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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título

de especialista em MBA em Finanças e Controladoria - 2022

A Utilização de Previdência Complementar como estratégia no planejamento tributário


e sucessório.

Bruna Fernanda Recchia Gorgone¹*; Lívia Maria Lopes Stanzani 2

1 Aluna bolsista do curso de MBA Finanças e Controladoria da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”
(ESALQ/USP). Titulação de Especialista em Finanças e Controladoria. Rua Nilton Olegário Schimitz – 88180-000
Antônio Carlos, Santa Catarina, Brasil.*bruna.gorgone@outlook.com
2 Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz [FEALQ – USP]. Doutora em Controladoria e Contabilidade pela

FEA-RP/USP. Avenida Centenário, nº 1080 - São Dimas, 13.416-000, Piracicaba, São Paulo, Brasil.
*Autor correspondente: bruna.gorgone@outlook.com

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Utilização de Previdência Complementar como estratégia no planejamento


tributário e sucessório.

Resumo

Os planos de previdência complementar são utilizados de forma estratégica no âmbito


do Direito Sucessório. A isenção da tributação do ITCMD (Imposto de Transição Causa Mortis
e Doação) é uma das vantagens da adesão precoce de Planos de Previdência Complementar
na modalidade VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres), devido à natureza jurídica de
característica securitária. Ou seja, em caso de óbito do contratante, o saldo da provisão do
plano é revertido em favor aos beneficiários, certo de que, o numerário recebido não entrará
no inventário. Nesse contexto, o presente trabalho buscou realizar o estudo dos benefícios da
utilização do VGBL como um instrumento do Planejamento Sucessório e as vantagens
tributárias da adesão ao plano precocemente, tendo em vista que o PGBL é interessante como
um investimento, porém é enquadrado como patrimônio e mediante o óbito do titular, haverá
incidência do ITCMD. O Plano de Previdência do tipo VGBL proporciona benefício aos
herdeiros de forma a garantir o rápido acesso aos recursos e a subsidiar as despesas básicas
até o encerramento da partilha de bens. Portanto os planos desta modalidade são utilizados
no Planejamento Patrimonial e Sucessório, ou seja, aquele que contrata um VGBL adere à
um seguro de vida, o que resulta na impossibilidade de tributação do ITCMD ao benefício,
considerando um investimento de R$200.000,00, o custo com ITCMD pode chegar a 60% das
despesas com emolumentos cartorários, mas se este capital for aplicado em um VGBL
proporcionará uma economia total de aproximadamente 12,63% com o inventário extrajudicial
no estado de São Paulo, podendo esta economia ser maior conforme o aumenta o capital
investido.

Palavras-chave: Previdência; VGBL; PGBL; Inventário; ITCMD

Introdução

A previdência privada tem como propósito a manifestação da vontade dos


participantes por meio de contratos de adesão facultativa. Este regime é operado por
Entidades de Previdência Complementar (EAPC), que têm por objetivo principal instituir e
executar planos de benefícios de caráter previdenciário (BRASIL, 2001). As entidades que
atuam nesse setor são disciplinadas sob leis específicas da previdência privada, como a Lei
nº 109 de 29 de maio de 2001, que trata sobre o regime da Previdência Complementar e o
Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, que dispõe sobre o Sistema Nacional de

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Seguros Privados, e seguem orientações do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP),


vinculado ao Ministério da Economia.
Os planos de previdência são comercializados somente após a prévia aprovação dos
regulamentos e notas atuariais pela SUSEP, uma autarquia vinculada ao Ministério da
Economia, que foi criada pelo Decreto-Lei nº73, de 21 de novembro de 1966. Os Planos de
Previdência Complementar podem garantir, ainda, o pagamento de um benefício ao próprio
participante do plano ou aos seus beneficiários indicados no plano (SUSEP, 2022). As EAPCs
são responsáveis por ofertar diferentes tipos de planos de aposentadoria, o que garante um
melhor planejamento financeiro ao contratante, além de benefícios tributários. Um plano
PGBL, que some até 12% da renda bruta anual tributável, gera despesas dedutíveis do
imposto de renda (IR). Logo, a vantagem não é exatamente uma isenção fiscal, mas um
adiamento, pois, no momento do resgate, o IR irá incidir no valor total dos rendimentos e da
contribuição. Já no VGBL², o imposto de renda será apenas sobre os rendimentos, porém,
não há o benefício fiscal da redução da base de cálculo imposto de renda, como ocorre no
PGBL. Deste modo, é importante para um melhor planejamento tributário, o
investidor considerar ter um plano PGBL e um VGBL, para receber o excedente dos 12%.
Na Previdência Complementar, o contribuinte pode recolher um valor mensalmente,
podendo retirar o saldo corrigido pelos juros compostos ao longo dos anos. Logo, um Plano
de Previdência Complementar é um investimento a longo prazo, sendo caracterizado pelo
regime de capitalização. Após o período de diferimento, estes proporcionam aos segurados e
participantes uma renda mensal, podendo ser vitalícia ou por um período determinado, ou
mesmo, o resgate em um pagamento único. Assim, o VGBL é classificado como seguro de
pessoa, enquanto o PGBL é um plano de previdência complementar (NEVARES, 2021).
Segundo a SUSEP, os planos poderão possuir uma carteira de investimentos
estruturada associada. A ANBIMA é a instituição que classifica os fundos previdenciários que
podem ser de renda fixa (acompanham o benchmark financeiro da inflação), fundos
previdenciários de ações (que possuem no mínimo 67% da carteira em ações a vista), fundo
previdenciários balanceados e previdenciários multimercados que são caracterizados por
meio de investimento em diversas classes de ativos (renda fixa, ações, câmbio etc.)
(SUSEP,2022). É imprescindível se fazer a análise do API (Análise de Perfil do investidor) ou
suitability, tendo em vista que a Instrução CVM 539 de 2013 regulamenta o dever de
verificação da adequação dos produtos, serviços e operações ao perfil do cliente. O
contratante ainda deve optar por um dos dois tipos de tributação: progressivo ou regressivo,
sendo que o regime escolhido será irretratável até o final da vigência do plano, conforme
estabelecido pela Lei 11.053, de 29 de dezembro de 2004.
A cobertura do plano é um pré-requisito para a contratação (cobertura por morte,
invalidez ou sobrevivência). Os planos de riscos como Pecúlio por Morte, Pecúlio por

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Invalidez, Pensão por Morte e Renda por Invalidez deverão ser analisados conforme o período
de carência, as coberturas oferecidas, o índice de atualização dos benefícios e a contribuição
além de sua periodicidade de aplicação (SUSEP, 2022). Uma das vantagens dos planos
VGBL é que estes não entram no inventário, ou seja, o valor aplicado é isento do ITCMD
(imposto sobre transmissão causa mortis e doação), sendo este um imposto estadual que
incide sobre a doação e a transmissão não onerosa de bens e direitos, ou seja, o imposto que
os herdeiros possuem obrigatoriedade de pagar sobre o valor total dos bens herdados no
momento inventário. Essa previsão consta no artigo 79 da Lei 11.196 de 2005 e o Supremo
Tribunal de Justiça (STJ) reitera que, devido a sua natureza securitária, os planos de VGBL
não integram a herança, assim o mesmo deve ser excluído da base de cálculo do ITCMD
(FREGONESI JR, 2021).
Dessa forma, a aplicação no VGBL se torna uma estratégia interessante perante o
Planejamento Sucessório e Tributário e o objetivo desse estudo será desenvolver uma análise
comparativa de dois perfis hipotéticos de investidores, com características conservadoras, em
VGBL e PGBL, considerando- se a alíquota do ITCMD para o Estado de São Paulo, além de
apresentar as vantagens de se aplicar em Planos de Previdência Complementar na
modalidade VGBL em termos de planejamento tributário e sucessório.

Material e Métodos

A alta demanda brasileira perante a elaboração de estratégias tributárias e da


implantação do planejamento sucessório, visando a obtenção de benefícios fiscais através da
aquisição dos planos de previdência privada, estimula, por sua vez, diversos estudos de
interesse no desempenho dos fundos previdenciários.
Segundo o artigo sexto da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988
(BRASIL, 1988), o cidadão possui como os direitos sociais: a educação; a saúde; o trabalho;
o lazer; o trabalho; a segurança; a previdência social; a proteção à maternidade e à infância;
e a assistência aos desamparados. Logo, a previdência social é o sistema público que garante
a aposentadoria dos brasileiros, sendo gerenciada pelo Instituto Nacional do Seguro Social
(INSS) (BRASIL, 1988).
O caput do artigo 202, da Emenda Constitucional nº 20 (15 de dezembro de 1998),
menciona que o regime de previdência complementar é estruturado de forma autônoma em
relação ao regime geral de previdência social, e possui caráter facultativo, baseado na
constituição de reservas que assegurem o benefício contratado e regulamentado por lei
complementar (BRASIL, 1988). Desta forma, conforme afirmado por Borja (2009), as
Entidades de Previdência Complementar, sejam abertas ou fechadas, devem instituir planos
privados de privilégio de benefícios complementares aos da previdência social.

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A finalidade da Previdência Privada é complementar a Previdência Básica (INSS),


tendo em vista que esta não assegura a completude na renda familiar ou individual. Assim, a
Previdência Privada opera com a capitalização dos recursos dos participantes, onde o que o
indivíduo acumula no presente será reflexo do que ele receberá no futuro (CAMPANI, 2019).
A Previdência Privada Aberta é regulamentada pelo Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP) e fiscalizada pela Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e possui
dois tipos de planos previdenciários: o individual (contratado com o objetivo de garantir
benefícios previdenciários para si ou seus herdeiros) ou coletivo (instituído pela pessoa
jurídica com o objetivo de garantir benefícios previdenciários a grupos de pessoas vinculadas
a contratante) (RITTER, 2007). A SUSEP emite a normativa infralegal pelas circulares e
recomendações, padronizando os regulamentos. A tábua atuarial, também conhecida como
tábua da mortalidade ou tábua da vida é estabelecida para o cálculo da expectativa de vida,
logo, são indispensáveis diante do método dos cálculos de seguros e do VGBL (SUSEP,
2022).

Planos de Previdência: PGBL e VGBL

O Plano Gerador de Benefício Livre é um plano de previdência privada que possui a


finalidade de acumular reserva para o participante, sendo o mais indicado para pessoas que
realizam a declaração completa do imposta de renda, devido às contribuições serem
dedutíveis da base de cálculo do Imposto de Renda (IR) do participante, se representarem
até 12% (doze por cento) da renda bruta anual tributável. Logo, o mesmo possui a vantagem
de reduzir o imposto a ser pago ou aumentar o valor a restituir do IR. Porém, é importante
enfatizar que, para usufruir desse benefício, é necessário que o participante contribua para o
INSS ou, no caso de servidores públicos, para o regime dos servidores públicos (SPRÍCIGO,
2018).
Já o Plano de Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL) possui um caráter securitário,
ou seja, é equivalente a um seguro de vida individual com cobertura por sobrevivência e
possui o intuito de acumular reserva ao participante. Este, por sua vez, é apropriado a pessoas
que já obtiveram o limite de contribuição dedutível do PGBL e desejam contribuir mais, ou que
declaram o imposto de renda no modelo simplificado. No caso do VGBL, não há dedução das
contribuições da base de cálculo do imposto de renda, todavia, a alíquota do imposto de renda
irá incidir apenas sobre os rendimentos, e não sobre valor total do resgate, como no caso do
PGBL (SPRÍCIGO, 2018).
Nesse contexto, o presente trabalho irá considerar a aquisição do plano na modalidade
VGBL, tendo em vista o Artigo 794 do Código Civil (Lei nº 10.406 de janeiro de 2022), o qual
preconiza que os valores auferidos aos herdeiros após o óbito do beneficiário não podem ser

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considerados como herança por terem natureza securitária, ou seja, de um seguro de vida
(BRASIL, 2022).
Abaixo, a Tabela 1 apresenta uma comparação entre os planos PGBL e VGBL,
buscando direcionar a escolha dos tipos de planos de acordo com o modelo da declaração do
imposto de renda pessoa física do contribuinte.

Tabela 1- Comparação dos Planos PGBL e VGBL segundo o modelo da declaração do IRPF
Tipo de Plano PGBL VGBL
Modelo de Declaração Modelo Completo Modelo Simplificado (usando o
IRPF desconto padrão de 20%)
Dedução da Base do IRPF Até 12% das contribuições Não dedutível
anual
Tributação Sobre o valor total recebido Apenas sobre os rendimentos
Fonte: Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FENAPREVI) (2022).

É importante ressaltar que a Receita Federal presume o direito de um desconto padrão


de 20% (vinte por cento) da base de cálculo de imposto no modelo da Declaração do IRPF
Simplificado, limitado ao valor de R$16.754,34 no imposto de renda do ano vigente de 2022,
sendo que qualquer contribuinte possui o direito de optar por este modelo, dissociado do valor
da renda (RECEITA, 2022).
Segundo pesquisa realizada pela FenaPrevi (2022), com a base de dados da SUSEP,
o acumulado de janeiro a julho do ano de 2022, em prêmios e contribuições, foi de 87,80
bilhões de reais.

Figura 1: Previdência Privada Complementar Aberta - Prêmios e Contribuições Acumulados


por Produtos (janeiro a julho de 2022)

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Fonte: SUSEP e FenaPrevi (2022)

Sistema De Tributação Do Plano PGBL e VGBL

O Sistema Tributário Nacional foi instituído através da inserção da Emenda


Constitucional nº 18, de 1965, à Constituição de 1946 (Constituição dos Estados Unidos do
Brasil de 18 de setembro de 1946), o que foi considerado um marco da última grande Reforma
Tributária do Brasil (BRASIL,1965).
O plano de previdência na modalidade PGBL isenta as contribuições, porém, cobra no
momento dos resgates/benefícios, sendo classificado como um sistema EET (Taxed
contributions – Exempt fund income – Exempt benefits) ou Contribuições tributadas – Renda
de fundo isenta – Benefícios Isentos. Segundo Sutcliffe (2016), este sistema, por sua vez,
proporciona rendimentos mais elevados na idade produtiva (antes da aposentadoria), o que
gera mais receita ao governo. Porém, o VGBL se enquadra no sistema ETT (Exempt
contributions – Exempt fund income – Taxed benefits) ou Contribuições isentas – Renda de
fundo isenta e benefícios tributados, pois isenta as contribuições na fase de benefícios e o
imposto de renda é pago somente sobre os rendimentos mediante o resgate.
Ambos, atualmente, são Rendimentos de Fundos Isentos (Exempt Fund Income), pois
não tem incidência do regime “come-cotas”, que ocorre na maioria dos Fundos de
Investimentos semestralmente, nos meses de março e setembro, a exemplo dos fundos não
previdenciários de renda fixa. Deste modo, o VGBL é indicado para quem faz a declaração do
IR pelo regime simplificado, pois, no momento do resgate, haverá menos imposto a ser pago
nesse regime quando comparado ao PGBL, havendo assim uma maior economia no
pagamento de imposto de renda por meio desse modelo.
Além da escolha do regime de previdência, após a sanção da Lei 11.053 de 29 de
dezembro de 2004, foi facultada aos ingressos aos planos de previdência complementar, a
partir de 1º de janeiro de 2005, participarem de dois tipos de regimes de tributação: a tabela
regressiva e a progressiva (BRASIL, 2004).
O regime progressivo era um sistema de tributação tradicional da Receita Federal
instituído na década de 80 pelo Art. 2º da Lei nº 7.713 de 22 de dezembro de 1988 (BRASIL,
1988). Neste, por sua vez, as faixas foram atualizadas pela última vez no mês de abril do ano-
calendário de 2015, ano da última reforma tributária. Em suma, este modelo determina a
incidência da alíquota de 15% (quinze por cento) do valor retido na fonte no momento do
resgate dos planos de previdência. Não obstante, no momento da declaração do ajuste anual
do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física), o imposto pode ser compensando ou restituído
de acordo com a tabela progressiva vigente.

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Já o Regime de tributação regressivo foi instituído pela Lei 11.053, de 29 de dezembro


de 2004, por meio da qual as alíquotas do imposto são decrescentes e correlacionadas com
o prazo em que os recursos permanecem aplicados no plano de previdência. Assim, não há
compensação na declaração de ajuste anual do IRPF, tendo em vista que o recolhimento é
realizado na fonte (SENADO, 2019). Assim, na tabela regressiva (definitiva), o imposto de
renda é definido pelo tempo que o investimento foi realizado, assim, logo, quanto mais tempo
o recurso permanecer no plano de previdência, menos imposto pagará.
A tabela regressiva inicia em 35% (trinta e cinco por cento) e vai reduzindo 5% a cada
2 (dois) anos, podendo chegar na alíquota mínima de 10% (dez por cento), no caso de
retiradas de recursos realizadas após 10 anos. Já na tabela progressiva, o valor do investido
é o fator que importa para a tributação, assim, quanto maior a sua renda, maior será a
tributação, ou seja, é praticamente a tabela utilizada para o cálculo do regime de tributação
salarial na declaração do IRPF. Logo, as alíquotas variam de 0 (zero) a 27,5%. A tabela pode
ser encontrada em dois formatos, sendo uma com a base de cálculo pela renda mensal e
outra anual (NEVES, 2022).
A seguir, são apresentas as alíquotas da tabela regressiva (Tabela 2) e da tabela
progressiva (Tabela 3), que demonstram os regimes de tributação referentes ao ano vigente
de 2023.
Tabela 2- Regressiva dos Planos de Previdência.
PRAZO ALÍQUOTA
Até 2 ANO 35%
2 a 4 anos 30%
4 a 6 anos 25%
6 a 8 anos 20%
8 a 10 anos 15%
Acima de 10 anos 10%
Fonte: Receita Federal (2023).

Tabela 3 - Regressiva dos Planos de Previdência do ano vigente de 2023.


MENSAL ANUAL
Base de cálculo Alíquota a Parcela a Base de cálculo Alíquota a Parcela a
deduzir deduzir deduzir deduzir
Até R$1903,98 Isento - Até R$ 22.847,76 Isento
De R$ 1.903,99 7,5% De R$ 22.847,77
R$ 142,80 7,5% R$ 1.713,58
até R$ 2.826,65 até R$ 33.919,80
De R$ 2.826,66 15% De R$ 33.919,81
R$ 354,80 15% R$ 4.257,57
até R$ 3.751,05 até R$ 45.012,60
De R$ 3.751,06 22,5% De R$ 45.012,61
R$ 636,13 22,5% R$ 7.633,51
até R$ 4.664,68 até R$ 55.976,16
Acima de 27,5% Acima de R$
R$ 869,36 27,5% R$ 10.432,32
4.664,68 55.976,16
Fonte: Receita Federal (2023).
É importante enfatizar que a faixa de isenção do Imposto de Renda é dobrada aos 65
anos, segundo o inciso VI do artigo 4º da Lei 9.250, 1995 (BRASIL, 1995).

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Na previdência privada, os planos sofrem muitas diferenças perante os custos, a tábua


atuarial (tanto de mortalidade, quanto de invalidez), juros, regime de tributação, taxas de
carregamentos, valores de contribuições, opções de benefícios e carências (PÓVOAS, 2000).
Os planos previdenciários podem ser contratados na forma individual e coletiva, podendo
oferecer (juntos ou separadamente) os benefícios, de acordo com a Resolução do Conselho
Nacional de Seguros Privados (CNSP) nº 201 de 2008. Entre estes benefícios, estão
enquadradas a renda por sobrevivência, pecúlio por invalidez ou por morte, pensão por morte
e, ainda, a renda por invalidez (BRASIL, 2008).
Durante a fase de acumulação, é calculada a Provisão Matemática de Benefícios a
Conceder (PMBAC), conforme prevista na Resolução CNSP 321/2015. Esta, por sua vez, é
descrita como a cobertura dos compromissos assumidos com os participantes e deve ser
constituída enquanto não ocorrido o evento gerador do benefício (SPRÍCIGO, 2018).
Aditivamente aos planos tradicionais de renda por sobrevivência, a SUSEP (2020)
descreve que se pode adicionar a cobertura do segurado, em conjunto ou separadamente,
com benefícios de Pensão por Morte, Renda por Invalidez, Pecúlio por Morte ou Pecúlio por
Invalidez. A Renda por Invalidez é uma renda mensal vitalícia atribuída ao próprio participante,
em caso de sua invalidez permanente. Assim, a partir do recebimento do benefício, as
contribuições são suspensas imediatamente (RITTER, 2007).
Segundo Olsson e Fontana (2017), a Pensão por Morte é um benefício concedido aos
dependentes do participante que falecer, seja este aposentado ou não. Logo, os beneficiários
são pessoas indicadas à proposta para receber o pagamento relativo ao benefício contratado
em caso de morte do participante. São classificados dependentes, pela Lei nº 8.213 de julho
de 1991, a companheira, o companheiro, o cônjuge e o filho não emancipado, seja, menor de
21 (vinte e um) anos, ou 24 (vinte e quatro) se cursando ensino superior, ou inválido (BRASIL,
1991).
O Pecúlio é subdividido em Pecúlio por Morte ou Pecúlio por Invalidez. O Pecúlio por
Morte é a importância concedida aos beneficiários em caso de óbito ocorrido durante o
período de cobertura do plano e após o prazo de carência estipulado pelo mesmo. O Pecúlio
por Invalidez é a importância paga ao participante em decorrência de invalidez total e
permanente comprovada (SUSEP, 2020). A contar da data de autorização ao benefício,
firmando o prazo mínimo para caso o participante venha a óbito previamente, os beneficiários
continuam a receber a renda até o fim deste período mínimo garantido.
A segunda variação é uma renda mensal vitalícia reversível ao beneficiário em caso
de falecimento do participante. Por fim, o terceiro tipo é a renda mensal vitalícia reversível ao
cônjuge com continuidade aos menores: assim no caso de falecimento do titular, o benefício
é vitalício ao cônjuge, e na falta desse é reversível temporariamente aos menores até que se
atinja a maioridade.

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Uma outra modalidade é a Renda Vitalícia sem reversão, que consiste na renda
mensal a se pagar exclusivamente ao participante enquanto em vida. Assim, esta forma de
benefício termina mediante a morte do participante, o que não vem ao caso neste estudo no
qual consiste em uma análise do benefício após morte.
A legislação atual prevê a modificação da tábua biométrica BR-SEM, sendo a mais
utilizada nos Planos de Previdência brasileiros, sendo que a cada quinquênio é atualizada
pelo órgão supervisor com base nos dados fornecidos por todas as entidades/seguradoras.
Os planos de previdência permitem, ainda, a alteração dos beneficiários, em caso de
óbito antes do titular, podendo o participante incluir novos beneficiários ou, caso não haja a
inclusão, a reserva é destinada aos herdeiros legais. Na eventualidade do óbito concomitante
do beneficiário e do titular, a reserva será destinada para os demais beneficiários conforme
critérios estabelecidos e, caso não haja outros beneficiários, deverá ser paga aos herdeiros
legais (ICATU, 2020).

Rendimentos dos planos de previdência

Existem fundos de previdência pré-fixados e pós fixados. Em ocasiões nas quais a


taxa de juros básica esteja em alta, como a vigente no mês de setembro de 2022 (13,75%),
torna-se interessante a contratação de planos na modalidade pré-fixada, pois garante uma
rentabilidade alta no momento da compra, diante da histórica da taxa de juros. Mesmo a
contratação de fundos pós-fixados serão ainda uma estratégia melhor a poupança, por
exemplo, pois garantem uma correção dos rendimentos diante ao ajuste da inflação.
Os investidores do mercado financeiro dispõem de particularidades. Assim, cada
investidor opta por investimentos à medida que convém ao seu perfil de risco (SACCÓL;
PIENIZ, 2018).
Existem três tipos de perfis investidores: conservador, moderado e arrojado. O
investidor conservador possui características de assumir um baixo risco ao selecionar seus
investimentos, sendo que, a maior parte de investidores com este perfil possuem pouco
conhecimento e informações sobre o mercado financeiro. (SACCÓL; PIENIZ, 2018). Diante o
perfil conservador, estão as previdências privadas com menores riscos compostos por títulos
públicos, debêntures e CDB (Certificados de Depósitos Bancários) de risco baixíssimo,
possuindo volatilidade inferior a 1,0% em 12 meses (ONZE,2022).
Segundo Hoji (2007), pessoas com perfil moderado optam por não correr altos riscos,
porém, também não são demasiadamente conservadoras, logo decorrem a correr um certo
risco, todavia, em situações específicas, sob o estímulo de ampliarem seu patrimônio. Por
último, os investidores arrojados optam por correr riscos que visam maior retorno dos

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investimentos. Geralmente utilizam da renda variável para alcançarem seus objetivos e


sofrem riscos respaldando-se em conhecimento especializado.

Planejamento sucessório

Previdência Complementar e Planejamento Sucessório

Em busca do planejamento sucessório, muitas pessoas recorrem ao regime de


previdência privada, tendo em vista que os numerários investidos pelo titular são direcionados
aos beneficiários e seus herdeiros, em caso de seu falecimento independentemente do
processo de inventário (MARTINS, 2021).
Assim, os planos de VGBL têm sido muito difundidos como instrumento no
Planejamento Sucessório mediante sua natureza securitária. De acordo com o art. 794 do
Código Civil na Lei 10.406 de janeiro de 2002 (BRASIL,2002), o capital distinto do
ressarcimento do seguro de vida não está sujeito às dívidas do segurado e nem se considera
herança para todos os efeitos de direito. Observa-se, deste modo, uma facilidade na
transferência de recursos sem inventário, ausentando os numerários da incidência do Imposto
de Transmissão Causa Mortis (ITCMD) e ainda com liberdade de escolha do beneficiário,
tendo em vista que é comum observar a falta de recursos para os herdeiros pagarem impostos
e despesas com o processo de inventário.
Segundo Paulsen (2015), o ITCMD é um dos mais antigos impostos na história da
tributação já sendo cobrado em Roma Antiga sob a forma da vigésima parte sobre a herança
e o legado. No Brasil, a Emenda Complementar n° 3/93 determinou a incidência do referido
imposto estadual, autorizando a sua incidência tributária sobre a transmissão causa mortis e
doação de quaisquer bens e direitos, restringindo a competência quanto à causa, porém,
ampliando quanto ao objeto, podendo ser tanto bens imóveis quanto móveis (PAULSEN,
2015).
O Direito das Sucessões vem enfatizando a previdência complementar mediante o
Planejamento Patrimonial e Sucessório, com o objetivo do resguardo do patrimônio familiar,
mesmo após o evento morte. Assim, os Planos de Previdência Privada, principalmente na
modalidade Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL), possuem muitas vantagens, em
especial, a viabilidade de levantamento dos valores pelos herdeiros sem passar pelo processo
de inventário. Porém, é imprescindível que a execução do contrato deva estar a favor do
beneficiário, uma vez que com a morte do contratante amplia-se a relatividade do contrato.
Em caso de óbito do contratante, os seus beneficiários podem optar pelo resgate das quotas
ou pelo recebimento de benefício de caráter continuado previsto em contrato,
independentemente da abertura de inventário. Assim, o montante contratado seria

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direcionado de forma automática aos beneficiários do plano de previdência VGBL (SILVEIRA;


VILLELA, 2022)
O planejamento sucessório é um conjunto de disposições que têm por objetivo definir
a transmissão de bens e direitos de uma pessoa antecedente ao seu falecimento aos seus
herdeiros, buscando a organização da sucessão (RBDCivil, 2021). Logo, são incessantes as
preocupações da família com o planejamento do patrimônio, buscando a segurança na
transmissão sucessória que atenda aos interesses do titular do patrimônio, no âmbito do
direito das sucessões e da família.

Simulação: planejamento tributário e sucessório

Para fins de comparação, serão abordados dois perfis hipotéticos de investidores (X e


Y). Ambos os investidores possuem características do API com perfil conservador, possuem
herdeiros e cônjuge (regime de comunhão universal de bens). Será considerada a aplicação
no plano de previdência após o casamento e o saldo da aplicação para resgate no momento
do óbito será de R$200.000,00 (duzentos mil reais), sendo este destinados aos beneficiários.
Para a viabilidade dos cálculos, será considerado apenas um herdeiro e a base de cálculo do
inventário extrajudicial (não será realizado na esfera judicial), tendo em vista que o cônjuge e
o herdeiro concordam com distribuição dos bens e direitos. Ambos os investidores também
livres de dívidas e não há presença de testamentos.
Considera-se que o Investidor X aplicou em plano de previdência VGBL de Renda
Fixa, atrelado ao benchmark da Selic, enquanto o investidor Y possui, no momento do seu
falecimento, R$200.000,00 aplicados em um outro plano de previdência, mas da modalidade
PGBL ou em um investimento tradicional como a poupança, pois qualquer outro tipo de
investimento que se difere ao VGBL será considerado como patrimônio e sofrerá a incidência
da tributação do ITCMD. O ITCMD ora proposto será do estado de São Paulo, com a alíquota
de 4% (quatro por cento) sobre os bens inventariados, conforme disposto nos art.9º a 15º da
Lei 10.705 de 2000 (SÃO PAULO, 2000).
Em suma, o objetivo do inventário é o levantamento dos bens, débitos e créditos do
falecido, permitindo a partilha justa e de direito entre os herdeiros. A abertura do inventário
deve decorrer em até 60 dias após a data da constatação do falecimento, sob pena de multa,
que varia de acordo com cada estado. Assim, no Estado de São Paulo, irá ser considerada a
incidência da Lei Estadual nº10.705 de 28 de dezembro de 2000, a qual determina o valor da
multa pela não abertura no prazo de 60 dias é de 10% (dez por cento) do valor total do imposto
(ITCMD), e no caso de o atraso superar 180 (cento e oitenta dias), há um reajuste da multa
para 20% ao valor total do ITCMD (ESTADOSP, 2000). Considerou-se que ambos os
investidores abriram o inventário dentro do prazo e estão isentos de multas.

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Logo, nestes casos em específicos, como os investimentos foram realizados após o


casamento, considera-se que os cônjuges possuem 50% (cinquenta por cento) por direito a
todo o patrimônio adquiridos, antes e após o casamento pelo regime de comunhão universal
de bens (Faria,2022). Há incidência sobre o espólio as custas judiciais ou emolumentos
cartorários de registros de escritura dos bens inventariados, levando-se em conta a tabela do
Tribunal de Justiça do Estado, sendo que estas possuem atualização anual.
Ao buscar a assessoria indispensável de um advogado para recorrer ao inventário, os
honorários advocatícios podem variar de acordo com o valor da herança e pela forma de
partilha (judicial ou extrajudicial), conforme Tabela 4.

Tabela 4. Honorários Advocatícios


Tipo de Inventário Honorários Advocatícios
Inventário Extrajudicial R$3.613,24 6% sobre o valor real da
parte de cada herdeiro.
Inventário Judicial Mínimo de R$5.058,54 10% sobre o valor real de
cada herdeiro.
Fonte: OAB-SP (2022)

Segundo a portaria de custas previstas pela Lei Federal nº11.441 de 2007, vigente no
ano de 2022, o valor teto dos emolumentos para lavratura de escrituras de partilha de bens e
inventários é de R$3.613,24 para inventário extrajudicial.
O recolhimento do ITCMD é realizado por meio da DARE (documento de Arrecadação
de Receita Estaduais) direto em rede bancária autorizada, no caso proposto, em torno de 4%
sobre o valor total de bens inventariados. O ITCMD é recolhido sempre que o montante de
doações de bens entre o mesmo donatário e o mesmo doador superar o valor de 2500 UFESP
(Unidade Fiscal do Estado de São Paulo), segundo o art.6 º do Decreto nº46.655 de 2002. A
variação do UFESP é anual e determinada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento para
atualização de contratos e tributos estaduais, sendo que uma unidade relacionada ao ano
vigente é equivalente a R$31,97. Logo, quando o valor dos Bens e direitos do falecido for
superior a R$79.925,00 (2500 UFESP), incidirá o ITCMD de 4%.

Resultados e discussão

Ao analisar as duas modalidades de plano de previdência complementar (PGBL e


VGBL), buscou-se compilar os dados que refletem diretamente o custo de um inventário
extrajudicial e realizar uma avaliação das vantagens da utilização dos planos de previdência
VGBL no planejamento sucessório, assim como os aspectos da tributação do ITCMD sobre
os planos de previdência VGBL, PGBL e da poupança tradicional.

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Considerando, por exemplo, um investidor X de 45 (quarenta e cinco) anos, que deseje


uma reserva de capital de R$200.000,00 (duzentos mil reais) em um plano de Previdência
Privada (PGBL ou VGBL), considerando a Tabua Biométrica AT2000 e com uma taxa de juros
ao ano de 0,00% após a concessão o benefício, por um prazo de 10 (dez) anos e cuja
rentabilidade do fundo seja igual a 12% (doze por cento) ao ano, este por sua vez, deve
contribuir mensalmente com o aporte de, aproximadamente, R$ 901,18 (Fonte: Icatu Seguros
Previdência, 2023).

Figura 2. Relação da evolução da reserva dos Planos de Previdência Privada Icatu de acordo
com o tempo de contribuição
Fonte: Icatu Seguros Previdência (2023)

Considerando um fundo VGBL e o outro PGBL, não haverá uma diferença


considerável em termos de rentabilidade, porém, o rendimento do montante será considerado
mediante as vantagens tributárias e da aplicabilidade da tabela regressiva ou progressiva,
levando-se em conta o tempo da aplicação. Logo, na contratação de um plano PGBL, tem-se
a opção de escolher qual tabela irá incidir. Assim, a tabela regressiva só será vantajosa em
aplicações com prazos maiores de 10 (dez) anos. Porém, no caso do VGBL, este valor apenas
incidirá sobre os rendimentos no momento do resgate, enquanto o PGBL incidirá sobre o valor
do montante. Logo, torna-se interessante a contratação perante a tabela progressiva se o
investimento for permanecer no fundo até 10 (dez) anos, e somente a partir deste prazo torna-
se vantajoso a contratação da tabela regressiva (Figura 3).

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Figura 3. Comparativo do percentual de resgate do PGBL (Regressivo) X VGBL Progressivo)


perante a linha do tempo (anos)
Fonte: Receita Federal (2023).

A tabela progressiva de tributação é conhecida como a tabela do imposto de renda e


é indicada para objetivos de curto a médio prazo. Esta, por sua vez, é atualizada de tempos
em tempos pela Receita Federal do Brasil, assim, quanto maior a renda, maior a alíquota de
imposto a incidir, podendo variar de 0 (zero) à 27,5% (vinte e sete e meio por cento), conforme
os valores explícitos na tabela 3, referenciada anteriormente.
Considerando dois títulos, sendo o PGBL com tabela regressiva e o VGBL na tabela
progressiva, conforme a Figura 3, observa-se o declínio da cobrança de alíquotas na linha do
tempo diante da aplicação da tabela no regime regressivo do PGBL. Assim, no sistema de
tributação regressivo, o cálculo será realizado de acordo com o prazo de permanência do
título, caso o resgate ocorra em menos de 2 (dois) anos, cobra-se a alíquota de 35% (trinta e
cinco por cento) sobre o valor do montante (valor da aplicação mais o rendimento) do título,
entre 2 (dois) e 4 (quatro), incide 30% (trinta por cento), entre 4 (quatro) e 6 (seis) anos, a
alíquota será de 25% (vinte e cinco por cento), entre 6 (seis) e 8 (oito) anos equivalente a 20%
(vinte por cento), de 8 à 10 anos de 15% (quinze por cento) e quando o resgate ocorre
posterior a 10 (dez) anos, incide a alíquota de 10% (dez porcento) no valor total do título, ou

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seja, existe uma progressão aritmética finita decrescente (35,30,25,20,15,10), na qual a razão
é de 5 (r = 5), ou seja, uma redução na alíquota de 5% (cinco por cento) a cada 2 (dois) anos.
Enfatiza-se que não há diferenças em relação à rentabilidade na linha do tempo do
VGBL com o PGBL, mas sim a incidência das vantagens tributárias específicas de cada
modalidade com relação à aplicação da tabela progressiva ou regressiva. Assim, torna-se
interessante a contratação de ambos os planos perante um planejamento financeiro e
sucessório, obtendo as vantagens de cada modalidade, tendo a opção da tabela progressiva
para planos com resgates inferiores a 10 (dez) anos e da tabela regressiva para planos
superiores a este período.
Ao se realizar um comparativo entre dois fundos de previdência (Figura 4), sendo um
VGBL e outro PGBL, observa-se o acompanhamento dos Fundos de Previdência
respectivamente ao CDI, sendo que a rentabilidade, nos últimos 36 (trinta e seis) meses do
Fundo A, foi de 19,96% e do Fundo B, equivalente a 20,93% e a linha do CDI obteve a
rentabilidade de 21,77%. Porém, a poupança obteve, no mesmo período, uma rentabilidade
de apenas 13,11%. O cálculo da rentabilidade histórica dos Fundos de Investimento consiste
em dividir o retorno em períodos, tendo como base os aporte e retiradas e multiplicando após
cada período para obter o resultado (MAISRETORNO, 2023).

Fundo A Fundo B

Figura 4: Comparativo da rentabilidade dos Fundos A e Fundo B X Poupança e com o


Benchmark CDI

Assim, é notória as vantagens da rentabilidade da aplicação em fundos de previdência,


independentemente de ser um VGBL ou PGBL, que acompanham o benchmark DI ou a SELIC
(taxa de juros), em comparação com investimentos tradicionais como a poupança, como pode
ser visto na Figura 4.
Os planos VGBL não possuem vantagens diante da declaração do imposto de renda
anual, logo, não beneficiam o resultado da declaração do modelo completo, sendo que a

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tributação irá incidir sobre os rendimentos somente no momento do resgate. Porém, conforme
a Tabela 5, esta demonstra a análise do benefício fiscal do PGBL, considerando a receita
bruta anual de R$200.000,00 (duzentos mil reais) e a contribuição sugestiva de 10% (dez
porcento) da renda para investimento em PGBL. Realizou-se os cálculos com os descontos
do INSS e do imposto de renda proporcionalmente ao salário com a aplicação do cálculo da
tabela regressiva, ou seja, ponderando-se na base de cálculo de salários acima de
R$4.664,68, a alíquota será de 27% (vinte e sete porcento) ou a alíquota a recolher de
R$10.432,32. Deste modo, ponderando-se que 12% (doze por cento) da receita bruta anual
corresponde ao máximo de incentivo fiscal concedido à Declaração de Imposto de Ajuste
(DIRF) pelo PGBL, logo 12% (doze por cento) da Receita Bruta Anual, ou equivalente a
R$24.000,00 de incentivo fiscal, obtendo-se um ganho anual de R$6.600,00.

Tabela 5. Benefício Fiscal Anual do PGBL - Exercício 2023. Ano-calendário 2022

2022 SEM PGBL COM PGBL


( + ) Receita Bruta (anual) R$ 200.000,00 R$ 200.000,00

( - ) Contribuição de Previdência
Base de Contribuição: 10% do salário R$ - R$ 20.000,00
( - ) INSS R$ 11.403,86 R$ 11.403,86

Base de Cálculo do IR R$ 188.596,14 R$ 164.596,14


Alíquota do IR (%) 27,50% 27,50%
Alíquota do IR (R$) R$ 51.863,94 R$ 45.263,94
Parcela a Deduzir R$ 10.432,32 R$ 10.432,32

IR Devido R$ 41.431,62 R$ 34.831,62

Ganho Anual do PGBL R$ 6.600,00

Adicionalmente, considerando-se o cálculo simples de um inventário sobre uma


escritura não-onerosa referente à transmissão de bens de um valor numerário aleatório a
R$200.000,00 (duzentos mil reais), as despesas de emolumentos cartorários representadas
seriam as seguintes, conforme apresentado na Tabela 6.

Tabela 6 - Cálculo do Valor de Inventário.


VALOR BASE R$ 200.000,00
Tabelião R$ 1.805,79
Estado R$ 513,23
IPESP R$ 351,27
Civil R$ 95,04
Tribunal de Justiça R$ 123,93

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Ministério Público R$ 86,68


ISS Municipal R$ 36,11
Lei 11.021 R$ 18,06
TOTAL ESCRITURA: R$ 3.030,11
Escritura R$ 3.030,11
ITCMD R$ 8.000,00
Certidão R$ 68,24
TOTAL SEM REGISTRO: R$ 11.098,35
Valor do Registro R$ 2.154,81
TOTAL COM REGISTRO: R$ 13.253,16
O valor da certidão é único e não varia de acordo com o valor da escritura, mas para cada
imóvel envolvido no ato deve ser acrescentado o valor de uma nova certidão.
Fonte: 2º Tabelião de Notas de Piracicaba (2023).

Assim, considerou-se, adicionalmente, a incidência de honorários advocatícios do


inventário extrajudicial (HAIE) em 6% (0,06) sobre a parte do herdeiro (não sendo
consideradas, ainda, as despesas advocatícias como viagens e alimentação) e tendo em vista
somente as aplicações, não considerando bens imóveis e móveis como base de cálculo.
HAIE = 0,06 x R$200.000,00 = R$12.000,00
Logo, observa-se, conforme a Tabela 7, uma economia de R$25.253,16 com despesas
cartorárias e honorários advocatícios, ou seja, um ganho de 12,63% no valor líquido a receber.
É importante enfatizar que esses valores são sempre reajustados de acordo com o Tabelião
de Notas e podem sofrer variações de acordo com a negociação dos honorários advocatícios.

Tabela 7 – Economia com despesas e tributos com o Plano de Previdência VGBL

INVESTIDOR Y com
INVESTIDOR X com
Custos com Inventário Investimento Poupança
Previdência VGBL
ou PGBL
Despesas cartorárias R$ 13.253,16 Isentos
Honorários Advocatícios R$ 12.000,00 Isentos
TOTAL R$ 25.253,16 R$0,00
Valor do investimento R$ 200.000,00 R$ 200.000,00
Valor Líquido a Receber R$ 174.746,84 R$ 200.000,00
DESCONTOS DE DESPESAS E
12,63% 0%
TRIBUTOS DO INVENTÁRIO

Logo, o cálculo do ITCMD do Estado de São Paulo é realizado pelo fator multiplicador
da alíquota de 0,04 (4%) sobre a base de cálculo. Assim, os herdeiros do Investidor X irão
economizar R$8.000,00 (oito mil reais) somente em tributos do ITCMD, ou respectivamente
60,36% em emolumentos cartorários diante dos R$200.000,00 (duzentos mil reais) aplicados
no plano de previdência na modalidade VGBL. Considerando-se o capital investido pelo
investidor Y na poupança tradicional ou em um PGBL por exemplo, os numerários irão ter a

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incidência do respectivo tributo do ITCMD no momento de seu resgate pelos herdeiros, pois
qualquer investimento (exceto o VGBL) é classificado como patrimônio que sofre diretamente
a incidência da alíquota.
Assim, em termos proporcionais, um investimento de R$2.000.000,00 em VGBL
proporciona aos beneficiários ou herdeiros uma economia tributária de R$80.000,00, só em
ITCMD, comparado a outras modalidades de investimentos. Assim sendo, o VGBL torna-se
um investimento mais interessante visando uma estratégia frente ao Planejamento
Sucessório. Uma outra consideração frente ao VGBL é que se pode acrescentar outros
beneficiários, não sendo necessariamente os herdeiros legais.
Entretanto, tendo em vista o perfil conservador do investidor, é comum a preferência
por investimentos tradicionais, por exemplo a tradicional poupança. Apesar das vantagens
tributárias (isenção de tributos sobre o rendimento) em relação à poupança, que, mesmo
sendo isenta da incidência de impostos para pessoa física, o seu rendimento ainda é
considerado o pior das opções de renda fixa (por lei, se a Selic estiver acima de 8,5% rende
apenas 0,5% ao mês + a TR - taxa referencial – 0,17%, e caso a taxa Selic esteja abaixo a
8,5% a poupança rende 70% da Selic). Logo, deve-se se considerar quanto aos
investimentos aqueles que proporcionam um real poder de compra, ou seja, que acompanhem
pelo menos a taxa de juros básica, a Selic.

Conclusão

O presente trabalho buscou realizar a análise comparativa de dois perfis hipotéticos


de investidores, com características conservadoras, em VGBL e PGBL, considerando-se a
alíquota do ITCMD para o Estado de São Paulo, e as vantagens de aderir aos Planos de
Previdência Complementar na modalidade VGBL em termos de planejamento tributário e
sucessório. Além de demonstrar os benefícios da isenção do ITCMD (Imposto de Transmissão
Causas Mortis e Doação) a favor dos beneficiários, principalmente como um instrumento de
forma a garantir o acesso rápido aos recursos e a subsidiar despesas básicas até o
encerramento da partilha de bens. Logo, no presente trabalho observou-se uma economia
atribuída aos investimentos de VGBL, correspondente a R$8.000,00 (oito mil reais) somente
em tributos do ITCMD, ou que corresponde respectivamente a 60,36% dos emolumentos
cartorários para o capital de R$200.000,00 (duzentos mil reais). Assim, neste caso, no valor
total de despesas cartorários com os honorários advocatícios, há uma redução de
R$25.253,16, ou seja, um ganho de 12,63% no valor líquido a receber. Considerando-se um
capital investido na poupança tradicional ou em um PGBL por exemplo, o capital sofre a
incidência do respectivo tributo do ITCMD no momento de seu resgate pelos herdeiros, pois
qualquer outro investimento será classificado como patrimônio e sofre a incidência da

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alíquota. Porém, devido ao ITCMD ser um imposto estadual, cada estado possui suas
particularidades. Logo, foram realizados apenas cálculos respectivos ao custo dos inventários
do estado de São Paulo, dado que existem aspectos regionais que interferem diretamente no
custo do inventário restritamente de aspecto estaduais, como honorários advocatícios, ITCMD
e emolumentos cartorários. Deste modo, fica como sugestão para as próximas pesquisa
realizar a análise do impacto do VGBL no planejamento sucessório levando em consideração
aspectos de outros estados.

Agradecimentos

Agradeço primeiramente a Deus, que me proporcionou direcionamento, coragem e


sabedoria para realizar esse Projeto. Agradeço também pelo apoio da minha família: à minha
mãe e ao meu falecido pai que muito me apoiaram a realizar esse MBA em Finanças e
Controladoria; ao meu esposo e aos meus filhos, minhas principais motivações pela busca do
constante crescimento profissional e pessoal. Obrigada a minha orientadora pela paciência e
excelente dedicação para com minha tese. “Assim diz o Senhor: Administrem a justiça e o
direito: livrem o explorado das mãos do opressor. Não oprimam nem maltratarem o
estrangeiro, o órfão ou a viúva”. (Jeremias 22.3)

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https://www.2tabeliaopiracicaba.com.br/?pG=X19jdXN0YXNfZXNjcml0dXJh. Acesso em: 16
de abril de 2023. Esta simulação trata-se apenas de um custo e-nos para maiores
esclarecimento

Sumário

PGBL: Plano Gerador de Benefícios Livres

VGBL: Vida Gerador de Benefícios Livres

Regime de capitalização: é aquele no qual o contribuinte irá definir o valor a ser pago
mensalmente e esses recursos são utilizados em um fundo no qual será realizado
aplicações financeiras com o objetivo da rentabilidade do saldo dos valores arrecadados.

SUSEP: Superintendência de Seguros Privados

ANBIMA: Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais

Benchmark financeiro: índice de referência ou parâmetro utilizado na avaliação da


rentabilidade de um investimento. Por exemplo para avaliação da renda fixa: taxa Selic, taxa
DI, Ptax, IPCA (Índice de Preços do Consumidor Amplo).

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Trabalho de Conclusão de Curso apresentado para obtenção do título
de especialista em MBA em Finanças e Controladoria - 2022

PI (Análise do Perfil Investidor) ou suitability: metodologia que orienta o investidor a


identificar seu perfil e verificar a adequação de produtos de investimentoos valores
arrecadados.

CVM: Comissão de Valores Mobiliários

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