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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE

NEUROPSICOPEDAGOGIA, EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

MÁRCIA SILVA DE ALMEIDA

A IMPORTÂNCIA DO USO DE BRINCADEIRAS E JOGOS


NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

JUAZEIRO – BA
2019

1
A IMPORTÂNCIA DO USO DE BRINCADEIRAS E JOGOS
NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

Márcia Silva de Almeida1

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por
mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de
forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do
trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de
produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e
assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte
a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- O presente artigo propõe-se destacar a importância do uso das brincadeiras e jogos na
educação especial e inclusiva, com o objetivo de incluir os alunos com necessidades especiais na
escola regular. Este trabalho faz uma análise, através de uma pesquisa bibliográfica, da situação das
escolas atuais, trazendo uma resposta à questão do tema abordado. Ele apresenta que a educação
hoje tem avançado muito em relação a da década de 1980, mesmo assim, ainda existem alguns
desafios a serem superadas. Um deles é a estrutura física de muitas escolas; outro seria
conscientização dos pais em colaborar com a escola; outro é sobre o investimento contínuo nos
professores. Por fim, foi discorrido sobre a questão da importância das brincadeiras e jogos, como
sendo métodos educativos de grande relevância na educação. Quando alunos interagem com seus
colegas de classe, obtém um avanço em diversos aspectos da educação, que talvez de outra forma
não consigam. Gestores, professores, pais e alunos, precisam se unir para uma educação cada vez
melhor e inclusiva. Educação é um dever de todos.

PALAVRAS-CHAVE: Educação especial. Educação inclusiva. Alunos especiais. Brincadeiras. Jogos.

1
marciaclement@hotmail.com

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1. INTRODUÇÃO

A escolha do tema “A importância do uso de brincadeiras e jogos na


educação especial e inclusiva”, teve como base, buscar respostas concretas, no que
diz respeito à inclusão de alunos especiais na escola regular, por meios práticos.
Alunos com necessidades especiais precisam se sentir incluídos nas escolas
de ensino regular, algo que não acontecia há algumas décadas atrás, quando
crianças (especiais) eram levadas a uma sala ou escola em específico. O trabalho
abordará, de forma objetiva, a educação atual e os desafios para o ideal.
Por ser um tema tão extenso, este trabalho se limitará a uma análise sintética,
trazendo exemplos práticos da importância das brincadeiras e jogos para a
educação especial e inclusiva.
Será que a educação, em geral, tem cumprido seu papel, no que diz respeito
à inclusão nas escolas? Será que a solução desse assunto está com o professor?
Quem sabe essa educação deve começar em casa, uma parceria amiga da escola.
O modelo atual tem alcançado objetivos concretos?
Com o objetivo principal de analisar o que temos hoje, como escola especial e
inclusiva, três pontos serão estudados e discutidos. O primeiro fará um balanço da
educação especial e inclusiva nos dias de hoje; o segundo analisa a importância das
brincadeiras e jogos na educação; e por fim, o terceiro apresenta brincadeiras e
jogos na educação especial e inclusiva.
Este trabalho se torna importante, pelo fato de trazer um estudo sintético,
buscando através de uma pesquisa bibliográfica, ajudar professores e acadêmicos,
acerca da educação especial e inclusiva. Como resultado desse estudo, serão
apresentados alguns itens importantes para o leitor, pesquisador do assunto.
Por fim, ele tem como característica, a pesquisa bibliográfica, desenvolvido a
partir de materiais elaborados e publicados por vários autores, que ajudaram na
elaboração do trabalho. Tendo como técnica, a leitura de autores como: Silva
(2003), Coelho (2010), Guerra (2013), Carmo (2015), entre outros, os quais se
atentaram também a trazer respostas à questão da importância das brincadeiras e
jogos na educação inclusiva.

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2. EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA HOJE

Os princípios de inclusão das pessoas com deficiências na rede de ensino


regular começaram a surgir, internacionalmente, na década de 80, quando ocorreu,
em 1981 o Ano Internacional das Pessoas Deficientes (AGUIAR, 2004, p. 15). Com
o objetivo de não deixar ninguém fora da escola regular, esse modelo de trabalho,
impulsiona uma mudança na estrutura, na comunidade e nos professores. Uma
adaptação para todos. Silva (2003, p. 43) apresenta que, em 1994, a Conferência
Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, determinou linhas de ação sobre
a educação especial, mudanças necessárias para promover a educação inclusiva e
a capacitação das escolas. Uma das orientações da declaração de Salamanca
apresentada nessa conferência:

Principio fundamental da escola inclusiva é o de que todas as crianças


devem aprender juntas, sempre que possível, independentemente de
quaisquer dificuldades ou diferenças que elas possam ter. Escolas
inclusivas devem reconhecer e responder às necessidades diversas de
seus alunos, acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e
assegurando uma educação de qualidade à todos através de um currículo
apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino, uso de recurso
e parceria com as comunidades. Na verdade, deveria existir uma
continuidade de serviços e apoio proporcional ao contínuo de necessidades
especiais encontradas dentro da escola. (CONFERÊNCIA MUNDIAL
SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAI: ACESSO
EQUALIDADE, 1994, p.11).

O tema da educação especial é bastante atual. Vários pesquisadores tem se


interessado pelo tema, talvez pela sua amplitude e significância diante da sociedade,
que vem mudando seus conceitos acerca de vários assuntos. Guerra (2013) aponta
a educação especial como um ramo da educação que trabalha com um tipo
diferente do ensino regular. Ele ainda apresenta que, historicamente, os estudantes
com necessidades especiais tem tido dificuldades, por se utilizarem de métodos
comuns de ensino. De modo geral, são consideradas escolas inclusivas, aquelas
que conseguem atender todas as crianças da comunidade, sejam quais forem as
necessidades delas, trazendo oportunidades de aprendizados variados.
No entanto existem alguns desafios a serem vencidos para que o projeto seja
um sucesso:

Uma escola direcionada para a educação especial conta com um conjunto


de recursos específicos, tais como, método de ensino, currículos adaptados,

4
apoios de materiais ou de serviços de pessoal especializado, que pretende
dar resposta às necessidades educativas especiais de todos os alunos
(GUERRA, 2013, p. 4).

Para uma grande maioria dos pesquisadores do assunto, a educação especial


e inclusiva precisa ter propostas reais e palpáveis. Se distanciar de teorias utópicas,
indo direto a movimentações práticas:

A educação inclusiva possui a proposta de integrar ao ambiente escolar a


valorização e aceitação das diferenças presente em cada indivíduo, tendo
como desafio colocar em prática os preceitos da educação especial, que é o
de transformar a escola em um espaço igualitário, onde todos os alunos
possam estar incluídos no processo de ensino aprendizagem, seguindo o
mesmo contexto escolar. Esse tipo de educação é um desafio, pois é
perceptível que se tem todo um processo de normativas que o assegura,
porém infelizmente não é colocado em prática. (CARMO, 2015, p.15).

Sendo assim, um dos maiores desafios na hora de colocar em prática todo o


aprendizado sobre o tema é o local adequado para a concretização do mesmo. Às
vezes, o educador tem todo preparo e material necessário, porém o espaço de
ensino deixa a desejar, impossibilitando a viabilidade. Precisam-se haver
investimentos em pessoal (educação continuada) e também na estrutura física.

3. A IMPORTÂNCIA DAS BRINCADEIRAS E DOS JOGOS NA PRÁTICA


PEDAGÓGICA

Não é de hoje que se fala da importância dos jogos e brincadeiras na


educação. Segundo Silva (2003, p. 22), gregos e romanos já falavam dessa relação
entre educação, jogos e o desenvolvimento da criança. Apesar de fazerem
referência aos jogos na antiguidade, o jogo educativo propriamente dito, aparece
somente no século XVI, e só passa a ser pensado como processo educativo no
século XVIII, com o romantismo. Platão apresentava a importância de se “aprender
brincando”. Aristóteles apresentava duas linhas de pensamento: a primeira, a
brincadeira como sendo um preparo para a vida adulta e a segunda, simplesmente,
se utilizando como recreação.

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Brincar faz parte do cotidiano da criança. Enquanto o adulto se expressa
através de palavras, a criança se expressa através de brincadeiras (COELHO, 2010,
p. 10). Brincar é algo natural e espontâneo:

O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para


criança, constituindo-se em uma peça importantíssima a sua formação seu
papel transcende o mero controle de habilidades. É muito mais abrangente.
Sua importância é notável, já que, por meio dessas atividades, a criança
constrói o seu próprio mundo. (SANTOS, 1995, p.4).

Piaget (1978, apud GUERRA, 2013, p. 36) apresenta uma classificação para
o uso de jogos. Para ele, seria mais ou menos assim: (1) os jogos de exercícios (0 a
2 anos), que corresponde a etapa sensório-motora; (2) jogos simbólicos (2 a 6
anos), correspondendo a construção de pensamento; (3) jogos de regras (6 anos em
diante), onde a criança começa a construir uma coerência lógica das coisas. A
diferença entre eles é a função que cada um exerce, aplicada mediante a
necessidade do aluno ou grupo.
Para Kishimoto (1994, apud GUERRA, 2013, p.38), o jogo ou brincadeira
prende a imaginação ao sonho, e também ao pensamento; ele vê o homem como
um ser simbólico, quando faz ligação do mundo real aos símbolos, sonhos e
imaginações. Para Lima (1991, p.19), a questão do brincar tem função importante no
desenvolvimento da criança. Eles precisam se inserir em seu grupo, constituir a
função simbólica, desenvolver a linguagem, explorar e conhecer o mundo físico em
que vive.
Santos (2010) apresenta o jogo como tendo duas funções: a lúdica e a
educativa. Na lúdica, o jogo é capaz de proporcionar prazer, diversão, alegria, etc..
Já na educativa, ele encontrará algo que o complete como indivíduo. Kishimoto
(2008 apud MIETZ, 2016, p. 11) completa esse o pensamento, quando afirma que a
função do jogo educativo seria equilibrar essas duas funções. Conclui que, em todo
jogo educativo, em sua essência, a criança sempre se educa. Decroly completa esse
pensamento mais ainda com um algo interessante:

É principalmente pelo jogo que a criança difere do adulto (...) O jogo é uma
atividade que encontra sua satisfação, seu resultado em si mesmo, não em
um objetivo. Contudo esse objetivo existe, a natureza o colocou no íntimo
da criança, mas ela não tem consciência disso. Decroly (1978, p. 15 apud
SILVA, 2003, p. 28)

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Outra vantagem em se utilizar de jogos ou brincadeiras, como meio didático
de ensino, diz respeito ao desarmamento da criança em sala de aula. Nesse
momento, a criança se torna realmente quem ela é. Ela demonstra indiretamente
como ela está vivendo fora da escola. Vasconcellos (1986, p.89) afirma que quando
o educador entende o porquê de comportamentos inadequados de seus alunos,
ficará mais fácil trabalhar, de forma individual, com cada um deles. A criança
diminuirá a ansiedade agressiva, fruto muitas vezes de sua vivência em casa,
aumentando sua segurança afetiva, necessária como indivíduo.
Por fim, diante de tantos diálogos acerca da importância das brincadeiras e
jogos na educação, concluímos que todo ser humano terá mais facilidade,
aprendendo de forma lúdica, os assuntos mais complexos, como afirma
Ignachewski:

É uma necessidade do individuo em qualquer idade e não pode ser vista


como diversão. O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a
aprendizagem o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para
uma boa saúde mental, prepara para um estado interior fértil, facilita
processo de socialização, comunicação e construção do conhecimento.
(IGNACHEWSKI, 2003, p. 82).

Os autores Leite e Silva deixam um apelo aos professores atuais no grande


desafio da educação moderna:

Enquanto educadores é preciso estimular as crianças nas situações


cotidianas, a manipular, explorar, imaginar, criar, reaproveitar objetos que
podem se transformar em brinquedos, jogos, tudo isso por meio da ação
desses sujeitos. Brincar, desenhar são atividades fundamentais para a
criança. Ela brinca e desenha na rua, em casa, na escola. Pela brincadeira,
pelo desenho e pelo jogo, a criança fala, pensa, elabora sentidos para o
mundo, para as coisas e para as suas relações. Para tanto, é oportuno
possibilitar situações e conhecimentos tanto nos cursos de formação de
professores, quanto aos educadores que já estão atuando com a infância
para que valorizem este momento único de desenvolvimento. Deixando que
as crianças expereciem o brincar, criem situações para que estas explorem
sua imaginação e seu universo de fantasia. Leite e Silva (2010, p. 10 apud
SANTOS, 2011, p. 63).

Sabe-se que o grande desafio do professor de hoje é colocar tudo isso em


prática. Porque alguns professores conseguem a atenção de seus alunos, enquanto
outros têm suas dificuldades? Talvez uma das respostas fosse o tipo de aula que ele
tem trabalhado. O mundo mudou, a sociedade mudou, as pessoas mudaram. Cada
profissional da área do ensino tem a sua frente o grande desafio de incluir uma

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didática mais bem elaborada, pensada. Mas, ao mesmo tempo em que se precisa
pensar para preparar uma aula, tem-se a sua frente, o elemento “simplicidade”.
Balancear entre o tudo que se tem a disposição, usuando toda a criatividade
possível. Bastos (2005, p. 211), conclui essa fala, afirmando que é total
responsabilidade do professor criar todas as adaptações necessárias à
aprendizagem de seus alunos (todos).

4. BRINCADEIRAS E JOGOS NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSIVA

Quando se trata de jogos ou brincadeiras educativas, não somente a


educação em geral, mas também educação especial se beneficia. De acordo com
Mafra (2008, apud GOMES, 2015, p. 6), quando o professor se utiliza de jogos como
meio didático de apoio, conseguirá motivar seus alunos a realizações de outras
atividades, promovendo interesse pelos assuntos discutidos na sala de aula. Logo
os jogos ou brincadeiras serão estímulos à construção de novos conhecimentos e
habilidades. O professor que conhece seus alunos de forma individual,
consequentemente, constrói os recursos necessários para serem trabalhados esses
alunos.
Para dar seguimento a esse assunto tão importante, que são os brinquedos e
sua utilidade, vamos começar falando sobre o que é e qual sua importância. E
Pascoal traz uma boa definição para isso:

Chamamos brincar esta atividade de experimentação dos diferentes objetos


que vamos apresentando para ela e este é o melhor incentivo ao seu
desenvolvimento, até próximo dos três anos de idade. Assim, ao pegar,
lamber, morder, experimentar e brincar com os mais variados objetos, a
criança observa, concentra-se, escolhe, experimenta, troca um objeto por
outro, interage com as outras crianças que estão à sua volta, tenta
desenvolver as curiosidades que a manipulação dos objetos desperta e,
com isso, envia importantes estímulos ao seu cérebro. Desse modo, vai
conhecendo o mundo dos objetos e vai ampliando sua percepção, sua
comunicação, seu desenvolvimento motor; vai acumulando experiências e
criando uma memória; vai desenvolvendo a atenção, a fala e vai fazendo
teorias, ou seja, vai explicando e interpretando o que vai conhecendo. Em
outras palavras, vai desenvolvendo o pensamento. Pascoal; Mello (2007, p.
43-4 apud SANTOS, 2011, p. 15).

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Para Friedmann (1996 apud CANAVAROLO, 2016, p. 8), o jogo é
fundamental para a formação do ser humano, principalmente se tratando de pessoas
especiais. Ele divide a área do desenvolvimento humano em cinco dimensões, em
relação à escola, ao brincar: linguagem, cognitivo, afetivo, físico-motor e moral. (1)
no desenvolvimento da linguagem, é trabalhada a questão de se comunicar e
interagir; (2) no cognitivo, o jogo dá acesso a um grande número de informações de
outras áreas; (3) no afetivo, o jogo ajuda a expor seus sentimentos e emoções; (4)
no físico-motor, existe uma interação da criança com ações visuais, motoras, visuais,
táteis e auditivas para uma compreensão integral das coisas. E por fim (5), a moral,
onde há uma construção de regras, resultando numa relação de respeito, entre ele e
outras crianças e até mesmo adultos.
Nos últimos anos, as crianças têm sido bombardeadas pela indústria dos
brinquedos. Uma grande influência maléfica tem acentuado o consumismo nessas
crianças. Nota-se que elas estão cada vez mais voltadas para os assuntos
tecnológicos, esquecendo-se das coisas mais simples da vida. Já não cria tantos
vínculos de amizades físicas como antigamente, como afirma Furlan:

As transformações no mundo do trabalho alteram a compreensão da


sociedade, mudando, significativamente, o modo de ser das pessoas.
Valores e comportamentos humanos são modificados em virtude dessa
nova realidade. Em consequência, muda-se também, a concepção de ser
criança e de infância, alterando-se, assim, os tipos de brinquedos infantis.
Nesse sentido, verifica-se um conjunto de conhecimentos a serviços da
produção e do consumo. Essa sociedade apela, incansavelmente, para o
consumo, criando, no indivíduo, a necessidade de consumir mercadorias e,
para o público infantil, os brinquedos industrializados são referência
marcante, além de outros acessórios como: roupas de marcas, enlatados,
CDs infantis, etc. (FURLAN, 2007, p.121).

Para as crianças que não tem nenhuma deficiência, talvez não sinta tanta
dificuldade no aprendizado, pois não dependem, muitas vezes, da interação com
outros alunos para seu desempenho. Se tratando de crianças com alguma
deficiência, o quadro já muda. Essas precisam de aulas mais dinâmicas, em que o
professor precisará se utilizar de recursos para promover o aprendizado e o
relacionamento entre todos os alunos. Precisa-se criar, quer sejam jogos,
brinquedos e brincadeiras, ou qualquer outro item lúdico para o aprendizado. Em
algumas situações, professores têm criado seus próprios brinquedos com base no

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quadro de estudantes que se tem se tem no dia-a-dia2. Não há uma formatação que
se encaixe em todos os casos, a melhor opção seria estudar a sala e trabalhar de
forma personalizada. Em essência, no que diz respeito à metodologia, talvez sim,
um modelo para todos os grupos, mas os meios podem ser diferentes e aplicáveis
ao seu grupo específico.
Em um projeto de pesquisa intitulado “Jogos e brinquedos para o
desenvolvimento de crianças com necessidades especiais: as alternativas no
cotidiano escolar para um trabalho de inclusão”, realizado entre os anos de 2001 a
2003, Nunes; Mendes; Lemos (2006, p. 52), obtiveram a seguinte conclusão: “o jogo
é um mediador na educação de todas as crianças e pode contribuir na inclusão de
crianças com necessidades educativas especiais”. Para chegar a essa conclusão os
pesquisadores acompanharam a rotina de crianças especiais, nos anos iniciais do
Ensino Fundamental de uma escola pública. Acompanharam algumas crianças,
especificamente, observando ações do cotidiano escolar. A partir de um quadro3,
constituído por jogos educativos com suas regras e objetivos, destacaram algumas
ações interessantes das crianças, tais como: disposição em sair de suas cadeiras
para interagir com outras, independente se sua condição especial limitada,
comunicação verbal e intelectual mais aguçada, autonomia, analisar situações
diversas, dentre outros.
Concluímos esse capítulo com quatro pontos importantes a serem levados em
consideração, quando se fala em educação especial, apresentados pelo Aix
Sistemas, em seu portal4:
 Preparação dos professores
 Foco nas potencialidades do aluno
 Espaços adequados
 Parceria entre pais e educadores
Havendo um investimento nessas quatro áreas, o professor estará mais a
vontade para exercer suas funções frente aos seus alunos. A educação especial e
inclusiva, além de ser um direito de todos, é também uma oportunidade da escola

2
Ver Anexos 1 e 2
3
Ver Anexo 3
4
AIX SISTEMAS. 4 pontos importantes sobre a inclusão escolar na educação infantil. 2018.
Disponívelem: <https://educacaoinfantil.aix.com.br/inclusao-escolar-na-educacao-infantil/>. Acesso
em: 23 de Setembro de 2019.

10
junto à comunidade, contribuírem para que os pequenos se tornem grandes
cidadãos, aceitando as diferenças, sejam quais forem elas.

CONCLUSÃO

Ao estudar a história da educação especial e inclusiva, nota-se que houve um


avanço com o passar dos anos. Hoje, temos, mesmo que ainda longe do ideal, um
aparato a nossa disposição. Escolas têm se integrado à nova mentalidade da
educação. Novos métodos de ensino estão sendo analisados e aplicados à
educação moderna. Porém, ainda existem alguns grandes desafios a serem
superados. Um deles é a estrutura física de muitas escolas que não foram
adaptadas a esse “novo” modelo da educação. Outro seria conscientizar os pais a
colaborar com a educação dos filhos. Precisa-se haver uma parceria sadia e ativa
entre professor e pais. Um terceiro ponto é sobre o investimento contínuo que
precisa acontecer, no que diz respeito aos professores.
Brincadeiras e jogos são métodos educativos de grande relevância na
educação, não apenas na especial, mas de um modo geral. Quando alunos
interagem com seus colegas de classe, obtém um avanço em diversos aspectos da
educação, que talvez de outra forma não consigam. Por trás de tudo isso ainda tem
a cidadania e o amor ao próximo, que precisa ser cultivado, colocado em prática por
todos os seres humanos, independentemente da idade. Todos somos cidadãos,
responsáveis uns pelos outros. A educação é um dever de todos.

REFERÊNCIAS

AGUIAR, João Serapião. Educação inclusiva. Campinas, SP: Papirus Editora,


2004.

AIX SISTEMAS. 4 pontos importantes sobre a inclusão escolar na educação


infantil. 2018. Disponívelem: <https://educacaoinfantil.aix.com.br/inclusao-escolar-
na-educacao-infantil/>. Acesso em: 23 de Setembro de 2019.

BASTOS, H.M de L. Identidade Cultural e o ensino de línguas estrangeiras no


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11
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CARMO, Elidiane Torres. Importância dos jogos como metodologia da educação


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<http://bdm.unb.br/bitstream/10483/15568/1/2015_ElidianeTorresDoCarmo_tcc.pdf>.
Acesso em: 19 de setembro de 2019.

COELHO, Vânia Maria. O jogo como prática pedagógica na escola inclusiva.


Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria, Conselheiro Lafaiete,
MG, 2010. Disponível em:
<https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/1485/Coelho_Vania_Maria.pdf?seque
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CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAI:


ACESSO EQUALIDADE. Declaração de Salamanca e enquadramento da acção
na área das necessidades educativas especiais. Salamanca, Espanha, 1994.
Disponível em:
<http://www.pnl2027.gov.pt/np4Admin/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=1011&fil
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FURLAN, M.R. Brinquedos alternativos: uma prática com crianças na Educação


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GOMES, Patrícia Paulino. O uso de jogos educativos como recurso pedagógico


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12
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SANTOS, Santa Marli P. dos. O BRINCAR NA ESCOLA: Ludico-vivencial,


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SILVA, Carla Silene Batista da. O lugar do brinquedo e do jogo nas escolas
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Universidade de São Paulo: São Paulo, 2003. Disponível em: <
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175503/publico/TESEVIRTUAL.pdf>. Acesso em 19 de setembro de 2019.

VASCONCELLOS, Celso dos S. Disciplina: Construção da Disciplina Consciente


e Interativa em Sala de Aula e na escola. São Paulo: Ática, 1986.

13
ANEXOS

Anexo 1
Quadro adaptado da produção didática-pedagógica da turma PDE/2003, da
Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Caderno “Os desafios da escola
pública paranaense na perspectiva do professor PDE: Jogos e brincadeiras na
inclusão do aluno com deficiência visual”.

JOGO FORMAÇÃO APLICAÇÃO


Um aluno é escolhido para se retirar da sala. A seguir, o
professor encarrega um dos alunos do círculo para ser o
Maestro Invisível Alunos dispostos em círculo maestro invisível. Todos os componentes do grupo devem imitar
sentados ao chão os seus gestos, tentando evitar que o companheiro de fora
descubra. O aluno escolhido retorna a sala, e tenta descobrir
quem é o maestro invisível. No momento que ele descobrir,
troca de lugar com ele.
Os alunos deverão empilhar um número X de latas testando as
Empilhar latas e/ou Os alunos divididos em dois diversas possibilidades, pirâmides, círculos, etc.; utilizando-se
copos descartáveis grupos. da criatividade e cooperação dos componentes do grupo.
Contando pontos, quem fizer mais rápido
Alunos dispostos em círculo O gato tenta pegar o rato, os alunos defendem o rato que está
de mãos dadas, um aluno no centro da roda, não deixando o gato entrar no círculo, ele
Brincadeira do gato de (rato) fica no centro da roda força para entrar, se conseguir, os colegas do círculo facilitam a
botas e o rato e outro (gato calçando botas saída do rato e tentam prender o gato, e acontece uma
de borracha) fica do lado de perseguição do gato para o rato até que o gato pegue o rato.
fora do círculo. Depois troca os alunos para continuarem a brincadeira.
- Encher o balão
- Caminhar livremente com o balão pela quadra, balão na mão
esquerda, balão na mão direita, batendo o balão com mão
Brincadeiras com Alunos dispersos pelo direita, depois esquerda, com o ombro direito, esquerdo, com a
Balões espaço da quadra cabeça, etc.
- Em duplas: com um balão batendo com as mãos o balão um
para o outro, depois com dois balões.
- Em trios: com três balões batendo com as mãos passando um
para o outro, ir aumentando o número de pessoas no grupo.
Jogo da Bexiga Alunos em círculo sentados O professor lança a bexiga para o meio do círculo, e os alunos
com as mãos apoiadas no devem tocá-la com qualquer parte do corpo, menos as mãos,
chão e voltados para trás; sem deixa-la cair; Todos devem cooperar.
A bexiga poderá ser tocada com os pés, cabeça e joelhos, mas
não com as mãos. Entre cada toque a bola poderá tocar no
Futebol de Bexiga Os alunos formam duas chão apenas uma vez; É considerado falta quando: a bola é
equipes tocada pelas mãos, jogada para fora da linha da quadra e
tocada mais de uma vez no solo. O objetivo principal é marcar
gols com a bexiga. Obs. As regras podem ser discutidas em
conjunto com os alunos.
Cantando e fazendo mímica A cobra não tem pé... (bater 3
Brincadeira a cobra Alunos dispostos de frente palmas) A cobra não tem mão... (bater 3 palmas) Como é que a
subindo no pé de limão para o professor cobra sobe no pezinho de limão... (fazendo gestos) - ela desce,
ela sobe ... (fazendo mímica) Ela tem o corpo mole... Vai de
mansinho... (repetir a música 2 a 3x)
O professor canta com os alunos : Esta é a historia da
serpente... Que desceu do morro, Para procurar um pedacinho
História da serpente Alunos sentados na do seu rabo... Ei... você aí... ( e apontando com o dedo para um
adaptada: arquibancada da quadra, o aluno) É um pedaço do meu rabããããoo...(o aluno apontado,
professor no centro passa por entre as pernas do professor segue-o dançando, se
deslocando, segurando-lhe pela cintura em forma de trenzinho)
Repete-se o canto e chamando os outros alunos até que todos
estejam na formação da cobra.
Passarinho caiu do Alunos e professor Alunos cantando e fazendo gestos, imitando um passarinho.
galho ( dispostos em círculo Passarinho caiu do galho, Ficou com a asa assim, (eleva o
braço flexionado) Bateu o bico no chão ( mostra o bico) E só
cantava assim. Os alunos giram em torno de si mesmos.
Pipiriri...piriri...pipi. Eu com esse bico, com essa asa, O que será
de mim. Repetir o canto citando e mostrando as outras partes
do passarinho: (outra asa, perna, cabeça, corpo).
Cada aluno terá uma lata de refrigerante vazia em sua mão, ao
som da música cantada por eles e o professor as crianças terão
Escravos de Jó com Alunos sentados ao chão, que passar a lata à frente para o seu colega da sua direita.

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latas de refrigerante em forma de círculo, com Canto Escravos de jó... Jogavam cachangá Tira... bota... Deixa
e/ou saquinhos de areia pernas cruzadas o zé perê... ficar Guerreiros com guerreiros, Fazem,
zigue...zigue...zá! (2 X) Variações - Podendo variar para a
esquerda, ou atrás do colega, pode ser todos em pé também,
por ou tirar o pé de cima da lata, etc.)

O jogo começa jogando com os pés. Quando a bola ultrapassa


Jogo diversificado Duas equipes com um a linha de fundo de determinada trave da quadra, recomeça o
número igual de alunos de jogo com as mãos, vence quem assinalar maior número de gols.
cada lado Obs: os gols podem serem feitos com as mãos ou com os pés
dependendo de qual for a hora de jogo. (Pode-se usar bola de
futebol, bola de handebol ou bola de borracha).
Dividir os alunos em 2
equipes. As equipes
deverão estar sentadas
sobre as linhas laterais da Ao comando do professor a equipe 1 deverá correr e saltar a
quadra, uma equipe de cada corda, recolher todas as bolinhas, que foram jogadas pelo
lado. Esticar/prender uma professor do lado oposto, saltar novamente a corda e colocá-las
Correr Contra o Relógio corda nos dois cones e dentro da caixa. Simultaneamente o grupo 2 deverá dar uma
colocar no meio da quadra volta correndo ao redor da quadra. Vence a equipe que primeiro
(entre as equipes). O concluir a tarefa. A equipe 2, que está correndo é o 'relógio'.
professor lançará um Depois a tarefa é invertida trocamse as tarefas para cada
número “X” de bolinhas na equipe.
quadra, de acordo com a
quantidade de alunos
participantes da aula.
O jogo inicia-se com uma das equipes com a posse de bola, e
objetiva fazer a queimada de todos os adversários sem
arremessar a bola, apenas encostando a bola em qualquer parte
Duas equipes com números do corpo. O aluno que estiver com a bola não pode se deslocar,
Queimada Adaptada similares de participantes, deverá fazer um passe para outro de seus colegas para chegar
dispersos pela quadra, dois perto do seu adversário e queimar. Ao serem queimadas as
animadores pessoas vão saindo do jogo. Se a bola sair da quadra ou for
interceptada pela equipe adversária, os jogadores que estavam
fora, queimados, retornarão ao jogo, sendo a posse de bola da
equipe que a interceptou, e o jogo recomeça.
Cada equipe deve segurar o seu lençol conjuntamente. O jogo
inicia com o arremesso da bola com o lençol por cima da rede,
Duas equipes, cada qual onde a outra equipe deverá recepcioná-la e arremessa-la à
Voleibol com Lençol com um lençol, uma de cada quadra oposta também se utilizando do seu lençol. Os
lado da rede de voleibol. jogadores não poderão tocar a bola (com guizo ou enrolada em
sacola plástica) com as mãos. Os pontos serão marcados
sempre que a bola cair no chão da equipe oposta ou a
arremessarem para fora da quadra.
Os grupos ficam um de cada lado da rede de voleibol, pode
fazer dois jogos no mesmo momento usando apenas a metade
Voleibol com balões Dividir os alunos em grupos da rede. Para cada duas equipes. As regras podem serem pré-
(com cores fortes e com de três ou quatro pessoas determinadas pelo grupo juntamente com o professor, como por
objetos dentro que conforme o número de exemplo todos devem tocar no balão antes de passarem para o
façam barulho) presentes. outro lado, o balão não pode ser tocado duas vezes seguidas
pelo mesmo aluno, não tocar mais de seis vezes antes de
passar para o outro lado da quadra, etc.
Os participantes sentados ao chão, com as pernas enfiadas
dentro de um saco de estopa ou ráfia, só poderão se
Duas equipes com 5 deslocarem arrastando-se pelo chão. Pode-se fazer jogo com as
O Jogo dos Ensacados participantes cada uma mãos sobre uma rede baixa de voleibol. (voleibol modificado)
dispersos pela quadra. Pode-se fazer ainda jogo de handebol, jogando com as mãos,
arremessando ao gol com as mãos. (handebol modificado)
Pode-se fazer jogo de futebol, jogando com os pés fazendo gol
nas traves do futsal. (futsal modificado)

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Anexo 2
Quadro baseado em exemplos da tese doutoral de silva (2003, p. 160-164).

BRINQUEDOS EM MINIATURA BRINQUEDOS DE ENCAIXE E CONSTRUÇÃO


Objetos imitando profissões Encaixes
Veículos mecânicos Quebra-cabeças
Veículo à pilha Cubos para formar imagens
Bonecas manequim Mosaicos
Bonecas de pano Caixas com cubos
Casa de boneca Caixas com outras formas geométricas
Miniaturas de casas Construções magnéticas
Soldadinhos Lego
Brinquedo musical Tipo lig-lig
Animais de plástico ou de madeira Módulos criativos
Fazendas Monta-tudo
Cidades Peças com parafusos
Outras miniaturas Kits de montagem
Materiais para fantasia e dramatização Construção com peças de madeira
JOGOS DE REGRAS MATERIAS DE ATIVIDADES DIVERSAS
Jogos de localizações, posições (tabuleiro, Botões, contas, rolhas,
percurso), jogo da velha, dama, etc.
Jogos para reconhecer formas e tamanhos Vidrilhos, purpurina
Jogos de seriação, classificação (senha, cara a Palitos, espátulas
cara, lince, etc.).
Jogos de numeração e operações matemáticas Pedras, conchas
(loto, bingo, etc.).
Jogos de reconhecer profissões, cores, etc. Vidros, latas, copos, pratos, vasilhas de papelão,
plásticos
Jogos de imagens sequenciais (dominós, rotinas Lãs, linhas
domésticas)
Jogos de formar palavras (cruzadas e forcas) Folhas, flores, galhos, sementes, grãos,
Jogos sensoriais: tácteis, sonoros, olfativos, Alimentos, sabores, condimentos, especiarias
visuais e de paladares.
Jogos de relações e memória Tecidos, fitas, Tecelagens, tapeçaria
Jogos de sorte, acaso (com dados e roletas) Carimbos, adesivos
Jogos de habilidades (pirata, equilíbrio) Fixadores, pregadores
Jogo de cartas Dobraduras
Jogos de reflexão, lógica e estratégia Recortes e colagens
Amarelinha Materiais para furar, trançar, amarrar e enfiar
Boliche Jornais, revistas
Cordinhas Recipientes com aromas, cheiro
Bolas Tintas coloridas
Pinhão Conjuntos de lápis
Palitos Giz de cera
Gude Canetas hidrocores
Xadrez Pincéis
Labirinto Papéis de diferentes tipos
Buraco Colas
Corridas diversas Macinhas
Tênis de mesa Argila
Vôlei Livros de estórias
Futebol de botões Revistas infantis para colorir, completar
Arco e flecha Cartolinas, Envelopes

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Anexo 3

Quadro utilizado por Nunes; Mendes; Lemos (2006, p. 49), em sua pesquisa, com
alguns jogos e características técnicas.

JOGO DESCRIÇÃO REGRAS OBJETIVOS


Possui três tabuleiros A turma é dividida em três grupos. Facilitar a interação entre os
contendo 50 palavras e 50 Cada grupo tem um tabuleiro. O alunos e o professor, visto
ACHEI cartelas com representações pesquisador mostra gravuras e os que sua regra principal
das palavras em desenhos. alunos procuram no tabuleiro a consiste em brincar em
palavra a que se refere à figura. grupo.
Crianças colocadas em círculo,
Contém 20 cartelas com cada um recebe uma cartela com
VERDADE OU frases incompletas e 30 a parte da resposta, em seguida Integrar os alunos entre si e
MENTIRA? cartelas com possíveis se lê para elas a primeira frase os pesquisadores.
complementos. incompleta, quem achar que pode
complementar responde.
Contém 20 caixinhas de A caixa contendo os materiais
GAVETINHAS DA fósforo coladas entre si, com diversificados é passada de aluno Desenvolver a atenção e a
MEMÓRIA materiais diversos em de para aluno, sendo dada uma memória.
cada uma. oportunidade de encontrarem o
par de materiais idênticos.
Cada criança recebe um envelope
contendo palavras recortadas que
BILHETINHOS 25 envelopes contendo formavam uma frase completa. É Organizar o raciocínio pela
EMBARALHADOS palavras que podem formar determinado um tempo para que construção de frases.
frases. formem frases e depois é
solicitado que cada um leia a sua
frase.
Composto por borboletas Estimular a interação entre
desenhadas em quadrados As crianças devem procurar seu os alunos, assim como
ASAS DE cortados ao meio de maneira par de asas entre os colegas o desenvolver a discriminação
BORBOLETA que as duas asas de mais rápido possível. visual, a noção de simetria e
borboletas fiquem uma em a atenção.
cada metade.
Composto por envelopes O professor dá dicas que estão no Relacionar conhecimentos
O QUE É, O QUE É? contendo gravuras recortadas envelope e os alunos tentam prévios e questionamentos
de revistas e coladas em solucionar a questão. propostos pelos
cartolinas. pesquisadores.
Composto por figuras que Desenvolver o pensamento
são parcialmente cobertas lógico, a dedução, o
por papel branco, ficando Os alunos tentam adivinhar que reconhecimento do todo
O QUE SERÁ? apenas uma de suas partes figura é falando ou escrevendo. através de uma parte, a
descobertas para a atenção, a observação, a
visualização dos alunos. nomeação de objetos e
a discriminação visual.
Desenvolver a noção de
Composto por vinte cartelas Os alunos devem observar as esquema corporal, a
JOGO DAS com diferentes posições posições e imitá-las expressão do corpo, o
POSIÇÕES corporais. imediatamente equilíbrio, a coordenação
motora e a interação entre
os alunos.
Composto por treze cartelas Os alunos observam as caretas e Estimular a expressividade e
JOGO DAS com desenhos de rostos nas dizem o que cada uma significa. a compreensão das
CARETAS diversas expressões. diferentes formas de
comunicação de sentimentos
JOGO DAS Composto por garrafas de Os alunos tentam acertar as Estimular a coordenação
ARGOLAS plástico e argolas coloridas. argolas nas garrafas. motora.

Desenvolver a expressão
Composto por quatro dados Composto por quatro dados oral e escrita, mediante
DADOS DA com seis histórias distribuídas com seis histórias histórias inventadas,
FANTASIA em cada um de distribuídas em cada um de com a mistura de
seus lados. seus lados. personagens ou
sequencialização das
histórias.

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