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DD272- ASPECTOS JURÍDICOS DA EMPRESA

ATIVIDADE PRÁTICA
PROGRAMA DE ESTUDOS:

Nome completo: KELLEN ALVES JAUHAR GERMANO BRANDÃO

Data: 24/10/2022

Resposta Atividade

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1. O seguro-garantia pode ser definido como o contrato pelo qual uma seguradora
presta garantia de proteção aos interesses do credor (segurado) relativos ao
cumprimento de uma obrigação (legal ou contratual), nos limites da apólice. Nessa
espécie contratual, o devedor é o tomador da garantia perante a seguradora, com a
indicação de seu credor como segurado e beneficiário direto da prestação ou
indenização a ser implementada pela seguradora se o sinistro, ou seja, o
inadimplemento se concretiza. Os acionistas de uma empresa, partem do princípio
que uma gestão comparativamente mais arriscada é a melhor opção para o
crescimento do lucro, enquanto o incentivo do conselheiro ou diretor é o de manter a
posição e não estar envolvido em processos legais. É aqui que o seguro entra em
jogo, dando alívio, em parte, aos executivos e aos altos comandos nestes dilemas.
Nesse sentido, entendo que ter um setor jurídico na empresa não exclui a vantagem
de se pagar um seguro adiantado. São questões, a meu ver, distintas. Porque o
seguro confere garantia e o departamento jurídico confere informação e
assessoramento.

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EMPRESA VANTAGEM DESVANTAGEM

ZURICH  Inclusão de  CUSTO ALTO;


controladas sem
limitação do total  Total de ativos
de ativos do mínimo de R$
tomador 1.000.000,00

 Prazo  Limite máximo de


complementar garantia de R$
vitalício para 1.000.000,00;
aposentados e
extensão de  não oferecem
cobertura para adiantamento de
responsabilidade despesas
trabalhista, processuais,
tributária e devendo assim o
previdenciária segurado arcar
(incluindo dívidas primeiramente com
trabalhistas e os honorários
tributárias); advocatícios e
periciais, custas
 Prazo processuais etc.
complementar de para só então obter
36 meses para o reembolso junto à
apresentação de seguradora;
reclamações
 Não oferecem
cobertura de
multas e
penalidades no
plano básico.

PORTO SEGURO  Cobre Multas e  Alto custo;


Penalidades;
 Custos com
 Cobre processos comparecimento ao
que envolvam Bens Tribunal para
e Liberdade; defesa do
segurado entra
 Adianta o como adicional e é
pagamento de muito caro;
despesas mensais
que não podem ser  A maioria das
honradas por despesas
causa de bloqueio processuais não
parcial ou total de são obtidas no
bens decorrentes contrato básico e
de atos danosos não são adiantadas
praticados pelo pela seguradora.
segurado;

 Pagamento de

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custos de fiança ou
caução judicial,
além dos custos de
processo de bens e
liberdade
relacionado a um
processo contra o
Segurado por um
órgão
Governamental;

 Garante as perdas
indenizáveis contra
um Segurado
decorrente de
reclamações por
danos morais;

 Garante o
pagamento dos
custos de defesa,
decorrente de ato
danoso resultante
da reclamação de
Danos Ambientais;

 Cobre os custos e
despesas
decorrentes de um
processo de
extradição contra o
segurado;

 Cobre os custos de
defesa incorridos
por qualquer
segurado em
relação a uma
reclamação em
que, na qualidade
de avalista, fiador
ou fiel depositário
da sociedade, seja
responsabilizado a
pagar em razão
desta ter se
tornado insolvente;

 Pagamento os
emolumentos,
honorário
advocatícios,
custos e despesas

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incorridas pelo
Segurado de um
especialista
profissional para
fins da preparação
da avaliação de
relatórios,
pareceres,
contestação de
provas em relação
à defesa de um
Segurado;

 Garante o
pagamento das
perdas
indenizáveis
reclamadas contra
herdeiros,
sucessores,
representantes
legais ou espólio,
se o Segurado tiver
falecido ou
declarado
legalmente
incapaz;

 Cobre a dívida
tributária da
sociedade na qual
o segurado seja
responsabilizado a
pagar por decisão
judicial.

 Etc

2. A cultura do seguro ainda não é muito popular no Brasil devido a alguns fatores, como
a economia do país e a renda per capita da população. Muitas vezes o seguro não é
tratado como um investimento e sim como gasto, o que faz com que ele não ganhe o
devido valor. Aliás, o país é um dos que têm o pior índice de contratações de seguro
no mundo, e a América Latina não fica atrás. A cultura do seguro não é muito
difundida no Brasil principalmente porque as pessoas não sabem a importância desse
conceito. Diz respeito a realizar seguros em favor de bens materiais, como carros e
imóveis, mas também pode ir além, como seguros para celulares. O seguro de vida,
por exemplo, é um dos mais populares.

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As empresas encontram dificuldades para explicar às pessoas quais são os riscos, os
benefícios, o que está incluso na apólice e o que não está. Ainda assim, é possível
perceber um aumento no número de programas oferecidos, como os seguros contra
acidentes pessoais, que oferecem cobertura contra incapacidade diária. Um fator
complicador está nos salários dos brasileiros. Conforme estudo da FGV Social, a
renda média per capita era de R$ 995 no primeiro trimestre de 2021 no Brasil. Assim,
o perfil financeiro do país prejudica o desenvolvimento dessa cultura, já que as
pessoas preferem usar o dinheiro com ações que consideram mais importantes.

O Jornal do Commercio (PE) destaca Estudo realizado pela Universidade de Oxford e


a seguradora Zurich revelou que o Brasil tem a menor taxa do mundo em se tratando
de cobertura pessoal por meio de seguros. Cerca de 19% dos entrevistados
brasileiros afirmaram ter um seguro de vida, quando a média global é de 32%. O
Reino Unido vem com a segunda pior taxa, com 21% de cobertura. O estudo avaliou
cerca de 11 mil pessoas no Brasil, México, Estados Unidos, Reino Unido, Itália,
Espanha, Alemanha, Suíça, Malásia, Hong Kong e Austrália.

O Chile é o país da América Latina, com o melhor índice de valor de prêmio por
habitante e uma média de 16 seguros para cada família.

A penetração dos seguros na América Latina representa 3,1% do PIB, e ainda que
atualmente esteja abaixo da média mundial que é de 6,1%, tem mostrado um
crescimento gradual ao longo dos anos permitindo uma perspectiva positiva.1

3. Investir em informação sempre foi o maior desafio na esfera empresarial. No caso do


objetivo em proteger as decisões legais de um alto executivo, considero como opção
a informação precisa e atualizada das questões que envolvem a tomada de decisões
do alto escalão de uma empresa. A responsabilidade dos atos adotados por
determinados departamentos pode levar determinadas empresas à falência, e assim,
além do departamento jurídico bem emparelhado e de um seguro com cobertura
capaz de “proteger” essa empresa, a informação, conhecimento, atualização e
fiscalização podem ser aliadas à proteção legal dessas decisões que geram tanto
impacto.

Em que pese a “urgência” que determinadas decisões precisam ser tomadas, um


setor de fiscalização que seja capaz de “averiguar” as melhores opções antes da
tomada de decisão poderia ser de importância ímpar na hora de responder a
determinadas questões, contudo essa opção também levaria a maiores custos e nem
sempre respaldaria à empresa, mas atenderia à proteção da responsabilidade civil do
alto executivo que muitas vezes pode responder pessoalmente e objetivamente pelo
seu ato.

1
https://alsum.co/pb/noticias/penetracion-de-seguros-en-latinoamerica-aun-es-baja-pero-cuenta-con-
potencial-para-crecer/

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