população preta nos procedimentos estéticos. O projeto
foi realizado no ambiente acadêmico, com o objetivo de exteriorizar a estética negra,
incluindo suas vestimentas, acessórios e modos em geral. É, portanto, uma forma de inserção
social, aproximando a academia para a realidade de luta sobre as causas das mulheres negras.
Esse tipo de experiência é extremamente gratificante, pois trouxe para a presente aluna a
sensação de que contribuiu de alguma forma com a autoestima, saúde, trazendo informações,
tirando dúvidas e colaborando para a promoção da luta pela liberdade e reconhecimento da
beleza feminina.

Palavras-chave: Projeto de extensão; Estética; Cuidados com a pele;

1. INTRODUÇÃO

O Plano Nacional de Extensão Universitária, que estabelece as diretrizes para a


Extensão Universitária, a define como uma via de mão-dupla, mas isso é difícil de ocorrer na
prática. O FORPROEX vai além, definindo a Extensão Universitária como uma atividade
acadêmica capaz de imprimir um novo rumo à universidade brasileira e de contribuir
significativamente para a mudança da sociedade. (FORPROEX, 2021).
Forproex (2021) aponta a extensão universitária como diretrizes “a
interdisciplinaridade e interprofissionalidade, a indissociabilidade ensino, pesquisa e
extensão”. Nas suas diversas manifestações o autor defende um papel inovador para a
Extensão Universitária, capaz de promover uma interação transformadora entre universidade e
sociedade.
Entretanto, o ranço conservador e elitista, presente nas estruturas de algumas
universidades têm colocado muitos limites a essa visão da Extensão Universitária. Como

1
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharelado em Cosmetologia e Estética da Unidade de Ensino Superior do
Sul do Maranhão (UNISULMA).
2
Acadêmica do Curso de Bacharelado em Cosmetologia e Estética da Unidade de Ensino Superior do Sul do
Maranhão (UNISULMA). E-mail: anna1227f@icloud.com
3
Professor orientador. Docente do Curso de Bacharelado em Administração da Unidade de Ensino Superior do
Sul do Maranhão (UNISULMA). E-mail: giovana.castro@unisuma.edu.br
aponta “o Brasil de hoje combina traços de seu passado conservador e autoritário com as
inovações institucionais forjadas na luta pela redemocratização” (FORPROEX, 2021).
A universidade que temos está muito centrada no ensino e na pesquisa e, por meio de
um novo paradigma da Extensão Universitária, a própria universidade pudesse ganhar um
novo sentido. A luta para garantir as conquistas do PNE tem estimulado muita gente a pensar
numa visão emancipadora da Extensão Universitária no contexto da curricularização da
Extensão instituída por ele.
A curricularização da extensão faz parte, de um lado, da indissociabilidade do ensino,
da pesquisa e da extensão na universidade, e, de outro, da necessária conexão da universidade
com a sociedade, realçando o papel social da universidade, bem como a relevância social do
ensino e da pesquisa.
Ainda persiste uma enorme dispersão teórica sobre o conceito de Extensão
Universitária. Por isso, aclarar o que entendemos por extensão, é fundamental para caminhar
nesse território decisivo para a necessária reforma da universidade e para a radicalização da
democracia.
Esse projeto foi a nós do primeiro período do curso tecnólogo em Tecnologia em
Estética e Cosmética da instituição Unisulma, pela professora Giovana Nogueira de Castro,
juntamente com as professoras Harielle Laís e Daniele Caua onde foi passado a nós que
faríamos uma ação social e teríamos a nossa primeira experiência com ação fora da
universidade, fomos devidamente orientadas sobre os procedimentos que iríamos ofertar: que
seriam cuidados com a pele daquelas pessoas em situação de vulnerabilidade social.

2. RELATOS DAS EXPERIÊNCIAS VIVIDAS

Foi organizado para o dia 27 de Abril de 2023 às 08h00min, no Crás cafeteira, da


cidade de Imperatriz-MA, o projeto e ações que serão aqui expostas onde tivemos uma
palestra com uma psicóloga que em alusão ao dia nacional de consciência ao autismo, fizemos
procedimentos de limpeza facial, orientação sobre cuidados específicos com a pele,
tratamento com argiloterapia, uso de protetor solar.
Esse projeto tem o intuito de produzir uma ação onde as alunas iriam realizar
procedimentos em pessoas em situação de vulnerabilidade social e fornecer informações para
os indivíduos com o intuito de ajudar essas pessoas a cuidarem de si mesmas com relação ao
seu próprio rosto e fornecer aprendizagem as discentes participantes da ação.
Quando fui informada sobre o projeto e a intencionalidade de nos levar a conhecer e
atender as pessoas no Cras, me atentei a pesquisar sobre como funciona a instituição.
Portabilis (2023) informa que o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é a
unidade do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) responsável por oferecer serviços,
programas e benefícios voltados a prevenir situações de risco e a fortalecer os vínculos
familiares e comunitários. Esse equipamento público é um espaço de conveniência que tem
como objetivo desenvolver as potencialidades, o protagonismo e a autonomia dos indivíduos.
Mas não para por aí. Na prática, o CRAS tem ainda uma série de outras atribuições.

O Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) é um equipamento público no


qual são oferecidos serviços, programas e benefícios com o objetivo de prevenir
situações de risco e de fortalecer os vínculos familiares e comunitários.O Sistema
Único de Assistência Social (SUAS) está organizado por meio de uma rede de
proteção social, que pode ser básica ou especial. As unidades que ofertam serviços e
programas desse sistema descentralizado e participativo são chamados de CRAS e
CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social). Cada um dos
equipamentos públicos citados acima possuem suas especificidades. Falaremos,
neste texto, apenas do equipamento destinado à proteção básica, o CRAS.
(PORTABILIS, 2023).

Assim, constituindo-se como uma referência para a comunidade, um espaço de


convivência e a porta de entrada para os serviços da Assistência Social no SUAS, o objetivo
principal do CRAS é desenvolver as potencialidades, o protagonismo e a autonomia dos
indivíduos. “A palavra-chave que define o centro de referência é a prevenção, pois é nesse
equipamento que a população que se encontra em situação de risco e vulnerabilidade, mas
ainda com vínculos familiares preservados, é atendida. O que é oferecido no CRAS é
diferente do que é ofertado aos usuários atendidos pela proteção social especial no CREAS,
no qual os indivíduos se encontram em uma situação de risco pessoal ou social, em que seus
direitos foram violados ou ameaçados”, afirma Portabilis (2023).

Sobre o termo vulnerabilidade social, Santos (2022) Vulnerabilidade social é o


conceito que caracteriza a condição dos grupos de indivíduos que estão à margem da
sociedade, ou seja, pessoas ou famílias que estão em processo de exclusão social,
principalmente por fatores socioeconômicos. (…) As pessoas que são consideradas
“vulneráveis sociais” são aquelas que estão perdendo sua representatividade na sociedade, e
geralmente dependem de auxílios de terceiros para garantirem a sua sobrevivência.

“Ou seja, a situação de vulnerabilidade social está relacionada com a exclusão de


cidadãos e falta de representatividade e oportunidades”. Além disso, é um
conceito multifatorial, ou seja, pode ocorrer por questões de moradia, renda, escolaridade,
entre outros.
Ainda, é importante ressaltar que a vulnerabilidade social não é sinônimo de pobreza, pois o
conceito refere-se a fragilidade de um determinado grupo ou indivíduo por questões, que
podem ser históricas, socioeconômicas ou de raça”. (SANTOS, 2022)
A palestra com a psicóloga sobre o autismo trouxe para as alunas muita elucidação
sobre o tema e foi para mim bastante esclarecedora. Póvoas (2022) destaca que O autismo é
um distúrbio do desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há quase seis
décadas, mas sobre o qual ainda permanecem, dentro do próprio âmbito da ciência,
divergências e grandes questões por responder.
“Ultimamente, não só vem aumentando o número de diagnósticos, como também estes
vêm sendo concluídos em idades cada vez mais precoces, dando a entender que, por trás da
beleza que uma criança autista possa ter e do fato de o autismo ser um problema de tantas
faces, as suas questões fundamentais vêm sendo cada vez mais reconhecidas, e com mais
facilidade, por um número maior de pessoas. Provavelmente é por isto que o autismo passou
de um fenômeno aparentemente raro para um muito mais comum do que se pensava”.
(PÓVOAS, 2022).
A palavra “autismo” deriva do grego “autos”, que significa “voltar-se para si mesmo”.
A primeira pessoa a utilizá-la foi o psiquiatra austríaco Eugen Bleuler para se referir a um dos
critérios adotados em sua época para a realização de um diagnóstico de Esquizofrenia. Estes
critérios, os quais ficaram conhecidos como “os quatro As de Bleuler”, são: alucinações, afeto
desorganizado, incongruência e autismo. A palavra referia-se à tendência do esquizofrênico
de “ensimesmar-se”, tornando-se alheio ao mundo social – fechando-se em seu mundo, como
até hoje se acredita sobre o comportamento autista. (SILVA, 2019).
Após a palestra, demos início aos procedimentos de avaliações de pele, limpeza,
tratamento com argiloterapia. Iniciamos nos apresentando e atendi uma moça que relatou
durante o atendimento que não tinha o hábito de cuidar da pele, não usava sabonete facial e
nem protetor solar que é algo indispensável para a pele do nosso rosto e corpo, durante
atendimento fui explicando a forma correta de cuidar, aplicação dos produtos que utilizamos
para fazer a limpeza pele usarmos sabonete facial, esfoliante, argiloterapia e protetor solar.
Fui conversando com ela sobre os cuidados com sua pele, enquanto eu realizava a
avaliação da sua pele e detectei como pele oleosa, apresentava manchas de espinha e melasma
por ser branca e não ter costume de usar protetor solar da forma correta.
A pele oleosa é caracterizada pelo funcionamento exacerbado das glândulas sebáceas,
de forma que há uma produção aumentada de sebo. O sebo não é inimigo da pele; pelo
contrário, o objetivo dele é manter a pele protegida dos agentes externos, como poluição, e
garantir a hidratação da pele com a maior retenção de água e óleos.
Entretanto, quando em excesso, o sebo vai ser prejudicial à pele, estimulando a
presença de cravos e espinhas, que ocorre quando há obstrução dos folículos capilares por
excesso de óleo e células mortas da pele. Também é comum que pessoas com esse tipo de
pele tenham os poros dilatados e mais aparentes.
Care (2021) destaca que algumas caraterísticas da pele oleosa são a sensação de pele
pegajosa, especialmente com o suor, brilho intenso na pele, uma maior predisposição ao
surgimento de acne e cravos e poros dilatados e irregulares.
Assim há algumas recomendações a serem seguidas sobre a pele oleosa:
Uma pele saudável é aquela que tem um equilíbrio adequado entre água e óleos.
Sabonetes muito surfactantes removem excessivamente os sebos, causando o
ressecamento da pele. Ao causar esse desequilíbrio, a resposta do organismo é
produzir ainda mais sebo para proteger e hidratar a pele, causando o efeito rebote. A
recomendação é não usar sabonetes que removem excessivamente os óleos faciais e
se, ao lavar o rosto, sentir a pele repuxando em seguida, aplique um produto
hidratante para prevenir o efeito rebote. Também não é recomendado lavar o rosto
mais de duas vezes ao dia com sabonetes, evitando a remoção excessiva dos óleos.
(CARE, 2021).

A paciente apresenta muitas manchas de acne na pele, o ato de espremer espinhas


incorretamente foi o que ocasionou essas manchas segundo ela, e esse ato é cometido pela
maioria das pessoas que não tem acesso a informação sobre cuidados com a pele, assim é
nosso papel desmistificar, alertar e informar corretamente as pessoas sobre os cuidados que
todos devem seguir.
O primeiro incômodo da maioria das mulheres é o surgimento da acne, que inicia no
começo da adolescência e pode durar até a fase adulta. As principais causas são histórico
familiar, desequilíbrio hormonal, hábitos alimentares, entre outros, que podem ser
diagnosticados com uma consulta ao dermatologista.
Depois de realizar a limpeza da pele, propus um tratamento com argila chamado
argiloterapia, foi-nos disponibilizado a argila rosa.
A argila rosa não é natural, ou seja, ela não pode ser encontrada na natureza. Afinal,
consiste na mistura da argila vermelha com a argila branca. Dessa forma, une os benefícios
apresentados pelos dois produtos. Esse produto 2 em 1 oferece resultados incríveis para a
nossa pele, que deixa de ter aquela sensação envelhecida e ganha vigor. Aliás, a argila branca
é ideal para limpar a pele, enquanto a argila vermelha ajuda na cicatrização e a acabar com os
cravos e espinhas.
As argilas são recolhidas em lugares como encostas e rios, assim como nas
proximidades de vulcões adormecidos. Em geral, são formadas por minerais e apresentam
diferentes cores, com as mais variadas propriedades em suas composições. As argilas são
formadas pela degradação das rochas e pelo passar dos anos, devido ao contato com chuvas,
ventos e outros eventos naturais. E isso torna esse produto muito interessante para a pele, com
várias propriedades terapêuticas. (FURTADO, 2021)
Ainda segundo Furtado, (2021), a argila rosa é interessante para as pessoas que
possuem a pele sensível, delicada, avermelhada e com tendências alérgicas. Assim, ela poderá
ajudar você a superar essas condições. É um produto rico em óxido de ferro, que apresenta um
papel importantíssimo na respiração celular e na transferência de elétrons.
A argila rosa é muito interessante para limpezas profundas de pele, servindo para
remover toxinas e absorver o excesso de oleosidade. Assim como ela fornece os minerais
necessários para devolver o viço e o brilho natural a sua pele e ao seu cabelo.
A argila rosa é um produto que pode ser utilizada por meio de uma máscara facial,
que ajudará a combater os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce da
pele. Além disso, ela é considerada emoliente, ou seja, consegue manter a pele
hidratada. (FURTADO, 2021)

Cuidar da pele é essencial, e não importa o sexo, a idade e o tipo de pele. E fatores
como poluição, estresse, tabagismo, clima, consumo de bebida alcoólica, exposição ao sol,
alimentação e falta de alguns cuidados diários, associados ao processo de envelhecimento,
contribuem para o surgimento de manchas, doenças e problemas que, a curto ou longo prazo,
podem causar danos para a saúde.
O rosto é o cartão de visita de toda mulher e motivo de preocupação que surge ainda
na adolescência, quando aparecem as espinhas. Cuidar da pele do rosto não é uma tarefa fácil
e exige disciplina para cumprir uma rotina diária, com passos simples.
Vamos ao primeiro passo para um eficiente cuidado da pele, a limpeza. Limpeza A
pele dever ser limpa duas vezes ao dia, pela manhã e à noite. O sabonete em barra ou líquido
dever ser o adequado para o tipo de pele de cada pessoa. Quem tem acne deve usar um
específico para pele acneica. A limpeza é importante para tirar maquiagem e excesso de
oleosidade.
O segundo passo é a esfoliação. A esfoliação não deve ser feita todos os dias, para não
agredir a pele. O ideal é que seja feita uma vez por semana, para remover partículas mortas da
pele. O produto também deve ser escolhido de acordo com o tipo de pele de cada pessoa.
O terceiro passo é hidratação. Na hora de hidratar, é também necessário usar um
produto de acordo com o tipo de pele. É uma etapa importante no tratamento do rosto.
Fui explicando para a moça que atendi que realizando esses passos simples, mas
eficazes diariamente, ela conseguiria sim ter um resultado eficiente mesmo sem ir numa
clinica de estética, que é algo fora da realidade dessas pessoas.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Finalizamos esse projeto bastante satisfeitas com essa experiência, fomos todas bem
recebidas por todos os funcionários do Cras, pelas professoras e principalmente pelas pessoas
que atendemos.
Pude viver essa experiência e dela levarei lembranças por toda a vida que servirão para
a minha conduta profissional, mas principalmente na consciência de que contribuí de alguma
forma para a felicidade dessas pessoas.

Essa experiência vivida contribuiu para a construção do nosso conhecimento e,


maiormente na aquisição de humanidade sobre a vida das pessoas que me cercam,
acrescentando positivamente e impactando minha vida pessoal e acadêmica. Pude conhecer
novos horizontes, realidades diferentes, pessoas novas e adquirir mais conhecimento na
prática.
REFERÊNCIAS

BRASIL, ME edital: 2016/2026, Discussões sobre extensão universitária. 2022.


Disponível em: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/extensao-universitaria. Acesso
em 23 de Maio de 2023
CARE, Nb, Tipos de pele: características e cuidados, 2021. Disponível em:
https://carenb.com/blogs/beauty-journal/tipos-de-pele-caracteristicas-e-cuidados. Acessado
em 24 de Maio de 2023
FORPROEX, Carta de São Bernardo. São Bernardo: concepções sobre projeto de
extensão. 2021. São Paulo: PUC-SP.
FURTADO, Bea. Benefícios da argila rosa. 2021. Disponível em:
https://beafurtado.com.br/blog/beneficios-da-argila-rosa-mistura-da-branca-com-vermelha.
Acesso em 23 de Maio de 2023
PORTABILIS, Blog. Tudo sobre o CRAS: o que é, atribuições, estrutura e mais.
2023. Disponível em: https://blog.portabilis.com.br/cras-o-que-e/. Acesso em 24 de Maio de
2023
PÓVOAS, Janaynna Mayara Teixeira. Breve histórico sobre o autismo infantil,
2022. Disponível em: https://cisescolar.com.br/artigos/breve-historico-sobre-o-autismo-
infantil/. Acesso em 24 de Maio de 2023
SANTOS, Ana Paula. Vulnerabilidade Social: o que significa esse conceito? 2022.
Disponível em: Acesso em 24 de Maio de 2023
SILVA, Alexandre Costa. Abordagem Comportamental do Autismo. Disponível em
http://www.psicologiaeciencia.com.br/autismo-um-breve-historico. Acesso em 24 de Maio de
2023

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