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Prof Ricardo Gonçalves

estabelece as normas definidoras de direitos e garantias


PODER CONSTITUINTE fundamentais tem aplicaçã o imediata).

• ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO DE 1988


• ESTADO
PREÂMBULO – parte que antecede a Constituiçã o, ou seja, das
É a sociedade politicamente organizada, formada por um normas constitucionais. Nã o é obrigató rio, mas costuma estar
povo, fixado num territó rio, com um governo soberano. presente na maioria das Constituiçõ es. É normalmente definido
como “Documento de intençõ es do texto constitucional, revelados
• DIREITO por princípios e objetivos a serem buscados pelo Novo Estado”. Ao
indicar a intenção do constituinte originá rio e consagrar os valores
É o conjunto de regras (ordenamento jurídico) supremos da sociedade, ele serve de vetor interpretativo, ou seja,
estabelecidas pelo ESTADO, com a finalidade de possibilitar a vida fornece razõ es contributivas para a interpretaçã o dos enunciados
em sociedade, regulando as relaçõ es jurídicas decorrentes da vida normativos contidos no texto constitucional (tese da relevâ ncia
em comum, seja entre os particulares (relaçõ es horizontais), ou interpretativa ou jurídica específica ou indireta) (MARCELO
ainda, entre estes e o pró prio ESTADO (relaçã o vertical). NOVELINO, 2018).

• DIREITO CONSTITUCIONAL PARTE DOGMÁTICA (texto propriamente dito) – contém as


normas de caráter permanente inseridos em 9 títulos – art. 1º ao
Ramo do DIREITO PÚBLICO que tem por objetivo estudar 250 – dotados de força normativa.
de forma sistemá tica as CONSTITUIÇÕ ES.
O mestre JOSÉ AFONSO afirma que o DIREITO DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS – tem por escopo regulamentara
CONSTITUCIONAL é a ciência normativa das CONSTITUIÇÕ ES. transiçã o da realidade preexistente para a nova ordem
constitucional – só podem ser alteradas por EC nos termos do art.
• NOÇÕES INICIAIS: 60.

A constituiçã o é considerada a lei fundamental de uma Poder Constituinte Originário


Naçã o. Aplicado ao Estado, o termo constituiçã o em sua acepção O Poder Constituinte pode ser conceituado como o poder
geral pode designar a sua organizaçã o fundamental total (social, de elaborar ou atualizar uma Constituição, mediante a supressão,
política, jurídica e econô mica). modificaçã o ou acréscimo de normas constitucionais.
Costuma-se dividir o poder constituinte em originá rio e
• CONCEITO JURÍDICO DE CONSTITUIÇÃO: derivado. Para parte da doutrina, há também o chamado poder
constituinte difuso e o supranacional.
A constituição pode ser conceituada como sistemas de Também é chamado de inicial, inaugural, de primeiro
normas jurídicas, escritas ou costumeiras, que regulam a estrutura grau, genuíno ou primá rio. Ele seria o poder de criar uma
do Estado, a forma de seu governo, o modo de aquisiçã o e o Constituição, quando o Estado é novo (poder constituinte
exercício do poder, a organização de seus ó rgã os, os limites de sua originá rio histó rico), ou quando uma Constituiçã o é substituída
atuaçã o, os direitos fundamentais do homem e suas respectivas por outra, em um Estado já existente (poder constituinte
garantias. Em síntese, a constituiçã o é o conjunto de normas que revolucioná rio).
organiza os elementos constitutivos do Estado. É a manifestação soberana da suprema vontade
política de um povo, social e juridicamente organizado.
(Alexandre de Moraes – Direito Constitucional, pág. 52. Ed.
• CONCEPÇÕES DE CONSTITUIÇÃO Atlas).
Importa, ainda, ressaltar que a titularidade deste poder,
Diversos autores descrevem concepçõ es distintas de modernamente aceito pela doutrina, pertence ao povo e seu
constituiçõ es, conforme abaixo: exercente aquele que em nome deste cria o Estado, inaugurando
Sentido Sociológico: Ferdinand Lassalle – é o conjunto de uma nova Ordem Jurídica.
forças de índole política, econô mica e religiosa que condicionam o
ordenamento jurídico de uma determinada sociedade; Vejamos algumas de suas características:
Sentido Político: Carl Schmitt – produto de uma decisã o
política fundamental, ou seja, vontade manifestada pelo titular do
• É inicial, instaura uma nova ordem jurídica, rompendo com a
poder constituinte. ordem jurídica anterior;
Sentido Jurídico: Hans Kelsen – Lei fundamental do • É ilimitado ele não tem de respeitar os limites postos na
Estado e da vida jurídica de uma país, ou seja, pura norma jurídica. Constituição anterior. É exatamente daí que vem a afirmação
segundo a qual não se pode invocar direito adquirido à época da
Constituição anterior perante o novo texto constitucional. • É
• ELEMENTOS CONSTITUCIONAIS incondicionado não tem de se submeter a qualquer forma
prefixada de manifestação;.
ORGÂNICOS – Regulam a estrutura do estado e do poder – título • É autônomo a estruturação da nova Constituição será
III – Da organizaçã o dos Poderes e do Sistema de Governo. determinada autonomamente, por quem exercer o poder
LIMITATIVOS – Representam os Direitos e Garantias
constituinte originário; e
Fundamentais – art. 5º.
SOCIOIDEOLÓGICO – compromissos da Constituiçã o entre o
Estado Individualista e o Estado Social – art. 6º. Poder Constituinte Derivado
DA ESTABILIZAÇÃO CONSTITUCIONAL – asseguram a
supremacia da Constituiçã o – estado de defesa, estado de sitio, Noções Iniciais:
controle de constitucionalidade, intervençã o federal... É o poder de alterar a constituição em vigor. É derivado
FORMAIS DE APLICABILIDADE – estabelecem as regras de porque é instituído pelo poder constituinte originá rio e é também
aplicaçã o das constituiçõ es – preâ mbulo, ADCT, o art. 5º(quando subordinado, pois possui limites de atuaçã o. O poder constituinte
Teoria Geral do Processo 1/3
derivado divide-se em reformador e decorrente. os legitimados) e no § 2º do art. 60 da CRFB (a metodologia de
alteraçã o).
Poder Constituinte Reformador: Classificação das Constituições
É o poder inerente à constituição rígida que se destina a
modificá -la e atualizá -la, por procedimento específico
As classificaçõ es variam de acordo com a terminologia
estabelecido pelo originá rio.
utilizada pelos autores, assim, utilizaremos a seguinte:
Poder Constituinte Decorrente:
ORIGEM
É aquele que autoriza a elaboração das Constituiçõ es
Promulgada - Fruto do processo democrá tico, elaborado
Estaduais, devido a capacidade que os Estados-membros possuem
por Assembléia Constituinte.
para organizarem seus poderes.
Outorgada – Fruto do autoritarismo, imposta por um
governante ou grupo.
Poder Constituinte Derivado Revisor (ECR)
O PCD Revisor só existe hoje para cair em prova... é que
MUTABILIDADE
ele nã o pode mais ser colocado em prá tica, estando com sua
Imutável – Nã o permite qualquer alteração de seu texto.
eficá cia exaurida e aplicabilidade esgotada. Vamos lá , entã o, pois o
Semi-flexível ou Semirrígida – Permite a alteraçã o do texto
nosso negó cio é fazer prova!
constitucional ora sem qualquer critério solene, ora por processo
O art. 3º do ADCT (Ato das Disposiçõ es Constitucionais
criterioso.
Transitó rias) determinou que, apó s pelo menos cinco anos da
Flexível – Permite a alteração do texto constitucional sem
promulgaçã o da Constituiçã o, fosse feita uma revisã o no texto
qualquer critério solene.
constitucional.
Rígida – Estabelece, para alteraçã o do texto, processo
criterioso e mais solene que a elaboração de lei ordiná ria.
Limitações Ao Poder De Reforma
FORMA
Uma rá pida abordagem de algumas das limitaçõ es ao poder Escrita ou Dogmática – É representada por texto
constituinte derivado (ou de reforma): completo e organizado.
Costumeira ou Histórica – Formada por leis esparsas,
limitações circunstanciais costumes, jurisprudência.
limitações materiais
limitações formais CONTEÚDO
Material – o conjunto de regras materialmente
As limitações circunstanciais evitam modificaçõ es na constitucionais.
Constituição em certas ocasiõ es anormais ou de intranqü ilidade Formal - constituiçã o escrita, estabelecida pelo poder
social, em que possa estar ameaçada a livre manifestaçã o do ó rgã o constituinte e somente modificável por processos e formalidades
reformador. Com isso, afastar possível perturbaçã o à liberdade e à especiais nela pró pria estabelecidos.
independência dos ó rgã os incumbidos da reforma. A atual
Constituição consagra tais limitaçõ es, ao vedar a emenda na EXTENSÃO
vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de Analítica – São aquelas que abordam assuntos que
estado de sítio (art. 60, § 1º). deveriam estar na legislaçã o infraconstitucional.
Sintética – Sã o aquelas que veiculam apenas o essencial
As limitações materiais excluem determinadas matérias ou de estruturaçã o do Estado.
conteú do da possibilidade de reforma, visando a assegurar a
integridade da Constituiçã o, impedindo que eventuais reformas SISTEMÁTICA
provoquem a sua destruiçã o ou impliquem profunda mudança de Ortodoxa – uma só ideologia.
sua identidade. Tais limitaçõ es podem ser explícitas ou implícitas. Ecléticas – vá rias ideologias conciliató rias

As limitações materiais explícitas correspondem à quelas A Constituição Federal de 1988 é promulgada, formal,
matérias que o constituinte definiu expressamente na Constituiçã o rígida, escrita, dogmá tica, democrá tica, analítica e eclética.
como inalteráveis, e sã o conhecidas por cláusulas pétreas.
Na Constituição, estão prescritas no art. 60, § 4º:
- a forma federativa de Estado Aplicabilidade e Eficácia das Normas
- o voto direto, secreto, universal e periódico Constitucionais
- a separação dos Poderes
- os direitos e garantias individuais Toda norma constitucional produz efeitos. Contudo, nem todas
produzem os mesmos efeitos. Assim, são classificadas de acordo
As limitações materiais implícitas são aquelas matérias com sua aptidã o para produzir efeitos:
que, apesar de nã o inseridas no texto constitucional, estã o
implicitamente fora do alcance do poder de reforma, sob pena de • Norma de eficácia plena – possuem aplicabilidade integral e
implicar a ruptura da ordem constitucional. Isso porque, caso imediata (aptas para produzir efeitos). Art. 1º e 2º
pudessem ser modificadas pelo poder constituinte derivado, de • Norma de eficácia contida – possuem aplicabilidade imediata,
nada adiantaria a previsã o expressa das demais limitaçõ es. Sã o podendo o legislador infraconstitucional restringir seu exercício
apontadas pela doutrina três importantes limitaçõ es materiais (aptas para produzir efeitos, porém, estes efeitos podem
implícitas, a saber: restringidos). Art. 5º, XIII
A titularidade do poder constituinte originá rio, pois uma
reforma constitucional nã o pode mudar o titular do poder que cria • Norma de eficácia limitada – nã o cumprem seus todos os seus
o pró prio poder reformador; efeitos, por dependerem de legislaçã o infraconstitucional (nã o
A titularidade do poder constituinte derivado, pois seria produzem efeitos, ou produzem um mínimo de efeitos, dependem
um absurdo que o legislador ordiná rio estabelecesse novo titular de lei). Art. 37, VII
de um poder derivado só da vontade do constituinte originá rio; e • Norma de eficácia programática – sã o aquelas que dependem
O processo da pró pria reforma constitucional, senã o de um programa de execução. Art. 6º.
poderiam restar fraudadas as limitaçõ es explícitas impostas pelo
constituinte originá rio.
As limitações formais encontram-se no caput (indicando PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
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Legislativo.
Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada
pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito • Parlamentarismo
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem
como fundamentos: O parlamento é um ó rgão político colegiado composto
I - a soberania; por uma ou vá rias assembléias, que representa a coletividade
II - a cidadania; nacional e ao qual é confiado o exercício da funçã o legislativa, bem
III - a dignidade da pessoa humana; como, em escala variável segundo os sistemas constitucionais, o
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; poder de dirigir e controlar a atividade do ó rgã o executivo. O
V - o pluralismo político. regime parlamentar é um sistema de organizaçã o dos poderes
pú blicos no qual coexistem e colaboram dois ó rgã os iguais em
Parágrafo único - Todo o poder emana do povo, que o exerce prestígio e em influência (o governo ou gabinete, e o parlamento),
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos que exercem um sobre o outro uma açã o destinada a limitá -los
termos desta Constituição. reciprocamente. Num regime presidencial, ao contrá rio, o
presidente exerce a funçã o governamental durante toda a extensã o
República de seu mandato, sem que a sua responsabilidade política possa ser
A forma de governo pode ser moná rquica ou republicana. posta em questã o pelo parlamento.
A monarquia é o governo de um só (monos arkhein: comando de
um), no qual um monarca governa de maneira absoluta e •Estado Democrático de Direito
irresponsável, além da transferência do poder ser por força de
O Estado Brasileiro rege-se por normas, ou seja, o
laços hereditá rios. A Repú blica surgiu para se constituir em um
governo é exercido através de leis. Entretanto, estas, nã o podem
regime alternativo à monarquia, criando uma oposição a esta, uma
ser quaisquer normas, mas realizam o ideal de governo a partir do
vez que retirava o poder das mã os do rei passando-o à nação (“res
poder do povo, em nome deste e para este.
pú blica”: coisa pú blica).
Forma de governo cuja principal característica é a
Essa soberania de que fala o artigo é a soberania popular,
temporariedade do mandato de governo e a eletividade.
ou seja, o reconhecimento de que a origem de todo o Poder da
É forma contraposta à monarquia, onde o mandato de
Repú blica brasileira é o seu povo.
governo é vitalício e o acesso a ele nã o se dá pelo voto, mas por
direito de linhagem ou divino.
• Cidadão
Federação É a parcela do povo que é titular de capacidade eleitoral
Quanto à forma, o Estado pode ser unitá rio ou constituído ativa, ou seja, do poder de votar, e assim interferir nas decisõ es
por unidades federadas. O Estado unitá rio é aquele centralizado políticas e na vida institucional do Brasil, direta ou indiretamente.
cujas partes que os integram estã o a ele vinculadas, nã o tendo,
assim, qualquer autonomia. Já a federação é a forma de Estado pela •Dignidade da pessoa humana
qual se objetiva distribuir o poder, preservando a autonomia dos O Brasil é estruturado com base na consciência de que o
entes políticos que a compõ em. É entã o o Estado Federado um valor da pessoa humana, enquanto ser humano, é insuperável.
estado politicamente descentralizado.
•Valores sociais do trabalho: A atual Constituição impõ e que o
No Brasil, a forma de Estado unitá rio foi prevista trabalho seja, além de gerador de riquezas para o empregador e
somente pela Constituiçã o Imperial de 1824. para o Brasil, instrumento do trabalhador para obter todos os
direitos sociais que estã o assegurados no art. 6°.
Autonomia dos Estados Membros
A autonomia é uma margem de discriçã o de que uma •Pluralismo político
pessoa goza para decidir sobre os seus negó cios, mas sempre O brasileiro também pode exercer o direito ao pluralismo
delimitada essa margem pelo pró prio direito. Daí porque falar que político reunindo-se em associaçõ es, em sindicatos, em igrejas, em
os Estados Membros são autô nomos ou também que os municípios clubes de serviço.
sã o autô nomos: ambos atuam dentro de uma esfera jurídica
definida pela Constituiçã o Federal (á rea de competência •Exercício direto e indireto do poder
circunscrita pelo direito). A autonomia não possui graduaçã o, ou O povo é o titular primeiro e ú nico do poder do Estado.
seja, ela nã o se apresenta maior ou menor, a autonomia é uma só , o Esse poder pode ser exercido através de representantes ou
que se pode dizer é quanto à competência, a qual pode sofrer também pode o povo exercer o poder de que é titular diretamente,
variaçõ es de quantidade de acordo com a Constituiçã o. sem intermediá rios.
A federaçã o possui algumas características importantes:
É uma descentralizaçã o político-administrativa Art. 2º - São Poderes da União, independentes e
constitucionalmente prevista. harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Apresenta uma constituiçã o rígida que nã o permite a A separaçã o dos poderes é uma forma de limitação do
alteraçã o da repartição de competências por intermédio de poder estabelecida através de um sistema de freios e contrapesos
legislação ordiná ria (se assim fosse possível, estaríamos num num sistema de independência e fiscalizaçã o mú tua entre eles.
Estado unitá rio, politicamente descentralizado).
Existência de um ó rgão que dite a vontade dos membros
da Federaçã o; no caso brasileiro temos o Senado, no qual reú nem- Origens
se os representantes dos Estados-Membros. A separaçã o de poderes sob critério funcional: legislativa,
Existência de um ó rgã o constitucional encarregado do administrativa (executiva) e jurisdicional já era conhecida desde a
controle da constitucionalidade das leis, para que nã o haja invasã o antiguidade, sendo delineada por Aristó teles, porém foi com base à
de competências (no Brasil, o Supremo Tribunal Federal). doutrina de Montesquieu, a “separação de poderes”, que se
estruturou o poder nas democracias de tipo ocidental num sistema
• Presidencialismo de independência e fiscalizaçã o mú tua entre eles.
Juridicamente o presidencialismo se caracteriza por ser
um regime de separaçã o de poderes; Funções Típicas
A chefia do Estado e a do Governo a um ó rgã o unipessoal, • Poder Legislativo Legislativa e a fiscalizató ria.
a Presidência da Repú blica. • Poder Executivo Administrativa (aplicaçã o dos recursos).
É assegurada a independência do Executivo frente ao
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• Poder Judiciário Jurisdicional (julgar). reproduçã o obrigató ria nas Constituiçõ es Estaduais.
Está CORRETO somente o que se afirma em
Art. 3º - Constituem objetivos fundamentais da A) I e II
República Federativa do Brasil: B) I e III
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; C) II e III
II - garantir o desenvolvimento nacional; D) III e IV
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais; 3. (MPE-MS.MPE-MS.Promotor de Justiça
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, Substituto.2018) Assinale a alternativa correta, considerando-se o
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de texto constitucional:
discriminação. A) A Repú blica Federativa do Brasil constitui Estado Democrá tico
de Direito e tem como fundamento, entre outros, o pluralismo
Os objetivos que a Repú blica deverá buscar com a sua político
atuaçã o, isto é, as metas a atingir. Note que todos os quatro incisos B) Constitui objetivo fundamental da Repú blica Federativa do
indicam uma ação a ser desenvolvida (construir, garantir, erradicar, Brasil, entre outros, promover os valores sociais do trabalho e os
reduzir, promover). da livre-iniciativa C) O lazer nã o está incluído no rol dos direitos
sociais
Art. 4º - A República Federativa do Brasil rege-se nas D) A criaçã o de cooperativas depende de autorizaçã o, na forma da
suas relações internacionais pelos seguintes princípios: lei
I- independência nacional; E) No caso de iminente perigo, nã o se assegurando indenização
II - prevalência dos direitos humanos; ulterior em caso de dano de pequena monta, a autoridade
III - autodeterminação dos povos; competente poderá usar de propriedade particular
IV - não-intervenção;
V- igualdade entre os Estados; 4. (NUCEPE.PC-PI.Delegado de Polícia.2018) Sobre o
VI - defesa da paz; Poder Constituinte, assinale a alternativa CORRETA
VII - solução pacífica dos conflitos; A) Reformador é incondicionado e ilimitado
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; B) Originá rio é aquele que instaura uma nova ordem jurídica,
IX - cooperação entre os povos para o progresso da provocando uma ruptura com a ordem jurídica anterior
humanidade; C) Dos estados-membros é incondicionado e ilimitado
X- concessão de asilo político. juridicamente
Parágrafo único - A República Federativa do Brasil buscará a D) Reformador pode suprimir clá usulas pétreas
integração econômica, política, social e cultural dos povos da E) Decorrente é o conferido aos municípios dos territó rios
América Latina, visando à formação de uma comunidade
latino-americana de nações. 5. (CESPE/TER-RJ 2006) Se o Congresso Nacional
Aqui se trata dos princípios que vã o reger a atuaçã o da aprovasse lei federal determinando que o voto passaria a ser
Repú blica brasileira no plano internacional, ou seja, nas suas facultativo para todos os eleitores brasileiros, esse dispositivo seria
relaçõ es com outros Estados soberanos. a) constitucional.
b) inconstitucional, por tratar-se de matéria exclusiva de lei
complementar.
EXERCÍCIOS c) inconstitucional, por violar clá usula pétrea.
d) inconstitucional, pois essa modificaçã o no direito brasileiro
demandaria a ediçã o de emenda à Constituiçã o da Repú blica.
01. (Vunesp – Defensor Pú blico – MS/2014) No que se
refere à interpretação da natureza jurídica do preâmbulo da 6. (PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polícia) São
Constituição, segundo jurisprudência do Supremo Tribunal fundamentos essenciais da Repú blica Federativa do Brasil:
Federal, é correto afirmar que: a) independência nacional, prevalência dos direitos humanos,
A) o preâ mbulo da Constituiçã o é normativo, apresentando a autodeterminação dos povos, integração econô mica e cultural.
mesma natureza do articulado da Constituiçã o e, b) concessão de asilo político, repú dio ao terrorismo e ao racismo,
consequentemente, serve como paradigma para a declaraçã o de eleiçõ es diretas, nã o intervenção do Estado.
inconstitucionalidade. c) soberania nacional, cidadania, dignidade da pessoa humana,
B) o preâ mbulo da Constituiçã o nã o constitui norma central, nã o valores sociais do trabalho, livre iniciativa, pluralismo político.
tendo força normativa e, consequentemente, nã o servindo como d) liberdade de exercício de qualquer ofício ou profissão,
paradigma para a declaraçã o de inconstitucionalidade. inviolabilidade do sigilo de correspondência e das comunicaçõ es
C) o preâmbulo da Constituiçã o possui natureza histó rica e telegrá ficas e telefô nicas, liberdade de associaçã o para fins lícitos,
política, entretanto, se situa no â mbito dogmá tico e, direito de propriedade, desde que atendidas suas funçõ es sociais.
consequentemente, serve como paradigma para a declaraçã o de
inconstitucionalidade. 7. (PC-MG - 2011 - PC-MG - Delegado de Polícia) O asilo
D) o preâ mbulo da Constituiçã o possui natureza interpretativa ou político consiste no acolhimento de estrangeiro por parte de um
unificadora e traz sentido à s categorias jurídicas da Constituiçã o e, Estado que nã o o seu, em virtude de perseguiçã o política por ele
portanto, trata-se de norma de reproduçã o obrigató ria nas sofrida e praticada por seu pró prio país ou por terceiro. Assim
Constituiçõ es estaduais. sendo, é INCORRETO afirmar que
a) as causas motivadoras da perseguição, em regra, sã o por
2. (FUNDEP.MPE-MG.Promotor de Justiça dissidência política, livre manifestaçã o de pensamento ou crimes
Substituto.2017) Analise as seguintes assertivas relativas ao relacionados com a segurança do Estado.
preâ mbulo da Constituiçã o da Repú blica Federativa do Brasil de b) o indivíduo nã o esteja envolvido em casos que configurem
1988 (CR/88): delitos praticados no â mbito do direito penal comum.
I. O preâ mbulo da CR/88 nã o pode, por si só , servir de parâ metro c) o asilo político se constitui como ato de soberania estatal, de
de controle da constitucionalidade de uma norma. competência exclusiva do Congresso Nacional, passível de controle
II. A invocaçã o de Deus no preâ mbulo da CR/88 torna o Brasil um de legalidade pelo Supremo Tribunal Federal.
Estado confessional. d) a concessã o de asilo político nã o é obrigató ria para qualquer
III. O preâmbulo traz em seu bojo os valores, os fundamentos Estado, devendo as contingê ncias políticas determinarem, caso a
filosó ficos, ideoló gicos, sociais e econô micos e, dessa forma, caso, as decisõ es do governo.
norteia a interpretação do texto constitucional.
IV. A invocação de Deus no preâ mbulo da CR/88 é norma de GABARITO
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