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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUÍZ (A) FEDERAL DA

VARA DO TRABALHO DE INDAIATUBA - SP.

PROCESSO: ______________________________
RECLAMANTE: ______________________________
RECLAMADA: TOYOTA DO BRASIL LTDA

______________________________, Engenheiro Químico e de


Segurança do Trabalho, inscrito no CREA/SP nº ___________________,
tendo sido designado por Vossa Excelência, para atuar como perito
técnico nos autos do processo em epígrafe, vem respeitosamente
apresentar Laudo Pericial, para que seja juntado a estes autos.

Oportunamente, requer o arbitramento dos honorários periciais,


estimados em R$ 3.200,00 (Três mil e duzentos reais), corrigidos
monetariamente até a data de efetivo pagamento, calculados em
função do tempo despendido nas vistorias e diligências, estudos,
pesquisas, elaboração do laudo pericial, conferência, conforme critérios
contidos no Regulamento de Honorários do IBAPE/SP – Instituto
Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, segundo
os preceitos do CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia. Foram depositados Honorários Prévios Periciais.

Este perito coloca-se a disposição de V.Exa. para quaisquer


esclarecimentos que se fizerem necessários, agradecendo a honrosa
missão que lhe foi confiada, esperando continuar a merecer a
destacada atenção deste juízo.

Termos em que pede deferimento.

___________, _____de novembro de ________.

Assinado digitalmente
Eng. _____________________
CREA/SP _____________________
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................. 4

2. PARTICIPANTES DA PERÍCIA TÉCNICA......................................................................... 5

3. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS.............................................................................. 5

4. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DE TRABALHO........................................................ 5

5. DESCRIÇÃO OCUPACIONAL................................................................................................ 9

6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA........................ 10

7. ANÁLISE DE INSALUBRIDADE.......................................................................................... 13

8. RESUMO DAS CONCLUSÕES DE INSALUBRIDADE......................................... 20

9. ANÁLISE DE PERICULOSIDADE...................................................................................... 21

10. RESUMO DAS CONCLUSÕES DE PERICULOSIDADE.................................... 24

11. QUESITOS....................................................................................................................................... 25

12. BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................... 28

13. ENCERRAMENTO..................................................................................................................... 28
1. INTRODUÇÃO

O Sr. _____________________ ajuizou reclamação trabalhista contra a


empresa TOYOTA DO BRASIL LTDA., alegando existir no desempenho
de suas funções condições de condições de INSALUBRIDADE (NR ____–
Anexos nº ____ao nº ____) e de PERICULOSIDADE (NR - ____, anexos nº
___, ___, ___, ___, (*) e Decreto nº 93.412 de 14 de outubro de 1986 do
Ministério do Trabalho e Emprego), não percebendo os referidos
adicionais prescritos na lei nº 6.514 de 22 de dezembro de 1977 e Portaria
nº 3.214 de 08 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho e Emprego.

Cumpre-nos, portanto, a missão de analisar as condições existentes


no ambiente de trabalho do reclamante e verificar se tais situações
poderiam se constituir em riscos potenciais à saúde do autor. O estudo
e a análise destes riscos potenciais, diante de parâmetros considerados
como toleráveis e das experiências relatadas, será o enfoque do presente
laudo.

Data da Perícia: 19/10/2017 Hora da Perícia: 13h00min

Endereço da Perícia: ______________________________________.

Ramo de Atividade da reclamada: Indústria Automobilística.

Quesitos Reclamante: NÃO APRESENTADOS.


Quesitos Reclamada: APRESENTADOS.

Honorário Prévio Pericial: DEPOSITADO PELA RECLAMADA.

Apresentação Laudo às Partes: 20/11/2017.


2. PARTICIPANTES DA PERÍCIA TÉCNICA

Pelo Reclamante:
Reclamante: Presente.
Advogado: ____________________
Pela Reclamada:
Assistente Técnico: ______________________
Líder de Produção: ______________________
Engenheiro de Segurança: ____________________
Analista Jurídico: ___________________
Advogada: ______________________

3. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

PPRA representativo da época laboral.


Ficha de EPI, Auditoria de Utilização de EPI
FISPQ utilizados no setor.

4. CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DE TRABALHO

O reclamante atuava como Pintor no setor Pintura em área


denominada “Top Coat” em três postos de trabalho conhecidos como
Inspeção, Reparo e “Wax” envolvendo pintura de automóvel em área
fechada e climatizada. O autor atualmente desenvolve atribuição
associada aos processos de qualidade do setor. O autor alegou
afastamento médico temporário. As fotos abaixo ilustram os locais
periciados.
Foto 01: Inspeção de automóvel

Foto 02: Reparo de automóvel. Pedra abrasiva com álcool isopropílico.


Foto 03: Materiais utilizados pelo autor no processo de reparo.

Foto 04: Pintura de caixa de roda com pistola pneumática e mistura de


tinta automotiva a base de solventes.
Foto 04: índice de calor de 22,6 IBUTG no posto de inspeção e valores
de ruído representativos dos locais de atuação entre 78 e 85 dB(A).

Foto 05: Vasilhames com produtos inflamáveis utilizados no setor.


5. DESCRIÇÃO OCUPACIONAL

5.1. CARGOS/FUNÇÕES DESEMPENHADOS (AS):

· Período Laboral Completo: 12/07/2010 - Contrato Vigente.


· Período Laboral Imprescrito: 27/07/2012 - Contrato Vigente.
· Função/Cargo: Pintor.
· Horário de Trabalho: 05h17min às 15h50min.

5.2. INFORMAÇÕES DAS PARTES


O reclamante atuou como Pintor variando ao longo do dia em
postos de trabalho de Inspeção, Reparo e “Wax”, efetuando até 8 pontos
de inspeção na carroceria do automóvel, efetuando pequenos reparo
habitual com pedra abrasiva com aplicação de álcool isopropílico e lixa
trizact, aplicação de mistura de 2 componentes de tinta automotiva a
base de solventes na caixa de roda via pistola pneumática, abastecida
por tubulação, além de aplicação spray de um filete de cera com vareta
na parte inferior interna das partes.

O reclamante teve afastamentos médicos e em maio de 2015 foi


transferido ao setor de Qualidade atuando na coleta de fichas de reparos
no setor de Pintura e efetuando apontamentos em planilha de
computador situado em sala de café denominada “Oasis”, sendo
novamente afastado por orientação médica.

6. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL E COLETIVA:

6.1 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL CONFORME NR-06:

6.3 A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,


EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa
proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças
profissionais e do trabalho;
b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
implantadas; e,
c) para atender a situações de emergência.
6.6.1 Cabe ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade;


b) exigir seu uso;
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e
conservação;
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

6.7.1 Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;


b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio
para uso; e,
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

6.2. ANÁLISE DA FICHA DE CONTROLE DE EPI

A reclamada forneceu ficha de Controle de EPI da autora, conforme


alínea “h” do item 6.6.1 da NR 6, devendo a regularidade de fornecimento
e características técnicas de cada EPI serem comprovadas através da
Ficha de Controle de EPI mediante anotação da data de entrega,
quantidade de entrega de EPI, descritivo de EPI, assinatura da autora e
certificado de aprovação C.A. ou dispor de outros meios para
confirmação da certificação do EPI utilizado na época de trabalho. A
Ficha de Controle de EPI permite observar que:

Protetor Auricular Plug de Silicone CA 5745 – vida útil estimada de 3 meses

2012
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0 0
2013
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0
2014
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0
2015
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 0
2016
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Creme Protetor CA 11280


2012
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
2013
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0
2014
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2015
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Segundo o autor, o mesmo utilizava sapato de segurança, protetor
auricular, luva de pano, óculos de segurança, respirador com filtro
químico contra vapores orgânicos, de forma habitual, sendo que a
aplicação de creme de proteção ocorria de forma esporádica.

Não há confirmação de uso de luvas adequadas contra produto


químico, concluindo pela exposição do autor aos produtos químicos
nocivos.

As partes alegaram que o autor manteve-se em afastamento


médico de Outubro/2014 a Dezembro/2014 e de Fevereiro/2015 a
Abril/2015.

Portanto, diante de método e condições de trabalho evidenciou-se


falta de comprovação de uso de proteção das mãos do autor atuando
como Pintor, em parte do pacto laboral, ou seja, Julho/2012, Novembro e
Dezembro/2012, Julho/2013, Novembro e Dezembro/2013, Abril/2014 a
Setembro/2014 e Janeiro/2015, havendo inobservância das alíneas do
item 6.6.1 da NR 6.

7. ANÁLISE DE INSALUBRIDADE

7.1. ANEXO Nº 01 DA NR-15 – RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE

O critério de avaliação segue o Quadro do Anexo 01 da NR-15 abaixo:

NÍVEL DE RUÍDO dB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA


PERMISSÍVEL

85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos

Através da vistoria no local de trabalho, o reclamante estava


submetido ao ruído dos equipamentos existentes no setor de Pintura
revelando intensidade entre 78 e 85 dB(A) obtidos no dia da perícia e de
79,9 dB(A), conforme monitoramento ambiental apresentado pela
reclamada através do PPRA ao longo do pacto laboral,
descaracterizando-se o enquadramento legal da insalubridade
conforme anexo nº 01, da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.2. ANEXO Nº 02 DA NR-15 – RUÍDO DE IMPACTO


Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há
existência de fonte de ruído de impacto excessiva, descaracterizando-se
o enquadramento legal da insalubridade pelo Anexo nº 02 da NR-15 da
Portaria nº 3.214/78.

7.3. ANEXO Nº 03 DA NR-15 – EXPOSIÇÃO AO CALOR


Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há
existência de fonte de calor excessiva para atividade classificada como
moderada conforme quadro 3 do referido anexo com estabelecimento
de índice máximo de calor de 26,7IBUTG, considerando que o autor
atuava em área climatizada e o índice de calor obtido no dia da perícia
não superou 23 IBUTG, descaracterizando-se, assim, o enquadramento
legal da insalubridade pelo Anexo nº 03 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.4. ANEXO Nº 04 DA NR-15 – BAIXO ILUMINAMENTO


O nível de iluminamento era previsto no Anexo nº 04 da NR-15 da
Portaria nº 3.214/78, porém foi revogado por meio da Portaria nº 3.751/90
do MTE, não mais se caracterizando como agente insalubre.
7.5. ANEXO Nº 05 DA NR-15 – RADIAÇÕES IONIZANTES
Através das descrições das atividades do reclamante, constatou-se
que não há existência de fontes ou máquinas emissoras de radiação
ionizante ou substâncias radioativas no setor, descaracterizando-se o
enquadramento legal da insalubridade pelo Anexo nº 05 da NR-15 da
Portaria nº 3.214/78.

7.6. ANEXO Nº 06 DA NR-15 – TRABALHO SOB CONDIÇÕES


HIPERBÁRICAS
Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há
existência de trabalhos sob condições hiperbáricas, ou seja, sob
condições de pressão maiores que a atmosférica, descaracterizando-se o
enquadramento legal da insalubridade pelo Anexo nº 06 da NR-15 da
Portaria nº 3.214/78.

7.7. ANEXO Nº 07 DA NR-15 – RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES


Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há
existência de fontes ou máquinas emissoras de radiação não ionizante,
descaracterizando-se o enquadramento legal da insalubridade pelo
Anexo nº 07 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78

7.8. ANEXO Nº 08 DA NR-15 – VIBRAÇÕES


Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que não há
existência de fontes de vibrações excessivas e prolongada para o
organismo do trabalhador, descaracterizando-se o enquadramento legal
da insalubridade pelo Anexo nº 08 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.9. ANEXO Nº 09 DA NR-15 – FRIO


Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há
existência de fonte de frio artificial excessiva ou trabalho em câmaras
frigoríficas, descaracterizando-se o enquadramento legal da
insalubridade pelo Anexo nº 09 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.
7.10. ANEXO Nº 10 DA NR-15 – UMIDADE
Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há
existência de umidade excessiva ou locais encharcados, nem vapor
d'água excessivo, descaracterizando-se o enquadramento legal da
insalubridade pelo Anexo nº 10 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.11. ANEXO Nº 11 DA NR-15 – AGENTES QUÍMICOS - QUANTITATIVOS

7.11.1 - AVALIAÇÃO

Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de concentrações excessivas de agentes químicos, conforme
avaliações químicas demonstradas no PPRA ao longo do pacto laboral,
ou seja, as concentrações dos produtos químicos em suspensão não
ultrapassam

Por outro lado, de acordo com as atividades do reclamante, o


mesmo atuava no posto de trabalho reparo e pintura, onde a presença
comprovada da substância álcool isopropílico e tolueno, as quais são
facilmente absorvidas pela pele, conforme quadro do referido anexo,
exigiria o uso contínuo de luvas adequadas e aplicação de creme
protetivo.

Quando identificado um agente químico com características de


absorção também através da pele, não há limites seguros de
exposição, tornando a avaliação qualitativa, conforme requer o item 2
do anexo 11 e Manual de Proteção Respiratória referência Técnica no
Brasil. A legislação em seu item 2 do anexo 11, onde cita: “Todos os
valores fixados no Quadro N 1 – Tabela de Limites de Tolerância – são
válidos para absorção apenas por via respiratória.”

Não há limites mínimos quando a contaminação também ocorrer


pela pele, uma vez que as substâncias com esse tipo de característica
podem ser rapidamente metabolizadas pelo organismo, tal como
tivessem sido inaladas.

Quando o agente químico entra em contato com o tecido,


diferentes eventos podem ocorrer, entre eles, o agente químico pode se
difundir na epiderme, glândulas sebáceas, sudoríparas, folículos pilosos,
e ingressar na corrente sanguínea para posterior ação sistêmica. Os
efeitos resultam da atuação de agentes tóxicos sobre as células ou
tecidos situados distantes do local de acesso, após sua absorção e
distribuição pelo organismo.

Dessa forma, mesmo identificadas em baixa concentração, as


substâncias tolueno e álcool isopropílico, possuindo como
características absorção também pela pele, são nocivas ao organismo
do reclamante.

7.11.2 - CONCLUSÃO PERICIAL

Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que há


presença de substâncias tóxicas capazes de causar danos ao
organismo do autor, caracterizando-se o enquadramento legal da
insalubridade, em grau médio, Julho/2012, Novembro e Dezembro/2012,
Julho/2013, Novembro e Dezembro/2013, Abril/2014 a Setembro/2014 e
Janeiro/2015, totalizando 13 meses, conforme item 5 do Anexo nº 11 da
NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.12. - ANEXO Nº 12 DA NR-15 – POEIRAS MINERAIS

Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de concentrações excessivas de poeiras minerais,
descaracterizando-se o enquadramento legal da insalubridade pelo
Anexo nº 12 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.13. - ANEXO Nº 13 DA NR-15 – AGENTES QUÍMICOS - QUALITATIVOS

7.13.1 - AVALIAÇÃO

Através da vistoria no local de trabalho, constatou-se que há


existência de operação de pintura envolvendo pistola pneumática com
uso de tintas automotivas contendo solventes da família dos
hidrocarbonetos aromáticos, tolueno, xileno. A névoa de tinta em
contato com a pele do autor de forma prolongada é nociva à saúde do
autor. Quanto a proteção das mãos, não tendo sido observado entrega
e uso de creme de proteção ou luvas com material impermeável
aprovado contra produtos químicos, não se pode concluir pela
proteção adequada da pele.
Sendo a avaliação qualitativa, independe a concentração ou
duração da atividade, uma vez confirmado o contato habitual da pele
do autor com esses agentes nocivos, sem a devida comprovação da
entrega regular, validade e características técnicas de cremes e luvas
de proteção, conforme mencionado no item 6.2 do presente laudo.

Conforme a NR-15, anexo nº 13 (agentes químicos):

Hidrocarbonetos e outros compostos de Carbono:

- Emprego de produtos contendo hidrocarbonetos aromáticos


como solventes ou em limpeza de peças são considerados insalubres
em grau máximo. HAP – Hidrocarbonetos Aromáticos Policíclicos
(Carcinogênicos Cat. 2), cuja principal via de absorção é a pele.

7.13.2 - CONCLUSÃO

Tendo em vista que o reclamante manuseava habitualmente


agente químico nocivo à saúde acima descrito, sem ter havido
comprovação da entrega e fiscalização dos Equipamentos de
Proteção Individual obrigatórios, configuram as atividades do
reclamante como insalubres, em grau médio, Julho/2012, Novembro e
Dezembro/2012, Julho/2013, Novembro e Dezembro/2013, Abril/2014 a
Setembro/2014 e Janeiro/2015, totalizando 13 meses, com base no
Anexo nº 13 da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.13-A. - ANEXO Nº 13-A DA NR-15 – BENZENO

Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de concentrações excessivas ou contato com benzeno,
descaracterizando-se o enquadramento legal da insalubridade pelo
Anexo nº 13-A da NR-15 da Portaria nº 3.214/78.

7.14. - ANEXO Nº 14 DA NR-15 – AGENTES BIOLÓGICOS

Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de exposição a agentes biológicos, descaracterizando-se o
enquadramento legal da insalubridade pelo Anexo nº 14 da NR-15 da
Portaria nº 3.214/78.
8. - RESUMO DAS CONCLUSÕES DE INSALUBRIDADE

NR-15 – “Atividades e Operações Insalubres”, da Portaria N.º 3.214/78 do MTE

Enquadramento Conclusão Período

NR-15 - ANEXO Nº 01 - ---


Limites de Tolerância para Salubre
Ruído Contínuo ou
Intermitente

NR-15 - ANEXO Nº 02 - ---


Limites de Tolerância para Salubre
Ruídos de Impacto

NR-15 - ANEXO Nº 03 - ---


Limites de Tolerância para Salubre
Exposição ao Calor

NR-15 - ANEXO Nº 04 – Revogado ---


Iluminamento

NR-15 - ANEXO Nº 05 - ---


Limite de Tolerância para Salubre
Radiações Ionizantes

NR-15 - ANEXO Nº 06 - ---


Trabalho sob condições Salubre
Hiperbáricas

NR-15 - ANEXO Nº 07 - Salubre ---


Radiações não Ionizantes

NR-15 - ANEXO Nº 08 – Salubre ---


Vibrações

NR-15 - ANEXO Nº 09 – Salubre ---


Frio

NR-15 - ANEXO Nº 10 – Salubre ---


Umidade

NR-15 - ANEXO Nº 11 - 13 meses entre julho/2012


Agentes Químicos - Insalubre Médio 20% a abril/2015
Quantitativos

NR-15 - ANEXO Nº 12 - ---


Limites de Tolerância para Salubre
Poeiras Minerais

NR-15 - ANEXO Nº 13 - 13 meses entre julho/2012


Agentes Químicos - Insalubre Médio 20% a abril/2015
Qualitativos
NR-15 - ANEXO Nº 13 - ---
Agentes Químicos - Salubre
Qualitativos

NR-15 - ANEXO Nº 14 - Salubre ---


Agentes Biológicos

9. - ANÁLISE DE PERICULOSIDADE

9.1. - ANEXO Nº 01 DA NR-16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS


COM EXPLOSIVOS

Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de atividade e/ou operações perigosas ou armazenamento de
explosivos, descaracterizando-se o enquadramento legal da
periculosidade pelo Anexo nº 01 da NR-16 da Portaria nº 3.214/78.

9.2. - ANEXO Nº 02 DA NR-16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS


COM INFLAMÁVEIS

Conforme avaliação do local e análise das atividades do autor


constatou- se que a presença de material inflamável no local de trabalho
para uso durante a pintura não expunha a vida do autor em risco em
função das características e quantidades de materiais minimizando o
risco de incêndio e explosão no ambiente de trabalho com presença de
dois vasilhames pulmão de aproximadamente 20 litros de tintas e um
vasilhame de aproximadamente 5 litros de álcool isopropílico no setor.

Além disso, restou evidenciado o armazenamento de estoque de


material inflamável em área dedicada (armário corta-fogo) com sistema
de bombeamento de tinta automotiva por tubulação utilizado pelo
posto de pintura de caixa de roda evitando operações de enchimento e
mistura de tintas no local de trabalho.

Ante o exposto, a caracterização da periculosidade,


qualitativamente, por inspeção no local de trabalho, deve ser ponderada
a possível materialização do acidente, através de técnicas de análise de
risco e comprovada o enquadramento da estrutura legal que embasa a
conceituação de atividades perigosas explicitadas no Anexo 2 da NR 16, a
qual tem como fundamento, no que se refere a segurança do
trabalhador, as diversas prescrições técnicas constantes da NR 20,
Decreto n.º 96.044/1988 e Resolução ANTT n.º 420/2004. Portanto,
considerando a área classificada como não perigosa, as atividades do
reclamante não se inserem em nenhuma das hipóteses do anexo 2 da
NR 16, descaracterizando o enquadramento de periculosidade,
durante todo o período laboral.

9.3. ANEXO Nº 03 DA NR-16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS


COM EXPOSIÇÃO A ROUBOS OU OUTRAS ESPÉCIES DE VIOLÊNCIA
FÍSICA, NAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA PESSOAL
OU PATRIMONIAL

Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de atividade e operações perigosas com exposição a roubos
ou outras espécies de violência física, descaracterizando-se o
enquadramento legal da periculosidade constantes na Lei 12.740-2012 e
na Regulamentação do Quadro nº 01 do Anexo nº 03 da NR-16 da
Portaria Nº 1.885, de 2 dezembro de 2013.

9.4. - ANEXO Nº 04 DA NR-16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES


PERIGOSAS COM ELETRICIDADE

Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de atividade e/ou operações perigosas ou exposição aos
efeitos da eletricidade, descaracterizando-se o enquadramento legal da
periculosidade pelo anexo nº 04 da NR-16 da Portaria nº 3.214/78, pela Lei
nº 7.369/85 e pelo Decreto nº 93.412/86.

9.5. - ANEXO (*) DA NR-16 – ATIVIDADES E OPERAÇÕES PERIGOSAS


COM RADIAÇÕES IONIZANTES OU SUBSTÂNCIAS RADIOATIVAS

Através da perícia no local de trabalho, constatou-se que não há


existência de atividade e/ou operações perigosas com radiações
ionizantes ou às substâncias radioativas em área de risco,
descaracterizando-se o enquadramento legal da periculosidade pelo
Anexo (*) da NR-16 da Portaria nº 3.214/78.
10. - RESUMO DAS CONCLUSÕES DE PERICULOSIDADE

NR-16 – “Atividades e Operações Perigosas”, da Portaria N.º 3.214/78 do


Ministério do Trabalho e Emprego.

Enquadramento Conclusão Período

NR-16 - ANEXO Nº 01 –
Atividades e Operações Não Perigosa ---
Perigosas com Explosivos

NR-16 - ANEXO Nº 02 –
Atividades e Operações Não Perigosa ---
Perigosas com
Inflamáveis

NR-16 - ANEXO Nº 03 –
Atividades e Operações
perigosas com exposição
a roubos ou outras
espécies de violência Não Perigosa ---
física nas atividades
profissionais de
segurança pessoal e
patrimonial

NR-16 - ANEXO Nº 04 – Lei


nº 7.369/85 e Decreto nº
93.412/86 – Atividades e Não Perigosa ---
Operações Perigosas com
Eletricidade

NR-16 - ANEXO (*) –


Atividades e Operações
Perigosas com Radiações Não Perigosa ---
Ionizantes ou Substâncias
Radioativas

11. - QUESITOS

Para responder os quesitos, de forma mais abrangente e menos


repetitiva, fazemos referência ao número do item onde a resposta se
encontra no corpo do Laudo Pericial.
11.1. - QUESITOS DO RECLAMANTE

Não encontrados/apresentados.

11.2. - QUESITOS DA RECLAMADA - INSALUBRIDADE

1) Qual era a função efetivamente exercida pelo reclamante?


Resposta: Favor reportar-se ao item 05.

2) Exercendo a função referida no quesito anterior, quais eram as


atividades desenvolvidas pelo reclamante?
Resposta: Favor reportar-se ao item 05.

3) Qual o local de trabalho do reclamante?


Resposta: Favor reportar-se ao item 04.

4) Descreva o Sr. Perito, as características do local.


Resposta: Favor reportar-se ao item 04.

5) No local de trabalho e na atividade diária, o reclamante ficava exposto


a agentes insalubres?
Resposta: Favor reportar-se ao item 07.

6) Em caso positiva a resposta ao quesito anterior, quais os agentes


encontrados, valores medidos, qual o tipo de amostragem, concentração
do agente no ar, tempo de exposição e se os valores encontrados
representam riscos, considerando-se os Limites de Tolerância.
Resposta: Favor reportar-se ao item 07.

7) Informe o Sr. Perito se na reclamada existe o Diálogo Diário de


Segurança (DDS), onde são abordados diversos temas relativos à saúde e
segurança do trabalho.
Resposta: Sim.

8) Confirme o Sr. Perito que a substituição do protetor auricular, bem


como do creme de proteção é realizada a cada 2 meses, ou quando
necessário em menor prazo.
Resposta: Não confirmado. Este perito adotou o intervalo de 3 meses
para cada entrega de creme de proteção comprovada. Favor
reportar-se ao item 06.
9) Considerando-se que a reclamada fornece e torna obrigatório o uso
de EPI, esclareça o Sr. Perito se a utilização neutraliza uma eventual
insalubridade.
Resposta: Favor reportar-se ao item 06.

10) Esclareça o Sr. Perito se estava o reclamante sujeito a qualquer tipo


de insalubridade. Em caso positivo, em que grau se enquadraria e qual o
fundamento técnico e legal?
Resposta: Sim. Favor reportar-se ao item 7.11 e 7.13.

11.3. - QUESITOS DA RECLAMADA - PERICULOSIDADE


1) Considerando-se o que preconiza o Artigo 193 da Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT), o reclamante mantinha contato permanente com
inflamáveis em condições de risco acentuado? Existe no local condição
de risco acentuado?
Resposta: Favor reportar-se ao item 09.

2) No local de trabalho do reclamante existe armazenamento de


inflamáveis, conforme NR-16 Anexo 2?
Resposta: Favor reportar-se ao item 9.2.

3) A atividade desempenhada pelo reclamante pode ser considerada


periculosa, conforme o Anexo 2 da NR-16? Qual o fundamento técnico e
legal?
Resposta: Não. Favor reportar-se ao item 9.2.

12. BIBLIOGRAFIA

- Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e


Emprego.

- Prof.º José Alceu B. Falleiros - Prevenção e Controle de Risco em


Máquinas e Equipamentos.

- Alexandre Demetrius Pereira – Tratado de Segurança e Saúde


Ocupacional – Aspectos Técnicos e Jurídicos – Vol. III e IV.

- Giovanni Moraes – Normas Regulamentadoras Comentadas


e Ilustradas – 8ª Edição.
13. ENCERRAMENTO
Nada mais havendo a esclarecer, este signatário dá por encerrada a
sua tarefa, com a elaboração do presente laudo, legalmente assinado,
transmitido e protocolizado de forma eletrônica.

___________, ______de novembro de ________.


Assinado digitalmente
Eng. __________________o CREA/SP _____________

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