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HISTÓRIA DO DIREITO

PORTUGUÊS
ARS INVENIENDI
RECEÇÃO EM PORTUGAL
HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
ARS INVENIENDI
1. Leges
«A ciência jurídica medieval – como, aliás, a nossa – é uma ciência de
textos»
Gramática. Conceito medieval. Trivium (gramática; retórica; dialética). Os
glosadores: mera interpretação literal ou “gramatical”?

2. Rationes
«quanto maior for o recurso às rationes mais o ordenamento jurídico será
prudencial e menos será legal»
Tópica jurídica. Tópica formal. Tópica material.
3. Auctoritates
Opinião comum dos doutores. Critério de determinação.
HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
«Numa palavra - o dado a priori para o jurista medieval não é o
sistema jurídico, é a norma concreta»

«Para o jurista medieval a solução não se obtinha a partir da


subsunção do fato à norma legal, mas pela ponderação das
soluções possíveis.»

«Com este termo rationes designa Lombardi os argumentos de


equidade – nós, anteporíamos, de justiça –, de direito natural, de
oportunidade e de lógica que “não encontram o seu apoio num
texto de lei humana e divina”»
HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
Géneros literários
Apparatus glossarum
Summulae
Summae
Distinctiones
Brocarda
Quaestio
Casus
Tractatus
Consilia
Commentarius
Lectura
HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS

Receção do direito romano


Renascimento e receção. Receção direta (1) e receção indireta (2).
Caso português. Séc. XIII. (1) Com D. Afonso III ou D. Dinis. (2)
Desde D. Afonso III, sem dúvida; Leis de D. Afonso II (Gama
Barros, Almeida Costa: influência romanista anterior; Espinosa
Gomes da Silva, Braga da Cruz, Ruy de Albuquerque: influência
do direito romano justinianeu).
Relação com o direito do rei:
«trazia em si a mesma apetência normativa que o direito por eles
[nossos príncipes] promulgado. Era como se a coroa fosse
legislativamente bifonte»
HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS

Fundamento da vigência do direito romano: racionalidade (“ratio scripta”); bem


comum (utilidade)… e não a “iurisdictio imperii” : pelo império da razão e não pela
razão do império… “Rex in regno suo est imperator” (“exemptio imperii”).
(Re)conquista; prescrição imemorial.

Causas da receção: renascimento do direito romano; difusão através de outras ordens

normativas; necessidades da vida jurídica e insuficiências do direito nacional;

construção do poder real.

Estudo Geral (entre 1288 e 1290). D. Dinis. Bula do Papa Nicolau IV, 9 agosto 1290.

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