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1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
contato direto (pele com pele), ou indireto, através do contato com objetos e superfícies
contaminados. A pele das mãos alberga, principalmente, duas populações de
microrganismos: os pertencentes à microbiota residente e à microbiota transitória. A
microbiota residente é constituída por microrganismos de baixa virulência, como
estafilococos, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções veiculadas
pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão,
uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele. . (ANVISA, 2019 pg 12).
A lavagem das mãos é definida pela OMS (2020), em regulamentação de oreintação ao
covid-19 como uma fricção vigorosa, breve em conjunto com todas as superfícies das mãos
ensaboadas, seguida de lavagem, sob uma corrente de água quente durante 15 segundos. O
princípio fundamental por trás da lavagem das mãos é a remoção mecânica de microrganismos das
mãos e enxágue com água. A lavagem das mãos não mata os microrganismos
Sabe-se que uma lavagem de mãos antisséptica significa lavar as mãos com água morna e
sabão ou outros detergentes contendo um agente antisséptico. Alguns antissépticos matam as
bactérias e alguns vírus. A fricção antisséptica das mãos significa aplicar um produto antisséptico
por todas as superfícies das mãos para reduzir o número de microrganismos presentes. Os
antissépticos de mão à base de etanol contendo álcool entre 60% a 90% parecem ser mais eficazes
contra agentes patogênicos comuns encontrados nas mãos (BOLON, 2021).
Em contrapartida apesar de a importância desta prática ser embasada em fortes evidências
científicas, estudos apontam que os profissionais da área da saúde (PAS), ressaltando os
profissionais de enfermagem que tem um contato direto na assistência, nem sempre realizam a
higiene de mãos nos momentos recomendados, com a frequência correta e no tempo necessário. A
adesão dos PAS à higiene de mãos tem sido frequentemente investigada em instituições
hospitalares e ainda são escassos os estudos avaliando a realização deste procedimento em outros
cenários de assistência à saúde, mesmo com a ampliação do conceito de IRAS para infecções da
assistência à saúde em qualquer espaço do cuidado.(ZOTTELE et al, 2018)
Portanto, em consonância ao que foi elencado acima, sendo o hospital local de cura e de
atendimento daqueles que possuem alguma necessidade de saúde, deveria propor uma assistência
humanizada e segura perante suas ações assistenciais. Entretanto, infelizmente esta não é a
realidade enfrentada atualmente. Possui ainda, altos índices de infecções hospitalares,
comprometendo a assistência prestada nesses locais e nos fazendo refletir sobre a não
concretização de práticas seguras e eficazes de controle condizentes ao saber epidemiológico.
Ainda hoje, a infecção hospitalar ou nosocomial constitui um dos mais graves problemas de
saúde pública, visto que seus altos índices de ocorrência condicionam a uma elevação da taxa de
morbi-mortalidade e oneração do custo hospitalar, dificultando assim a qualidade do cuidar e a
evolução do sistema de saúde como todo. (PEREIRA et al, 2020, pg 250)
Por fim, historicamente conforme Sousa et al (2018), é comprovada a higienização das
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mãos caracteriza-se como importante na prevenção a tais infecções, sendo considerada a medida
primordial contra a propagação dos microorganismos no âmbito hospitalar.
3. METODOLOGIA
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
FONTE DE DADOS
AUTOR ANO TÍTULO PRINCIPAIS CONSIDERAÇÕES FINAIS
RESULTADOS
AGÊNCIA 2019 Higienização A presente obra O intuito dessa obra é
NACIONAL das mãos em apresenta proporcionar aos profissionais e
DE serviços de conhecimentos gestores dos serviços de saúde
VIGILÂNCIA saúde específicos da conhecimento técnico para
SANITÁRIA- importância do ato embasar as ações relacionadas
ANVISA de higienização das às práticas de higienização das
mãos, como mãos, visando à prevenção e à
também passo a redução das infecções e
passo das diferentes promovendo a segurança de
formas de assepcia. pacientes, profissionais e
demais usuários dos serviços de
saúde.
BRASIL. 2018 Um guia Neste guia Pode-se dizer que a
para completo mostra a Higienização das Mãos (HM),
implantação medida mais antigamente conceituada
da estratégia simples para lavagem das mãos, é a medida
multimodal prevenir a individual mais simples para
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As mãos são os principais veículos do cuidado, pelos quais acontecem a prestação dos
serviços de saúde, e é através delas que dá-se maior parte das transmissões dos microrganismos que
causam as IRAS, tendo em vista esse fato, é de extrema importância mantê-las limpas.
Ficou claro a relevância que a higienização das mãos possui. A OMS (2018, pg 49) reafirma
a valia da higienização das mãos e faz algumas recomendações acerca dos momentos que é
necessária a sua realização, estes momentos são: antes do contato com o paciente, antes de
procedimentos invasivos, após contato com fluidos corporais, após contato com superfícies
inanimadas próximas ao paciente, após retirar luvas, quando as mãos estiverem visivelmente sujas,
após exposição a esporos ou patógenos, além de quando houver mudança de um sítio contaminado
de um paciente para outro sítio no mesmo paciente (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE-
OMS, 2018 p 49).
No que tange aos profissionais da saúde as atitudes em relação à lavagem das mãos em
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situações como a prestação de cuidados de saúde são chamadas de práticas de lavagem das mãos
eletivas, como orienta Anvisa (2019, pg22 ). Orientar os pacientes e visitantes sobre as técnicas
adequadas de higiene das mãos, a razão para isso e os tempos para realizá-las. Se os cuidados de
saúde são para serem continuados em casa, ensinar os pacientes e cuidadores familiares a lavar as
mãos antes de comer ou manipular alimentos; depois de manusear equipamentos contaminados,
linho ou material orgânico; e após a evacuação. Em ambientes de cuidados de saúde, incentivar os
visitantes a lavar as mãos antes de comer ou manipular alimentos; após entrar em contato com
pacientes infectados; e depois de manusear materiais contaminados, móveis do paciente ou material
orgânico. (ANVISA, 2019).
“Para realizar-se uma eficaz higienização das mãos, são necessários alguns poucos produtos,
de baixo custo, e fácil acesso. Existem alguns métodos preconizados pela OMS, que torna mais
eficaz a higienização das mãos e entre esses métodos estão: A higienização simples, com água e
sabão e a fricção antisséptica com preparação alcoólica, cada uma tem sua finalidade e são
utilizadas em situações diversas”, conforme orienta OMS (2018).
Mediante aos expostos abordados, ainda existe resistência por parte dos profissionais da área de
saúde a aderir ao método antisséptico, e isto é o que torna mais recorrente o contágio dos
indivíduos, e a incidência de infecções cruzadas. As repercussões da problemática vem chamando a
atenção de diversos órgãos que de forma direta estão ligados a saúde, principalmente depois da
pandemia do corona vírus, portanto o envolvimento por parte de todos os profissionais, até mesmo
da liderança do hospital e do setor administrativo é primordial para que haja sucesso nas campanhas
realizadas e em cada estratégia elaborada, o ensino da importância da higienização das mãos e no
que ela implica desde o âmbito estudantil também reforçará a adesão por parte dos futuros
profissionais.
REFERÊNCIAS
ANDRADE GM. Infecção hospitalar: mitos e verdades, velhos hábitos, novas atitudes.
Brasília méd. 2022; 39(1/4): 57-9.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA-ANVISA. Higienização das mãos em
serviços de saúde. Impresso Especial. 2019
BRASIL. Um guia para implantação da estratégia multimodal da OMS para a melhoria da
higienização das mãos; 2017/2018
BOLON M. Handy hygiene. Infect Dis Clin North Am. 2021; 25(1): 21-43.
MAIEROVITCH, Cláudio. Técnicas de higienização das mãos. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa). 2022. Disponível em: www.anvisa.gov.br.
MENDONÇA AP, Fernandes MSC, Azevedo JMR, Silveira WCR, Souza ACS. Lavagem das
mãos: adesão dos profissionais de saúde em uma unidade de terapia intensiva neonatal. Acta
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