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Belém – Pará
2022
Alexsander Da Silva Novaes
Anderson de Souza Sobral
Antonio Lucivando De Araújo Lima
Breno Oliveira de Oliveira
Darley de Jesus Freitas Demetrio
Lucas Kauan dos Santos Martins
Meysson Carvalho de Araújo
Belém – Pará
2022
RESUMO DA ADI 253/MT
A ADI 253/Mato Grosso é uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que
questiona a constitucionalidade do artigo 65 da Constituição do Estado de Mato Grosso.
O relator do caso foi o Ministro do STF Gilmar Mendes. O objetivo era questionar a
aplicação das proibições e impedimentos estabelecidos a deputados estaduais ao vice-
governador.
A ação foi requerida pelo Procurador Geral do Estado e julgada no dia
28/05/2015 pelo plenário do STF.
Segundo a Procuradoria Geral do estado, a Constituição estadual, em seu artigo
65, proíbe que o vice-governador, desde a expedição do diploma e de sua posse, exerça
cargo, função ou emprego, inclusive comissionados, nas autarquias, empresas públicas,
sociedades de economia mista e concessionárias de serviços públicos. O argumento da
ADI era o de que a Constituição Federal não impõe esta vedação ao vice-presidente da
República, e de que os impedimentos “cerceiam amplamente as prerrogativas do vice-
governador”.
Constituição Estadual do Mato Grosso. Art.65 e Art. 30
Art.65 Aplicam-se ao Governador e ao Vice-Governador, no que couber, as
proibições e impedimentos estabelecidos para os Deputados Estaduais.
Art. 30 Os Deputados Estaduais não poderão:
I - Desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia,
empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa concessionária de serviço
público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de
que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior;
II - Desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função
remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis “ad nutum” nas entidades
referidas no inciso I, “a”;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se
refere o inciso I, “a”;
d) ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo.
Contudo, este princípio não pode reprimir a autonomia dos estados membros
nem obriga-los a somente copiar as leis federais. Essa autonomia, que enfrentou
mudanças históricas até estar garantida pela Constituição, é traço fundamental da
República Federativa brasileira.. Embora não seja ilimitada, pois o seu exercício deve
observar os princípios da proporcionalidade e a prevalência de interesses, permite aos
estados o autogoverno, autoadministração, autolegislação e etc. Por essa razão, o
princípio da simetrias não pode suprimir a autonomia do estado em questão, assim como
dos demais entes federativos.