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EXERCÍCIO 5
GRUPO I
“Diário Digital
quinta-feira, 3 de Abril de 2008
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Pergunta-se:
A) A Assembleia da República é o órgão competente, à luz da Constituição, para a
aprovação noticiada 1 ?
B) Quais a forma e a força do Estatuto em revisão, e a que previsão de norma de
competência da Assembleia da República este ato de aprovação se subsume?
C) A que órgão ou órgãos pertence a iniciativa de semelhante revisão do Estatuto 2?
D) A presente revisão ao Estatuto poderia, constitucionalmente, definir as competências
legislativas da Região Autónoma dos Açores?
E) Qual o número mínimo de Deputados requerido pela Constituição para a aprovação
da presente revisão ao Estatuto e qual o procedimento a que está
constitucionalmente adstrita essa aprovação3?
F) A aprovação da presente revisão ao Estatuto determina a sua imediata entrada em
vigor?
G) Entrada em vigor esta revisão ao Estatuto, o Governo pode revogá-la ou alterá-la?
H) Entrada em vigor esta revisão ao Estatuto, a Assembleia legislativa regional dos
Açores pode alterá-la ou revogá-la?
1
Resolver em conjugação com a questão 1 do Exercício 2, no que diz respeito à competência.
2
Conjugar com a resolução da questão 1 do Exercício 2., quanto à iniciativa.
3
Conjugar com a resposta à questão 1. do Exercício 2, sobre as matérias da iniciativa legislativa.
2
GRUPO II
“Diário Digital
sexta-feira, 4 de Julho de 2008
Pergunta-se:
A) De que tipo de fiscalização da constitucionalidade se trata?
B) Que prazo tem o Presidente da República para requerer esta fiscalização?
C) O Tribunal Constitucional poderá fiscalizar a constitucionalidade de outras normas
que não aquelas cuja fiscalização o Presidente da República requereu?
D) Quanto tempo tem o Tribunal Constitucional para se pronunciar sobre pedidos desta
natureza4.
GRUPO III
3
Os juízes do TC consideraram que os artigos do estatuto sobre a declaração de estado
de sítio e de emergência, que obrigam o Presidente a ouvir o Governo e a assembleia
regionais, violam a Constituição.
Também os artigos relativos à organização das forças de segurança, direitos,
liberdades e garantias, regulação na comunicação social, lei de enquadramento
orçamental e do regime de utilização do domínio público foram considerados
inconstitucionais.
O presidente do TC, Rui Moura Ramos, disse que as questões levantadas pelo
Presidente da República eram "situações muito diversas", tendo tido também decisões
diferentes - oito consideradas inconstitucionais e cinco constitucionais.”
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GRUPO IV
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Os deputados açorianos pretendiam ver o novo Estatuto entrar em vigor antes das
Eleições Legislativas Regionais, marcadas para 19 de Outubro, mas o objetivo parece
cada vez mais difícil de alcançar.”
Pergunta-se:
Tinha o Presidente da República, à face da Constituição, legitimidade para levantar
outras objecções ao diploma, as quais não tivessem sido reportadas, antes, ao
Tribunal Constitucional?
GRUPO V
“Correio da Manhã
5 Agosto 2008 - 00h46
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GRUPO VI
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Na mensagem ao Parlamento, o PR dá ainda nota de outra "objeção de princípio",
relativamente ao número 2 do artigo 140.º do Estatuto, através do qual a Assembleia da
República decidiu limitar o poder de iniciativa legislativa dos seus deputados e grupos
parlamentares, no que respeita ao processo de revisão do Estatuto Político-
Administrativo da Região Autónoma dos Açores.
Ou seja, de futuro, a Assembleia da República apenas poderá alterar, por iniciativa dos
seus deputados ou grupos parlamentares, as normas que a Assembleia Legislativa da
Região pretenda que sejam alteradas e que, como tal, constem da sua proposta de
revisão.
"A Assembleia da República procedeu a uma inexplicável auto-limitação dos seus
poderes, abdicando de uma competência que a Constituição lhe atribui e lhe impõe
enquanto assembleia representativa de todos os cidadãos portugueses", sublinha
Cavaco Silva, alertando para o caráter de "hiper-rigidez" que o diploma irá adquirir,
podendo "criar graves problemas para a coesão nacional".
Pois, frisa o PR, "trata-se de uma limitação de poderes de um órgão de soberania feita
à margem da Constituição, o que é manifestamente inadmissível do ponto de vista do
normal funcionamento das instituições da República".
Já no final da carta, o PR volta a insistir na necessidade de preservar dois equilíbrios
fundamentais da nossa República: o equilíbrio entre os diversos órgãos de soberania,
por um lado; o equilíbrio entre os órgãos de soberania e os órgãos regionais, por
outro.
"Ambos são imprescindíveis ao funcionamento da República Portuguesa como um
sistema democrático, regido por normas constitucionais claras e incontornáveis, no
contexto de um Estado unitário que acolhe no seu seio os sistemas autonómicos
insulares", reitera o PR.
"Considero que o funcionamento da democracia portuguesa e do nosso sistema de
governo assenta numa regra essencial, que não pode ser posta em causa: o exercício
dos poderes dos diversos órgãos de soberania é realizado no quadro da Constituição,
não podendo ficar à mercê da contingência fortuita da legislação ordinária", enfatiza a
mensagem do PR.
Reacções
"Numa primeira leitura, não nos parece que as questões suscitadas pelo senhor
Presidente da República no veto (ao Estatuto dos Açores) sejam diversas ou distintas
daquelas que foram apresentadas e apreciadas na Assembleia da República (…)
Faremos uma análise aprofundada das razões e fundamentos invocados pelo senhor
Presidente da República".
Alberto Martins
Líder parlamentar do PS
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diploma desta importância deveria ser alterado (seria) lamentável o PS querer insistir
na manutenção destas normas (do artigo 114.º e do artigo 140.º, n.º 2)".
António Filipe
Deputado do PCP
"O que é mais fácil e aconselhável é que os dois maiores partidos encontrassem uma
fórmula para ultrapassar os constrangimentos e permitir que os Açores tenham o seu
Estatuto Político Administrativo".
Nuno Melo
Deputado do CDS-PP
"O que é essencial é não adiar e que o Estatuto entre em vigor o mais rapidamente
possível (o veto) perfeitamente legítimo (baseia-se) em duas questões menores,
deixando arrastar uma querela imprópria com o Assembleia da República, que aprovou
a lei por unanimidade".
Luís Fazenda
Líder da bancada do BE”
Pergunta-se:
A) Após a pronúncia do Tribunal Constitucional sobre as normas do Estatuto, que
fases procedimentais se cumpriram para o Presidente voltar a ter oportunidade
de se posicionar face a normas do diploma, vetando-o?
B) De que tipo de veto se trata, de acordo com o regime constitucional do veto
presidencial?
C) O tipo, forma e oportunidade do veto em presença foram os indicados, à luz da
Constituição, para o Presidente da República fazer valer o seu ponto de vista
sobre violações da Constituição perpetradas em normas do Estatuto?
D) É legítimo afirmar, como o faz o Presidente da República na sua mensagem de
veto, que o legislador não pode acrescentar exigências procedimentais
inovadoras face às previstas na Constituição, quando esta regula o procedimento
de aprovação de um acto?
E) Poderiam ser introduzidas na Constituição, por via de processo de revisão
constitucional a desencadear hoje, normas procedimentais semelhantes às que
constam do Estatuto aprovado pela Assembleia da República e que
fundamentaram o respectivo veto a que se refere a notícia transcrita?
F) A resposta à questão anterior poderá ser em sentido afirmativo para quem
entenda que tais normas procedimentais são características de Estado composto
e não de Estado unitário?
GRUPO VII
“Diário Digital
Questionado hoje sobre esta questão depois do anúncio de que o grupo parlamentar do
PS vai confirmar o diploma vetado a 27 de Outubro pelo Presidente da República, o
líder da bancada socialista disse que apenas será necessário o voto da «maioria
absoluta» dos deputados.
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Ou seja, no caso do Estatuto Político-Administrativo dos Açores, a maioria absoluta do
PS (os socialistas dispõem de 121 deputados) é suficiente para a aprovação do
diploma, que já foi por duas vezes votado por unanimidade na Assembleia da
República.
A reapreciação do Estatuto dos Açores está agendada para a reunião plenária de 19 de
Dezembro.”.
GRUPO VIII
Tiago Duarte
Parece bizarro, mas quem conhece o intrincado das normas constitucionais sobre as
maiorias necessárias para aprovar as diversas leis sabe que este dia ia chegar. O
Parlamento só se pode queixar de si próprio e das sucessivas revisões constitucionais.
Claro que nada disto sucederia se o Presidente tivesse apresentado os argumentos do
veto junto do Tribunal Constitucional, já que as suas críticas são jurídicas mais do que
políticas. É que, a ter o Presidente razão, existe inconstitucionalidade do Estatuto que o
Tribunal Constitucional só não pôde apreciar porque o Presidente não quis. Agora que
o mal está feito, tem o Parlamento de confirmar o Estatuto por maioria de 2/3 dos
deputados presentes, no caso de o mesmo conter normas que tivessem exigido a sua
aprovação inicial também por essa maioria. Isto porque o veto político incide sobre
todo o diploma, pelo que não é possível confirmar apenas as normas de que o
Presidente discorda, para as quais bastaria maioria absoluta, antes sendo obrigatório
confirmar ou não o diploma na sua totalidade.
Tiago Duarte, Professor de Direito Constitucional”
GRUPO IX
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A deliberação dos deputados açorianos surge na sequência do pedido de parecer
relativamente às propostas de alteração apresentadas pelas bancadas do PSD e do
PCP na Assembleia da República.
Na generalidade, os partidos com assento parlamentar nos Açores (PS, PSD, CDS/PP,
Bloco de Esquerda, PCP e PPM), entendem que a proposta aprovada na Assembleia
Regional e na Assembleia da República, em ambos os casos por unanimidade, deve
manter-se inalterável.
Na especialidade, os deputados do PSD concordaram com as propostas de alteração
apresentadas pelo seu Grupo Parlamentar na Assembleia da República, no sentido de
contornar os artigos contestados por Cavaco Silva.
Também o deputado do PCP/Açores, Aníbal Pires, votou a favor da proposta de
eliminação do artigo 140º, proposta pelo seu partido na Assembleia da República, que
pretendia retirar do Estatuto a obrigação de eventuais alterações ao diploma terem de
ser propostas pela Região.
O parecer dos deputados dos Açores será agora remetido para a Assembleia da
República, onde se prevê a discussão do Estatuto dos Açores a 19 de Dezembro.
Recorde-se que o Presidente da República, Cavaco Silva, vetou por duas vezes o
Estatuto Político-Administrativo dos Açores, uma das quais alegando a
inconstitucionalidade de algumas normas, outra invocando divergências políticas.
O Chefe de Estado entende que o artigo 114º, sobre os deveres de audição, e o artigo
140º, sobre a reserva de iniciativa, colocam «em sério risco os equilíbrios político-
institucionais».”.
GRUPO X
“Correio da Manhã
Sábado, 20 de Dezembro de 2008 - 23:35
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A hora da votação gerou polémica devido ao intervalo de vinte minutos anunciado por
Jaime Gama
20 Dezembro 2008 - 00h30
Parlamento - Estatuto aprovado com 152 votos a favor e 76 abstenções Ninguém votou
a favor do Presidente.
O Estatuto Político-Administrativo dos Açores foi ontem aprovado, sem qualquer
alteração, pela Assembleia da República com 152 votos a favor e 76 abstenções.
Numa votação que contou com um número recorde de presenças -228 parlamentares –
nenhum deputado ficou ao lado do Presidente da República, que vetou duas vezes o
diploma por o considerar uma ameaça aos poderes presidenciais.
A decisão, aprovada por dois terços dos deputados presentes, obriga Cavaco Silva a
promulgar o diploma no prazo de oito dias após a sua recepção. Resta agora o pedido
de fiscalização sucessiva ao Tribunal Constitucional (TC) por parte do PSD.
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Apesar de criticar o PS por "criar um conflito institucional", o PSD optou pela
abstenção. Decisão que não mereceu a concordância de vários sociais-democratas, a
avaliar pelas declarações de voto: dez. Muitas subscritas por mais do que um deputado.
O líder parlamentar do PSD anunciou que irá pedir a fiscalização sucessiva do
diploma assim que entrar em vigor, o que poderá determinar a sua
inconstitucionalidade, como defendem vários constitucionalistas. O TC poderá demorar
cerca de dois anos a pronunciar-se sobre a matéria, segundo Paulo Rangel.”.
Pergunta-se:
A) À luz da Constituição, o Presidente da República seria mesmo obrigado a
promulgar o Estatuto, no prazo de 8 dias?
B) Pode o líder da bancada parlamentar do PSD requerer a fiscalização sucessiva da
constitucionalidade de normas do Estatuto? Em que momento e ao abrigo de que
normas?
C) Quais as consequências da decisão que o Tribunal Constitucional venha a tomar,
na sequência do pedido do líder do PSD?
D) A fiscalização sucessiva de que aqui se trata é abstracta ou concreta?
GRUPO XI
“Diário Digital
terça-feira, 23 de Dezembro de 2008
Não promulgação do Estatuto dos Açores não prevê sanção
O Presidente da República, Cavaco Silva, pode não promulgar o Estatuto Político-
Administrativo dos Açores e não sofrerá qualquer sanção, uma vez que a Constituição
portuguesa não o prevê.
De acordo com o Diário de Notícias desta terça-feira, «se o Presidente estivesse
disposto a escapar à sanção política, evidentemente», poderia não assinar a lei. Esta «é
uma das fraquezas
da Constituição», explica Jorge Bacelar Gouveia, considerando-a «uma imperfeição
grave».
Embora o constitucionalista e militante do PSD esteja convencido de que o chefe de
Estado «vai promulgar» o Estatuto dos Açores, «que põe em causa o normal
funcionamento das instituições», o perito afirma que «não há mecanismo que o
obrigue» e «não há consequências para o caso da não promulgação».
O «pai da Constituição», Jorge Miranda, confirmou que não existe sanção, mas «seria
uma crise institucional grave» se Cavaco Silva decidisse não passar a lei, que chegou
na segunda-feira ao Palácio de Belém, após dois vetos do presidente, e «deverá ser
promulgada no prazo de oito dias».
«Nunca aconteceu na vigência da Constituição de 1976», continuou o responsável,
defendendo que o Presidente da República deveria dirigir-se ao Tribunal
Constitucional, pedindo a fiscalização sucessiva da constitucionalidade, uma medida
que não teria qualquer efeito suspensivo sobre a entrada em vigor da lei.”.
Comente o texto supra citado, atendendo a quanto já leu sobre o regime constitucional
da promulgação e do veto.
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