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Faculdade de Educação Física e Desporto

TPD IV Voleibol
2021/2022

Proposta metodológica de Ensino no contexto do Voleibol

Autores:

Francisco Lourenço nº 22002121

Tiago Pereira nº 22000843

Docente:

Percy Oncken

Turma:

EFDE 3
Índice
Introdução ....................................................................................................................... 3
Contributo Formativo-Educativo do Voleibol ................................................................... 3
Conceção de Ensino do Voleibol .................................................................................... 4
Dificuldades Inerentes à sua Aprendizagem ..................................................................... 4
Papel Pedagógico do Jogo .................................................................................................. 5
O jogo reduzido e o jogo condicionado .............................................................................. 5
Corpo do trabalho ........................................................................................................... 6
Caracterização do passe e do ataque (remate) ................................................................ 6
Identificação do nível de jogo praticado ............................................................................. 7
Enquadramento do passe e do ataque no 3º Ciclo .......................................................... 8
Proposta metodológica ................................................................................................... 9
3º Ciclo: 3 semanas com carga semanal de 90min+45min; ........................................... 9
1ª aula- 90 min .................................................................................................................................. 9
2ª aula- 45 min ................................................................................................................................ 11
3ª aula- 90 min ................................................................................................................................ 13
4ª aula- 45 min ................................................................................................................................ 16
5ª aula - (90 min) ............................................................................................................................ 18
...................................................................................................................................... 20
6ª aula- 45 min ................................................................................................................................ 20
Justificação didático-metodológica da progressão de ensino ....................................... 22
Considerações Finais .................................................................................................... 22
Referências Bibliográficas ............................................................................................. 24

Índice de Figura
Exercício 1 ................................................................................................................................. 9
Exercício 2 ............................................................................................................................... 10
Exercício 3 ............................................................................................................................... 10
Exercício 4 ............................................................................................................................... 11
Exercício 5 ............................................................................................................................... 11
Exercício 6 ............................................................................................................................... 12
Exercício 7 ............................................................................................................................... 13
Exercício 8 ............................................................................................................................... 13
Exercício 9 ............................................................................................................................... 14

1
Exercício 10 ............................................................................................................................. 14
Exercício 11 ............................................................................................................................. 15
Exercício 12 ............................................................................................................................. 16
Exercício 13 ............................................................................................................................. 16
Exercício 14 ............................................................................................................................. 17
Exercício 15 ............................................................................................................................. 17
Exercício 16 ............................................................................................................................. 18
Exercício 17 ............................................................................................................................. 18
Exercício 18 ............................................................................................................................. 19
Exercício 19 ............................................................................................................................. 20
Exercício 20 ............................................................................................................................. 20
Exercício 21 ............................................................................................................................. 21
Exercício 22 ............................................................................................................................. 21
Exercício 23 ............................................................................................................................. 22

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Introdução

Este trabalho concretizado no âmbito da disciplina de Voleibol, no curso de


Educação Física e Desporto Escolar da Universidade Lusófona de Humanidades e
Tecnologias, abrange uma explicação sobre o contributo formativo e educativo do
Voleibol, a conceção do ensino do mesmo (dificuldades inerentes à sua aprendizagem,
papel pedagógico do jogo, jogo reduzido e o jogo condicionado) e por fim uma proposta
metodológica de uma unidade didática correspondente ao 3º Ciclo (3 semanas com
carga semanal de 90min+45min).

Através deste trabalho vamos aumentar o nosso conhecimento sobre o Voleibol


e ao mesmo tempo vamos melhorar tecnicamente e taticamente para estarmos
preparados para construir uma unidade didática de Voleibol. Para isto acontecer, o
trabalho vai abranger um enquadramento teórico com participações de alguns autores
sobre o tema do trabalho e os principais conceitos e abordagens teóricas no âmbito do
Voleibol relacionados com o tema, numa metodologia, onde se encontra a
caracterização das fases de jogo e do passe e ataque, segundo FIVB (Federação
Internacional do Voleibol), a identificação do nível de jogo praticado e um
enquadramento do passe e ataque (remate) numa unidade didática do 3ºciclo e
secundário.

Por fim, iremos abordar a justificação didático-metodológica da progressão de


ensino no Voleibol e terminaremos com a conclusão e referências bibliográficas.

Contributo Formativo-Educativo do Voleibol


O Desporto em si é um meio muito importante na vida das crianças/jovens, pois
este é um grande meio para a transformação das crianças e dos jovens.

Os Desportos coletivos privilegiam a divisão de trabalho pelos diferentes


elementos do grupo, o que implica então que haja um desempenho de funções
específicas e domínio da dinâmica das suas coordenações (Lopes,H. & Fernando, C.,
2013).

Com isto, o Voleibol apresenta na sua essência o jogo, o que é o principal fator
para a prática do mesmo, pois este cria relações interpessoais e também relaciona a
competição. Este então tem um papel fundamental na formação das crianças/jovens,
pois este é um motor para o desenvolvimento social, emocional e intelectual dos alunos
(Moscard, Alves, & Gregol, 2013).

Segundo Moscarde et al. (2013), o Voleibol tem inúmeros benefícios e


características que contribuem para o desenvolvimento afetivo, social, físico e cognitivo,
na aquisição de habilidades motoras, a satisfação, alegria e motivação. Os aspetos
afetivos e sociais estão ligados entre si, estes são vistos de maneira diferente de pessoa
para pessoa, pois a capacidade de interação entre as pessoas varia consoante o meio
onde se conheceram, locais que frequentam, entre outros. Se estes forem trabalhados
corretamente na escola e nos clubes, os benefícios do Voleibol serão vistos também na
vida social e escolar das crianças/jovens.

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O nível cognitivo está presente, pois as crianças/jovens cometem bastantes
erros relativamente às movimentações no terreno de jogo e a movimentos técnicos.

Segundo Bojikian (2003) citado por Moscarde et al. (2013) a aula tem de ter um
sentido, isto é, não adianta fazer uma atividade física se não proporcionarmos às
crianças/jovens uma nova aprendizagem ou melhoramento da mesma, e quanto mais
estiver ligado à situação de jogo, maior serão os seus objetivos (Filho, Lira, & Santiago,
2019).

Nas etapas iniciais, o Voleibol deve permitir uma aprendizagem significativa para
os alunos sobre o valor da sua prática e no que esta contribui para a vida do indivíduo.
É essencial que os alunos percebam a importância do Desporto, formando-se em
cidadãos participativos que desenvolvam o respeito pelas regras, que aprendam a
ganhar e perder e a viver em sociedade com respeito, cooperação e afetividade.

O objetivo é oferecer às crianças a vivência de todos os conteúdos


compreendidos pela Educação Física disponibilizando a integração das suas
habilidades motoras de forma lúdica e simbólica, de modo a incentivar a consciência
crítica da realidade e da sociedade que as rodeiam. É de extrema importância o aluno
aprender a jogar dentro das regras, uma vez que discutimos e vivemos constantemente
a importância dessas regras dentro da nossa sociedade.

É através do movimento que a criança vivencia novas experiências, desenvolve


as suas habilidades motoras que podem ajudar na aprendizagem, na criatividade e na
socialização (Franco, 2002).

Conceção de Ensino do Voleibol

Dificuldades Inerentes à sua Aprendizagem

Segundo (Machado, 2006), quando uma criança/jovem inicia um projeto na


modalidade de Voleibol, o seu treinador/professor de iniciação deve fazer com que eles
gostem da modalidade e que não abandonem a mesma, muito menos a prática
desportiva. O meio de aprendizagem é diferente de pessoa para pessoa, sendo que,
algumas pessoas conseguem captar e perceber mais rápido que outras pessoas. O
meio de aprendizagem depende de cinco fatores como: sensação, perceção,
memorização, atenção e motivação (Longo, et al.).

A sensação é o processo pelo qual os jovens atletas são estimulados interna ou


externamente, provocando uma reação física ou emocional. A perceção, como indica a
própria palavra, é a ação ou efeito de perceber, de compreender o sentido de algo
através das sensações. A memorização consiste no ato de memorizar, neste caso,
poderá ser de um movimento ou de uma ação técnico-tática. A atenção corresponde à
concentração mental sobre algo específico, podendo também tratar-se de um
movimento ou de uma ação técnico-tática. Por fim, a motivação consiste na reunião de
razões pelas quais alguém age de certa forma, ou seja, trata-se do processo que origina
uma ação consciente. Estes cinco fatores são muito importantes quer no dia a dia de
cada jovem quer na aprendizagem do Voleibol.

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De acordo com Harrison et al. (2010), existem dois modelos para ensinar
Voleibol, que se diferem entre si pela metodologia na aprendizagem desta modalidade,
Skill teaching e Mastery Learning-on Skill. Está comprovado que as estratégias de
aprendizagens aumentam o número total de contactos com a bola, especialmente nos
jovens em etapa de iniciação, logo podemos concluir que a aprendizagem pode ser
potenciada nas dificuldades inerentes através de um ensino pouco ou nada anárquico,
o que faz com que as dificuldades dos jovens estejam ligadas ao movimentos técnicos
e movimentações táticas que praticados com bola, não só estão a fomentar o
desenvolvimento dos cinco fatores referidos como também a diminuir as dificuldades
de aprendizagem.

O treinador/Professor das crianças/jovens deve ter em mente que na etapa de


iniciação o fundamental é que os praticantes desenvolvam o gosto pela prática
desportiva e em particular pelo Voleibol, como tal, perante as dificuldades de
aprendizagem, o Treinador/Professor deve ser paciente e não desistir de ajudar os
praticantes na progressão da sua aprendizagem.

Papel Pedagógico do Jogo

O jogo tem um papel pedagógico fundamental no desenvolvimento das


crianças/jovens, pois, contribui para a construção humana e social de todos os
“jogadores”, visto que se aprende a jogar jogando e é através de situações de jogo que
os jovens colocam em prática tudo o que aprenderam, não só eles, como também o
professor, pois, o mesmo assim irá conseguir perceber o que necessita de trabalhar
mais para que os jovens evoluam.

Muito jovens só tem o objetivo da vitória e por isso não valorizam a progressão
e o desenvolvimento das técnicas fundamentais. Estes comportamentos podem afetar
negativamente as competências técnicas e sociais de todos os jovens. Porém, se a
prática desportiva na etapa de iniciação do Voleibol for vista como uma oportunidade
para a progressão dos processos de formação dos jovens tanto a nível pessoal como a
nível desportivo vão existir melhorias. É desta forma que o jogo é um potenciador físico
e técnico para os jovens atletas, mesmo que a derrota seja o resultado final, existe
sempre pontos positivos a retirar.

O jogo reduzido e o jogo condicionado

Nos desportos coletivos, existe uma pesquisa de métodos que possam


aperfeiçoar
as capacidades físicas simultaneamente com as qualidades técnicas e táticas. Para
tal, os jogos reduzidos surgem como uma proposta para a melhoria
da performance em muitos desportos.

Segundo Greco et all (2008), citado por Araújo,S.N. (2014), “Quando o número
de participantes no jogo é reduzido, as alternativas táticas de tomada de decisão
também são reduzidas, mas as dificuldades táticas e técnicas são preservadas (Araujo,
2014). O jogo reduzido possibilita aos alunos um alto número de repetições e um alto
número de contactos com a bola, o que acaba por ser um fator relevante na evolução e
progressão da parte técnica e também a nível de motivação e satisfação dos alunos. O

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jogo condicionado abrange diversas tarefas, onde o professor/treinador cria regras que
envolvem todo o grupo de modo a todos serem imprescindíveis na organização do
mesmo e na obtenção dos objetivos, sendo que, através deste modo de jogo não só
sustentamos, de uma forma benéfica, as interações entre cada elemento, como também
a relevância de cada aluno no exercício e no objetivo final.

No caso do voleibol os jogos reduzidos correspondem a exercícios de 1x1,2x2


etc. até atingir o jogo normal. Estes jogos devem seguir as regras do jogo formal e são
utilizados com muita frequência em etapas inicias de formação, visto que nas idades de
7 a 12 anos é trabalhado o minivoleibol. De acordo com Greco (1998), citado por de
Araújo,S.N. (2014), o ensino deve ser realizado através do método situacional
correspondentes a situações de 1x0- 1x1-2x1, ou seja, com um número de praticantes
reduzido.

O jogo condicionado corresponde a situações onde o professor/treinador utiliza


condicionantes como por exemplo, usar apenas o toque de dedos, para que os seus
atletas melhorem essas componentes técnicas e por vezes também táticas. De acordo
com Garganta (2001), citado por Farias, A.A.D. (2021), os jogos condicionados têm
como característica a possibilidade da desmontagem do jogo em unidades funcionais
que podem ser reconstruídas ao longo do processo de ensino/aprendizagem, permitindo
que os princípios do jogo controlem esta aprendizagem (Garganta, 2001).

Corpo do trabalho

Caracterização do passe e do ataque (remate)

Neste trabalho aprofundaremos um pouco mais sobre o passe e ataque (remate)


com o objetivo de caracterizar estas duas componentes técnico-táticas.

No que toca ao passe, este é o primeiro conhecimento transmitido aos jogadores


que estão em fase de aprendizagem, pois, é utilizado em todo o momento do jogo e é
relativamente fácil de aprender. Em relação ao remate, este é ensinado um pouco mais
tarde devido a ser complexo.

O passe (passe de dedos) pode ser executado de forma frontal, de costas, de


forma lateral ou em suspensão. Quando executamos o passe, a bola deve ser
contactada acima e ligeiramente à frente da cabeça, onde as mãos envolvem a bola,
contactando-a com os 10 dedos, sendo que a bola não é agarrada nem batida, mas sim
algo entre as duas ações. Os pés devem estar ligeiramente afastados sendo que um
deve estar a frente do outro consoante o lado para onde se quer fazer o passe. No final
do passe, os membros superiores devem acompanhar a bola em extensão. Numa etapa
inicial, o passe que deve ser ensinado é apenas o frontal, pois os outros tipos de passes
já implicam uma maior capacidade técnica e também tática.

Em relação ao remate, podemos dizer que é através da ação do mesmo que se


conquista a maioria dos pontos. O remate possui cinco fases e é ensinado com mais
pormenor que o passe, pois, implica gestos técnicos mais complexos. As cinco fases do
remate são as seguintes: corrida de aproximação :1º passo curto, 2ºlongo e o 3º serve

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como apoio para a chamada, sendo que os destros devem fazer o 1º passo com o pé
esquerdo e os canhotos devem fazer o 1º passo com o pé direito; chamada, onde

os membros superiores devem na impulsão de forma a poder ajudar a ação dos


membros inferiores, sendo que, a saída do solo deve ser explosiva, evitando a flexão
salientada dos membros inferiores; salto, este que deve ser equilibrado e elevado e
deve ser feito com o intuito de rematar na linha do ombro dominante; bater na bola, isto
é, com o salto, o aluno/atleta deve puxar o braço dominante para fora e para cima,
acompanhando através de uma rotação do tronco e ligeira flexão das costas, sendo que
o braço não dominante deve ajudar na direção. Após o remate, o braço deve seguir o
seu movimento natural para baixo. Por último, temos a quinta fase do remate que se
designa de queda, que deve ser feito com os dois pés, estes que devem amortecer a
queda, através da flexão dos tornozelos, joelhos e coxofemorais. Para além do remate,
temos ainda uma outra forma de atacar, que se designa ‘amorti’, isto é, amortecer a bola
para o campo adversário, com o objetivo de retirar força à bola, desequilibrando e
enganando o bloco do adversário, colocando a bola num espaço vazio.

Identificação do nível de jogo praticado

Segundo Mesquita (1995), a seleção de uma metodologia de ensino por parte do


professor deve ir de encontro com a capacidade de resposta do praticante. Para tal,
uma das opções a utilizar são os jogos modificados e tarefas que tenham como objetivo
a prática das habilidades técnicas no contexto do jogo. No entender do autor, o ensino
do Voleibol deve ser feito por etapas de aprendizagem, atendendo aos seguintes
aspetos: definição clara e concisa dos objetivos; sistematização dos conteúdos de
aprendizagem; integração dos procedimentos técnicos de acordo com as necessidades
e o desenvolvimento imposto pelo jogo; escolha de estratégias que impliquem e facilitem
a aprendizagem; adaptação do regulamento ao nível de desempenho e de
desenvolvimento apresentado pelos jogadores (Mesquita, 1995).

O Professor deve escolher a metodologia de ensino que vá de encontro a essas


etapas de aprendizagem e que permita a evolução do jogador para um nível de
desempenho de jogo mais. Mesquita (1998), refere ainda que é muito importante o
Professor utilizar uma metodologia de ensino de Voleibol onde esteja presente a
progressão, a sequência e exercícios que tenham semelhanças com o próprio jogo,
permitindo que os alunos desenvolvam as suas capacidades táticas e permitindo que
eles se enfrentem problemas ocorridos em situação de jogo, pois, é assim os alunos
sejam vão entender como usar a sua habilidade técnica durante o jogo (Mesquita, 1995).
Para além disso, podemos ver ainda que existem quatro níveis de jogo no
ensino/aprendizagem do Voleibol, sendo eles os seguintes: estático, anárquico,
consecução rudimentar dos 3 toques e consecução elaborada dos 3 toques.

No nível de jogo estático temos um jogo de apenas um toque, onde não costuma
haver passes, mas sim reenvios sistemáticos para o campo adversário. Neste nível de
jogo, os alunos /atletas têm uma grande falta de mobilidade; ocupam muito mal o espaço
de jogo, dificilmente rececionam uma bola, o que faz com que que a bola seja
automaticamente enviada para fora ou para o campo adversário. No que toca aos
ataques, os mesmos são inexistentes, devido à falta de troca de bola dos jogadores e
também não existem bloqueios e a defesa, pois a defesa é
desorganizada.

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No nível de jogo anárquico conseguimos verificar uma melhoria no que toca à
mobilidade dos jogadores, no entanto, os alunos/atletas continuam sem estabelecer
uma concordância no espaço a ocupar, continuando a surgirem situações de jogo
estático. Em relação, ao serviço verifica-se uma maior eficácia de bola rececionadas, no
entanto, a direção e velocidade da bola continuam a não ser controladas os. Os passes

continuam a ser pouco utilizados, embora sejam mais utilizados que no nível estático,
mas não são bem executados devido à má qualidade das receções, sendo que, os
mesmos, só costumam ser utilizados para corrigir as más receções. Em relação ao
ataque, os mesmos continuam a ser de baixa eficácia e pouco utilizados devido à falta
de capacidade de colocar a bola de forma correta, sendo que, continuamos a não ter
bloqueios e a defesa continua a ser pouco organizada. Neste nível de jogo, os objetivos
diferem do nível de jogo estático, pois a neste nível já se tenta fazer receções para poder
enviar depois a bola para o campo adversário.

O nível de jogo de consecução rudimentar dos três toques já conta com relações
espaciais dos alunos/atletas, permitindo que haja uma melhor ocupação espacial no
campo e também uma separação do espaço de cada jogador. Através disso, vemos que
os jogadores são capazes de realizar trocas de bola entre si para fazerem a organização
das ações ofensivas, no entanto, ainda não há uma progressão do passe para o ataque.
Em relação aos serviços, aumenta-se a eficácia em relação ao nível de jogo, pois,
verifica-se que as receções são mais eficazes e que após as mesmas, a bola é dirigida
em condições para o distribuidor. Em relação ao passe do distribuidor, este passa a ser
melhor, mas não o suficiente para que o ataque seja bom, sendo que, assim os ataques
passam a ser mais recorrentes e eficazes devido também ao melhoramento dos passes.
Neste nível de jogo, ainda não existem bloqueios e as defesas tornam-se mais eficazes
que no nível de jogo anárquico tentando sempre direcionar a bola para o distribuidor.
No que toca ao objetivo deste nível, o mesmo passa por haver uma realização dos 3
toques através da receção passe e do ataque, antes de enviar a bola para o campo
adversário.

No nível de jogo de consecução elaborada dos três toques, já existe uma grande
eficácia da realização dos 3 toques entre os alunos/atletas da equipa; uma comunicação
constante em jogo entre os alunos/atletas e também uma maior identificação e
especialização das funções de cada jogador. Em relação aos serviços, este são feitos
corretamente e com uma boa regularidade e as receções são também muito eficazes e
utilizadas. Os passes são mais eficazes devido ao desenvolvimento de competências
técnicas e devido também à melhoria da qualidade das receções. Os ataques passam
a ser a principal arma de ataque e regularmente acontecem no 3º toque. Os bloqueios
começam a ser realizados devido ao ganho de competências técnicas e também táticas
e a defesa é realizada em manchete, sendo que os deslocamentos são realizados
previamente em antecipação das ações adversário na sua fase ofensiva. No que toca
ao objetivo do jogo, as regras passam a ser todas iguais às oficiais (Mesquita, 1995).

Enquadramento do passe e do ataque no 3º Ciclo

No 3º Ciclo o passe e ataque são importantes para os jovens, pois, estas são
técnicas essenciais no jogo ofensivo. Com isso temos que conseguir enquadrar o passe
tanto em manchete como em passe de dedos de forma que coloquem a bola para um
bom ataque/remate do seu companheiro. Isto vai favorecer bastante o jogo, pois, vai

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permitir que o mesmo seja mais fluído e vão evoluir tecnicamente e taticamente também.
Por isso, devemos enquadrar o passa e o ataque no 3º ciclo, pois, o ponto fundamental
nestas idades é o jogo e se melhorarmos estas capacidades eles vão ganhar o gosto
pela modalidade, pois vão conseguir praticar um bom jogo.

Proposta metodológica

3º Ciclo: 3 semanas com carga semanal de 90min+45min;

1ª aula- 90 min

Objetivos da aula: Trabalhar o contacto com a bola de Voleibol; trabalhar exercícios


de coordenação com a bola de Voleibol; treino específico do passe de dedos e
manchete; remate; situação de jogo;

Material necessário: cesto com bolas;

Informação inicial (5 min): Breve introdução sobre o que vai acontecer e o que
vamos trabalhar na aula.

1º Exercício- Aquecimento (10 minutos):

Objetivo do exercício: Aquecer, trabalhando a coordenação, através de exercícios


com a bola de Voleibol

Descrição: Cada aluno deve ter uma bola, no meio-campo do campo de Voleibol e
deve driblar em estilo Basquetebol – 5 min

Cada aluno deve ter uma bola, na metade do campo de Voleibol e deve driblar em
estilo Basquetebol, andando para trás, trocando a mão, ou trocando a bola de mão a
cada dois batimentos – 5 min

Esquematização do exercício:

- bola

- aluno

Exercício 1

Competências finais esperadas: Conhecer o contacto com a bola de Voleibol

2º Exercício – Exercícios de coordenação com a bola de Voleibol (20 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar a coordenação com a bola de Voleibol.

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Descrição: Alunos formam-se em pares e trocam a bola com uma mão apenas, sem
parar. - 5 min;

A seguir, cada par de alunos com duas bolas, uma para cada aluno. Trocar as bolas
simultaneamente e quem está sem bola, deve apanhar as duas bolas ao mesmo tempo
e assim sucessivamente. – 5 min;

Depois passamos a outra variante, onde um aluno deve mandar a bola por cima e o
outro aluno deve mandá-la por baixo. 5 – min;

Por fim, cada par com 3 bolas, onde os alunos devem passar uma bola através da bola
que têm na mão. – 5 min.

Esquematização do exercício:

Bola -
aluno-

Exercício 2

Competências finais esperadas: ter sucesso em termos de coordenação com a bola


de Voleibol

3º Exercício – treino específico de remate (20 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar a técnica de remate

Descrição: Alunos formam-se em pares, um deve mandar a bola ao ar e executar o


remate, sendo que o outro colega deve receber a bola em manchete, depois deve
agarrar na bola e fazer também o remate e assim sucessivamente.

Esquematização do exercício:

Bola -
Aluno-
Remate –

Exercício 3

Competências finais esperadas: ter sucesso na técnica do remate

4º Exercício – Exercício de passe e remate (20 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar o passe e o remate

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Descrição: turma dividida em dois. Uns fazem de passador outros de atacantes, sendo
que depois deve-se ir trocando o passador.

Esquematização do exercício:

Bola -
Aluno-

Passe
Remate

Exercício 4

Competências finais esperadas: ter sucesso no passe e remate.

5º Exercício – jogo 6 VS 6 (10 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar todas as componentes técnico-táticas aprendidas.

Descrição: Jogo 6 VS 6 (sistema 6-6-0)

Esquematização do exercício:

Bola -
Aluno-
Serviço

Exercício 5

Conclusão da aula: Retorno à calma e balanço sobre a aula e conteúdos


trabalhados – 5 min

Competências finais esperadas: Saber utilizar as componentes técnico-táticas em


jogo.

2ª aula- 45 min

Objetivos da aula: Trabalhar o contacto com a bola de Voleibol; trabalhar exercícios de


coordenação com a bola de Voleibol; treino de remate; situação de jogo;

Material necessário: cesto com bolas;

Informação inicial (5 min): Breve introdução sobre o que vai acontecer e o que
vamos trabalhar na aula.

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1º Exercício- Aquecimento (10 minutos):

Objetivo do exercício: Aquecer, trabalhando a coordenação, através de exercícios


com a bola de Voleibol

Descrição: Cada aluno deve ter uma bola, no meio-campo do campo de Voleibol e deve
driblar em estilo Basquetebol – 5 min

Cada aluno deve ter uma bola, na metade do campo de Voleibol e deve driblar em estilo
Basquetebol, andando para trás, trocando a mão, ou trocando a bola de mão a cada
dois batimentos – 5 min

Esquematização do exercício:

- bola

- aluno

Exercício 6

Competências finais esperadas: ter sucesso em termos de coordenação com a bola


de Voleibol

3º Exercício – Exercício de passe, manchete e remate (15 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar o passe, a manchete (receção) e o remate

Descrição: Alunos devem formar-se em grupos de quatro, dois em cada lado do campo
de Voleibol. Um aluno faz o passe para o outro lado da rede, um aluno do outro lado da
rede recebe o passe em manchete para o colega ao seu lado fazer o passe para o outro
lado e assim sucessivamente (7,5 minutos).

Depois para o mesmo exercício, grupos de quatro, dois em cada lado do campo de
Voleibol, onde o exercício deve consistir em: um aluno deve receber o remate com a
manchete, depois o colega ao lado deve fazer o passe e o que recebeu a manchete vai
rematar para a outra metade do campo e assim sucessivamente dos dois lados (7,5
minutos).

Esquematização do exercício:

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Bola -
aluno-

Passe

Exercício 7

Competências finais esperadas: ter sucesso no passe, manchete principalmente.


Depois, ter sucesso também no remate.

3º Exercício – jogo 6 VS 6 (10 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar todas as componentes técnico-táticas aprendidas.

Descrição: Jogo 6 VS 6 (sistema 6-6-0)

Esquematização do exercício:

Bola -
Aluno-
Serviço

Exercício 8

Conclusão da aula: Retorno à calma e balanço sobre a aula e conteúdos


trabalhados – 5 min

Competências finais esperadas: Saber utilizar as componentes técnico-táticas em


jogo.

3ª aula- 90 min

Objetivos da aula: Trabalhar o contacto com a bola de Voleibol; trabalhar exercícios de


coordenação com a bola de Voleibol treino específico do passe de dedos e manchete;
situação de jogo;

Material necessário: cesto com bolas;

Informação inicial (5 min): Breve introdução sobre o que vai acontecer e o que vamos
trabalhar na aula.

1º Exercício- Aquecimento (10 minutos):

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Objetivo do exercício: Aquecer, trabalhando a coordenação, através de exercícios
com a bola de Voleibol

Descrição: Cada aluno deve ter uma bola, no meio-campo do campo de Voleibol e deve
driblar em estilo Basquetebol – 5 min

Cada aluno deve ter uma bola, na metade do campo de Voleibol e deve driblar em estilo
Basquetebol, andando para trás, trocando a mão, ou trocando a bola de mão a cada
dois batimentos – 5 min

Esquematização do exercício:

- bola

- aluno

Exercício 9

Competências finais esperadas: Conhecer o contacto com a bola de Voleibol

2º Exercício – Exercícios de coordenação com a bola de Voleibol (20 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar a coordenação com a bola de Voleibol.

Descrição: Alunos formam-se em pares e trocam a bola com uma mão apenas, sem
parar. - 5 min;

A seguir, cada par de alunos com duas bolas, uma para cada aluno. Trocar as bolas
simultaneamente e quem está sem bola, deve apanhar as duas bolas ao mesmo tempo
e assim sucessivamente. – 5 min;

Depois passamos a outra variante, onde um aluno deve mandar a bola por cima e o
outro aluno deve mandá-la por baixo. 5 – min;

Por fim, cada par com 3 bolas, onde os alunos devem passar uma bola através da bola
que têm na mão. – 5 min.

Esquematização do exercício:

Bola -
aluno-

Exercício 10

14
Competências finais esperadas: ter sucesso em termos de coordenação com a bola
de Voleibol

3º Exercício – (25 minutos):

Objetivo do exercício: Domínio dos Principais gestos técnicos – Passe, Receção,


Manchete, Serviço, Amorti; promoção da Sustentação da Bola no jogo de 1x1; aplicação
dos principais domínios e decisões em situações reduzidas, desenvolvendo estratégias
e coordenações para a situação de jogo formal.

Descrição: Integração da Bola no esquema corporal dos alunos realizando passes


entre si. Situação de 1x1 Cooperativo. Executar o passe corretamente e execução
correta de passe e auto passe/receção;

Esquematização do exercício:

Bola -
aluno-

Passe

Exercício 11

Competências finais esperadas: Ter sucesso no passe e na receção através da


manchete

4º Exercício – (15 minutos):

Objetivo do exercício: Grupos de 4 alunos, tendo como objetivo de realizar o maior


número de passes entre si.

Descrição: Familiarizar o aluno com a bola, aprendendo a controlá-la e a apreciar as


trajetórias que lhe são impressas; Familiarizar o aluno com as diferentes direções de
remates, passes e deslocamentos; Sustentação da bola; Seleção do gesto técnico

Esquematização do exercício:

Bola -
aluno-

Passe

15
Exercício 12

Competências finais esperadas: ter sucesso no Passe e ter a perceção dos colegas
nas diferentes posições.

5º Exercício – jogo 6 VS 6 (10 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar todas as componentes técnico-táticas aprendidas.

Descrição: Jogo 6 VS 6 (sistema 6-6-0)

Esquematização do exercício:

Bola -
Aluno-
Serviço

Exercício 13

Conclusão da aula: Retorno à calma e balanço sobre a aula e conteúdos


trabalhados – 5 min

Competências finais esperadas: Saber utilizar as componentes técnico-táticas em


jogo.

4ª aula- 45 min

Objetivos da aula: Trabalhar o contacto com a bola de Voleibol; trabalhar exercícios de


coordenação com a bola de Voleibol treino de remate; situação de jogo;

Material necessário: cesto com bolas;

Informação inicial (5 min): Breve introdução sobre o que vai acontecer e o que vamos
trabalhar na aula.

1º Exercício- Aquecimento (10 minutos):

Objetivo do exercício: Aquecer, trabalhando a coordenação, através de exercícios


com a bola de Voleibol

Descrição: Cada aluno deve ter uma bola, no meio-campo do campo de Voleibol e deve
driblar em estilo Basquetebol – 5 min

16
Cada aluno deve ter uma bola, na metade do campo de Voleibol e deve driblar em estilo
Basquetebol, andando para trás, trocando a mão, ou trocando a bola de mão a cada
dois batimentos – 5 min

Esquematização do exercício:

- bola

- aluno

Exercício 14

Competências finais esperadas: ter sucesso em termos de coordenação com a bola


de Voleibol

2º Exercício – treino específico de remate (15 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar a técnica de remate

Descrição: Alunos formam-se em pares, um deve mandar a bola ao ar e executar o


remate, sendo que o outro colega deve receber a bola em manchete, depois deve
agarrar na bola e fazer também o remate e assim sucessivamente.

Esquematização do exercício:

Bola -
Aluno-
Remate –

Exercício 15

Competências finais esperadas: ter sucesso na técnica do remate

3º Exercício – jogo 6 VS 6 (10 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar todas as componentes técnico-táticas aprendidas.

Descrição: Jogo 6 VS 6 (sistema 6-6-0)

Esquematização do exercício:

17
Bola -
Aluno-
Serviço

Exercício 16

Conclusão da aula: Retorno à calma e balanço sobre a aula e conteúdos


trabalhados – 5 min

Competências finais esperadas: Saber utilizar as componentes técnico-táticas em


jogo.

5ª aula - (90 min)

Objetivos da aula: treino específico do passe de dedos; treino específico do remate,


situação de jogo;

Material necessário: cesto com bolas;

1º Exercício- Aquecimento (15 minutos):

Objetivo do exercício: Aquecer, trabalhando o toque de dedos e a receção com


manchete.

Descrição: Cada atleta pratica o toque de dedos, lançando a bola para cima. – (4
minutos);

- Organizar em pares, sendo que aluno 1 passa a bola ao aluno 2 (toque de dedos), o
aluno 2 faz a receção com manchete, apanha a bola e repete o exercício até o professor
comunicar para parar– (6 minutos);

- Organizar em pares, sendo que o aluno 1 serve a bola (por baixo) e o aluno 2 recebe
a bola com manchete e apanha com as mãos – (5 minutos).

Esquematização do exercício:
bola

aluno 1 aluno 2
Exercício 17

Competências finais esperadas: Saber executar bem o toque de dedos e receção com
manchete.

18
2º exercício - Passe (20 minutos);

Objetivos do exercício: Treinar passe de dedos e o manuseamento da bola e controlo


da força na execução do passe;

Descrição: Os alunos colocam-se frente a frente com um colega. Quem tem a bola faz
um passe de dedos para o colega, este, agarra na bola com as duas mãos e faz um
passe de dedos para o colega que tinha a bola inicialmente (10 minutos iniciais). A
seguir, os alunos devem executar o passe de dedos sucessivos sem agarrar a bola;

Competências finais esperadas: Saber executar bem o passe.

Esquematização do exercício:

Aluno 1 Passe
Aluno 2
Bola

Exercício 18

3º exercício – Exercício de passe e remate (20 minutos);

Objetivos do exercício: Treinar passe de dedos e remate; manuseamento da bola,


controlo da força na execução do passe;

Descrição: Os alunos colocam-se em frente á rede, em grupos de 3: 2 alunos de um


lado e o outro aluno restante do outro lado da rede e farão uma circuito de passe e
remate. O aluno 1 tem a bola e faz um passe de dedos para o aluno 2 que está junto da
rede, este devolve da mesma forma para o aluno 1 rematar para o aluno 3 que está do
outro lado da rede. Quem rematou, vai passar, quem passou, vai receber e quem
recebeu, vai rematar, fazendo assim uma rotação completa, onde todos os alunos
passem por todas as situações técnicas;

Competências finais esperadas: Saber executar bem o passe e o remate.

Esquematização do exercício:

Aluno 1; Passe
Aluno 2. Bola
Aluno

19
Exercício 19

4º exercício – Torneio: Jogo 4 VS 4 (jogo reduzido) - 25 minutos

Objetivos do exercício: Treinar passe de dedos e remate; manuseamento da bola,


controlo da força na execução do passe;

Descrição: O Professor forma 3 equipas de 4 elementos. Todas as equipas devem jogar


entre si, a que ganhar mais jogos, vence no cômputo geral. Duas equipas jogam um
contra a outra, durante 10 min, enquanto a outra ficará a treinar o passe, receção e
remate até entrar em jogo. Jogo 4 VS 4 com o objetivo de os alunos tocarem mais vezes
na bola e poderem aperfeiçoar a técnica do passe e remate.

Conclusão da aula: retorno à calma – 5 minutos; balanço da aula- 5 minutos

Esquematização do exercício:
Equipa 1
Equipa 2
Equipa 3
Bola
Passe

Exercício 20

6ª aula- 45 min

Objetivos da aula: Trabalhar o contacto com a bola de Voleibol; trabalhar exercícios de


coordenação com a bola de Voleibol; treino específico de remate; situação de jogo;

Material necessário: cesto com bolas;

Informação inicial (5 min): Breve introdução sobre o que vai acontecer e o que vamos
trabalhar na aula.

1º Exercício- Aquecimento (10 minutos):

Objetivo do exercício: Aquecer, trabalhando a coordenação, através de exercícios


com a bola de Voleibol

Descrição: Cada aluno deve ter uma bola, no meio-campo do campo de Voleibol e deve
driblar em estilo Basquetebol – 5 min

Cada aluno deve ter uma bola, na metade do campo de Voleibol e deve driblar em estilo
Basquetebol, andando para trás, trocando a mão, ou trocando a bola de mão a cada
dois batimentos – 5 min

Esquematização do exercício:

20
- bola

- aluno

Exercício 21

Competências finais esperadas: ter sucesso em termos de coordenação com a bola


de Voleibol

2º Exercício – Exercício de passe, manchete e remate (20 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar o passe, a manchete (receção) e o remate

Descrição: Alunos devem formar-se em grupos de quatro, dois em cada lado do campo
de Voleibol. Um aluno faz o passe para o outro lado da rede, um aluno do outro lado da
rede recebe o passe em manchete para o colega ao seu lado fazer o passe para o outro
lado e assim sucessivamente (12,5 minutos).

Depois para o mesmo exercício, grupos de quatro, dois em cada lado do campo de
Voleibol, onde o exercício deve consistir em: um aluno deve receber o remate com a
manchete, depois o colega ao lado deve fazer o passe e o que recebeu a manchete vai
rematar para a outra metade do campo e assim sucessivamente dos dois lados (12,5
minutos).

Esquematização do exercício:

Bola -
aluno-

Passe

Exercício 22

Competências finais esperadas: ter sucesso no passe, manchete principalmente.


Depois, ter sucesso também no remate.

3º Exercício – jogo 6 VS 6 (10 minutos):

Objetivo do exercício: Trabalhar todas as componentes técnico-táticas aprendidas.

Descrição: Jogo 6 VS 6 (sistema 6-6-0)

Esquematização do exercício:

21
Bola -
Aluno-
Serviço

Exercício 23

Competências finais esperadas: Saber utilizar as componentes técnico-táticas em


jogo.

Conclusão da aula: Retorno à calma e balanço sobre a aula e conteúdos


trabalhados – 5 min

Justificação didático-metodológica da progressão de ensino

As propostas de ensino apresentadas neste trabalho enquadram-se em suportes


sólidos para que tanto os alunos do 3º ciclo como os do secundário aprendam novos
conteúdos, mais complexos e capazes de serem consolidados, pois, as mesmas
enquadram-se no nível dos alunos/atletas, de forma que os mesmos consigam
completá-las e depois possam passar para a fase seguinte.
Para que os alunos/atletas consigam participar com sucesso nas formas de jogo
apresentadas, as mesmas, devem ser modificadas consoante a idade e nível de
experiência dos alunos/atletas (Graça & Mesquita, I., 2006).
Deve haver jogo em todas as etapas de aprendizagem do Voleibol, pois, é um
importante fator pedagógico e permite aos alunos/atletas ter contacto direto com a bola
em situação real de jogo contra uma equipa adversária, onde são utilizadas as técnicas
do serviço (por baixo/cimas), os passes, a manchete, os remates e até deslocamentos
dentro do campo (Mesquita, 1995).

Considerações Finais
No âmbito da realização deste trabalho, falamos sobre questões do âmbito
teórico e metodológico da unidade curricular de Voleibol e também sobre a situação
prática apresentada, composta pelas propostas de unidades didáticas do 3º ciclo e
ensino secundário.

O Voleibol que está enquadrado nos Desportos coletivos, é um potenciador da


autoestima, trabalho de equipa, organização, disciplina entre as crianças e jovens e
deve ser um Desporto inclusivo assim como todos os Desportos. O Voleibol está
interligado com a superação de obstáculos e hierarquias sociais, colocando as pessoas

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em igualdade perante as regras, tornando este desporto uma atividade coletiva e
educativa.

O ensino do Voleibol é feito por etapas, sendo que os alunos/atletas devem dominar
por completo o conteúdo de uma etapa para poderem passar para a seguinte.

O contato com a bola no Voleibol realiza-se fora da zona familiar de manipulação dos
objetos, ou seja, o facto dos movimentos executados durante a prática não serem
“naturais” ao ser humano como são o agarrar, o lançar e o chutar, estabelecem a 1ª
limitação inerente à aprendizagem do voleibol. Estas dificuldades podem ser
superadas com a seleção de uma metodologia de ensino correta por parte do
Professor. Um dos processos de ensino mais eficazes para a aprendizagem do
Voleibol são os jogos modificados nas suas diferentes variantes (1x1, 2x2, 3x3, 4x4),
porque amplia a possibilidade do praticante contatar com a bola, estabelecendo, dessa
maneira, um modo de aquisição da aprendizagem. (Mesquita, 1995).

Em conclusão, este trabalho permitiu-nos aumentar o nosso conhecimento a


nível de metodologias de ensino do Voleibol, a nível da identificação de níveis de jogo,
a nível de aprofundamento dos elementos técnicos do passe e do remate, a nível do
contributo educativo e formativo do Voleibol e também a nível do enquadramento do
passe e do remate no ensino secundário e 3ºciclo.

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Referências Bibliográficas

Araujo, S. (30 de 04 de 2014). ANÁLISE DO JOGO FORMAL E REDUZIDO EM


SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM NO FUTSAL. Revista Mineira de Educação
Física, 22(1), pp. 113-125.
Filho, F., Lira, J., & Santiago, M. (2019). Perceção de professores e alunos sobre a
prática do Voleibol nas aulas de Educação Física. Revista Form@re-
Parfor/UFPI, 7 (1).
Garganta, J. (2001). A análise da performance nos jogos desportivos. Revisão acerca
da análise do jogo. Revista de Ciências do Desporto, 1(1), 57-64.
Graça, A., & Mesquita, I. (2006). A investigação sobre os modelos de ensino dos jogos
desportivos. 7(3), 401-421.
Longo, R., Tertuliano, I., Sena, A., Mor, Morao, K., Verzani, R., & Machado, A. (s.d.). A
permanência de crianças e jovens nos esportes: olhares para iniciação e
especialização esportiva 15.2 (2017): 121-132. Caderno de Educação Física e
Esporte, 15(2), 121-132.
Lopes, H., & Fernando, C. (2013). A importância do desporto no desenvolvimento das
crianças e jovens. Revista Diversidades, 6-9.
Mesquita, I. (1995). O ensino do Voleibol. Proposta Metodológica. O Ensino dos Jogos
Desportivos, 2ªed, 153-199.
Moscard, E., Alves, E., & Gregol, D. (2013). Os benefícios do voleibol no âmbito
escolar. EFDeportes.com, Buenos Aires- Revista Digital, 18 (181).

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