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SOBRE HERANÇAS E
DOAÇÕES NO EXTERIOR
FUNDAMENTO CONSTITUCIONAL DO ITCMD
“Art. 155 – Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I – transmissão causa mortis e doação de quaisquer bens ou direitos.
(...)
§ 1º. O imposto previsto no inciso I:
III – terá a competência para sua instituição regulada por lei complementar:
a) se o doador tiver domicílio no exterior;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário
processado no exterior.”
ARGUMENTO DOS ESTADOS
“Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
I - direito tributário , financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
(...)
§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência
legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.”
ARGUMENTO CONTRÁRIO AOS ESTADOS
Lei 9.868/99
ADI 4171
ADI 429
Por ocasião do julgamento dessa ADI, o Supremo Tribunal Federal considerou inconstitucional
isenções concedidas pelo Estado do Ceara, inclusive isenções editadas em benefícios de portadores
de deficiência física, por entender que a matéria seria reservada à lei complementar federal.
Entretanto, diante do forte apelo social da medida maculada por inconstitucionalidade, a Corte
Suprema modulou os efeitos da decisão ao futuro, estendendo-os pelo prazo de 12 (doze) meses
a contar da publicação da ata da sessão.
CASOS PASSADOS DE MODULAÇÃO DE EFEITOS
ADPF 194
RE 559.943
Com relação a esse recurso, também afetado à sistemática da repercussão geral, a Suprema Corte
julgou inconstitucional os art. 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991 que prescreviam o prazo decadencial de
10 (dez) anos para o INSS constituir seus débitos tributários. Contudo, atribuiu ao julgamento
efeitos meramente prospectivos, reservando o direito de repetição de indébito somente aos
contribuintes que já haviam ingressado em juízo antes da “decisão assentada na sessão do dia
11.6.2008”.
RE 643.247
Já nesse recurso, sob o rito da repercussão geral, o STF julgou inconstitucional as chamadas taxas
de incêndio, decidindo pela modulação dos efeitos da decisão sob o fundamento de que “a
alteração de jurisprudência consolidada há quase duas décadas justifica a eficácia prospectiva do
novo pronunciamento, em atenção à segurança jurídica e ao interesse social, nos termos do artigo
927, § 3º, do Código de Processo Civil.”
Nesse caso, o pedido de modulação foi feito em embargos de declaração opostos pelo Município de
São Paulo, o qual, apreciado em 12.06.2019, foi provido para “modular prospectivamente os efeitos
da tese, a partir da data da publicação da ata de julgamento – 1º de agosto de 2017, ressalvadas
as ações anteriormente ajuizadas”.
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Fabiana Del Padre Tomé