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HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS

Costume e Direito Judicial


HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
Designações (mos; usus; usus terrae; consuetudo)

Conceito actual e amplitude da noção medieval (toda a formação


espontânea ou não intencional de direito)

Prestígio do direito consuetudinário e suas causas (insuficiência do direito


régio; auto-suficiência e auto-regulação; identificação com as
comunidades). Observância voluntária do direito.

Âmbito de aplicação: restrito ou limitado (geograficamente; a grupos


sociais) ou geral (originalmente, raro; comunicação de costumes; recepção
ou absorção do costume por outras fontes, maxime a lei). Generalização do
costume e política régia de uniformização jurídica. Adopção da forma
escrita. Costume e direito não escrito. O costume passado a escrito deixa
de ser costume?
HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS

Requisitos do costume. Significado.


• número de actos necessários para gerar um costume;
• antiguidade (antigo, prescrito, diuturno ou… como a Minerva,
saída da cabeça de Júpiter?...);
• racionalidade (conforme à “direita razão”);
• consenso da comunidade (“consensus populi” ou “communitatis”);
• consenso do legislador (“consensus legislatoris”);
• conformidade à lei de Deus, ao direito natural, à utilidade
pública.

O bom e o mau costume (costume que não era direito)


HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
Valor jurídico do costume. Relação com a lei. Subalternização
gradual do costume.
carácter subsidiário
o melhor intérprete da lei
com força idêntica à da lei
simples reconhecimento como fonte de direito
falta de força intrínseca (requisitos)
integração de lacunas do foro

O exemplo do costume de acoimar (D. Afonso IV).


HISTÓRIA DO DIREITO PORTUGUÊS
Direito Judicial

É a jurisprudência fonte de direito no início da Monarquia? A


resposta negativa de Braga da Cruz (sem carácter autónomo). A
posição adoptada (conceito medieval de costume).

É a decisão judicial necessária para estabelecer o costume?


Acatamento espontâneo do direito e carácter “patológico” do
recurso aos tribunais. Fons cognoscendi.
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Estilo
Costume judicial. Estilo e costume.

Espécie de direito não escrito, introduzido pelo uso de um


pretório (Cino de Pistóia)

Direito adjectivo ou direito substantivo?


Significado da declaração “vale não obstante estilo contrário,
que se tem por nenhum” (cláusula derrogatória da eficácia do
estilo)
Ordenações do Reino: o Estilo da Corte.
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Façanhas
Do sentido comum da palavra aos vários sentidos identificados
por José Anastácio de Figueiredo.
1. Juízo

sobre um acção notável


que fica como padrão normativo

em virtude da autoridade do autor ou de quem o aprovou

2. Opinião controvertida ou altercada


3. A própria acção de que decorre o juízo

Sete Partidas. Precedente (“julgamento por exemplos”). Caso


omisso ou duvidoso na lei. Decisão régia?
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Alvidros
Juízes árbitros (escolhidos pelas partes; julgavam nos termos
dos poderes por elas conferidos)
Possibilidade de apelação para os sobrejuízes

Sentenças susceptíveis de serem usadas em composições


Integração de lacunas

Actuação não ilimitada: costume e equidade.

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