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TRIBUTÁRIA
COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA
Modalidade de restituição de valores indevidamente recolhidos a título de tributo, que se
opera mediante encontro de contas com os débitos do contribuinte, extinguindo-se
mutuamente.
Fundamentos legais:
✓ Art. 156, II, do CTN – extingue o crédito tributário
✓ Art. 170 do CTN. “A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja
estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação de
créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito
passivo contra a Fazenda pública.
Lei nº 9.430/96:
Art. 74. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive os judiciais com trânsito em julgado, relativo
a tributo ou contribuição administrado pela Secretaria da Receita Federal, passível de
restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a
quaisquer tributos e contribuições administrados por aquele Órgão.
✓ Procedimento: DCOMP (Declaração de Compensação, indicando débitos e créditos a
se compensar) – sujeita à homologação pela autoridade administrativa.
✓ Prazo para homologar: 5 anos, contados da entrega da DCOMP.
✓ E se não homologar? Cabe MANIFESTAÇÃO DE INCONFORMIDADE (defesa
administrativa), no prazo de 30 dias e recurso ao CARF. Suspende exigibilidade do
crédito tributário.
São consideradas não declaradas as compensações:
✓ referidas no § 3º do art. 74 (vedação legal),
✓ com créditos de terceiros,
✓ crédito-prêmio de IPI,
✓ título público,
✓ decisão judicial não transitada em julgado,
✓ tributos não administrados pela RFB, com fundamento em inconstitucionalidade (sem
decisão erga omnes do STF).
Multas:
✓ Compensação não homologada: 50% (multa isolada – art. 74, § 17 da Lei 9.430/96)
(exame de constitucionalidade em repercussão geral do STF - RE 796.939-RS, Tema 736).
✓ Compensação não declarada: multa de 75% sobre o valor do débito (art. 44, I, da Lei 9.430/96)
✓ Se sonegação, fraude ou conluio: multa de 150% (art. 44, § 1º, da Lei 9.430/96)
Procedimento para compensação decorrente de decisão judicial transitada em
julgado (IN RFB 1717/2017)
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Procedimento para compensação decorrente de decisão judicial transitada em
julgado (IN RFB 1717/2017)
Art. 101. O pedido de habilitação do crédito será deferido por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil,
mediante a confirmação de que:
I - o sujeito passivo figura no polo ativo da ação;
II - a ação refere-se a tributo administrado pela RFB;
III - a decisão judicial transitou em julgado;
IV - o pedido foi formalizado no prazo de 5 (cinco) anos, contado da data do trânsito em julgado da
decisão ou da homologação da desistência da execução do título judicial; e
V - na hipótese em que o crédito esteja amparado em título judicial passível de execução, houve a
homologação pelo Poder Judiciário da desistência da execução do título judicial e a assunção de todas
as custas e honorários advocatícios referentes ao processo de execução, ou a apresentação de
declaração pessoal de inexecução do título judicial na Justiça Federal e de certidão judicial que a ateste;
Parágrafo único. O deferimento do pedido de habilitação do crédito não implica reconhecimento do
direito creditório ou homologação da compensação.
Exemplo de despacho decisório
DCOMP
DCOMP
Retificação dos documentos fiscais