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EVIDÊNCIAS DA TRANSMISSÃO DE

PATÓGENOS POR MEIO DAS MÃOS


Aparecida Bernardino Souza de Azevedo¹
Claudinéia Gonçalves da Silva¹
Mariana Pereira Alves¹
Roziane Carvalho de Jesus¹
Sílvia Ribeiro dos Santos¹
Leidiane da Cunha Gomes²

1. INTRODUÇÃO

Sabemos que a Lavagem das mãos têm influência fortemente positiva, ou negativa, na saúde
do Paciente desde os cuidados básicos de profilaxia até os cuidados intensivos de recuperação e
reabilitação.
As Infecções associadas aos cuidados de saúde têm um elevado impacto em doentes
hospitalizados e na saúde pública em geral. Esta é uma situação cujo Profissionais de Enfermagem
devem ter um olhar de constante atenção. As Infecções ocorrem por motivos diversos, onde a causa
é a presença de bactérias e vírus tanto em superfícies, como nos próprios doentes – pele, vias
respiratórias e trato gastrointestinal.
O Objetivo deste Trabalho é apresentar a real possibilidade da transmissão de patógenos
através das mãos.
De acordo com o Center of Disease Control (Centro de Controle de Doenças), em 1988
foram implementadas as Preucauções Básicas da qual fazem parte todos os princípios essenciais de
controle de Infecção que são obrigatórios em todos os estabelecimentos de prestação de cuidados á
saúde, com o objetivo de prevenir e diminuir o risco de infecção em doentes e profissionais de
saúde (Franco, 2010).
Vale ressaltar que para obter bom resultado provenienete da higienização das mãos, esta
deve ser feita de maneira correta, pois, segundo Pittet 2006, a limpeza incorreta e/ou a lavagem
inadequada das mãos resultará em mãos contaminadas.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Alguns microrganismos que compõem a microbiota da pele, chamada de transitória, são ali
encontradas por maior tempo com a possibilidade de multiplicação e formação de colônias sem o
surgimento de infecção. A microbiota infectante se refere aos microrganismos encontados em
infecções da pele.
Elementos que formam colônias de microrganismos multiplicadores são definidos como
microbiota residente. Tais colônias possuem meios de defesa contra a remoção mecânica ou por
meio de agentes químicos, sendo assim, de difícil remoção. Apresentam baixa patogenicidade, no
entanto, tornando-se invasivos, são capazes de causar infecções em pessoas suscetíveis.
Microorganismos infecciosos são capazes de sobreviver na pele humana por tempo
suficiente para que haja a transmissão de forma cruzada, apontam estudos; estes ainda confirmam
que a higiene das mãos por meio da fricção manual á base de álcool, sendo esta uma maneira
eficaz de diminuir essa transmissão.

1 Aparecida Bernardino Souza de Andrade


1 Claudineia Gonçalves da Silva
1 Mariana Pereira Alves
1 Roziane Carvalho de Jesus
1 Sílvia Ribeiro dos Santos
2 Leidiane da Cunha Gomes
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (Código da Turma) – Prática do Módulo I – 28/11/22
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“Nossa hipótese é que qualquer pressão mecânica que espalhe uma gotícula infecciosa na
superfície contaminada pode ter um impacto na duração da sobrevivência viral,
interrompendo sua integridade e microambiente. Para estudar a influencia desse efeito, que
certamente ocorreria em condições reais, gotículas infecciosas de 2 µl foram depositadas
nas pontas dos dedos dos voluntários por 1 e 5 minutos. Como em experimentos
anteriores, metade foi preservada e as gotas restantes foram quebradas e espalhadas nas
superfícies de cada ponta de dedo imediatamente após a deposição. Os resultados
mostraram que as gotículas virais permaneceram infecciosas em taxa mais alta quando
conservadas intactas do que quando rompidas.” (HARBARTH S, SAX H, GASTMEIER
2003)

A importância da higienização das mãos nos cuidados de Saúde é um assunto abordado


desde anos passados com notável histórico entre variáveis categorias e especialidades da saúde. Na
categoria da Enfermagem, temos a fundamental participação de Florence Nightingale, que impôs a
prática em cuidadosamente observada em seus cuidados. Ignaz Semmelweis, médico obstetra
húngaro se destacou como “o salvador das mães”, quando relacionou a morte de puérperas, até
então diagnosticada como causa a “febre puerperal”, com a possibilidade de contaminação e
transmissão de patógenos através das mãos. Infelizmente, pela falta de base em estudos e provas
científicas, sua tese não foi considerada como deveria na época.
“Quando revejo o passado, só posso dissipar a tristeza que me invade imaginando o futuro
feliz em que a infecção será banida. A convicção de que esse momento deve chegar
inevitavelmente mais cerdo ou mais tarde alegrará o momento da minha morte.” (IGNAZ
SEMMELWEIS).

Segundo o Manual da ANVISA – Segurança Do Paciente, Higienização Das Mãos – de


2007, o procedimento da técnica de higienização das mãos se torna inadequado na prática diária,
pelo esquecimento de algumas etapas do “passo a passo” do mesmo. Há uma maior preocupação
por parte dos profissionais de saúde para com a quantidade do que com a qualidade do
procedimento, ocorrendo maiores falhas na técnica especialmente pela não observação das
superfícies das mãos a serem friccionadas.
Baseado nessa afirmação, trouxemos uma apresentação prática usando luvas e tinta, onde a
tinta representava o produto utilizado na higienização das mãos e as partes brancas da luva
representavam as partes das mãos contaminadas com sujidades e/ou microrganismos para
demonstrar a lavagem das mãos no modo rotineiro do cotidiano, desconsiderando as etapas do
procedimento, e em seguida, a mesma técnica abordando todas as etapas.

Figura 1 Figura 2 Figura 3


3

Figura 4 Figura 5 Fugura 6

Figura 7 Figura 8 Figura 9

Figura 10 Figura 11 Figura 12


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Figura 13 Figura 14 Figura 15

A demonstração apresenta a diferença entre as mãos higienizadas conforme a prática


rotineira, e na mesma sequência, as mãos higienizadas seguindo as Técnicas corretas do
Procedimento, onde é notável a real necessidade que sejam seguidos todos os passos corretos da
Higineização das mãos.

3. METODOLOGIA

Para a elaboração deste trabalho fizemos uso de métodos de pesquisas através de sites em busca de
artigos científicos que atendessem o objetivo do nosso trabalho. Após a leitura cuidadosa de vários
atigos, eliminando aqueles que não nos atendia, selecionamos os que atendiam aos critérios da
nossa busca.
Utilizamos um Notebook como ferramenta de busca, caderno e caneta para anotações e rascunhos.
Na demonstração do Procedimento de Lavagem das mãos seguindo as Técnicas corretas,
ultilizamos luvas de procedimento e tinta de caneta azul.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Após apresentarmos as evidências de transmissão de patógenos através das mãos e a


importância da higienização das mãos, idealizamos a demonstração da técnica correta e passo a
passo do procedimento nos serviços de Saúde.Utilizando a tinta azul como representação visível
dos locais nas mãos alcançados durante a higienização, onde a parte branca das luvas
representavam os locais das mãos com possíveis contaminação e presença de microrganismos.
Na primeira fase, realizamos a higienização das mãos através da lavagem comum e
rotineira feita no dia a dia. Foi possível observamos que parte das mãos não foram higienizadas e
permaneceram sem o alcance de produto.
Na segunda fase, realizamos a higienização das mãos utilizando todos os passos da técnica
asséptica correta e podemos perceber claramente que todas as partes das mãos (palma e dorso das
mãos, dedos e punhos) foram alcançadas e higienizadas, trazendo um melhor esclarecimento e
conscientização aos colegas presentes, onde todos expressaram o entendimento da real necessidade
de prática correta do Procedimento.

REFERÊNCIAS

1. HARBARTH S, SAX H, GASTMEIER P. A proporção evitável de infecções hospitalares:


uma visão geral dos relatórios publicados. J Hosp Infectar. 2003;
2. Ignaz Semmelweis: as lições que a história da lavagem das mãos ensina (fiocruz.br)
3. Infeção associadas aos cuidados de saúde – Enquadramento Concetual e Teórico
(1library.org)
4. Manual-higiene-das-maos-Seg-Paciente.pdf (saúde.ba.gov.br)

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