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Carboxiterapia nos tratamentos estéticos


Gisele Paradela Nogueira Côrrea 1

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Graduação. Especialização. Mestrando em Tecnologias Emergentes em Educação pela Must University. E-
mail.
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1. INTRODUÇÃO

A terapia com dióxido de carbono é uma técnica que envolve a aplicação subcutânea de
dióxido de carbono medicinal (CO2) para fins terapêuticos. Esta técnica tem sido utilizada a
nível cosmético para melhorar o aspecto da celulite, estrias, gordura localizada, flacidez,
olheiras e rugas. Acredita-se que a terapia com CO2 melhora a circulação sanguínea e linfática,
estimula a produção de colágeno e elastina, aumenta a oxigenação dos tecidos e promove a
lipólise (lipólise). Além disso, acredita-se que o dióxido de carbono tem propriedades anti-
inflamatórias e antioxidantes.
A aplicação de dióxido de carbono é efetuada através de uma agulha fina e é
relativamente indolor. No entanto, podem ocorrer efeitos secundários como dor no local da
aplicação, vermelhidão, inchaço, nódoas negras e a formação de pequenas bolhas (sons
crepitantes). Estes efeitos são geralmente temporários e desaparecem ao fim de alguns dias.
A técnica da carboxiterapia é um procedimento estético que prisma corrigir e tratar
imperfeições aparentes em diversas áreas do corpo humano, trata-se de uma intervenção
superficial, que, realiza através da infusão de gás carbônico no tecido subcutâneo da pele,
correções significativas prometidas no processo de tratamento.
O método descrito na história desse procedimento, relata o uso terapêutico do anidro
carbônico, gás carbônico ou CO2, no início da década de 1930, onde demonstrou excelente
resultados, sendo eficaz principalmente na regeneração dos tecidos e nas doenças do sistema
circulatório, na forma de banhos secos ou imersão em água carbonada, no início era uma
técnica que trabalhava a reabilitação.
A carboxiterapia é um procedimento que utiliza o gás carbônico medicinal, inserido de
forma superficial da pele, com principal intuito de recuperar o aspecto desse órgão por meio
da oxigenação dos tecidos e das células, desestabilizando a gordura localizada, a carboxiterapia
também pode ser indicada para tratar e prevenir outros problemas, como: flacidez, estrias e
celulite, promovendo o rejuvenescimento completo área tratada. Ao inserir a técnica da
carboxiterapia para a retração de gordura localizada, o procedimento atua causando lesões nas
células que conglomeram a gordura, permitindo assim, elevar significativamente a produção
de colágeno, é uma técnica muita aplicada na face em geral, principalmente na olheira vascular,
pálpebra arroxeada, abdômen, flancos, membros superiores braços e inferiores coxas
(Petroski; Pelegrini; Glaner, 2012).
Vanzin e Camargo (2011) dizem que, a carboxiterapia propicia a remoção da gordura
depositada na célula, deixando armazenada ali somente moléculas de ATP, ou seja, energia. É
sabido que, gordura pode ser eliminada com a prática regular de atividades físicas,
preferencialmente os aeróbicos, que intensifica a circulação sanguínea pela aceleração da
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frequência cardíaca ocasionando o aquecimento corporal, favorecendo a queima da reserva de


gordura no tecido adiposo, neste conceito, existem células de gorduras mais inflamadas que
necessitam de um aditivo, ou seja, um tratamento associado, no caso, a carboxiterapia
associada, melhora o resultado do apoptose celular.
Os benefícios associados a resultados, são observados aproximadamente após a sétima
sessões de tratamento, podendo estender-se até a décima seção, isso depende do organismo
associado juntamente ligado a uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares, ressaltando
que estas seções devem ser realizadas com intervalo entre duas e quatro semanas.
Faz-se necessário gerir um acompanhamento dos resultados, fotografar a área a ser
tratada em diversos ângulos, registrando o antes e depois, pode-se também, medir a espessura
da área usando adipômetro, medir com fita métrica a circunferência ou extensão da depressão
cutânea e a técnica da termografia para verificar a temperatura na região em tratamento.
(PETROSKI; PELEGRINI; GLANER, 2012)
Todo e qualquer resultado da carboxiterapia, vai depender da região anatômica em que
o anidro carbônico será inserido, antes do procedimento, é preciso mensurar os objetivos a
serem conquistados, para cada disfunção estética, corporal, capilar ou facial.
A técnica utiliza usualmente inserção de gás o CO2 no procedimento, que é conhecido
como um vasodilatador muito potente, com isso, ele proporciona maior oferta de oxigênio para
os tecidos. Usa-se um fluxograma de controle na quantidade de saída desse gás, bem como,
aplica-se uma atenção na frequência praticada, pois, dependendo do objetivo e local a ser
tratado, o protocolo precisa ser testado inicialmente em áreas menos sensíveis, trabalhando a
técnica individualmente, considerando o nível suportado pelo paciente durante cada aplicação
(PINTO, 2019).
Ao realizar um procedimento invasivo, necessita-se conhecer, entender e saber
controlar os efeitos colaterais quando estes existirem. Nos estudos realizados pode-se refletir
e afirmar sobre o tratamento da anormalidade da pele com melhora na flacidez cutânea,
harmonização da pele, que a carboxiterapia mostra-se eficiente, que é um procedimento cabal,
seguro e com poucos efeitos colaterais.
O dióxido de carbono, CO2 utilizado nas sessões de carboxiterapia, é livre de cheiro,
não tem cor e não apresenta toxidade, por ser um produto de produção natural, ou seja, o
oxigênio que respiramos é organicamente transformado durante a troca gasosa nos alvéolos
pulmonares, pode possível afirmar, que a quantidade de CO2 aplicado na quantidade
protocolada nos procedimentos é mínima, comparada à quantidade produzida pelo organismo
nas trocas gasosas no decorrer de um dia, entretanto, é importante mensurar que não causa
obstrução de vasos, veias ou artérias, nem ocasiona efeitos adversos ou sistêmicos (BORGES,
2019).
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A técnica da carboxiterapia é revelado por incontáveis benefícios, tendo efeitos


colaterais minimizados ou inexistentes dependendo do organismo, entretanto, é cabível
mencionar que, existem algumas contraindicações, dentre elas a extremas são: casos de
epilepsia, insuficiência cárdico respiratória, insuficiência renal ou insuficiência hepática, casos
de hipertensão arterial, gestação e alterações psíquicas.
O profissional que aplica a carboxiterapia tem a obrigação de orientar o paciente sobre
as contraindicações da técnica mesmo que mínimas. Por isso, faz-se necessário realizar o
procedimento com profissionais de capacitados, certificados em carboxiterapia e que atenda
todos os requisitos de segurança, a técnica da carboxiterapia é autorizada pela Anvisa e todos
os aparelhos devem ter o certificado emitido por este órgão e a clínica deve ter alvará de
funcionamento para procedimentos estéticos.
O consumo descontrolado dos produtos processados, acrescidos em açúcares e
gorduras, sódio em excesso e aditivos químicos, evidencia e favorece o acúmulo de gordura
na células adiposas na forma de gordura, no tocante, a preocupação por ter um corpo mais
uniforme e de aparência saudável, obteve-se uma maior atenção aos procedimentos menos
invasivos, com intermédio da carboxiterapia pela aplicação de gás carbônico medicinal, nesse
quesito, a sociedade unifica a preocupação, de que a beleza é refletida na autoestima e na
qualidade de vida das pessoas (Bastos, 2020; Reis, 2018).
Evidenciando as técnicas minimante invasivas, com intuito de minimizar os
procedimentos então invasivos, inúmeros casos avaliados não necessitam de intervenção
cirúrgica que auxiliam a retirada da gordura, num passado não distante, as pessoas submetiam-
se a cirurgias plásticas por falta de opção de tratamentos mais convencionais, nesse contexto,
a carboxiterapia faz com que a gordura seja estimulada a sair de dentro da célula e passe a ser
usada como fonte de energia, tendo notoriedade como grande auxilio, na estimulação do
drenagem linfática intensificando os efeitos fisiológicos, melhorando a circulação e
oxigenação celular e tecidual. O efeito de Bohr, é o principal efeito da carboxiterapia, por atuar
na microcirculação vascular do tecido conectivo, promovendo vasodilatação e o aumento da
drenagem linfática (Reis et al, 2018; Farina et al, 2020).
A metodologia adotada para a construção do trabalho é uma revisão bibliográfica
narrativa, usando materiais publicados entre os anos de 2003 e 2023. Após concluir o trabalho
foi possível perceber que a pele é um órgão de grande relevância para a saúde e para a estética
humana, porém, devido a sua extensão e às agressões que recebe, está sujeito ao
desenvolvimento de celulite, rugas e estrias. A carboxiterapia é um tipo de tratamento estético
que contribui na redução desses sinais, favorecendo a produção de colágeno e de elastina,
fazendo com que os indivíduos percebam uma melhora na aparência de sua pele.
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A carboxiterapia pode ser utilizada como tratamento autónomo ou em combinação com


outras técnicas cosméticas como a radiofrequência, os ultrassons e a criolipólise. No entanto, é
importante lembrar que a carboxiterapia não é uma técnica milagrosa e que os resultados podem
variar em função de cada caso e das competências do profissional que efetua o procedimento.

2.OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral deste estudo foi entender o uso da carboxiterapia nos tratamentos
estéticos.

2.2 OJETIVOS ESPECÍFICOS

 Contextualizar a pele e suas proporções estéticas;


 Indicar o uso da carboxiterapia, com seus benefícios e desvantagens;
 Ressaltar a importância dos cuidados estéticos e suas finalidades.

3. JUSTIFICATIVA

O desenvolvimento desse trabalho foi motivado a partir da necessidade de compreender


como a carboxiterapia atua no tratamento das estrias e na recuperação de autoestima e bem-
estar, que em muitos casos são comprometidos em decorrência da insatisfação com algumas
afeições físicas.

3.1 METODOLOGIA

Para elaboração deste projeto, foi realizado uma revisão narrativa de literatura
Explicativa. Severino (2000) afirma que, esse tipo de pesquisa objetiva o aprimoramento de
conceitos ou descoberta de percepções, ou seja, tem como objetivo assegurar e propiciar maior
familiaridade com o problema, a fim de transformá-lo de modo visível ou de elaborar
hipóteses. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo que possibilite as
considerações dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado.
Sendo assim, o presente trabalho é caracterizado como pesquisa explicativa, onde o
conteúdo bibliográfico foi extraído a partir das bases de pesquisa PUBMED, LILACS e
SciELO com as seguintes palavras-chave de inclusão: Estrias, Tratamento, Carboxoterapia e
Pele, onde foram utilizados 8 artigos de inclusão.
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Foram utilizados como critérios de inclusão, as publicações realizadas entre 2000 e


2020, nos idiomas português e inglês, com conteúdo na íntegra e que correspondessem com a
temática proposta.
Foram utilizados como critérios de exclusão artigos com publicação superior a 20 anos,
em outros idiomas, que não respondiam aos objetivos propostos e temática e artigos repetidos
nas bases de pesquisas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, O. Benefícios da Carboxiterapia no Tratamento da Adiposidade Abdominal:


Uma Revisão Integrativa. Id on Line Rev.Mult. Psic., Julho/2020, vol.14, n.51, p. 156-166.
ISSN: 1981-1179.

BORGES, F. Carboxiterapia. [S.L.], 2012. Disponível em: Acesso em 13. Jun 2019.
PINTO, Envelhecimento Cutâneo Facial: Radiofrequência, carboxiterapia, correntes de média
frequência, como recursos eletroterapêuticos em fisioterapia:dermato - funcional na reabilitação
da pele – resumo de literatura. [S.L.], [s.d.]. Disponível em: Acesso em: 15. Jun 2019.

FARINA, T. et al (2020). associação da carboxiterapia e intradermoterapiano tratamento


do lábioodistrofia localizada – Relato de caso. Revista Científica deEstética e
Cosmetologia, 1(2), E0362021- 4

PETROSKI, E. L.; PELEGRINI, A.; GLANER, M. F. Motivos e prevalência de insatisfação


com a imagem em adolescentes. Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, v.17, n.4, p.1071-
1077, 2012.

REIS, C.M. et al (2018). Avaliaçãotemporal dos efeitos da carboxiterapiasem tratamento


da lipodistrofia localizada. Universidade do Valedo Taquari –

UNIVATES. Curso de biomedicina. RS: Lajeado, 2018.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21. ed. São Paulo: Cortez, 2000.

VANZIN, S. B.; CAMARGO, C. P. Entendendo Cosmecêuticos: diagnóstico e


tratamentos. São Paulo, Santos, 2011.

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