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certificações. Criada em 2016, oferece cursos preparatórios de alta qualidade e
com baixo custo para atender a demanda crescente por profissionais no
mercado financeiro. À frente dos nossos cursos estão professores certificados e
com vivência no mercado.

Em busca de uma experiência mais completa e eficiente, enviamos esta


apostila impressa (além da versão on-line), como material de apoio. Todos os
cursos passam por atualizações constantes a fim de acompanhar o conteúdo
exigido nos exames. Além disso, temos um canal aberto de suporte com
especialistas para auxiliar você em seus estudos em todos os momentos.

Esta apostila é parte integrante do Curso Preparatório CFP da


Pro Educacional. Este é um material complementar para seus
estudos. Você pode conferir os exercícios de fixação, simulados
e videoaulas na sua biblioteca acessando

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Sumário
Introdução ao Módulo V do CFP .................................................................................................................5
Introdução ao Módulo V do CFP: Planejamento Fiscal ............................................................................5
Orientações de Estudo – Módulo V do CFP ..........................................................................................10
1. Normas Tributárias Básicas...............................................................................................................12
1.1. Resumo: Normas Tributárias Básicas .......................................................................................12
2. Imposto de Renda da Pessoa Física .................................................................................................16
2.1. Resumo: Imposto de Renda da Pessoa Física ..........................................................................16
3. Tributação de Aplicações Financeiras ...............................................................................................18
3.1. Resumo: Tributação de Aplicações Financeiras ........................................................................18
4. Tributação de Investimentos em Imóveis ..........................................................................................21
4.1. Resumo: Tributação de Investimentos em Imóveis ...................................................................21
5. Penalidades pelo Descumprimento de Obrigações ...........................................................................23
5.1. Resumo: Penalidades pelo Descumprimento de Obrigações ....................................................23

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Introdução ao Módulo V do CFP
Introdução ao Módulo V do CFP: Planejamento Fiscal
Módulo V - Planejamento Fiscal (proporção: de 08% a 12%)
Objetivo
O objetivo instrucional desse módulo é capacitar o profissional para compreender e
avaliar a interferência de impostos e tributos sobre as diversas atividades exercidas
pelas pessoas físicas e jurídicas, assim como suas repercussões sobre suas posições
financeiras e o resultado final de transações financeiras em geral. A abrangência da
tributação sobre os cidadãos é ampla, verificando-se desde o consumo de bens
essenciais (alimentação, moradia, serviços básicos, etc.), até atingir suas decisões de
poupança, investimentos locais e offshore e tributação em operações financeiras e não
financeiras, com ativos mobiliários e imobiliários. Uma preocupação básica é incentivar
o profissional a avaliar e compreender as vantagens e desvantagens de cada estrutura
tributária dentro de um enfoque de planejamento fiscal incorporado em seu
planejamento financeiro. Além disso, nesse módulo é requerido do profissional que
conheça os impostos praticados em operações no mercado financeiro e de capitais,
local e offshore, sob a ótica de um investidor residente e domiciliado no Brasil e que
tenha noções gerais a respeito das regras do Imposto de Renda de pessoas físicas e
jurídicas.

1. Normas Tributárias Básicas


1.1 Conceito de tributo
1.1.1 Características
1.1.1.1 Fato gerador
1.1.1.2 Base de cálculo
1.1.1.3 Alíquota
1.1.1.4 Sujeito da relação tributária: contribuinte e fisco
1.1.1.5 Obrigação tributária
1.1.2 Espécies de tributos
1.1.2.1 Impostos
1.1.2.2 Taxas: pelo exercício do poder de polícia e pela utilização de serviços públicos
1.1.2.3 Contribuição de melhoria
1.1.2.4 Contribuições sociais (seguridade social; intervenção no domínio econômico;
interesse de categorias profissionais)
1.1.2.5 Empréstimos compulsórios
1.2 Princípios constitucionais tributários
1.2.1 Princípio da legalidade
1.2.2 Princípio da anterioridade
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1.2.3 Princípio da irretroatividade
1.2.4 Princípio da isonomia ou igualdade tributária
1.2.5 Princípio da competência
1.2.6 Princípio da capacidade contributiva
1.2.7 Imunidade
1.2.8 Isenção
1.3 Tributos relevantes para o planejamento fiscal
1.3.1 ITCMD – Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações
1.3.2 ITBI – Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
1.3.3 IR – Imposto de Renda

2. Imposto de Renda da Pessoa Física


2.1 Fundamentos do Imposto de Renda
2.1.1 Princípios constitucionais aplicáveis ao Imposto de Renda
2.1.1.1 Generalidade
2.1.1.2 Universalidade
2.1.1.3 Progressividade
2.1.2 Conceito de renda
2.1.2.1 Renda
2.1.2.2 Rendimentos
2.1.2.3 Ganho de capital
2.1.2.4 Proventos de qualquer natureza
2.1.3 Disponibilidade econômica ou jurídica da renda
2.2 Regime básico de tributação da renda da Pessoa Física
2.2.1 Formas de recolhimento do imposto
2.2.1.1 Retenção na fonte
2.2.1.2 Auto recolhimento (recolhimento mensal obrigatório carnê-leão)
2.2.2 Rendimentos tributáveis recebidos de pessoa jurídica
2.2.2.1 Rendimentos do trabalho assalariado
2.2.2.2 Rendimentos do trabalho sem vínculo empregatício
2.2.2.3 Tributação da Pessoa Física (autônomo) x Pessoa Jurídica (prestadora de
serviço)
2.2.2.4 Aluguéis e royalties
2.2.2.5 Resgates de planos de previdência
2.2.3 Rendimentos recebidos de pessoa física
2.3 Rendimentos isentos ou não tributáveis
2.3.1 Indenizações por rescisão do contrato de trabalho
2.3.2 Lucro de alienação de bens ou direitos de pequeno valor
2.3.3 Lucro de alienação de imóvel único
2.3.4 Lucro de alienação de imóvel para compra de outro imóvel em 180 dias
2.3.5 Lucros e dividendos
2.3.6 Aposentadoria, reserva remunerada, reforma, pensão ou pecúlio
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2.3.6.1 Acima de 65 anos
2.3.6.2 Decorrente de morte ou invalidez permanente
2.3.6.3 Doença grave ou acidente de trabalho
2.3.7 Rendimentos e ganho de capital de aplicações financeiras
2.3.8 Transferências patrimoniais (doação, herança, legado, meação, separação)
2.3.8.1 Situações em que doações ou herança geram ganho de capital
2.4 Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva de fonte ou definitiva
2.4.1 Décimo terceiro salário e PLR (participação nos lucros e resultados)
2.4.2. Rendimentos de aplicações financeiras
2.4.3 Juro sobre capital próprio creditado a acionistas
2.4.4 Prêmios obtidos em loterias, sorteios, títulos de capitalização
2.4.5 Ganho de capital líquido em operações de renda variável
2.4.6 Ganho de capital na alienação de bens e direitos
2.4.7 Alienações a prazo
2.5 Declaração de ajuste anual do imposto de renda da pessoa física (DIR-PF)
2.5.1 Declaração simplificada; desconto padrão
2.5.2 Declaração completa; despesas dedutíveis
2.5.3 Declaração de bens e direitos
2.5.4 Variação patrimonial e consistência das informações
2.6 Declaração de saída definitiva do país
2.7 Declaração de espólio

3. Tributação de Aplicações Financeiras


3.1 Tributação das aplicações em renda fixa e renda variável
3.2 Tributação das aplicações em fundos de investimento
3.3 Em relação aos itens 3.1 e 3.2 o programa pede: fato gerador; base de cálculo;
alíquotas; contribuinte; responsável pelo recolhimento; prazo de recolhimento;
isenções; compensação de perdas; e regime de tributação

4. Tributação de investimentos em imóveis


4.1 Imposto de Renda
4.1.1 Renda de aluguéis (Pessoa Física e Holding Imobiliária)
4.1.2 Ganho de capital (Pessoa Física e Holding Imobiliária)
4.1.2.1 Operações realizadas por pessoa física
4.1.2.2 Operações realizadas por pessoa jurídica cuja atividade principal seja compra e
venda de imóveis
4.1.2.3 Operações realizadas por pessoa jurídica que não se dedique à compra e
venda de imóveis como atividade principal
4.2 ITBI –Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis
4.3 ITCMD –Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações

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5. Conceitos básicos da tributação da Pessoa Jurídica (Holding Imobiliária e PJ
prestador de serviços)
5.1 Simples Nacional
5.2 Lucro Presumido
5.3 Lucro real

6. Tributação de rendimentos recebidos no exterior por residentes no Brasil


6.1 Rendimentos recebidos de fonte estrangeira (Pessoa Física ou Jurídica)
6.1.1 Momento da tributação
6.1.2 Conceito da disponibilidade de lucros por empresas no exterior
6.1.3 Impactos tributários da utilização de empresas ou estruturas fiduciárias
6.1.4 Compensação de imposto pago no exterior
6.2 Rendimentos tributáveis
6.2.1 Rendimentos do trabalho
6.2.2 Rendimentos de aluguel
6.2.3 Lucros e dividendos recebidos
6.3 Rendimentos isentos e não tributáveis
6.3.1 Lucro na alienação de bens ou direitos de pequeno valor
6.3.2 Lucro na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie
6.3.3 Transferências patrimoniais (doação, herança, legado, meação, separação)
6.3.3.1 Situações que podem gerar ganho de capital
6.3.4 Variação cambial de saldo de depósito mantido em instituições financeiras
6.4 Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva de fonte ou definitiva
6.4.1 Ganhos ou perdas de capital auferidos em investimentos no exterior
6.4.1.1 Bens ou direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas com
rendimentos auferidos originariamente em reais (R$)
6.4.1.2 Bens ou direitos adquiridos e aplicações financeiras realizadas com
rendimentos auferidos originariamente em moeda estrangeira
6.4.1.3 Alienação de moeda estrangeira mantida em espécie
6.4.2 Juros recebidos em conta remunerada
6.5 Declaração obrigatória para o Banco Central e Receita Federal

7. Penalidades pelo descumprimento de obrigações


7.1 Penalidades da legislação de Imposto de Renda
7.2 Penalidades da legislação do BACEN quanto a investimentos no exterior
7.3 Consequências criminais do descumprimento das obrigações

8. Planejamento Tributário
8.1 Conceito
8.2 Distinção entre elisão fiscal, evasão fiscal, simulação e dissimulação
8.3 Análises de substância sobre a forma e propósito negocial
8.4 Estratégias para reduzir carga tributária do cliente
8.4.1 Ativos financeiros
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8.4.2 Planos de Previdência
8.4.3 Ativos Imobiliários (Pessoa Física x Holding Imobiliária)
8.4.4 Investimentos no exterior

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Orientações de Estudo – Módulo V do CFP
Prezado (a), a fim de aumentar ainda mais suas chances de aprovação no referido
exame, dispomos das orientações abaixo:
Esta é uma orientação de estudos para o exame CFP.
O exame é dividido em 6 Módulos.

Tabela – Módulos do CFP.


Número de Tempo de duração Mínimo % de acertos para
Módulo
Questões da prova aprovação
I Planejamento Financeiro
53 2 horas e 40 minutos 49%
e Ética
II Gestão de Ativos e
27 1 hora e 20 minutos 48%
Investimentos
III Planejamento de
18 55 minutos 50%
Aposentadoria
IV Gestão de Riscos e
15 45 minutos 46%
Seguros
V Planejamento Fiscal 14 45 minutos 50%
VI Planejamento
13 40 minutos 46%
Sucessório
Fonte: Elaborada pelo autor.

Atenção: O exame CFP possui conteúdo muito amplo, por isso é necessária muita
dedicação aos estudos e, pela extensão do conteúdo, a previsão de qual tópico será
cobrado é incerta. Sendo assim, é fundamental o conhecimento total sobre todos os
tópicos, fazendo e refazendo todas as questões disponíveis.
Para obter um bom resultado no exame, siga as dicas:
• Crie uma rotina de estudos, de preferência estude sempre no mesmo horário.
Além disso, defina a quantidade de horas a serem estudadas semanalmente;
• Estude enquanto for produtivo - Monte um cronograma viável e factível, para não
se frustrar; respeite os limites do seu corpo, é melhor estudar 4 horas por dia
durante 5 dias do que 10 horas durante 2 dias.
• A ordem dos capítulos foi definida com o objetivo de tornar o conteúdo mais
didático;
• Vídeos são complementares, a leitura do material é essencial - Caso queira
apenas assistir aos vídeos, utilize a biblioteca de vídeos no final do curso.
• Entenda o conteúdo, crie conexões com o que você já conhece, evite decorar;
• Disponibilizamos ao final das aulas exercícios de fixação, são exercícios mais
simples, com o objetivo de reforçar conceitos vistos em aula. Ao final de cada
capítulo também consta uma lista de exercícios com questões de nível médio e
difícil. Esses exercícios aos finais dos capítulos assemelham-se mais ao
conteúdo dos simulados e do exame.
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• Fazer os exercícios no final de cada capítulo é essencial para fixação do
material, dê atenção à sua pontuação, caso necessário, revise o material que
teve maior dificuldade e refaça os exercícios. Lembre-se, é necessário acertar
60% ou mais das questões;
• Não pule exercícios com cálculo, caso não tenha entendido, repita a operação;
• Faça anotações do conteúdo;
• Utilize o resumo para relembrar os principais tópicos estudados;
• Ao final do curso são disponibilizados simulados, faça e refaça os simulados até
obter resultados acima da média e acima dos 60% necessários para aprovação.
Recomendamos realizar a prova quando o seu nível de acerto for superior a
80% nos simulados;
• Foque nas matérias que possui maior dificuldade e também nas matérias com
maiores proporções de questões na prova.
• Se possível, cronometre o tempo em que realiza questões com cálculo e sem
cálculo, para que possa monitorar as áreas específicas de dificuldade e obter o
máximo de aproveitamento já nos exercícios e simulados, e assim, na prova.

Dúvidas com relação ao conteúdo ou questionamentos sobre o material didático podem


ser solucionadas através do e-mail: edu@proeducacional.com

Orientações para a prova:


• Faça um resumo na folha de rascunho da prova oferecida pelo examinador;
• Não trave nas questões difíceis, resolva as questões mais fáceis primeiro;
• Elimine as alternativas antes de responder.

Se surgir alguma dúvida, pode perguntar no e-mail edu@proeducacional.com, teremos


o prazer em ajudar!
Com apreço,
Equipe Pro Educacional.

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1. Normas Tributárias Básicas
1.1. Resumo: Normas Tributárias Básicas
• Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.
• Isto é, o tributo corresponde a receita recolhida do patrimônio dos cidadãos pelo
Estado, em decorrência do seu poder fiscal e para custear as despesas de toda
a coletividade, respeitada as regras e normas de direito público/direito tributário.
• Pecúnia significa dinheiro, de modo que a obrigação é de entregar dinheiro ao
Estado. Trata-se de regra que busca evitar a instituição de tributos cujo
pagamento ocorra in labore (pago com o trabalho ou serviço) ou in natura (pago
com bens);
• O conjunto de regras básicas de tributação está ligado ao conceito de
Natureza da Operação (como, por exemplo, de venda, de compra, de amostra
grátis, de conserto, de transferência, de devolução, de bonificação, etc.), e, em
sincronia com isso, então elas classificam o(s) item(s) de uma Nota Fiscal –
qualquer que seja – conforme o tipo de operação (ou prestação) fiscal que é
realizada, por sua vez, contendo: Origem, Destino, e Uso.
• Operacionalmente, por meio das informações básicas sobre cada operação
fiscal realizada pelo cliente, em geral, discriminadas em cada nota fiscal
subjacente, permite verificar as regras de tributação sobre qualquer imposto
envolvido, por sua vez, com a necessidade de ser recolhido, como, por exemplo,
ICMS, CONFINS, IPI, PIS, ISSQN, entre outros.
• O fato gerador é o acontecimento ou situação, prevista em lei, da qual nasce a
obrigação passiva do pagamento de tributo. Em outras palavras, fato gerador
pode ser definido como o ato conforme o direito do qual surge o dever de pagar
tributo.
• A base de cálculo é a grandeza econômica em que se aplica a alíquota para
calcular a quantia a pagar. Por exemplo: a base de cálculo do IR-PF em venda
(alienação) de imóvel se dá em razão do ganho de capital, isto é, a diferença
entre o valor de venda (alienação) e o valor declarado do imóvel.
• Outro exemplo é a base de cálculo do ICMS é o somatório do montante da
operação, de frete e despesas adicionais, que são cobradas do consumidor ou
adquirente.
• A alíquota é o percentual, ou o valor fixo, que haverá de será plicado sobre a
base de cálculo para obter a estimativa do valor de um tributo. Se a base de
cálculo for um valor econômico, então a alíquota haverá de ser um percentual.
Se a base de cálculo for uma unidade não monetária, então a alíquota haverá de
ser um valor.
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• Existem dois sujeitos na relação tributária: o ativo e o passivo. O Código
Tributário Nacional conceitua sujeito ativo no artigo 119e o sujeito passivo no
artigo 121 e 122:
o de modo que o sujeito ativo é aquele que a lei atribuir legitimidade para
exigir a obrigação tributária imposta ao sujeito passivo. Em outras palavras o
sujeito ativo da relação tributária é o credor, aquele que tem o direito de
receber o valor do tributo. Ex.: União, Estados, Distrito Federal;
o por sua vez, o sujeito passivo, também chamado de contribuinte, é aquele
que possui a responsabilidade de pagar o tributo e cumprir com sua
obrigação tributária, cujo CTN divide em contribuinte e responsável. O
contribuinte é aquele que arca com o tributo, ou seja, dispende de seu
patrimônio para entregá-lo ao sujeito ativo;
o são classificados em: contribuinte de direito (aquele que realmente tem a
obrigação de pagar o tributo); ou o contribuinte de fato (aquele que não é o
responsável pelo pagamento, mas indiretamente paga o valor relativo ao
tributo).
• A obrigação tributária é a relação jurídica entre o sujeito ativo e o sujeito
passivo, criada por Lei e regida pelas normas de direito tributário, destina a
estabelecer prestações de dar, fazer e não fazer:
o ou seja, a obrigação tributária é uma relação jurídica criada para ligar um
sujeito ativo a um sujeito passivo, atribuindo ao sujeito ativo o direito de
receber o crédito tributário, e ao sujeito passivo o dever da pagar o tributo.
• Dividindo-a em obrigação principal e obrigação acessória, sendo:
o § 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por
objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se
juntamente com o crédito dela decorrente;
o § 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto
as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
• O imposto é um tributo cujo objetivo é o de custear parte das despesas de
administração pública e das políticas públicas.
• As taxas são aqueles tributos cujo fato gerador é vinculado alguma atividade
atuação estatal, como, por exemplo, o exercício do poder de polícia (Artigo 78
do CTN) ou a prestação estatal de serviços públicos específicos e diviseis
(Artigo 79 do CTN). Por sua vez, se refere direta ou indiretamente ao
contribuinte, destinatário da ação estatal, beneficiário da ação. Assim, taxas
possuem caráter retributivo:
o as subcategorias incluem as seguintes taxas (prestação de serviços): taxas
federais; taxas estaduais; taxas municipais.
• A contribuição de melhoria pode ser entendida como o tributo cujo fato
gerador é algum benefício resultante de alguma externalidade positiva de
política pública.

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• As contribuições sociais para a seguridade social são aqueles tributos cujo
fato gerador parte do que são devidos pelos empregados, empregadores ou
autônomos, que confiram direito a benefício social futuro (pensões,
aposentadoria etc.).
• As Contribuições sociais (intervenção no domínio econômico) são
contribuições destinadas ao Estado para que ele como agente normativo e
regulador da atividade econômica, exerça na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento nos setores econômicos.
• As Contribuições sociais (interesse de categorias profissionais) são
contribuições sociais para interesse de categorias profissionais, arrecadadas
pela União, mas destinadas as entidades de classes buscando o custeio das
suas atividades.
• Os empréstimos compulsórios são tributos de cobrança imediata cujo destino
constitucional é estritamente específico para atender situações excepcionais
(como, para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade
pública, guerra externa etc.); e são restituíveis.
• Os princípios constitucionais tributários se destinam a estabelecer preceitos
fundamentais que o legislador e os órgãos fiscais devem sempre observar, sob
pena de nulidade do tributo e da cobrança tributária:
o o Princípio da Legalidade significa que o Estado (aqui entendido como
União, Estados e Municípios), não poderá exigir tributos se eles não
estiverem estabelecidos em Lei;
o o Princípio da Anterioridade busca assegurar um intervalo mínimo entre a
publicação da Lei que institui o tributo e a data de sua exigência. Possibilita
que o contribuinte não seja pego de surpresa com a obrigação tributária;
o o Princípio da Irretroatividade tributária estabelece que não ocorra a
cobrança de tributo sobre fato gerador com ocorrência antes do começo da
vigência da lei que o institui. Tem como principal objetivo garantir a
segurança jurídica. O princípio da irretroatividade é aplicável a todo e
qualquer tributo;
o o Princípio da Isonomia ou Igualdade Tributária é aplicável a todos os
tributos. Busca assegurar que os contribuintes que estejam em situações
equivalentes tenham o mesmo tratamento tributário;
o o Princípio da Competência No Brasil o poder de tributação é repartido
entre os entes federativos, União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A
repartição do poder; delimitada e normatizada, conferida aos entes a que
foram conferidos de poder legislativo, que limitam sua atividade de tributar ao
assunto que lhes foi conferido, é tida por “competência tributária”;
o em outras palavras, a competência tributária é o poder impositivo que cada
ente federativo tem para cobrar tributos dos contribuintes, atendendo o que é
definido pela CF;
o o Princípio da Capacidade Contributiva estabelece que os impostos
devam possuir caráter pessoal e ser ponderados segundo a capacidade
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contributiva do contribuinte (Artigo 145 da CF, 1988).Trata-se de princípio
que busca evitar o confisco, ou seja, que o cidadão perca todo seu
patrimônio para o pagamento de tributo.
• A imunidade assegura que determinada pessoa física ou jurídica que teria
condições de figurar como contribuinte, não seja atingido pela obrigação
tributária. As imunidades estão previstas no texto constitucional e correspondem
a uma forma de não incidência constitucional.
• A isenção é criada por norma infraconstitucional, isto é, aquela que está abaixo
da Constituição Federal. Trata-se de instituto que poderá ser exercida, ou não,
pelo ente tributador.
• O Imposto de Transmissão Causa Mortis ou Doação (ITCMD) incide sobre a
transmissão não onerosa de bens ou direitos, seja por doação ou herança.
Sendo isso, portanto, o seu fato gerador.
• De competência Estadual e do Distrito Federal: o ITCMD é uma quantia que
se paga ao Estado (tributador) para poder se receber um bem (móvel ou imóvel)
ou direito de alguma pessoa (em virtude de herança ou doação), dentro dos
limites de um território estadual. A Alíquota varia de 4% a 8% dependendo do
Estado.
• O Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI) incide
somente sobre a transmissão (que corresponde ao fato gerador) do tipo
onerosa, entre pessoas vidas (inter vivos) de bem imóvel (ou seja, de direitos
sobre o imóvel). De competência Municipal. A sua finalidade é a obtenção de
recursos para os municípios:
o essencialmente, trata-se da operação de compra e venda, permuta ou
conferência à pessoa física ou jurídica para a finalidade de integralizar o
crescimento patrimonial através de imóvel. A alíquota usada é fixada pela lei
ordinária, sendo em média de 2% a 5%.

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2. Imposto de Renda da Pessoa Física
2.1. Resumo: Imposto de Renda da Pessoa Física
• O imposto de renda é de competência da União, sendo ela o sujeito ativo.
Trata-se da principal fonte de receita tributária da União é sua incidência
independe da forma que receita ou do rendimento é chamado, da localização, de
sua condição jurídica ou nacionalidade de origem, ou da forma que é recebida:
o o Imposto sobre a Renda de Pessoa (IR-PF) é aquele que incide sobre a
renda do trabalho e do capital, quando ocorre sobre o ganho de capital em
operações;
o o Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica (IR-PJ) é aquele que padece
de eventuais transformações segundo a pessoa jurídica se encontre no
regime de lucro real ou de lucro presumido;
o o Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (IR-RF) é aquele com três
subespécies: IR-RF sobre os rendimentos atribuídos para as pessoas, então,
não-residentes em Brasil; IR-RF definitivo para situação em que incide sobre
aplicações financeiras, em geral, bem como, sobre juros o capital próprio; IR-
RF que é de antecipação ao devido por alguma pessoa física ou pessoa
jurídica que, por sua vez, é beneficiária dos rendimentos.
• O Artigo 153, §2o, da CF, estabelece que ao imposto de renda serão aplicados
os critérios/princípios da “generalidade, da universalidade e da
progressividade, na forma da lei”.
• O Princípio da Generalidade serve para o reconhecimento de que a tributação
do imposto sobre a renda deva recair sobre todos os contribuintes que venham a
obter determinado acréscimo patrimonial, ou seja, as pessoas físicas ou
jurídicas, que venham a auferir renda, serão cobradas pelo tributo.
• O Princípio da Universalidade serve para a exigência de que a totalidade das
mutações patrimoniais, positivas e negativas, percebida pelo contribuinte, ao
longo de um período determinado de tempo, seja contada na base de cálculo do
imposto de renda.
• A progressividade consiste em técnica de fixação das alíquotas em razão do
montante da base tributável, de maneira que quanto maior é a base de cálculo,
maior é a alíquota aplicável. Em outras palavras, progressividade é a variação
das alíquotas em razão do montante tributável.
• Assume-se que o regime mais básico de tributação da renda da pessoa física é
aquele que parte do modelo de desconto simplificado sem dedução. Mas,
simplificado e completo:
o Modelo simplificado (desconto): Serve para quem não tem bastantes
despesas para deduzir. Não se tem a obrigação de informar às despesas que
são dedutíveis. Usa-se um desconto do tipo padrão de 20% sobre a receita

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que é tributável, e limitado (atualmente) a R$ 16.754,34 para o ano base de
2019;
o Modelo completo (desconto): Serve para quem tem bastantes despesas
para deduzir. Tem-se a obrigação de informar às despesas que são
dedutíveis. Exemplo: PGBL de até 12% da renda bruta anual. Despesas
médicas ilimitadamente. Educação (atualmente): R$ 3.561,50.
• O espólio é o conjunto de bens, direitos e obrigações deixados pelo morto, no
momento em que vierem a cancelar o seu CPF. Em regra, a existência ou não
de bens deixado pelo falecido constará na sua certidão de óbito. Não havendo
bens, basta levar a certidão à Receita Federal para o devido cancelamento do
CPF.

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3. Tributação de Aplicações Financeiras
3.1. Resumo: Tributação de Aplicações Financeiras
• A holding imobiliária serve para a finalidade de posse e exploração econômica
do patrimônio imobiliário; organização de patrimônio imobiliário, como, por
exemplo, resguardando o patrimônio por segregação e impedindo o
“condomínio” e o que dele decorre.
• A holding imobiliária permite a concentração de um conjunto de imóveis
(familiar ou de sócios) em uma mesma estrutura de pessoa jurídica, ao invés de
várias pessoas físicas. Além do mais, permite:
o a segregação do patrimônio financeiro investido em relação àquele de uma
empresa-operacional subjacente;
o a maior facilidade para com a realização de um inventário de algum bem que
esteja vinculado a uma pessoa jurídica, em se tratando de transmissão para
herdeiros.
• O Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI) incide
somente sobre a transmissão (que corresponde ao fato gerador) do tipo
onerosa, entre pessoas vidas (inter vivos), de bem imóvel (ou seja, de direitos
sobre o imóvel). De competência Municipal. A sua finalidade é a obtenção de
recursos para os municípios:
o a sua finalidade é a obtenção de recursos para os municípios;
o essencialmente, trata-se da operação de compra e venda, permuta ou
conferência à pessoa física ou jurídica para a finalidade de integralizar o
crescimento patrimonial através de imóvel.
• Tributação das aplicações em renda fixa e renda variável:
• A arrecadação do IOF ocorre nas operações realizadas pelas instituições
financeiras. São elas as responsáveis tributárias, ou seja, a pessoa jurídica que
conceder o crédito; as instituições autorizadas a operar em câmbio; as
seguradoras ou as instituições financeiras a quem estas encarregarem da
cobrança do prêmio de seguro; as instituições autorizadas a operar na compra e
venda de títulos ou valores mobiliários:
o a base de cálculo do imposto: O IOF é cobrado sobre os Rendimentos das
aplicações financeiras. A contar do Número de dias das aplicações em renda
fixa ou renda variável. Tal que, em até 29 dias de aplicação financeira poderá
incidir IOF;
o em geral, as aplicações em Renda Fixa são em: Títulos Públicos Federais
(Como, por exemplo, Tesouro Selic); CCB, CPR, CCI, LCI, LCA, CRA, CRI;
Debêntures; LF; CDB; DPGE; Notas Promissórias; Caderneta de Poupança;
o as possibilidades de isenção, dentro das regras tributárias: Pessoa Física
em aplicações de Cadernetas de Poupança, CRI, CRA, LCA, LCI, CCI, e

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• Tributação das Aplicações em Renda Variável:
• IR em ações: Operação normal: 15% (na fonte: 0,005% sobre o valor de
alienação). Day Trade: 20% (na fonte: 1% sobre o valor de alienação). As
possibilidades de isenção, dentro das regras tributárias: vendas de ações no
mercado à vista de bolsas de valores feitas por pessoas físicas, exceto em
operações de day trade, em um mês com um valor igual ou inferior a R$
20.000,00 não incorrerão em recolhimento de IR;
• Derivativos: Em geral, os derivativos são tributados como aplicações
financeiras em renda variável. Em particular, os derivativos são tributados como
aplicações financeiras em renda fixa. Por sua vez, os rendimentos auferidos nas
operações conjugadas que permitam a obtenção de rendimentos
predeterminados, tais como as realizadas:
o nos mercados de opões de compra e de venda em bolsa de valores, de
mercadorias e de futuros (box);
o no mercado a termo nas bolsas de que trata a alínea “a”, em operações de
venda coberta e sem ajustes diários;
o no mercado de balcão.
• Swap, alíquota:
o como em renda fixa, isto é, 22,5%, 20%, 17,5% ou 15% – conforme o
prazo de permanência – tributam-se os contratos de swap;
o o responsável pelo recolhimento do imposto:
▪ o imposto será retido pela pessoa jurídica que efetuar o pagamento
do rendimento, na data da liquidação ou cessão do respectivo
contrato;
▪ Prazo: até o 3º dia útil da semana decorrido do fato gerador.
• O regime compartilhado de arrecadação: Simples Nacional, se destina para a
arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicáveis às pequenas e
médias empresas. Estão incluídos no simples nacional os seguintes impostos e
contribuições: IRPJ; IPI; CSLL; COFINS; PIS/Pasep; CPP para a Seguridade
Social, a cargo da pessoa jurídica; ICMS e; ISS.
• O lucro presumido é o regime de tributação usado para estabelecer a base de
cálculo de IR-PJ e CSLL a serem pagos, conforme receita da PJ. Por sua vez,
realiza-se a apuração do imposto trimestralmente. Tal que, o lucro é presumido
segundo a atividade econômica explorada pela PJ. Isto é, se estipula um valor a
que incidirá as alíquotas.
• o lucro real é uma modalidade de regime em que a tributação do IRPJ e do
CSLL são determinadas através da apuração do lucro líquido da empresa,
periodicamente, com o valor de apuração variando conforme os respectivos
resultados.
• O PIS é uma “contribuição” social de natureza tributária, devida por PJ (inclusive
as prestadoras de serviços), cujo objetivo é o de financiar o pagamento do
seguro desemprego, abono, e participação na receita dos órgãos e entidades

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para os trabalhadores. O PIS é regido pela CLT e administrado pela Caixa
Econômica Federal.
• Lucros e dividendos: a pessoa física residente no Brasil que vier a receber
lucros e/ou dividendos de empresas cuja participação se dá no exterior, haverá
de recolher o imposto sobre o rendimento. O cálculo do imposto está sujeito à
aplicação da tabela progressiva, acima descrita, por meio do emprego das
alíquotas conforme o respectivo valor recebido – mensalmente.
• A elisão fiscal corresponde a atos lícitos praticados antes da incidência
tributária e que visam a economia no pagamento de tributos.
• Evasão fiscal: diferentemente da elisão fiscal, a evasão fiscal é o ato ilícito
(ilegal; em desconformidade com a Lei), praticados após a incidência da norma
tributária, visando o não pagamento de tributo que já foi considerado como
devido.
• A simulação é uma das formas de cometer a evasão fiscal, junto com a fraude e
a sonegação. Trata-se da prática de negócio jurídico que não representa a
vontade das partes ou seu real objetivo.
• A dissimulação também é chamada de simulação relativa, pois neste caso há
um negócio jurídico que busca esconder outro negócio jurídico. Ou seja, são
dois negócios jurídico, um que representa a verdadeira vontade das partes, e
outro cuja vontade declarada busca prejudicar terceiros.

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4. Tributação de Investimentos em
Imóveis
4.1. Resumo: Tributação de Investimentos em Imóveis
• Toda pessoa física ou pessoa jurídica pode receber rendimentos, no Brasil, do
exterior:
o Para a pessoa física: o fato gerador do imposto é a efetiva disponibilização
de recursos no exterior, e não a transferência dos mesmos para o Brasil. Em
outras palavras, o rendimento ou o ganho de capital disponível no exterior
que é passível de ser transferido (por seu proprietário) para o Brasil constitui
o fato gerador de recolhimento de imposto;
o O contribuinte pessoa física deverá fazer o pagamento mensal do imposto
sobre a renda quando for proveniente do recebimento de outra pessoa física,
de fonte no exterior ou rendimento que não tenha sido tributado na fonte,
como aqueles previstos.
• Para a pessoa jurídica: os lucros, rendimentos e ganhos de capital auferidos no
exterior por empresas brasileiras são tributáveis no Brasil, com base no Lucro
Real, do ano-base.
• Os lucros, os rendimentos e os ganhos de capital provenientes das
atividades exercidas no exterior serão computados para fins de determinação do
lucro real das pessoas jurídicas. Por sua vez, os rendimentos e os ganhos de
capital auferidos no exterior serão computados na apuração do lucro líquido das
pessoas jurídicas em observância ao seguinte (Lei nº 9.249, de 1995, art. 25, §
1º).
• Os rendimentos do trabalho: Fica sujeita ao pagamento mensal do imposto
sobre a renda a pessoa física que receber de outra pessoa física, ou de fontes
situadas no exterior, rendimentos que não tenham sido tributados na fonte, no
País, tais como (art. 118, do Decreto no 9.580/2018).
• Os rendimentos de aluguéis recebidos se sujeitam à pagamento mensal do
imposto sobre a renda da pessoa física que receber de outra pessoa física, ou
de fontes situadas no exterior, i.e., rendimentos que não tenham sido tributados
na fonte (país-origem).
• Lucro na alienação de bens ou direitos de pequeno valor: O Decreto nº
9580, de 22 de novembro de 2018, que regulamenta a tributação, a fiscalização,
a arrecadação e a administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de
Qualquer Natureza, estabelece algumas isenções tributárias relativas aos
rendimentos obtidos na alienação de bens e direitos, sendo uma delas:
o “o ganho de capital auferido na alienação de bens e direitos de pequeno
valor, nos termos e nas condições estabelecidos nos § 2º e § 3º do art. 133,

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cujo preço unitário de alienação, no mês em que esta for realizada, seja igual
ou inferior a (Lei nº 9.250, de 1995, art. 22):
▪ R$ 20.000,00 (vinte mil reais), na hipótese de alienação de ações
negociadas no mercado de balcão; e
▪ R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais), nas demais hipóteses.
• Lucro na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie: o mesmo
Decreto nº 9580, de 22 de novembro de 2018, prevê também hipóteses de
isenção ou de não incidência tributária para os rendimentos obtidos no mercado
financeiro e assemelhados, como a isenção quanto “o acréscimo patrimonial
decorrente da variação cambial de depósitos mantidos em instituições
financeiras no exterior, pelo valor do saldo desses depósitos em moeda
estrangeira convertido em reais pela cotação cambial de compra em 31 de
dezembro (Lei nº 9.250, de 1995, art. 25, § 4º)”.
• Declaração obrigatória para o banco central e receita federal: aos
investidores, com residência fixada no Brasil, cujos recursos estão, em partes ou
no todo, no exterior, faz-se obrigatória a prestação de contas ao Banco Central e
Receita Federal.
• O BACEN traz a Declaração de Capitais Brasileiros no Exterior (CBE) através
das categorias:
o a declaração anual é obrigatória para residentes no país; detentores de
ativos (participação no capital de empresas, títulos de renda fixa, ações,
depósitos, imóveis etc.) contra não residentes, que totalizem montante igual
ou superior ao equivalente de US$ 100.000,00 no último dia de cada ano;
o a declaração trimestral é obrigatória para residentes no país; detentores de
ativos (participação no capital de empresas, títulos de renda fixa, ações,
depósitos, imóveis etc.) contra não residentes, que totalizem montante igual
ou superior ao equivalente de US$ 100.000,00 no último dia de cada
trimestre.

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5. Penalidades pelo Descumprimento
de Obrigações
5.1. Resumo: Penalidades pelo Descumprimento de
Obrigações
• Penalidades da legislação de imposto de renda: Quando a penalidade estiver
relacionada à declaração de ajuste anual de Imposto de Renda, poderão ser:
• multa de mora (pelo atraso):
o de um por cento ao mês ou fração sobre o valor do imposto sobre a renda
devido, nas hipóteses de falta de apresentação da declaração de
rendimentos ou de sua apresentação fora do prazo, ainda que o imposto
sobre a renda tenha sido pago integralmente, observado o disposto nos § 2º
e § 5º (Lei nº 8.981, de 1995, art. 88, caput, inciso I; e Lei nº 9.532, de 1997,
art. 27); e
o de dez por cento sobre o imposto sobre a renda apurado pelo espólio, nas
hipóteses previstas no § 1º do art. 21 (Decreto-Lei nº 5.844, de 1943, art. 49);
e
• multa (apenas multa) de R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e
quatro centavos) a R$ 6.629,60 (seis mil, seiscentos e vinte e nove reais e
sessenta centavos), na hipótese de declaração de que não resulte imposto
sobre a renda devido (Lei nº 8.981, de 1995, art. 88, caput, inciso II; e Lei nº
9.249, de 1995, art. 30).
• Penalidades da legislação do BACEN quanto a investimentos no exterior:
O artigo 60 da referida circular, estabelece os critérios para aplicação de
penalidade de multa aos sujeitos que não fornecerem as informações exigidas,
ou que tenham prestado informações falsas, incompletas, incorretas ou fora do
prazo, relativas a capitais estrangeiros no Pais e a capital brasileiro no exterior:
o efetuar registro ou apresentar declaração em desacordo com os prazos
previstos nas respectivas normas: 1% (um por cento) do valor sujeito a
registro ou declaração, limitado a R$25.000,00 (vinte e cinco mil reais);
o prestar informações incorretas ou incompletas: 2% (dois por cento) do
valor sujeito a registro ou declaração, limitado a R$50.000,00 (cinquenta mil
reais);
o não efetuar registro, não apresentar declaração ou não apresentar
documentação comprobatória das informações fornecidas ao Banco Central
do Brasil: 5% (cinco por cento) do valor sujeito a registro ou declaração,
limitado a R$125.000,00 (cento e vinte e cinco mil reais); ou

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o prestar informação falsa em registro ou declaração: 10% (dez por cento)
do valor sujeito a registro ou declaração, limitado a R$250.000,00 (duzentos
e cinquenta mil reais).
• Consequências criminais do descumprimento das obrigações: ás Infrações
tributárias (como, por exemplo, o atraso ou não pagamento de imposto de
renda) cometidas de forma involuntária, sofrem a penalidade de multa, com
valores calculados de acordo com o valor, por exemplo, sonegado:
o doutro modo, quando o infrator comete além da sonegação o crime de
falsificar ou fraudar informações, a infração tributária terá caráter penal,
sendo então publicada a penalidade de multa (valores calculados pela
Receita Federal) e penalidade criminal, a pena pode ser de 2 a 5 anos.
Contudo, crimes como lavagem de dinheiro são passíveis de punição de 3 a
10 anos de reclusão;
o a não prestação de informações associadas a capitais brasileiros no exterior
podem levar a multa de até R$ 250.000,00.

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