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Fundamentos Metodológicos
do Ensino da Matemática
JOÃO JOSÉ SARAIVA DA FONSECA
OSVALDO NETO SOUSA COSTA
FUNDAMENTOS
METODOLÓGICOS DO
ENSINO DA MATEMÁTICA
1ª EDIÇÃO
Sobral/2016
INTA - Instituto Superior de Teologia Aplicada
PRODIPE - Pró-Diretoria de Inovação Pedagógica
1 A HISTÓRIA DA MATEMÁTICA
Introdução.............................................................................................................................................2 1
Origem....................................................................................................................................................2 1
A Matemática no século XX............................................................................................................2 3
A Matemática no Brasil.....................................................................................................................2 3
O Ensino da Matemática..................................................................................................................2 5
Etnomatemática...................................................................................................................................2 6
A História da Matemática................................................................................................................2 7
Matemática Crítica..............................................................................................................................2 8
Modelagem Matemática..................................................................................................................2 9
Resolução de Problemas..................................................................................................................3 0
Contribuição da resolução de problemas para o Ensino da Matemática.....................3 1
Modelo para resolução de problemas........................................................................................3 2
Diferença entre problema e exercício.........................................................................................3 3
O professor e a formação para o Ensino da Matemática....................................................3 5
2 EPISTEMOLOGIA DO PENSAMENTO
MATEMÁTICO
A Epistemologia Genética de Jean Piaget.................................................................................4 1
A construção do pensamento lógico matemático.................................................................4 2
Provas Operatórias de Piaget.........................................................................................................4 4
Leitura Obrigatória................................................................................................. 60
Revisando................................................................................................................. 62
Autoavaliação.......................................................................................................... 64
Bibliografia.............................................................................................................. 66
Bibliografia Web..................................................................................................... 71
A Matemática está inserida na vida do ser humano, de forma que, está pre-
sente em tudo que fazemos ou desenvolvemos. Portanto, é necessário que seja
trabalhada nas séries iniciais do ensino fundamental como instrumento de leitu-
ra, interpretação e análise de problemas que, as crianças enfrentam no cotidiano.
A busca pela resolução, e solução de problemas faz revisar concepções, modificar
ideias antigas, inventar procedimentos e elaborar novos conhecimentos.
Seu aproveitamento efetivo é necessário para que a disciplina lhe ofereça es-
tratégias didáticas interessantes e aplicáveis em sala de aula. A troca de experiências
produz novos conhecimentos.
Os autores!
A partir desta ótica, o estudo desta disciplina, será de forma criativa com leitu-
ras de textos voltados para a área de atuação do professor, fazendo discussões com
principais autores consagrados da área de Pedagogia, além de testes e exercícios
para que o estudante sinta-se envolvido com esta disciplina.
GUIA DE ESTUDO
Após a leitura das obras, escolha uma e produza uma resenha crítica.
Comente com seus colegas na sala virtual.
Que tipo de erros este educador está sofrendo? Quem é o culpado deste caos
no processo de ensino e aprendizagem? De que forma o educador poderia inverter
esta situação?
HABILIDADES
Identificar os modelos de tendências pedagógicas para o Ensino da Matemática.
ATITUDES
Utilizar em sala de aula os modelos de tendências pedagógicas para o Ensino da
Matemática
Origem
A matemática (‘ciência’, conhecimento’ ou ‘aprendizagem’=inclinado a apren-
der’) é a ciência do raciocínio lógico e abstrato. A matemática estuda quantidades,
medidas, espaços, estruturas, variações e estatísticas.
Fonte: http://www.mat.ufrgs.br/~vclotilde/disciplinas/html/historia_nume-
ros.pdf
Matemática no Brasil
No Brasil, a História da Matemática indica que a formação do matemático
voltada para a pesquisa, teve seu marco na década de 30, conforme destaca D’Am-
brósio (2007, p.56):
A literatura utilizada nessa época, era de origem francesa, com uma mesclagem
de algumas produções didáticas brasileiras, dos quais se merece destaque, a de Júlio
Cesar de Melo e Souza no qual se inspirou na literatura árabe e passou a escrever sobre
o pseudônimo de Malba Tahan, as coleções de Jácomo Stávale, Ary Quintella e Algacyr
Munhoz Maeder, também são de importância para a História da Matemática no Brasil.
O Brasil passou três décadas nos moldes tradicionais sem propostas de inova-
ção, apenas nos conteúdos sugeridos por essas literaturas. Na década de 60, surgiu
o primeiro grupo de estudos de matemática, liderado por Osvaldo Sangiorgi, em
São Paulo.
Pedagogia Tradicional
Ensino Tradicional
Crítico Reprodutivistas
Etnomatemática
O prefixo Etno é semelhante à etnia, um grupo de pessoas que possuem a
mesma língua, a mesma cultura e os mesmos rituais religiosos. Para D’Ambrósio
(1993), a etnomatemática “é a matemática usada por um grupo cultural definido na
solução de problemas e nas atividades do dia a dia”. O termo surgiu, após o fracasso
da Matemática tradicional que possuía um componente comum, uma só visão, uma
só verdade. Sem espaço para questionamentos. Paralelamente ao ensino tradicional,
crescia uma corrente alternativa entre os educadores, que percebiam que não havia
espaço dentro da matemática para o saber empírico do estudante.
A História da Matemática
A tendência da Educação Matemática, propõe colocar a construção histórica
do pensamento matemático como, mecanismo de compreensão da evolução dos
conceitos, dando ênfase aos obstáculos das dificuldades epistemológicas inerentes
a sua evolução. A metodologia utilizada pela História da Matemática em sala de
aula ou pesquisas, conduz os estudantes ou pesquisadores a verificar que, as teo-
rias expostas como acabadas, resultam sempre em desafios da sociedade. Para os
matemáticos, o grande esforço, quase sempre é diferente dos resultados obtidos e
mostrados após o processo de descoberta.
Matemática Crítica
Para você compreender o propósito da Educação Matemática Crítica, pergun-
tamos primeiro o que significa ser crítica? Como o conhecimento matemático pode
auxiliar no exercício de uma postura crítica? No primeiro momento, podemos dizer
que ser crítico pode estar relacionado a alguma pessoa ou algum aspecto da reali-
dade procurando ou identificando alternativas para algo.
No século XX, o mundo foi aluído pela segunda guerra mundial, além do con-
flito diante da ameaça de armas nucleares, domínio ideológico e econômico, de
forma que esse processo que o mundo vivenciou teve influência do socialismo mar-
xista, que embasou a teoria histórico-crítica.
Modelagem Matemática
A Modelagem Matemática, procura estudar e formalizar fenômenos do dia a
dia. Um aspecto essencial da atividade de modelagem, consiste em construir um
modelo (matemático) da realidade que queremos estudar, trabalhar com tal modelo
e interpretar os resultados obtidos. Busca que o estudante se torne mais consciente
da utilidade da matemática para resolver e analisar problemas do cotidiano. (D’AM-
BROSIO, 1989).
Resolução de Problemas
A resolução de problemas, apresenta-se nas propostas educacionais atuais
como um elemento que favorece a construção de conhecimento matemático. A
experiência tem explicitado que o conhecimento matemático, ganha significado
quando os estudantes têm situações desafiadoras para resolverem e trabalharem
no desenvolvimento das estratégias de resolução, daí a solução de problemas como
ponto de partida da atividade matemática. A Declaração Mundial sobre Educação
para Todos da UNESCO, indica explicitamente a resolução de problemas como um
dos instrumentos de aprendizagem essenciais.
4ª - Reflexão sobre o que foi feito – Checar o resultado por outros caminhos.
Efetuar uma revisão crítica do trabalho realizado, checando o resultado e o raciocí-
nio utilizado, ou seja:
0 1 2 3
4 5 6 7
8 9 10 11
12 13 14 15
HABILIDADES
Identificar os estágios de desenvolvimento e as provas operatórias de Piaget.
ATITUDES
Utilizar em sala de aula as provas operatórias de Piaget.
O egocentrismo deve ser entendido no aspecto intelectual, visto que não consegue
transpor em pensamento a experiência de vida. Dos sete aos doze anos, que é o terceiro
estágio, a lógica não é mais puramente intuitiva, mas passa a ser operatória, sendo
que a criança é capaz de interiorizar ações de maneira concreta. A criança fica presa às
experiências vividas, o pensamento é mais coerente de forma a permitir construções
mais elaboradas. O egocentrismo diminui, de forma que o discurso lógico tende a ser
mais objetivo, confrontado com a realidade e com outros discursos.
Deste modo, para compreender o que uma criança pode ou não fazer em
determinada etapa e construir a outra, é necessário à descoberta da estrutura do
conjunto que está permeando.
Três estágios básicos são destacados por Piaget (1973), para melhor
entendimento do processo evolutivo das estruturas cognitivas. Na criação dos
primeiros esquemas de natureza lógico-matemática, as crianças se firmam em ações
sensório-motoras sobre objetos materiais e através de repetições espontâneas,
que chegam ao domínio e generalização da ação (estágio pré-operatório). O
segundo período está caracterizado pelo aparecimento das operações, as ações
em pensamento; a criança ainda depende dos objetos concretos nessa fase, para
Saiba mais:
HABILIDADES
Identificar as propostas curriculares do Ensino Fundamental e Médio.
ATITUDES
Trabalhar o desenvolvimento de capacidades como a resolução de problemas,
o raciocínio, a comunicação e o pensamento crítico de atitudes e valores à
autonomia e a cooperação.
Avaliação matemática
A avaliação dos estudantes na disciplina de Matemática, envolve interpretação,
reflexão, informação e decisão sobre os processos de ensino e aprendizagem. A
principal finalidade da avaliação é contribuir para a melhoria da formação dos
estudantes (PONA; SOUSA; DIAS, 2005).
• Existência de interdisciplinaridade;
No que diz respeito aos Parâmetros Curriculares para o Ensino Médio, eles
propõem-se trabalhar para além do desenvolvimento de conhecimentos práticos,
contextualizados, que respondam às necessidades da vida contemporânea, o de-
senvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos, que correspondam a
uma cultura geral e a uma visão de mundo.
• Comunicar;
• Investigar;
Comunicação instrutiva - de natureza diferente dos anteriores, uma vez que tem
uma dimensão metacognitiva. A comunicação instrutiva “é aquela em que o curso da
experiência da sala de aula é alterado como resultado da conversação” (BRENDEFUR;
FRYKHOLM, 2000, p. 148).
GUIA DE ESTUDO
A Matemática está inserida no dia a dia, portanto, seu ensino deve ir além dos
muros da escola. Na terceira unidade de estudo vem propor as formas didáticas de
seu ensino para as situações cotidianas, propostas nos PCN’s de Matemática, que
são orientações do Ministério da Educação para o ensino da Matemática do Ensino
Fundamental ao Médio.
4. Defina Etnomatemática.
MELO, Guiomar Namo de. Afinal, o que é competência? Brasília: Nova Escola, v.18,
n. 160, p. 14, março de 2003.
VERGNAUD, Gérard. A Matemática além dos números. In: Revista Pátio. Edição 13.
Jun/2012. Disponível em: https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/7149/a-
matematica-alem-dos-numeros.aspx Acesso em 28/03/2016.