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Índice

Introdução....................................................................................................................................1

Delimitação do tema....................................................................................................................2

Justificativa..................................................................................................................................2

Problematização...........................................................................................................................2

Situação do problema...................................................................................................................3

Objectivos....................................................................................................................................4

Objectivo geral.............................................................................................................................4

Hipóteses......................................................................................................................................4

Metodologia de Trabalho.............................................................................................................5

Fundamentação teórica................................................................................................................6

Conclusão...................................................................................................................................10

Cronograma de actividades........................................................................................................11

Recursos materiais e Orçamento................................................................................................11

Bibliografia................................................................................................................................12
Introdução

O presente trabalho, surge no âmbito da cadeira de Metodologia de Ensino e Investigação


Científica, Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia, e tem como objectivo principal (geral)
de conhecer o papel que a educação sexual pode desempenhar, no processo de ensino e
aprendizagem naquela escola de ensino básico, papel este que possibilita o melhor engajamento
da criança e adolescente no Processo de Ensino e Aprendizagem.

Para este projecto de pesquisa pretendo desenvolver o tema: o papel da educação sexual no
ensino básico, caso da Escola Primaria Complete de Ampuecha, Localidade de Nacuxa,
Distrito de Mossuril, 1º Trimestre, ano de 2020.

O trabalho em alusão visa adoptar a comunidade escolar no geral, de conhecimentos relativos a


educação sexual de forma a combater o fenómeno da desistência dos alunos principalmente as
raparigas nas escolas, devido a gravidez indesejada, prática de actividade sexual na adolescência
e os casamentos prematuros.

Como é sabido, que as crianças e os adolescentes estão num processo contínuo de aprendizado, e
conhecimentos estes que serão bagagem para a sua vida futura. Portanto, esta faxa etária precisa
de uma intervenção cuidadosa no que diz respeito a educação sexual, para que possam enfrentar
o meio escolar e social, desinformado. Acção está, que coloca-lhes em situações de
vulnerabilidade, principalmente nas raparigas.

O mesmo, foi desenvolvido no sentido de descrever as actividades concretas que a comunidade e


os intervenientes da escola desenvolvem no que diz respeito a educação sexual dos alunos numa
instituição educacional; explicar a importância da educação sexual no processo do ensino e
aprendizagem; e por fim propor acções ou medidas de modo a consciencializar os alunos, pais ou
encarregados de educação e professores, sobre as consequênciasda falta da educação sexual em
casa e no processo de ensino e aprendizagem.

Para a descrição do projecto de pesquisa e a conclusão do mesmo, ditou de várias consultas


bibliográficas pela internet, módulo da cadeira fornecido pela UCM e explicações dadas pelo
docente da cadeira, que nortearam o trabalho.
1. Delimitação do tema

Com este projecto de pesquisa pretende desenvolver, o estudo sobre: O papel da educação sexual
no ensino básico, caso da Escola Primaria Complete de Ampuecha, Localidade de Nacuxa,
Distrito de Mossuril, 1º Trimestre, ano de 2020

2. Justificativa

Segundo LAKATOS e MARCON (1991, p.68), a justificativa consiste em dizer dos porquês da
existência da actividade proposta, evidenciando ainda os fundamentos, quer teóricos, quer
práticos que o sustenta.

O tema em destaque merece uma atenção impar dado que a pesquisa justifica-se pela importância
deste tema, não dirigindo apenas ao nível escolar mas sim ao nível socio-cultural, onde disciplina
especifica aborda assuntos relacionados com a educação sexual ao nível das escolas.

Para responsabilizar os adolescentes e jovens de modo a canalizarem suas energias que lidam a
outras actividades a adiarem a actividade sexual para mais tarde, contribuindo assim para a
formação de sua personalidade, assumindo uma postura ou seja um comportamento sexual
aceitável, saudável e proporcionando a sua progressão na sua careira estudantil, não deixando de
lado enfatizar o papel que o professor deve assumir nesse processo como modelo de conduta
para os alunos.

No âmbito da educação sexual ou ainda da orientação sexual, o ambiente escolar tal como o
social (familiar), oferece uma vasta gama de conhecimentos sobre os métodos de prevenção da
gravidez indesejada, casamentos prematuros, das DTSs e HIV-SIDA, diminuindo as desistências
e obandono escolar dos alunos, em particular as raparigas. Deve-se considerar ainda as
consequências psico-sociais e culturais, que depois recaêm aos alunos sobre as implicações
psicológicas e sócias de uma gravidez indesejada, e infecção de uma DTS ou HIV-SIDA.

3. Problematização.

O papel da educação sexual no ensino básico.


3.1. Situação do problema.

Para GIL (1999, p.49), na percepção científica "problema é qualquer questão não resolvida e que
é objecto de discussão em qualquer domínio do conhecimento".

A formulação do problema constitui o ponto de partida de toda a pesquisa ou o motor do


processo investigatório. (RUDIO apud CASTRO (2005, p.69). O problema da pesquisa é o que
dá razão à pesquisa.

Em quase todas comunidades moçambicanas tem se verificado a realização de rituais que tem
como foco a educação sexual dos adolescentes, visando prepara-los para a vida adulta. Essas
práticas envolvem adolescentes com idades compreendidas entre 12 a 17 anos, que são
submetidos aos ritos de iniciação, onde as famílias têm abordado abertamente assuntos
relacionados com a sexualidade.

Com essas práticas, os adolescentes colhem ideias sobre sexualidade, sem ter em conta as
consequências de mau uso dos aconselhamentos adquiros nos ritos de iniciação, levando cada
vez mais a criança vulnerável de vários perigos em sua vida. Portanto, perante esta situação
coloca-se a seguinte questão:

“Qual é o papel que desempenham os intervenientes escolares (professor, pais


encarregados de educação) na educação sexual ao nível do ensino básico daquela
instituição escolar?”

Os pais e encarregados de educação ainda não dão a devida atenção a sexualidade dos seus
filhos, aumentando assim a responsabilidade dos professores na educação sexual dos alunos.
Propõem-se que esta seja alicerçada em um tripé composto por informações provenientes da
família, da escola e de fontes que, embora não sejam capazes de sensibilizar os jovens a assumir
comportamentos livres de riscos, como amigos, televisão, revista e internet estão presentes. Se a
família não assume o papel na educação sexual dos jovens, a responsabilidade recai sobre a
escola, na figura do professor.

O papel da escola pode ser considerada maior do que da família na educação sexual dos
adolescentes, quando a família não se empenha nesse processo, e o número de adolescentes
instruídos é menor do que, se o professor da área de educador fizer o mesmo. Neste contexto, o
professor torna-se profissional adequado para alcançar grande número de adolescentes.

4. Objectivos

4.1. Objectivo geral

 Conhecer o papel que a educação sexual pode desempenhar, no processo de ensino e


aprendizagem naquela escola de ensino básico.

4.2. Objectivos específicos

 Descrever as actividades concretas que a comunidade e os intervenientes da escola


desenvolvem no que diz respeito a educação sexual dos alunos daquela instituição;
 Explicar a importância da educação sexual no processo do ensino e aprendizagem;
 Propor acções de modo a consciencializar os alunos, paios ou encarregados de educação e
professores, sobre da importância sexual no processo de ensino e aprendizagem.
5. Hipóteses

Para se responder uma questão problemática, é necessário avançar com propostas que possam
trazer a luz, soluções concretas que se relacionem a causa e o problema.

a) O factor que exerce mais influência sobre os alunos para a desistência naquela escola, pode ser
pela ausência de conhecimentos concretos acerca da sexualidade no seio familiar;

b) Se existe uma disciplina específica de educação sexual, então os professores, orientam debates
juntos dos alunos de forma sistemática;

c) Os intervenientes daquela escola somente esforçam-se em transmitir aos alunos


conhecimentos acerca da vida sexual, vida conjugal vida matrimonial, em relação aos objectivos
educacionais.

6. Metodologia de Trabalho

Em termos metodológicos esta pesquisa pode ser considerada como estudo de caso.
Concordando com Gil (1999:32) “a relevância da abordagem de um único caso consiste na
possibilidade de alcançar maior grau de minuciosidade e conhecimento exaustivo sobre o objecto
de estudo através da descrição de vários componentes do todo”.

Este é um estudo de natureza qualitativa, de carácter descritivo, desenvolvido em uma escola,


visando essencialmente descrever fenómenos que ocorrem acerca da sexualidade.

Para elaboração deste trabalho baseou-se fundamentalmente em observação, entrevista através de


um questionário aberto e consultas bibliográficas.

Entende-se por universo ou população, o conjunto desertes animados e inanimados que


apresentam pelo menos uma característica em comum”, (MARCONI e LAKATOS), 2003: 223).

A pesquisa tem como universo populacional, toda comunidade escolar da escola Primaria
Completa de Ampuecha, que directa ou indirectamente contribuem no PEA da escola em
referência, e que a pesquisa será feita de forma que seja abrangente. A pesquisa foi realizada
durante o 1º Trimestre do ano de 2020 e conta com a participação de alguns professor, de alunos
na faixa estaria compreendida entre 10 a 17 anos de idade que trabalham no turno de manhã e de
tarde, que consentiram em participar da pesquisa.

Dos contemplados a participar da entrevista, no total foram 20 participantes, destes cinco (5) são
professores, dez (10) alunos dos quais sete (7) de sexo feminino e três (3) masculinos. Quatro (4)
pais e encarregados de educação e um (1) é pai e encarregado de educação e funcionário da
escola.

Para a colecta de dados foi utilizada a entrevista através de um questionário aberto, as quais
alguns professores contribuem para o alcance do objectivo, que é saber o papel que a educação
sexual pode desempenhar, no processo de ensino e aprendizagem naquela escola de ensino
básico. Tal facto pode ser constatado nas falas: […] os pais não conversam com os filhos, na sua
maioria em casa, então compete a escola orientar bem para que realmente a formação seja dos
educandos. (professor 2). Os pais e encarregados de educação ainda não dão a devida atenção a
sexualidade dos filhos o que aumenta a responsabilidade dos professore na educação sexual do
aluno.
Particularmente, eu já tenho feito exercício do desenvolvimento do assunto da sexualidade, da
prevenção de doenças transmitidas sexualmente e da tão Misteriosa SIDA, através de leituras de
textos. Por ser professor de português, para mim e mais fácil. (professor 3)

As escolas quer do novel primaria, secundaria e superior, tem aumentado significativamente as


descrições sobre a sexualidade no que diz respeito a gravidez indesejada as DTSs/SIDA e as
desistências das raparigas nas escolas.

As vezes são os próprios professores que assediam as nossas meninas ao invés de ensinar o lado
positivo das coisas, (pai e encarregado de educação 3).

Essas discussões tornaram-se mais preocupantes por envolver de certo modo alguns professores,
manchando assim o perfil do corpo docente, e influenciando o negative sucesso escolar dos
adolescentes.

7. Fundamentação teórica

De acordo com Maia e Ribeiro (2011), a sexualidade é um conceito amplo e histórico. Ela faz
parte de todo ser humano e é representada de forma diversa dependendo da cultura e do
momento histórico. A sexualidade tem componentes biológicos, psicológicos e sociais e ela se
expressa em cada ser humano de modo particular, em sua subjetividade e, em modo objetivo, em
padrões sociais que são aprendidos e apreendidos durante a socialização. (pp.75-76).

Então, a função do professor que se propõe a dialogar sobre sexualidade na escola, segundo
Figueiró (2006), ... “cabe a eles criar oportunidades várias de reflexão, para que os alunos
pensem e discutam com os colegas, a fim de que formem sua própria opinião sobre sexo pré-
matrimonial, masturbação, homossexualidade e aborto, entre outros. Cabe também ao professor
fazer com 26 que os alunos tenham acesso a informações claras, objetivas e científicas sobre a
sexualidade. (p.2)”.

Observando a relevância do papel do professor, Leão (2009) cita que haja que haja vista o
contato direto com o aluno, neste convívio pode avaliar as dúvidas, inquietações e necessidades
deste em diversos temas, o que abrange na sua totalidade à sexualidade. Sendo assim, o educador
pode tanto ajudar ou simplesmente ignorar. Portanto, em ambos os casos, está contribuindo de
forma favorável ou desfavorável à educação sexual do educando.

Segundo Figueiró (1999), em suas práticas e convivência direta com professores, tem visto que
eles vêm se defrontando com várias situações ligadas à manifestação da sexualidade, que
necessitam de conhecimentos e habilidades específicas e, portanto, habilidades para saber
aproveitar as oportunidades que surgem, a fim de ensinar a partir delas. Contudo, percebemos
que, mesmo quando essa preocupação existe, os educadores acabam priorizando uma abordagem
biológica da sexualidade.

Essa perspectiva é importante, mas não suficiente para esclarecer todas as dúvidas relacionadas à
sexualidade e suas múltiplas manifestações. O educador é responsável por formar, informar,
debater, investigar, refletir sobre variados temas, bem como possibilitar a ampliação do
conhecimento do aluno a respeito das diferentes culturas e valores existentes nos vários grupos
sociais.

A educação sexual faz parte do sistema de uma educação total sendo que esta educação sempre
existiu em todas as sociedades, ciente ou não ciente, com objetivos definidos ou não, “assumindo
características variadas, segundo a época e as culturas.” Werebe (1998, p.139).

Camargo e Ribeiro (1999) relatam que a educação sexual não é uma mera prática educacional,
mas deve ser integrada ao currículo de cada proposta escolar, já que sua estruturação e
sistematização levam a uma percepção histórica e dualística do mundo.

Ribeiro (2004), por sua vez, defende que a educação sexual deve ser completa e emancipatória,
questionando as noções e pressupostos pedagógicos que estão diluídos nos saberes sociais.
Assim, o educador deve cooperar com uma busca de cidadania para todos. Complementando,
Guimarães (1995) cita que a educação sexual deve criar oportunidades para a maturação dos
sentimentos, promovendo as capacidades de solucionar e escolher, bem como o diálogo de
questões éticas e morais. Ela deve operar em trocas dinâmicas, sendo um elo ativo entre gerações
distintas. Assim, é necessário que se deixe “contaminar” por novos pensamentos e que eles sejam
colocados em prática.
Muitos autores têm dado as suas contribuições em relação a problema da sexualidade nas escolas
quer do nível primário como do secundário. De acordo com Jhonson apud Sprinthal (1993:64)
“realça a necessidade de criação de programas educativos eficazes para ajudar a reduzir o
sentimento de incompetência e eliminar algumas pulares erradas sobre a sexualidade”.

A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica do indivíduo, além


das potencialidades reprodutivas, relaciona-se com a busca do prazer, necessidade fundamental
da vida humana, manifestando-se desde o nascimento ate a morte de formas diferentes em cada
etapa de desenvolvimento. Se por um lado o sexo e expressão biológica que define um conjunto
de características anatomofisiologias, a sexualidade e entendida de forma mais ampla em
expressão cultural.

Para Ferois et all (1993:73) “a sexualidade não designa apenas a actividade e o prazer do que
depende do funcionamento do aparelho genital, mas toda serie de excitações e de actividades
presentes desde a infância, que proporcionam um prazer irredutível a satisfação de uma
necessidade fisiológica fundamental que se encontram a título de componente forma normal do
amor sexual.”

Assim como a inteligência, a sexualidade será construída a partir das possibilidades individuais
da sua interacção com o meio e cultura. As crianças recebem então desde cedo uma qualificação
ou julgamento do mundo adulto em que estão emersas, dotados de valores e crenças atribuídas a
sua busca de prazeres os quais estão presentes em sua vida psíquica.

Neste contexto a sexualidade joga um papel fundamental nos códigos éticos sociais das
diferentes culturas da sociedade. Mas o reconhecimento da importância desta, e feita pela
negativa força dos intertidos que existem em cada uma delas.

A sexualidade é primeiramente abordada em espaço privado por meio de relações familiares.


Assim de forma explicita ou implícita são transmitidos valores que cada família adopta como
seus e socialmente aceite e cabendo a escola padronização destes princípios que cada aluno traz
da sua família. Neste sentido o trabalho realizado pela escola não substitui e nem concorre com a
função da família mas sim a completa. Deve constituir um processo formal do que acontece
dentro da instituição escolar e planeta propondo uma intervenção por parte dos profissionais da
educação.

Segundo Laura Muller, sexóloga do site MDEMULHER: “A educação sexual precisa ser uma
ação conjunta entre família, escola e sociedade”

Os pais são os principais educadores dos filhos, eles já estão dando um roteiro para a criança de
como ser homem ou como ser mulher no mundo. Isso é educação sexual. Quando essa criança
cresce, vão surgindo as perguntas e a família precisa estar preparada de uma forma aberta. Isso
faz parte do desenvolvimento. Basta o jovem encontrar um espaço em casa para sanar suas
angústias, dúvidas e falar sobre o assunto de uma forma que ele se sinta acolhido.

Os pais não precisam saber todas as respostas, porque ninguém sabe. Sexo é um tema tabu, é
natural ter essa dificuldade. Mas com a família à disposição, o jovem já se vê mais seguro sobre
isso.

Desde 1997 esse tema deve ser tratado no ensino, a partir dos 7 anos de idade. Hoje, mais de uma
década depois, a gente ainda não tem a totalidade das escolas abordando o assunto. Muitas vezes
as questões surgem nesse ambiente. Os beijos, as brincadeiras…

Então a escola tem um papel fundamental nessa formação. A educação sexual precisa ser uma
ação conjunta entre família, escola e sociedade. Estamos formando essas crianças e adolescentes
para serem adultos melhores, cada vez mais confortáveis com seu corpo, sua saúde e a sua
sexualidade.

Ainda para Ferois et all (1993:73), acrescenta que: Não há dúvida que partes chamadas que o
currículo oculto na educação durante os anos da adolescência consciente numa preocupação
consta com a sexualidade humana. Partindo da realidade de que por si só a informação rigorosa
não resolve as complexas questões da incompetência sexual mas pode ser um passo. Visto que
em cada idade e estado de desenvolvimento a criança e o adolescente precisam de um
aconselhamento contínuo por parte dos adultos para se acomodarem e assimilarem os efeitos das
mudanças quer ao nível orgânico, quer ao nível social ao entrarem para a socialização, visto que
na adolescência a diversidade e mudança estão no auge da sua intensidade e as diferenças extra e
intra-sexuais estão no seu máximo.
Os primeiros anos de escolarização no nível básico já apresenta uma especial diversidade em
áreas como crescimento físico, mudanças glandulares, sexuais e cognitivas, a razão pela qual este
período considera-se crítico e os alunos precisam de apoio suplementar quer na escola assim
como na família. Deste modo torna-se necessário que as escolas desenvolvam uma consciência
extra para os aspectos deste currículo oculto dentro e for as da sala de aula.

O conhecimento de uns quantos fatos desta área pode desvanecer alguns mistérios e corrigir
alguns procedimentos, visto que muitas vezes após a apresentação de problemas de género
segue-se um suspiro de alívio colectivo por parte da turma. Isto não segue que o professor deva
inundar os alunos do primeiro ano de ensino básico com todas ilustrações, pois os alunos
poderiam confundir a educação sexual com encorajamento sexual, razão pela qual o processo
tem que ser gradual tendo o desenvolvimento mental e cronológico dos alunos.

Portanto a educação sexual deve ser tratada de uma forma sensata e cuidadosa, pois se o
professor passa demasiado tempo a tentar explicar pormenorizadamente a compressibilidade da
educação, os adolescente poderem se sentir super estimulados confundindo a educação com o
encorajamento e deste modo os problemas e relativamente ao abandono escolar, gravidez
indesejada, assédio sexual entre outros poderem aumentar ao invés de reduzir.

8. Conclusão

É inerente ao ser humano se desviar daquilo que não conhece e isolar-se do que é estranho. A
partir dessa pesquisa verificou-se a dificuldade de efetivação da educação sexual no contexto
escolar.

A temática sexualidade é uma discussão relevante e questões como homossexualidade, sexo e


religião, doenças sexualmente transmissíveis, controle da natalidade, dentre outros, são
realidades que constituem o dia a dia das pessoas e perpassam por esferas de ordem política,
econômica e social, sendo que estas simplesmente influenciam e até determinam nosso modo de
agir.

A educação sexual foi implementada nos Parâmetros Curriculares Nacionais como tema
transversal e poucas mudanças foram percebidas a fim de programar ações voltadas para a
discussão da temática na escola. Outro fato a ser repensado pela escola é a união com a família,
para que essas também tenham acesso a informação e facilitem o trabalho com o tema, porque
segundo os professores essa é uma grande dificuldade, em decorrência dos tabus e preconceitos.

É preciso que a educação sexual não seja objeto de estudo distante do conteúdo dos alunos. Eles
não devem ser chamados para conversar sobre sexualidade apenas para serem advertidos,
alertados e protegidos, tendo os aspectos biológicos e fisiológicos como aparato. Mas,
convidados a debater sobre algo que lhes dá prazer, que constitui parte de sua descoberta e
entendimento como agente social na relação com o outro.

Assim, fica clara, com a realização desta pesquisa, a necessidade de tornarmos a sexualidade um
sinônimo de solução e não de problemática, tendo a educação sexual como fator gerador para
isso, passando pela capacitação dos professores e envolvimento da comunidade (pais ou
encarregados de educação), até chegarmos ao ponto em que toda sociedade desfrute desse
processo educativo e conscientizador.

9. Cronograma de actividades

Fevereiro à Abril de 2020


Nº Actividade/período Fevereiro Março Abril

1 Levantamento de literaturas
2 Montagem do projecto
3 Colecta de dados
4 Tratamento dos dados
5 Elaboração do relatório final
6 Revisão do texto
7 Entrega do trabalho

10. Recursos materiais e Orçamento

Ordem Material necessário Quantidade. Custo unitário Custo total


1 Sebenta 1 50,00 Mt 50,00 Mt
2 Caneta 2 10,00 Mt 20,00 Mt
3 Borracha 1 5,00 Mt 5,00 Mt
4 Pasta de arquivo 1 50,00 Mt 50,00 Mt
5 Bloco de nota 1 30.00Mt 30.00Mt
6 Lápis 1 5.00Mt 5.00Mt
7 Total 160,00 Mt
Bibliografia

 FROIS, António e tal. Rumos da psicologia. 6ed. Lisboa, 1990;


 GIL, António Carlos. Método e técnica de pesquisa social. 5ed.Editora Atlas. São Paulo
1999;
 JUNG, Carlos Fernando. Metodologia Cientifica: ênfase em pesquisa tecnológica. 3ed.
São Paulo 2003;
 MARCONI, Maria de Andrade e Lakatos, Eva Maria. Técnicas de pesquisa, 5ed.editora
Atlas, São Paulo, 2006;
 SPRINTHALL, Norman e SPRINTHALL, Richard. Psicologia educacional: uma
abordagem desenvolvimentista. Mc Graw-Hill. Portugal, 1993;
 https://mdemulher.abril.com.br/familia/o-papel-da-familia-e-da-escola-na-educacao-
sexual-das-criancas/amp/;
 AMORIM, Ana Paula. Metodologia do Trabalho Científico. 2ª ed. Bahia-Brasil, 1998.
 BALOI, Emília Afonso Mário Suarte, Introdução à Investigação Científica; Ensino à
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Revista Brasileira de Psicologia e Educação, 15(1), pp.75-84;
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Araraquara quanto a inserção das temáticas de sexualidade e orientação sexual na
formação de seus alunos. Tese de doutorado, Universidade Estadual Paulista, Faculdade
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http://www.periodicos.udesc.br/index.php/linhas/article/view/1323;
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Moriá Gráfica e Editora Ltda;
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Dimensões da Sexualidade). Campinas, SP: Mercado das Letras.
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Universidade Católica de Moçambique, Beira, Moçambique.

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