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Direitos Humanos
Direitos Humanos
Prof. Mateus Silveira
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1ª Fase | 37° Exame da OAB
Direitos Humanos
Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade.
Com carinho,
Equipe Ceisc. ♥
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Direitos Humanos
Direitos Humanos
Prof. Mateus Silveira
Sumário
Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
a 1ª Fase OAB e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, reco-
menda-se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.
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Direitos Fundamentais
Ordem Interna
(Estado/Nação/País)
Constituição de cada país
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Terminologias diferenciadas:
*Para todos verem: esquema.
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Para os relativistas, a noção de direito está estritamente relacionada ao sistema político, eco-
nômico, cultural, social e moral vigente em determinada sociedade. Segundo os relativistas, cada
cultura possui o seu próprio discurso acerca dos direitos fundamentais, que estão relacionados às
específicas circunstâncias culturais e históricas de cada sociedade. Nesse sentido, acreditam os que se
filiam ao relativismo cultural que o pluralismo cultural impede a formação de uma moral universal, tornando-
se necessário que se respeitem as diferenças culturais apresentadas por cada sociedade, bem como seu
peculiar sistema moral.
No olhar relativista, há o primado do coletivismo. Isto é, o ponto de partida é a coletividade, e o
indivíduo é percebido como parte integrante da sociedade. Já na ótica universalista, há o primado do indi-
vidualismo. O ponto de partida é o indivíduo, sua liberdade e autonomia (a dignidade humana como ele-
mento individualista), para que, então, se avance na percepção dos grupos e das coletividade s.
Transnacionalidade: não importa o local em que esteja o ser humano, os direitos humanos têm o
viés internacional, porém, como estão ligados ao direito internacional público, há questões ligadas aos limi-
tes da soberania dos Estados que provocam um debate sobre os efeitos e a eficácia da transnacionalidade
dos direitos humanos.
Indivisibilidade: os Direitos Humanos não são fracionados; implicam unicidade, assegurando não
ser possível se reconhecer apenas alguns direitos humanos (atenção aos direitos sociais e aos direitos
difusos e coletivos).
Interdependência: muitas vezes, para o exercício de um direito humano, passa-se obrigatoria-
mente pelo anterior de outra geração/dimensão.
Indisponibilidade (irrenunciabilidade): o ser humano não pode abrir mão, dispor de um direito
humano, por ser inerente a ele, nem os Estados podem suprimi-los, a partir do momento que os reconhece.
Por este motivo, a autorização de seu titular (pessoa humana) não justifica ou convalida qualquer violação
do conteúdo protetivo dos direitos humanos.
Imprescritibilidade: um direito humano não prescreve por decurso de prazo, ou seja, não se es-
gotam com o passar do tempo e podem ser vindicados a qualquer tempo. Há exceções e limitações expres-
samente impostas por tratados internacionais que preveem procedimentos perante cortes ou instâncias
internacionais.
Complementaridade: os direitos humanos devem ser interpretados em conjunto, não havendo hi-
erarquia entre eles.
Inter-relacionalidade: os direitos humanos e os sistemas de proteção se inter-relacionam,
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possibilitando às pessoas escolher entre o mecanismo de proteção global ou regional, não havendo hierar-
quia entre eles.
Inviolabilidade: esses direitos não podem ser descumpridos por nenhuma pessoa ou autoridade.
Vedação do retrocesso ou do regresso: uma vez estabelecidos os direitos humanos, não se ad-
mite o retrocesso visando sua limitação ou diminuição. Os direitos humanos devem sempre agregar algo
de novo e melhor ao ser humano, não podendo o Estado proteger menos do que já protegia anteriormente.
Deste modo, os Estados estão proibidos de retroceder em matéria de proteção dos direitos humanos.
Prevalência da norma mais benéfica: na solução de um caso concreto deve prevalecer a norma
mais benéfica para a vítima da violação dos direitos humanos.
1.1.2. Da interpretação conforme os direitos humanos
Todas as normas (internas e internacionais) presentes em determinado Estado e que atingem de
uma ou outra forma os indivíduos sujeitos à jurisdição estatal devem ser interpretadas em conformidade
com esses direitos, pois os direitos humanos são o núcleo-chave do direito pós-moderno (MAZZUOLI,
2014).
Portanto, todas as normas em vigor no Estado, sejam internas ou internacionais, devem ser inter-
pretadas “CONFORME” os direitos humanos, sem qualquer exceção. A interpretação conforme os direitos
humanos deve seguir, prioritariamente, o entendimento da jurisprudência dos tribunais internacionais de
acordo com a organização de sistemas de direitos humanos a qual o Estado está vinculado.
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1a Geração ou Dimensão
• Direito das Liberdades Vida, Liberdades (religiosa, de locomoção, de manifestação etc.),
• Direitos Civis e Políticos Propriedade, Direitos Políticos, etc.
• Direitos de Defesa ou Negativos
2a Geração ou Dimensão
• Direito das Igualdades Educação, Saúde, Trabalho, Previdência Social, Assistência Social,
• Direitos Sociais e Econômicos etc.
• Direitos Positivos e/ou Prestacionais
3a Geração ou Dimensão
• Direito da Fraternidade
Meio Ambiente, Paz, Proteção de Coletividades Vulneráveis, etc.
• Direitos de Solidariedade e Coletivos
• Direitos Transindividuais e/ou Difusos
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desenvolvimento da democracia moderna. A Magna Carta consagra, entre outros, o direito de todos os
cidadãos livres possuírem e herdarem propriedade e serem protegidos de impostos excessivos; o direito
das viúvas que possuíam propriedade de decidir não voltar a casar; o estabelecimento dos princípios pro-
cessuais e a igualdade perante a lei e o direito da igreja de estar livre da interferência do governo. Contém
ainda provisões que proíbem o suborno e a má conduta oficial.
A Magna Carta de 1215 é um elemento importante, mas podemos destacar as Petições de Direito
da Inglaterra no século XVII, a revolução burguesa na França e a independência americana como outros
marcos históricos importantes dos direitos humanos na História, pois até o processo de internacionalização
dos direitos humanos, muitos países foram contribuindo um pouco para o desenvolvimento histórico dos
direitos das pessoas.
1.3.1. Dos precedentes da internacionalização dos Direitos Humanos
Os direitos humanos são fruto de uma afirmação histórica da proteção dos direitos das pessoas ao
longo do tempo, contudo, a doutrina baseada nas lições da Profa. Flávia Piovesan estabeleceu três ele-
mentos como os precedentes da internacionalização dos direitos humanos: o Direito Humanitário, a cria-
ção da Liga das Nações e o surgimento da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em 1919.
1.3.1.1. A Liga das Nações Unidas
Foi uma organização internacional criada em abril de 1919, quando a Conferência de Paz de Paris
adotou seu pacto fundador, posteriormente inscrito em todos os tratados de paz. Ainda durante a Primeira
Guerra Mundial, a ideia de criar um organismo destinado à preservação da paz e à resolução dos conflitos
internacionais por meio da mediação e do arbitramento já havia sido defendida por alguns estadistas, es-
pecialmente o presidente dos Estados Unidos, Woodrow Wilson. Contudo, a recusa do Congresso norte-
americano em ratificar o Tratado de Versalhes acabou impedindo que os Estados Unidos se tornassem
membro do novo organismo.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os países vencedores reuniram-se em Versa-
lhes, no subúrbio de Paris, na França, em janeiro de 1919, para firmar um tratado de paz, o Tratado de
Versalhes. Um dos pontos do tratado era a criação de um organismo internacional que tivesse como finali-
dade assegurar a paz num mundo traumatizado pelas dimensões do conflito que se encerrara. Em 15-11-
1920, teve lugar em Genebra, na Suíça, a Primeira Assembleia Geral da Liga das Nações. Os objetivos da
organização eram impedir as guerras e assegurar a paz, com a implementação de ações diplomáticas, de
diálogos e negociações para a solução dos litígios. Porém, infelizmente, não conseguiu impedir a Segunda
Guerra.
Desse modo, diante do fracasso de não ter conseguido coibir a ocorrência da Segunda Guerra
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suíço Henri Dunant, que, após presenciar o massacre e a desumana situação de feridos na Batalha de
Solferino (1859), ocorrida em solo italiano, decide criar a Cruz Vermelha e iniciar uma campanha internaci-
onal para a proteção dos militares feridos e doentes.
As regras que regulam o direito humanitário estão previstas nas Convenções de Genebra realizadas
para regularem o direito humanitário.
1.3.1.4. Princípios de direito internacional humanitário
Princípio da humanidade: de acordo com este princípio, a dignidade humana deve ser preservada
por mais precária e gravosa que seja a situação.
Princípio da necessidade: os bens civis devem ser respeitados e não podem ser alvo de ataques
e retaliações.
Princípio da proporcionalidade: as partes devem utilizar de seus recursos bélicos de forma pro-
porcional a superar e vencer a parte adversa, rejeitando-se um malefício superior aos ganhos militares
pretendidos.
Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV): principal entidade responsável pelo monitora-
mento do cumprimento do direito internacional humanitário pelos Estados. Em realidade, uma orga-
nização independente e não governamental cujo status e prerrogativas são reconhecidos nas próprias Con-
venções de Genebra. O CICV visa defender e amparar as vítimas de guerras e catástrofes naturais, além
de auxiliar no contato com familiares e na busca por desaparecidos.
Embora não prevejam um órgão internacional voltado para a aplicação de sanções, os tratados que
compõem o direito internacional humanitário podem ser invocados perante a Corte Internacional de Justiça
(CIJ) e o Tribunal Penal Internacional (TPI).
Desse modo, o desenvolvimento do direito internacional humanitário é considerado um dos prece-
dentes históricos para a internacionalização dos direitos humanos.
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Segundo prevê o art. 53 da Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, norma jus cogens é “uma
norma aceita e reconhecida pela comunidade internacional dos Estados como um todo, como norma da
qual nenhuma derrogação é permitida e que só pode ser modificada por norma ulterior de Direito Internaci-
onal geral da mesma natureza”.
Foi adotada e proclamada pela Res. no 217-A da III Assembleia Geral, em 10-12-1948, demons-
trando claramente que não se constitui em uma fonte jurídica de Direito Internacional advinda de um Acordo
Internacional.
Ao final, é importante destacar a presença de normas de direitos humanos de 1 a e 2a dimensões na
Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
Em resumo, a base do Sistema da ONU de Direitos Humanos é:
Observação!
Existem muitos outros tratados de direitos humanos ligados ao sistema internacional da ONU, con-
tudo, a Carta Internacional de Direitos Humanos é formada por estes três grandes documentos que são a
declaração e os dois pactos.
2.3. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1966)
Pacto Internacional dos Direitos Civis Políticos (PIDCP) (1966) – Res. no 2.200-A da XXI As-
sembleia Geral da ONU, em 16-12-1966. Entrou em vigor em 23-3-1976. O Brasil aderiu ao Pacto em 24-
1-1992, tendo o Dec. no 592, de 6-7-1992, promulgado o pacto na íntegra.
O PIDCP disciplina a autodeterminação dos povos e a livre disposição de seus recursos naturais e
riquezas; o compromisso dos Estados de implementar os direitos previstos; os direitos e deveres propria-
mente ditos; os mecanismos de supervisão, cujo destaque é o Comitê de Direitos Humanos; as regras de
integração com os dispositivos da Carta da ONU e as normas referentes a ratificação e entrada em vigor.
O PIDCP possui 53 artigos divididos em seis partes.
Destaco os principais direitos constantes no Pacto: direito à vida com a limitação da possibili-
dade de casos de aplicação da pena de morte; direito de não ser submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante; direito a não ser submetido a escravidão e servidão; direito de não ser preso
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apenas por não cumprir obrigação contratual, proibindo qualquer tipo de prisão civil; direito a não ser con-
denado por atos ou omissões não definidos como crime e de não ser submetido a pena mais grave do que
a aplicável na época da realização do delito, direitos esses que consagram o princípio da legalidade e da
irretroatividade do direito penal nas situações que possam prejudicar o réu; direito de as pessoas terem
reconhecida a sua personalidade jurídica em qualquer lugar; direito a vida privada, com ninguém podendo
realizar ingerências arbitrárias ou ilegais em sua vida privada, na família, no domicílio ou na correspondên-
cia de uma pessoa, bem como a proibição de ofensas ilegais a honra e reputação de uma pessoa; e direito
à liberdade de pensamento, consciência e religião.
Ainda no tocante ao PIDCP, no ano de 2009, o Brasil ratificou os dois protocolos facultativos ao
Pacto Internacional dos Direitos Civis. O primeiro reconhece a competência do Comitê de Direitos Humanos
da ONU para receber e apurar denúncias de violações de direitos humanos, destacando que esse órgão
convencional foi criado desde o início do Pacto, em 1966. O segundo protocolo tem como objetivo abolir a
adoção da pena de morte e foi adotado pela ONU em 1989.
Portanto, o Brasil é signatário do Protocolo Facultativo ao PIDCP para abolir a pena de morte, po-
rém, esse protocolo, em seu art. 2 o, item 1, estabeleceu que a proibição da pena de morte não aceitaria
exceções, salvo a reserva formulada no momento da ratificação ou adesão que preveja a aplicação da pena
em tempo de guerra em virtude de condenação por infração penal de natureza militar de gravidade extrema
cometida em tempo de guerra; essa exceção prevista no tratado é a mesma que o Brasil segue no art. 5 o,
XLVII, a, da CF/1988. O Brasil assinou a reserva no momento da ratificação do tratado e, assim, manteve
a possibilidade de aplicação de pena de morte citada na Constituição Federal.
2.4. Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966)
O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) foi adotado pela
Res. no 2.200-A da XXI Assembleia Geral da ONU. Internacionalmente, entrou em vigor em 3-1-1976, e o
Brasil aderiu ao Pacto em 24-1-1992, com o Dec. no 591/1992, promulgando o pacto na íntegra.
O pacto social é considerado um marco, por ter assegurado destaque aos direitos econômicos,
sociais e culturais, vencendo a resistência de vários Estados e mesmo da doutrina, que viam os direitos
sociais, em sentido amplo, como meras recomendações ou exortações.
O Pacto, no art. 2o, item 1, obriga os países a uma implementação progressiva dos direitos soci-
ais, de maneira que os direitos sejam estabelecidos “pouco a pouco” de acordo com as possibilidades
financeiras de cada Estado. Desse modo, os direitos previstos no PIDESC são obrigatórios, bem como,
após sua implementação, estão protegidos pela proibição do retrocesso.
O PIDESC possui 31 artigos divididos em cinco partes. Destaco os principais direitos protegidos
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pelo tratado: direito ao trabalho; proteção aos trabalhadores; direito de participação e organização sindical;
direito à previdência social e ao seguro social; proteção a família, mulher, crianças e adolescentes; direito
à educação; direito à saúde; proteção à cultura; direito ao desenvolvimento da ciência.
Em maio de 2013, entrou em vigor o Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional de Direitos Econô-
micos, Sociais e Culturais. Com esse protocolo, as vítimas de violações de direitos econômicos, sociais e
culturais tutelados pelo pacto que não encontrarem soluções em seus próprios Estados podem dispor de
um mecanismo para apresentar suas queixas e denúncias na ONU, no órgão convencional chamado de
Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais ligado ao PIDESC. Entretanto, o Brasil ainda não integra
a lista de países que ratificaram esse protocolo, portanto, o comitê não poderia receber nenhuma denúncia
contra o Brasil, pois o protocolo ainda não foi assinado pelo nosso país.
Resumindo:
Carta das
Nações
(ONU)
Base para
existência da
Carta
Pacto
Internacional Carta Declaração
dos Direitos Internacional Universal de
Econômicos, Direitos
Sociais e de Direitos Humanos
Culturais
(PIDCESC)
Humanos (DUDH)
Pacto
Internacional
dos Direitos
Civis e
Políticos
(PIDCP)
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Artigo 1
1. Nenhuma pessoa será submetida a desaparecimento forçado.
2. Nenhuma circunstância excepcional, seja estado de guerra ou ameaça de guerra, ins-
tabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública, poderá ser invocada
como justificativa para o desaparecimento forçado.
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Artigo 2
Para os efeitos desta Convenção, entende-se por “desaparecimento forçado” a prisão, a
detenção, o sequestro ou qualquer outra forma de privação de liberdade que seja perpe-
trada por agentes do Estado ou por pessoas ou grupos de pessoas agindo com a autori-
zação, apoio ou aquiescência do Estado, e a subsequente recusa em admitir a privação
de liberdade ou a ocultação do destino ou do paradeiro da pessoa desaparecida, privando-
a assim da proteção da lei.
Artigo I
Os Estados Partes nesta Convenção comprometem-se a:
a. não praticar, nem permitir, nem tolerar o desaparecimento forçado de pessoas, nem
mesmo em estado de emergência, exceção ou suspensão de garantias individuais;
b. punir, no âmbito de sua jurisdição, os autores, cúmplices e encobridores do delito do
desaparecimento forçado de pessoas, bem como da tentativa de prática dele;
c. cooperar entre si a fim de contribuir para a prevenção, punição e erradicação do desa-
parecimento forçado de pessoas; e
d. tomar as medidas de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de qualquer outra
natureza que sejam necessárias para cumprir os compromissos assumidos nesta Conven-
ção.
Artigo X
Em nenhum caso poderão ser invocadas circunstâncias excepcionais, tais como estado
de guerra ou ameaça de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergên-
cia pública, para justificar o desaparecimento forçado de pessoas. Nesses casos, será
mantido o direito a procedimentos ou recursos judiciais rápidos e eficazes, como meio de
determinar o paradeiro das pessoas privadas de liberdade ou seu estado de saúde, ou de
identificar a autoridade que ordenou a privação de liberdade ou a tornou efetiva.
Na tramitação desses procedimentos ou recursos e de conformidade com o direito interno
respectivo, as autoridades judiciárias competentes terão livre e imediato acesso a todo
centro de detenção e a cada uma de suas dependências, bem como a todo lugar onde
houver motivo para crer que se possa encontrar a pessoa desaparecida, inclusive lugares
sujeitos à jurisdição militar.
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instiguem ou induzam a ela, cometam-no diretamente ou, podendo impedi-lo, não o façam.
b) As pessoas que, por instigação dos funcionários ou empregados públicos a que se refere a alínea
anterior, ordenem sua comissão, instiguem ou induzam a ela, comentam-no diretamente ou nela sejam
cúmplices.
Atenção!
O fato de haver agido por ordens superiores não eximirá o agente da responsabilidade penal cor-
respondente.
Artigo 10
Nenhuma declaração que se comprove haver sido obtida mediante tortura poderá ser ad-
mitida como prova num processo, salvo em processo instaurado conta a pessoa ou pes-
soas acusadas de havê-la obtido mediante atos de tortura unicamente como prova de que,
por esse meio, o acusado obteve tal declaração.
Artigo 11
Os Estados Partes tomarão as medidas necessárias para conceder a extradição de toda
pessoa acusada de delito de tortura ou condenada por esse delito, de conformidade com
suas legislações nacionais sobre extradição e suas obrigações internacionais nessa ma-
téria.
ARTIGO I
As Partes Contratantes confirmam que o genocídio quer cometido em tempo de paz ou
em tempo de guerra, é um crime contra o Direito Internacional, que elas se comprometem
a prevenir e a punir.
ARTIGO II
Na presente Convenção entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos
com a intenção de destruir no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou reli-
gioso, como tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) submeter intencionalmente o grupo a condição de existência capazes de ocasionar-lhe
a destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio de grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo.
A convenção aplica-se aos povos indígenas e tribais, mas quem são estes povos?
Artigo 1o
1. A presente convenção aplica-se:
a) aos povos tribais em países independentes, cujas condições sociais, culturais e econô-
micas os distingam de outros setores da coletividade nacional, e que estejam regidos, total
ou parcialmente, por seus próprios costumes ou tradições ou por legislação especial;
b) aos povos em países independentes, considerados indígenas pelo fato de descenderem
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Artigo 3º
1. Os povos indígenas e tribais deverão gozar plenamente dos direitos humanos e liber-
dades fundamentais, sem obstáculos nem discriminação. As disposições desta Conven-
ção serão aplicadas sem discriminação aos homens e mulheres desses povos.
2. Não deverá ser empregada nenhuma forma de força ou de coerção que viole os direitos
humanos e as liberdades fundamentais dos povos interessados, inclusive os direitos con-
tidos na presente Convenção.
Artigo 15
1. Os direitos dos povos interessados aos recursos naturais existentes nas suas terras
deverão ser especialmente protegidos. Esses direitos abrangem o direito desses povos a
participarem da utilização, administração e conservação dos recursos mencionados.
2. Em caso de pertencer ao Estado a propriedade dos minérios ou dos recursos do sub-
solo, ou de ter direitos sobre outros recursos, existentes nas terras, os governos deverão
estabelecer ou manter procedimentos com vistas a consultar os povos interessados, a fim
de se determinar se os interesses desses povos seriam prejudicados, e em que medida,
antes de se empreender ou autorizar qualquer programa de prospecção ou exploração
dos recursos existentes nas suas terras. Os povos interessados deverão participar sempre
que for possível dos benefícios que essas atividades produzam, e receber indenização
equitativa por qualquer dano que possam sofrer como resultado dessas atividades.
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Buenos Aires, assinado em 1967 e que entrou em vigor em fevereiro de 1970; pelo Protocolo de Car-
tagena das Índias, assinado em 1985 e que entrou em vigor em 1988; pelo Protocolo de Manágua, assinado
em 1993 e que entrou em vigor em janeiro de 1996; e pelo Protocolo de Washington, assinado em 1992 e
que entrou em vigor em setembro de 1997.
A organização foi criada para alcançar nos Estados-membros, como estipula o art. 1 o da Carta:
“uma ordem de paz e de justiça, para promover sua solidariedade, intensificar sua colaboração e defender
sua soberania, sua integridade territorial e sua independência”. Para atingir seus objetivos mais importantes,
a OEA baseia-se em seus principais pilares, que são a democracia, os direitos humanos, a segurança e o
desenvolvimento.
4.2. Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa
Rica – PSJCR) (1969)
4.2.1. Dos direitos
Adotada por ocasião da Conferência Especializada Interamericana sobre Direitos Humanos, em 22-
11-1969.
O Brasil só aderiu à Convenção em 9-7-1992 e a ratificou em 25-9-1992, tendo-a promulgado o
Dec. no 678/1992. O PSJCR entrou em vigor internacional em 18-7-1978. O Brasil, ao depositar a carta de
adesão, fez ressalvas quanto à atuação da Comissão Interamericana de Direitos Humanos dentro do terri-
tório brasileiro.
O texto do PSJCR possui uma série de “Deveres dos Estados e direitos protegidos”. Há um desta-
que para os direitos civis e políticos, por influência do PIDCP, que, inclusive, deixou os direitos econômicos,
sociais e culturais em segundo plano. Para fiscalizar a aplicação e o cumprimento do extenso rol de direitos,
há os chamados “meios de proteção”, ou seja, órgãos específicos para tal missão: a Comissão Interameri-
cana de Direitos Humanos e a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
A Convenção Americana trata essencialmente dos direitos civis e políticos, sendo semelhante ao
PIDCP de 1966. Pode ser analisada em duas partes: a primeira (arts. 1 o a 32 da Convenção) estabelece
direitos civis e políticos acolhidos no sistema interamericano; a segunda parte da Convenção Americana
(arts. 33 a 73) trata dos meios de proteção desses direitos pelos seguintes órgãos competentes: Comissão
Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e Corte Interamericana de Direitos Humanos (COIDH).
Vamos analisar alguns direitos e temas importantes para conseguirmos compreender melhor a im-
portância dos direitos tutelados do Pacto de São José da Costa Rica, pois esse tema é um dos mais exigidos
no Exame de Ordem na prova de Direitos Humanos.
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encontre legalmente no território de um Estado-parte na presente Convenção só poderá dele ser expulso
em decorrência de decisão adotada em conformidade com a lei. Em nenhum caso o estrangeiro pode ser
expulso ou entregue a outro país, seja ou não de origem, onde seu direito à vida ou à liberdade pessoal
esteja em risco de violação em virtude de sua raça, nacionalidade, religião, condição social ou de suas
opiniões políticas. É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.
4.2.1.8. Tutela ao asilo político
Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em caso de persegui-
ção por delitos políticos ou comuns conexos com delitos políticos, de acordo com a legislação de cada
Estado e com as convenções internacionais.
4.2.2. Meios de proteção
São competentes para conhecer de assuntos relacionados com o cumprimento dos compromissos
assumidos pelos Estados-partes nessa convenção:
a) a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, doravante denominada a Comissão;
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julgamento da Corte Interamericana de Direitos Humanos, desde que o país denunciado se submeta à jurisdição
da Corte.
A Corte é o órgão judicial do Pacto de São José da Costa Rica que busca resolver os casos de
ofensas realizadas por países aos direitos tutelados na convenção, podendo ser chamada de órgão con-
vencional da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, pois foi criada pelo pacto. Somente os Esta-
dos-partes e a Comissão têm direito de submeter um caso à decisão da Corte.
Da competência
A Corte tem competência para conhecer de qualquer caso, relativo à interpretação e à aplicação
das disposições da Convenção Americana, que lhe seja submetido, desde que os Estados-partes, no caso,
tenham reconhecido ou reconheçam a competência da Corte.
Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando se fizer necessário evitar danos irreparáveis
às pessoas, a Corte, nos assuntos de que estiver conhecendo, poderá tomar as medidas provisórias que
considerar pertinentes. Se se tratar de assuntos que ainda não estiverem submetidos ao seu conhecimento,
poderá atuar a pedido da Comissão.
Da competência consultiva da Corte
Os Estados-membros da organização poderão consultar a Corte sobre a interpretação da Conven-
ção Americana sobre Direitos Humanos ou de outros tratados concernentes à proteção dos direitos huma-
nos nos Estados americanos.
Da decisão da Corte
A sentença da Corte deve ser fundamentada, e será definitiva e inapelável. Os Estados-partes da
Convenção comprometem-se a cumprir a decisão da Corte em todo caso em que forem partes. E a parte
da sentença que determinar indenização compensatória poderá ser executada no país respectivo pelo pro-
cesso interno vigente para a execução de sentenças contra o Estado.
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As ações afirmativas, que são os programas e as medidas especiais adotados pelo Estado e pela
iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportuni-
dades, podem ser exemplificadas pelas políticas de cotas e reservas de vagas para a população negra que
existem para acesso ao ensino universitário, técnico e tecnológico federal, bem como para o serviço público
quando da realização de concursos públicos.
Outro exemplo de ação afirmativa é a obrigatoriedade do estudo da história geral da África e da
história da população negra no Brasil nos estabelecimentos de ensinos fundamental e médio, públicos e
privados, que foi estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e, em seguida, reiterada
pelo Estatuto da Igualdade Racial como ação afirmativa nacional.
As ações afirmativas são instrumentos utilizados para a implementação da igualdade material (igual-
dade de oportunidades), inclusive já analisadas pelo STF, que as declarou totalmente constitucionais em
duas oportunidades: ADPF no 186 (rel. Min. Ricardo Lewandowski – Tribunal Pleno – j. 26-4-2012 – acórdão
eletrônico DJe-205 – divulg 17-10-2014 – public 20-10-2014) e ADC no 41 (rel. Min. Roberto Barroso –
Tribunal Pleno – j. 8-6-2017 – processo eletrônico DJe-180 – divulg 16-08-2017 – public 17-08-2017).
Já quanto aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras,
a Constituição Federal determinou o reconhecimento da propriedade definitiva, devendo o Estado emitir os
títulos respectivos de propriedade. Essa propriedade reconhecida será registrada mediante outorga de título
coletivo e pró-indiviso às comunidades com obrigatória inserção de cláusula de inalienabilidade, imprescri-
tibilidade e de impenhorabilidade.
Atenção!
O STF, no julgamento da ADI no 3239/DF (rel. orig. Min. Cezar Peluso – red. p/ o ac. Min. Rosa
Weber – j. 8-2-2018 – Info 890), reconheceu a constitucionalidade do Dec. n o 4.887/2003, que regulamenta
o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupa-
das por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT).
Para auxiliar na busca da igualdade racial e na luta de combate ao racismo no Brasil, tivemos a
incorporação, com força de emenda constitucional, de um quarto tratado internacional, que é a Convenção
Interamericana de contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância, no De-
creto no 10.932/2022.
5.6. Programas Nacionais de Direitos Humanos (PNDH)
O PNDH está na sua 3a edição.
O que é o PNDH-3?
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Direitos Humanos
O Terceiro Programa Nacional de Direitos Humanos, instituído pelo Decreto n o 7.037, de 21-12-
2009, e atualizado pelo Decreto n o 7.177, de 12-5-2010, é produto de uma construção democrática e parti-
cipativa, incorporando resoluções da 11a Conferência Nacional de Direitos Humanos, além de propostas
aprovadas em mais de 50 conferências temáticas, promovidas desde 2003, em áreas como segurança
alimentar, educação, saúde, habitação, igualdade racial, direitos da mulher, juventude, crianças e adoles-
centes, pessoas com deficiência, idosos, meio ambiente etc.
O PNDH-3 concebe a efetivação dos direitos humanos como uma política de Estado, centrada na
dignidade da pessoa humana e na criação de oportunidades para que todos e todas possam desenvolver
seu potencial de forma livre, autônoma e plena. Parte, portanto, de princípios essenciais à consolidação da
democracia no Brasil: diálogo permanente entre Estado e sociedade civil; transparência em todas as áreas
e esferas de governo; primazia dos Direitos Humanos nas políticas internas e nas relações internacionais;
caráter laico do Estado; fortalecimento do pacto federativo; universalidade, indivisibilidade e interdependên-
cia dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais; opção clara pelo desenvolvi-
mento sustentável; respeito à diversidade; combate às desigualdades; erradicação da fome e da extrema
pobreza.
5.7. Direito dos índios
A Constituição brasileira reconhece os índios, a sua organização social, costumes, línguas, crenças
e tradições, bem como os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, terras essas
que são de propriedade da União e da posse dos indígenas.
As terras, tradicionalmente, ocupadas pelos índios são as que eles habitam e utilizam para suas
atividades produtivas, imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar
e necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. Essas terras
destinam-se à posse permanente e ao usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas
existentes. É importante destacar que, mesmo as terras não sendo da propriedade dos indígenas, elas são
inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.
5.8. Direito LGBTQIA+
A proteção da dignidade da pessoa humana estabelece a defesa das pessoas contra a discrimina-
ção originada na orientação sexual e a discriminação de gênero. Há poucas regras internacionais e nacio-
nais de proteção à população LGBTQIA+. O STF estabeleceu a aplicação da lei do racismo para os crimes
de homofobia e transfobia (ADO n o 26 e MI no 4733).
5.9. Liberdade de expressão e pensamento
A liberdade de expressão e pensamento veda o anonimato na nossa Constituição Federal e não
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Direitos Humanos
habilita o sujeito do direito humano a poder dizer o que bem entende sem sofrer as consequências. Por
isso, a Constituição Federal prevê a possibilidade de reparação de danos e direito de resposta.
1 Refugiado é todo o indivíduo que está fora de seu país de origem em razão de fundados temores de perseguição relacionados a questões de
raça, religião, nacionalidade, pertencimento a determinado grupo social ou opinião política, como também em razão de grave e generalizada
violação de direitos humanos e conflitos armados.
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Direitos Humanos
O Tribunal Penal Internacional é um tribunal que julga pessoas que cometeram um dos delitos pre-
vistos no Estatuto de Roma, senão vejamos: crime de genocídio, crime de guerra, crime contra a humani-
dade e crime de agressão. O Brasil submete-se à jurisdição do TPI, pois é signatário do Estatuto de Roma
e já incorporou o tratado à legislação brasileira, bem como o tribunal tem jurisdição complementar aqui no
Brasil.
8. Tratado de Marraqueche
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Direitos Humanos
texto impresso.
Conceito de “exemplar em formato acessível” significa a reprodução de uma obra de maneira ou
forma alternativa que dê aos beneficiários acesso a ela, inclusive para permitir que a pessoa tenha acesso
de maneira tão prática e cômoda como uma pessoa sem deficiência visual ou sem outras dificuldades de
acesso ao texto impresso. O exemplar em formato acessível é utilizado exclusivamente por beneficiários e
deve respeitar a integridade da obra original, levando em consideração as alterações necessárias para
tornar a obra acessível no formato alternativo e as necessidades de acessibilidade dos beneficiários.
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