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INSS
Direito Previdenciário
Seguridade Social – Parte I
Livro Eletrônico
CASSIUS GARCIA
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tít ulo,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabiliz
responsabilização
ação civil e criminal.
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
Seguridade Social – Parte I
Prof. Cassius Garcia
SUMÁRIO
1. Seguridade Social – Conceituação ...........................................................12
2. Princípios Constitucionais da Seguridade Social
So cial ......................................... 17
2.1 Solidariedade .....................................................................................17
2.2 Universalidade da Cobertura e do Atendimento (UCA) .............................. 21
2.3 Uniformidade e Equivalência dos Benefícios e Serviços às Populações
Urbanas e Rurais (UE) .............................................................
...............................................................................
..................24
24
2.4 Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios e Serviços (SD) 26
2.5 Irredutibilidade do Valor dos Benefícios (IVB)
(I VB).......................................... 27
2.6 Equidade na Forma de Participação no Custeio (EFPC) .............................. 30
2.7 Diversidade da Base de Financiamento (DBF)..........................................32
(DBF)..........................................32
2.8. Caráter Democrático e Descentralizado da Administração, mediante
Gestão Quadripartite, com Participação dos Trabalhadores,
Trabalhadores, dos Empregadores,
dos Aposentados e do Governo nos Órgãos Colegiados (CDDGQ) ....................34
3. Disposições Constitucionais Relativas à Seguridade Social ..........................37
3.1 Financiamento da Seguridade Social (art. 195) .......................................37
3.2 Saúde (arts. 196 a 200) .................................................................
.......................................................................
......61
61
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Olá, aluno(a)!
Bom dia/boa tarde/boa noite/boa madrugada.
Começamos aqui o Curso de Direito Previdenciário para o cargo de Técnico do
Seguro Social do
Social do glorioso INSS
INSS..
Temos visto aumentar a frequência de notícias relacionadas a este certame. O
órgão é um dos que mais sofre com carência de servidores e é grande a expectati-
va de abertura de edital ainda neste ano de 2018.
2018. Por isso, nada melhor do que
iniciar a preparação com antecedência.
antecedência. Quem parte primeiro tem mais chances
de chegar na frente.
E quem não quer chegar na frente em um concurso que promete vir com mui-
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Programação do Curso
Aula Conteúdo
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Essas normas citadas anteriormente serão a base para as primeiras sete aulas.
Para a aula 8, usaremos várias outras leis. Se quiser começar a estudá-las desde
já (não conheço a sua disponibilidade de tempo), lá vão:
Constituição – Artigo 40
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm
http://www.planalto.gov
Emenda Constitucional n. 20/1998
http://www.planalto.govv.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc20.htm
http://www.planalto.go
Emenda Constitucional n. 41/2003
http://www.planalto.govv.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc41.htm
http://www.planalto.go
Emenda Constitucional n. 47/2005
http://www.planalto.govv.br/ccivil_03/Constituicao/Emendas/Emc/emc47.htm
http://www.planalto.go
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Mas nosso estudo não se limita à leitura das aulas e das leis. Sempre que sur-
girem dúvidas – e a verdade é que várias surgirão – não hesite: acesse imedia-
tamente o
tamente o fórum da aula correspondente.
corresponden te. Lá, estarei sempre
sempre à disposição para
esclarecer tudo
tudo o
o que for perguntado. Pergunte mesmo, sem medo.
medo. Na prepa-
ração para concursos, não existe dúvida boba, TUDO é importante.
Agora é a hora do treino; agora é a hora de aparar TODAS as arestas; agora é
a hora de errar. Tudo para que, no momento decisivo, você esteja absolutamente
convicto(a) da
convicto(a) da resposta correta.
Nesta aula trataremos do seguinte:
TÓPICO
1. Seguridade Social – Conceituação
2. Princípios Constitucionais da Seguridade Social
2.1. Solidariedade
2.2. Universalidade da Cobertura e do Atendimento
2.3. Uniformidade e Equivalência
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3) Resolva
3) Resolva muitas, muitas e muitas questões de concurso.
concurso. Neste mate-
rial haverá uma boa quantidade delas. Enquanto tiver tempo e energia, estude. A
repetição é fundamental para a memorização. Além disso, a resolução exaustiva
de questões auxilia no treinamento de administração do tempo, o que também é
indispensável.
Está pronto(a) para começar?? Vamos juntos trilhar esse caminho, e certamen-
te celebraremos juntos, quando você compartilhar
co mpartilhar comigo a notícia da aprovação.
Vamos logo em frente, pois o tempo é curto, e a matéria é loooooooooooonga.
Um grande abraço. Bons estudos.
Que Deus permaneça conosco.
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Art. 194. A
194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saú-
de, à previdência e à assistência social.
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Errado.
Como podem ver, o enunciado é cópia quase literal desse dispositivo. Mas ele diz
que as ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade se destinam a asse-
gurar exclusivamente os direitos relativos à previdência e assistência.
hipótese”, “em qualquer caso” e outras do tipo. É MUITO COMUM que um enunciado
aparentemente certo se torne errado em razão delas. Mas nada de paranoia, OK?
Não estou dizendo que questões com esses termos serão sempre erradas; o que
estou sugerindo é que você REDOBRE A ATENÇÃO ao encontrar tais pala-
vrinhas nos
vrinhas nos enunciados a analisar. Nesse item que estamos apreciando, o erro
está justamente na palavra exclusivamente.
No caso em análise, a restrição imposta pelo exclusivamente está afastando a
“saúde” da abrangência
abrangência da seguridade social, ferindo de morte o enunciado.
enunciado.
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Se achar mais fácil decorar essa fórmula do que o art. 194 da CF, sinta-se à
vontade. Se não todas, a imensa maioria das questões com referência a esse artigo
podem ser solucionadas com isso.
Há quem considere ridículo o uso desse tipo de memorex. Para mim, como
concurseiro e professor, o que importa é que, ridículo ou não, funciona
funciona.. E tudo o
que puder ser feito para auxiliar na memorização, por mais absurdo que pareça, é
válido. Não se limite às minhas sugestões,
sugestões , crie seus próprios “memorex”.
“memorex”. Algumas
questões da prova podem ser acertadas só com o uso dessas formulazinhas apa-
rentemente bobas de memorização.
Quer mais??? Eu tenho!!
2. (CESPE/TCE-BA/PROCURADOR DE CONTAS/2010)
CONTAS/2010) Julgue o próximo item, a res-
peito da seguridade social.
O conceito de seguridade social compreende a saúde, a previdência e a assistência
social e está positivado expressamente no ordenamento jurídico brasileiro, tanto no
texto constitucional quanto na legislação infraconstitucional.
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Certo.
Esse item não podia ser mais fácil... Há nele duas informações que precisamos
avaliar.
Primeira informação: “O conceito de seguridade social compreende a saúde, a pre-
vidência e a assistência social”
Você já sabe que ela está correta. Não precisarei nem mesmo colar aqui o art. 194
da CF, né?
Até agora, portanto, a banca vai bem, falou tudo certinho...
ce rtinho...
Art. 1º A
1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito
dire ito relativo à saúde, à
previdência e à assistência social.
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Art. 1º A
1º A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito
dire ito relativo à saúde, à
previdência e à assistência social.
Como você pode ver, a segunda informação que devíamos avaliar também está
corretíssima.
Certo.
1. Releia o art. 194 da CF.
2. Relembrem que Seguridade Social = PAS
3. Vamos adiante, pois ainda temos MUITO para estudar aqui.
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Art. 194. [...]
194. [...] Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar
a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
obj etivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e ru-
rais;
III – seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;
IV – irredutibilidade do valor dos benefícios;
V
VI––equidade na da
diversidade forma
basedede
participação no custeio;
nanciamento;
VII – caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadri-
partite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do
Governo nos órgãos colegiados.
2.1 Solidariedade
Comecemos pelo princípio que não está no art. 194. A doutrina previdenciária
reconhece como uma espécie de “princípio geral”, a solidariedade
solidariedade.. Mais que um
princípio constitucional da seguridade social, é um objetivo fundamental da
fundamental da Re-
pública Federativa
Federativa do Brasil, presente no art. 3º, I da Constituição:
Art. 3º Constituem
3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I – construir uma sociedade livre, justa e solidária; [...]
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Art. 195.
195. A seguridade social será nanciada por toda a sociedade,
sociedade, de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais: [...]
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dos segurados), mas não existe relação de causa e efeito entre contribuição e
benefício. O recolhimento de contribuições independe da possibilidade de re-
cebimento futuro de benefícios.
benefícios. Essa é a ideia que justica o recolhimento de
contribuições pelos aposentados que permanecem na ativa. Eles não contribuem
sobre o valor de seu benefício, mas permanece a obrigação de
obrigação de contribuir sobre
o valor recebido em decorrência de sua atividade prossional.
É isso que nos diz o Judiciário:
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sido
(TRF4respeitada a capacidade contributiva
– AC 200371000720816 do contribuinte.
– Rel. Desembargador 4. Apelação improvida.
WELLINGTON MENDES DE AL-
AL-
MEIDA – Primeira Turma
Turma – Julgamento em 25.05.2005 – Publicação em 08.06.2005)
Certo.
Como acabamos de ver,
ver, o princípio da solidariedade não está expresso no art. 194
da CF.
“Entendi, professor. Se não consta a ‘solidariedade’ no art. 194, o enunciado está
NÃO, meu(minha) amigo(a). Leia com atenção a questão. Ela começa por “embora
não conste expressamente no título que trata da ordem social”.
social”. Então o fato de não
constar nesse art. 194 não basta para tornar a questão errada.
Controle a ansiedade, leia calmamente o enunciado e compare com o que acabei
de expor acerca do princípio da solidariedade.
s olidariedade. Você perceberá que o enunciado não
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(TRF1 – AC 200433000166314
20043300 0166314 – Rel. Juiz Federal MARK YSHIDA BRANDÃO – 1ª Turma
Turma
Suplementar – Julgamento em 19.05.2011 – Publicação em 15.06.2011)
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Certo.
A Universalidade da Cobertura e do Atendimento (UCA
(UCA,, para os íntimos) é um princípio
constitucional da seguridade social. Está no art. 194, parágrafo único, inciso I, da CF.
Ele signica que a seguridade social deve ser organizada de forma a abranger
todos os riscos ou contingências sociais
contingências sociais possíveis – Universalidade da Cober-
tura – e destinada a todos os residentes no
residentes no território nacional – Universalidade
do atendimento.
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“Mas professor,
professor, mesmo quem não contribui para a Previdência deve ser atendi-
do(a)??”
Sim, meu(minha) amigo(a). CUIDADO! A existência desse princípio não justi-
justi-
ca a extensão de todos os pilares da Seguridade Social (PAS
(PAS –
– Previdência, Assis-
tência e Saúde) a todos(as). Ele assegura que todos(as) os que vivem no território
nacional têm direito a alguma(s) das formas de proteção da seguridade.
Isso signica que quem não contribui para a Previdência também deve ser aten-
aten -
dido(a), mas não pela Previdência.
Previdência. Se for carente, será atendido(a) pela Assis-
tência Social. E mesmo não sendo carente ainda há o direito à Saúde, que é asse-
gurado a todos os residentes no Brasil, independentemente de contribuição ou de
classe social.
Previdência é garantida para quem Paga (CF, art. 201);
Assistência é assegurada aos necessitados/desamparados, que não têm condições
de contribuir para a Previdência (CF, art. 203);
Saúde é direito de todos e
todos e dever do Estado (CF, art. 196).
Como pode ver,
ver, o item que estamos analisando trouxe de forma precisa o conceito
da UCA. Só nos resta, então, considerá-la CERTA
CERTA.. De acordo??
“Não, professor...
professor... eu entendi que o texto diz que previdência, assistência e saúde
devem alcançar todas as pessoas.
pessoas.”
”
Mas não foi isso que a questão disse, meu(minha) amigo(a). Em primeiro lugar,
tenha em mente que o enunciado fala na “meta da UCA”. Meta é um alvo a ser
atingido –
atingido – o que não signica que já o tenha sido.
Leia de novo, pausadamente. O que diz ali é que “as ações destinadas a assegurar
asse gurar
os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social” devem alcançar
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todas as pessoas. Você não se lembra de encontrar essa expressão “as ações desti-
nadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência
assis tência social”
em outro lugar?? Vou facilitar a sua vida... leia comigo o art. 194 da Constituição:
Art. 194. A
194. A seguridade social compreende
social compreende um conjunto integrado de ações
ações de
de inicia-
tiva dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relati-
vos à saúde, à previdência e à assistência social.
social.
Creio que agora não reste qualquer dúvida. De acordo com a assertiva em análise,
a UCA diz que a seguridade social deve chegar a todos.
todos. Se a pessoa tem aces-
so à assistência ou à saúde ou
ou à
à previdência já se pode entender que está sendo
atendida pela seguridade social, não é verdade? Está convencido(a) agora? Posso
prosseguir?
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Certo.
Preciso colar de novo o art. 194 da CF? Sim? Então lá vai...
Art. 194. A
194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saú-
de, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade
social, com base nos seguintes objetivos:
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;
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Mas rearmo que todos terão direito a pelo menos UM benefício ou serviço
serviço
do universo da seguridade social.
Por seletividade
seletividade entendemos
entendemos que o legislador deve identicar os riscos e con-
con-
tingências que geram maior necessidade de proteção da seguridade social
soc ial e, além
disso, estabelecer critérios objetivos para contemplar as camadas sociais mais ne-
cessitadas. Exemplos:
Nascimento Salário-maternidade
“Miserabilidade” nos termos da lei Benefício assistencial (Assistência Social)
Já a distributividade
distributividade se
se relaciona com a distribuição de renda. A atuação do
sistema protetivo deve ser distribuída da forma mais ampla possível, e direcionada
para as pessoas com maior necessidade, de acordo com a previsão legal. Ou seja,
é instrumento de justiça
de justiça social.
social.
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Há quem entenda que a restrição imposta por este princípio se refere ao valor no-
minal;; há também quem diga que não pode ser diminuído o valor real
minal real do
do benefí-
cio. Vamos ao exemplo para que melhor entenda:
Suponhamos que uma pessoa se aposentou com rendimentos iniciais de R$ 1.000,00.
Já se passaram 2 anos e ele continua recebendo os mesmos R$ 1.000,00. A ina-
ina-
ção no período foi de 10%. O princípio da irredutibilidade foi respeitado? DEPENDE.
O valor NOMINAL do benefício não foi reduzido. Iniciou em mil reais e assim per -
maneceu. No entanto, é inegável que o valor REAL, ou seja, o poder de compra
daquele montante, foi diminuído. Então a resposta à pergunta, a depender da cor-
rente doutrinária seguida, pode ser positiva ou negativa.
“ Ah...
Ah... entendi,
entendi, professor. Se na p
prova
rova houve
houverr uma pe
pergunta
rgunta dess
dessas
as eu po
posso
sso mar-
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Quem leu o parágrafo anterior com atenção, sem se xar só no que grifei, já per-
per -
cebeu que o tal ‘dispositivo constitucional que assegura o reajustamento dos bene-
fícios’ que mencionei há pouco é o art. 201. Atualmente a regra está no parágrafo
4º do art. 201, e não no 2º. Diz ele:
Art. 201. [...]
201. [...] § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes,
em caráter permanente, o valor real, conforme critérios denidos em lei.
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Seguridade Social – Parte I
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AGRAVO REGIMENTAL
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS.
REVISÃO. ARTIGO 201, § 4º, DA CB/88. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
REFLEXA.
1. Este Tribunal
Tribunal xou entendimento no sentido de que o disposto no artigo 201, § 4º, 4º,
da Constituição do Brasil, assegura a revisão dos benefícios previdenciários conforme
critérios denidos em lei, ou seja, compete ao legislador ordinário denir as dire-
trizes para conservação do valor real do benefício.
benefício. Precedentes. 2. Controvérsia
decidida à luz de legislações infraconstitucionais
infraconstitucionais.. Ofensa indireta à Constituição do Bra-
sil. 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
(STF – AI 668.444-AgR – Relator Ministro EROS GRAU – Segunda Turma – Julgamento
em 13.11.2007 – Publicação em 07.12.2007)
ENTENDIDO?
Agora vem o problema. Nem sempre as bancas acolhem esse entendimento do STF
STF..
Já vi enunciados armando que a IVB garante a manutenção do valor real serem
considerados corretos
corretos..
O que fazer se uma questão sobre o assunto cair na prova?
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Portanto, eu não consigo concordar com a tese de que a EFPC é simples deriva-
ção da capacidade contributiva. Se assemelha muito, mas não integralmente.
integralmente.
Nesse caso a equidade está mais ligada à ideia de justiça
de justiça.. Quem pode mais, paga
mais. Quem gera mais contingências que precisem de proteção do Estado, também
paga mais. Mas na prova, vale dizer que...
EFPC = CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
E vamos em frente, pois o tempo é curto, e a matéria é longa.
Art. 195.
195. A seguridade social será nanciada por toda a sociedade , de forma
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições
sociais: (grifei)
Seguridade Social. Colei esse artigo da Constituição apenas para explicar o princí-
pio da DBF. Toda a sociedade (empregados,
sociedade (empregados, patrões, empresas – indústria, co-
mércio e serviços – importadores... até sobre a “fezinha”
“fezinha”,, chamada na Constituição
de “concurso de prognósticos” incidem contribuições sociais) é responsável pelo
nanciamento da seguridade.
A Constituição ainda deixa margem a uma eventual ampliação desse universo,
quando diz, no §4º do artigo 195, que
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Letra e.
Esse item dispensa maiores comentários. Leia atentamente o enunciado e veja se
ele não diz, em síntese, que quem pode mais, paga mais. Essa expressão não é
tradução – simplicada, reconheço – de um princípio da seguridade social?
Não é exatamente essa ‘tradução’ que eu uso ao ensinar a EFPC
EFPC??
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Errado.
Hahahahahahaha! Ufa... Peço desculpas, aluno(a), mas não consegui me conter.
conter. E
creio que você teve a mesma reação ao ler esse enunciado. Que item RIDÍCULO,
que não exige do candidato nada além da boa e velha decoreba.
Basta lembrar do CDDGQ – Caráter Democrático e Descentralizado,
Desc entralizado, mediante
mediante Ges-
tão Quadripartite. E quem participa dessa gestão
ges tão quadripartite? O GATE
GATE –
– Gover-
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Certo.
Decoreba pura e simples do art. 194 da CF:
Art. 194.
194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de
ações de
iniciativa
relativosdos Poderes
à saúde, Públicos e da esociedade,
à previdência destinadas
à assistência social. a assegurar os direitos
social.
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade
social, com base nos seguintes objetivos
objetivos::
I – universalidade da cobertura e do atendimento;
atendimento;
II – uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urba-
nas e rurais;
rurais;
Buenas... agora que os princípios já estão mais do que xados na mente, vamos
debulhar os artigos 195 a 204 da CF... Vambora?
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A Constituição nos apresenta, nos artigos 195 a 204, regras – a missão de uma
Constituição é estabelecer apenas normas gerais; a nossa, infelizmente, extrapola
MUITO essa atribuição e ingressa, muitas vezes, em minúcias que deveriam ser
reguladas por Lei ou Decreto – relativas ao Financiamento da Seguridade Social e
a cada um dos pilares integrantes da Seguridade (PAS – Previdência, Assistência e
Saúde). Pegue um café, porque a coisa aqui vai LONGE. Vamos estudar em profun-
profun-
didade cada um dos artigos, incisos, parágrafos e alíneas. Preparado(a)??
Art. 195. A
195. A seguridade social será nanciada por toda a sociedade, de forma direta e in-
in-
direta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes
p rovenientes (a partir daqui identifcamos
o cumprimento do princípio da DBF) dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador
empr egador,, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, inciden-
tes sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer
título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
b) a receita ou o faturamento;
c) o lucro;
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Art. 195. A
195. A seguridade social será nanciada por toda a sociedade, de forma direta e in-
in-
direta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
sociais:
I – do empregador,
empregador, da empresa e da entidade
e ntidade a ela equiparada na forma da lei, inci-
dentes sobre:
sobre:
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou pagos ou creditados, a
qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo em-
pregatício; [...]
pregatício; [...]
Quais são as contribuições sociais que servem para nanciar a seguridade so-
so -
cial? São as que estão nos incisos I a IV do art. 195:
1) Contribuição da empresa/empregador etc. (art. 195, I) sobre:
I) sobre:
a) folha de salários e demais rendimentos do trabalho – é conhecida como
a)
CONTRIBUIÇÃO PATRONAL.
PATRONAL. Ela equivale a 20% sobre a folha de salários, sem
limite. Se a empresa paga 10 mil reais a título de ‘salário e demais rendimentos do
trabalho’, pagará 2 mil reais de contribuição patronal; se paga 100 mil, recolherá
20 mil, e assim por diante.
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b) a
b) a receita ou o faturamento – incidem 2 contribuições sobre essa base PIS/
PASEP e
PASEP e COFINS
COFINS..
c) o lucro – a contribuição que incide sobre o lucro é a CSLL – Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido.
Líquido.
2) Do trabalhador e dos demais segurados da Previdência Social (art. 195, II)
É a tal contribuição previdenciária. TODAS as categorias de segurado (empregado,
avulso, contribuinte individual, doméstico, segurado especial e facultativo) contri-
buem, com bases de cálculo e alíquotas diferenciadas (lembra da EFPC?) estabele-
cidas em lei.
3) Sobre a receita de concursos de prognósticos (art. 195, III)
Mega-Sena? Quina? LotoFácil? Timemania? A renda líquida de qualquer desses
concursos – descontando o valor destinado ao Programa de Crédito Educativo –
constitui receita da Seguridade Social,
Social, conforme nos diz o art. 26 da Lei n.
8.212/91. O que é “concurso de prognósticos”? É a popular “fezinha ” ...
... o § 1º do
art. 26 da Lei n. 8.212 traz, em linguagem mais técnica, o conceito:
Art. 26,
26, § 1º Consideram-se concursos de prognósticos todos e quaisquer concursos de
sorteios de números, loterias, apostas, inclusive as realizadas em reuniões hípicas, nos
âmbitos federal, estadual, do Distrito Federal e municipal. Como podem ver
ver,, até a b
boa
oa e
velha corrida de cavalos pode resultar em receita
re ceita para a Seguridade Social.
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O mais importante aqui é sabermos que estas contribuições NÃO SÃO as mes-
mas PIS/PASEP e COFINS incidentes sobre a receita ou o faturamento, que men-
cionei anteriormente. São contribuições incidentes especicamente sobre a im-
especicamente
portação,, criadas pela Lei n. 10.865, após a inclusão do inciso IV no art. 195 da
portação
CF pela Emenda Constitucional n. 42, de 19/12/2003.
Errado.
Quem diria que em um concurso para uma carreira jurídica importante como a de-
fensoria pública haveria uma questão fácil assim?
Releia o art. 195 da CF,
CF, que está transcrito anteriormente. Você verá que, além das
guras mencionadas no enunciado, também contribuem para a seguridade social
os importadores de bens e serviços e as entidades promotoras de concursos de
prognósticos (loterias). Se o enunciado não trouxesse a palavra únicas, poderia ser
considerado correto, já que, de fato, todos os entes ali citados auxiliam no custeio
da seguridade social. Como diz que são as únicas fontes de custeio, aí não tem jei-
to, não há salvação para a assertiva.
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12. (CESPE/MTE/AUD
(CESPE/MTE/AUDITOR
ITOR FISCAL DO TRABALHO/2013) Julgue os próximos itens,
acerca da conceituação, da organização e dos princípios constitucionais da seguri-
dade social.
A seguridade social é nanciada por toda a sociedade, de forma indireta, nos ter -
mos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios.
Certo.
Aqui temos uma questão realmente inteligente do Cespe.
Onde estão as normas gerais sobre o nanciamento da Seguridade Social? Na CF,
Art. 195. A
195. A seguridade social será nanciada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
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mediário a
mediário a União, Estado, DF ou Município.
Hora de refazer a pergunta: a partir da leitura do artigo 195, a que conclusão chega
a respeito do enunciado?
“Bah, professor...
professor... agora eu tô em dúvida.”
dúvida.”
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Observe que a assertiva não fala em custeio de forma indireta... isso o torna in-
completo, não errado.
errado. Não há nenhuma inverdade, não há nenhuma falha que
nos permita considerar incorreto o texto. Conseguiu compreender? Esse é o modo
Cespe de enlouquecer os candidatos. Situações como essa são frequentes em pro-
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Letra e.
Item a item.
O enunciado já traz a transcrição parcial do caput do
do art. 195 da CF... com isso,
aponta o caminho para a solução.
Antes de analisar detalhadamente cada assertiva, veja que as contribuições sociais
estão previstas, em regra, no art. 195, incisos I a IV. Portanto, embora se admita
a criação de novas contribuições destinadas à Seguridade (por força do § 5º desse
mesmo artigo), o simples fato de uma contribuição não constar no art. 195
é um indício relevante.
relevante. É sob essa ótica que vamos às assertivas.
a) Errada. Essa
Errada. Essa “contribuição sobre o domínio econômico”, conhecida pela sigla
CIDE, não está no art. 195, não é? Como eu disse, se não está lá, já podemos quase
concluir pelo erro. Mas vamos além. Essa contribuição tem previsão na Constitui-
ção, mas não é destinada ao nanciamento da Seguridade Soc
Social.
ial. Para comprovar
isso, vejam o que diz o art. 177 da Constituição:
Art. 177. [...]
177. [...] § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico
relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados,
gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requi-
sitos: [...]
II – os recursos arrecadados serão destinados:
destinados:
a) ao pagamento de subsídios a
subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás na-
tural e seus derivados e derivados de petróleo;
b) ao nanciamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petró-
leo e do gás;
c) ao nanciamento de programas de infraestrutura de transportes.
nem no mais delirante sonho. Então, embora a CIDE seja uma contribuição pre-
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Art. 149. [...]
149. [...] § 2º As contribuições sociais e
sociais e de intervenção no domínio econômico
de que trata o caput deste
deste artigo:
I – não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;
exportação; [...]
Impossível ser mais claro que isso, concorda? Diante da expressa vedação consti-
tucional, só podemos julgar ERRADA a alternativa.
c) Errada. Essa
Errada. Essa aí é mais fácil de justicar. Você conhece o dispositivo a seguir,
extraído da CF:
Art. 195. [...]
195. [...] II – do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime
geral de previdência social de
social de que trata o art. 201;
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Art. 195. [...]
195. [...] e das seguintes contribuições sociais:
I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na
equiparada na forma da lei,
incidentes sobre: [...]
b) a receita ou o faturamento;
faturamento;
Esse parágrafo não exige nenhum esforço interpretativo... basta saber exata-
mente o que ele diz. Os Estados, DF e Municípios não vão transferir à União os seus
recursos destinados à Seguridade.
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Pensava que cada área elaborava seu orçamento? Relembre o conceito de se-
guridade do art. 194... conjunto integrado de ações.
ações. Então as 3 áreas da segu-
ridade (PAS) precisam pensar juntas sobre a destinação de seus recursos. Não po-
demos esquecer, no entanto, que a execução do orçamento é individualizada
por área...
área... é isso que diz no nal do parágrafo, em atendimento ao caráter de-
mocrático e descentralizado da administração,
administração, que é princípio da seguridade.
O parágrafo emite uma autorização (a lei pode instituir outras fontes de recur-
sos) e uma restrição (art. 154, I). O art. 154, I estabelece, para a União, a chama-
da competência residual.
residual.
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Art. 154. A
154. A União poderá instituir:
I – mediante lei complementar,
complementar, impostos não previstos no artigo anterior
anterior,, desde que
sejam não cumulativos e
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição;
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residual instituída no art. 195, §4º, não podem ter fato gerador e base de cál-
culo próprios das Contribuições Sociais já discriminadas na Constituição
(art. 195, incisos I a IV).
IV). Mas...
O STF já decidiu que as Contribuições Sociais podem ter base de cálculo e fato
gerador idênticos aos dos impostos.
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§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após
decorridos noventa dias da
dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou
modicado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”
“b”..
noventena;
noventena;
(2) a
(2) a noventena a que estão sujeitas as Contribuições Sociais deve ser respeita-
da na instituição da contribuição e na majoração de alíquotas. Embora o texto
constitucional fale em “lei que as houver instituído ou modicado” e “modicação”
possa ser, a rigor, para mais ou para menos, O STF já tem rme entendimento
de que a redução de alíquotas NÃO SE SUJEITA À NOVENTENA.
NOVENTENA. Nossa corte
máxima também já deixou claro que a simples alteração do prazo de pagamen-
to de
to de uma contribuição também não se sujeita à noventena.
noventena.
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Com o esqueminha
esqueminha a seguir, acredito que que bem mais fácil de assimilar as
distinções entre todas as regras de anterioridade tributária.
14. (CESPE/DPU/ANALIST
(CESPE/DPU/ANALISTA
A TÉCNICO-ADMINISTRA
TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2016)
TIVO/2016) No que se refere ao
nanciamento da seguridade social, julgue o item a seguir
seguir..
Lei que aprovar a majoração de contribuição previdenciária para efeito de custeio
de benefício ou serviço da seguridade
se guridade social só poderá ser aplicada após decorridos
noventa dias da data da sua publicação.
Certo.
Não há muito o que comentar neste ponto... o enunciado é um Ctrl+C/Ctrl+V da
Constituição, referente ao instituto que denominamos noventena:
Art. 195. [...]§
195. [...]§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão
ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modicado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, “b”.
“b”.
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“Professor...
“Professor... quais são as tais exigências estabelecidas em lei?”
Não são poucas, aluno(a)! Estão no art. 29 da Lei n. 12.101/2009, e devem ser
atendidas de forma CUMULATIVA. Não vão cair na prova, mas para você não car
curioso, aí vão elas!
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Art. 29. A
29. A entidade benecente certicada na forma do Capítulo II fará jus à isenção do
pagamento das contribuições de que tratam os arts. 22 e 23 da Lei n. 8.212, de 24 de
julho de 1991, desde que atenda, cumulativamente
cumulativamente,, aos seguintes requisitos:
I – não percebam seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores ou benfeitores re-
muneração, vantagens ou benefícios, direta ou indiretamente, por qualquer forma ou
título, em razão das competências, funções ou atividades que lhes sejam atribuídas
pelos respectivos atos constitutivos, exceto no caso de associações assistenciais ou
fundações, sem ns lucrativos, cujos dirigentes poderão ser remunerados, desde que
atuem efetivamente na gestão executiva, respeitados como limites máximos os valores
praticados pelo mercado na região correspondente à sua área de atuação, devendo seu
valor ser xado pelo órgão de deliberação superior da entidade, registrado em ata, com
comunicação ao Ministério Público, no caso das fundações;
II – aplique suas rendas, seus recursos
re cursos e eventual superávit integralmente no território
nacional, na manutenção e desenvolvimento de seus objetivos institucionais;
III – apresente certidão negativa ou certidão positiva com efeito de negativa de débitos
relativos aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e certi-
cado de regularidade do Fundo de Garantia do T Tempo
empo de Serviço – FGTS;
IV – mantenha escrituração contábil regular que registre as receitas e despesas, bem
como a aplicação em gratuidade de forma segregada, em consonância com as normas
emanadas do Conselho Federal de Contabilidade;
V – não distribua resultados, dividendos, bonicações, participações ou parcelas do seu
patrimônio, sob qualquer forma ou pretexto;
VI – conserve em boa ordem, pelo prazo de 10 (dez) anos, contado da data da emissão,
os documentos que comprovem a origem e a aplicação de seus recursos e os relativos a
atos ou operações realizados que impliquem modicação da situação patrimonial;
VII – cumpra as obrigações acessórias estabelecidas na legislação tributária;
VIII – apresente as demonstrações contábeis e nanceiras devidamente auditadas por
auditor independente legalmente habilitado nos Conselhos Regionais de Contabilidade
quando a receita bruta anual auferida for superior ao limite xado pela Lei Complemen
Complemen--
tar n. 123, de 14 de dezembro de 2006.
Voltando
Voltando para a Constituição, que é o que mais nos interessa no momento...
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Reexo da mania
mania do legislador constitucional de regular tudo
tudo.. Eu não vejo mo-
tivo para constar na constituição uma disposição dessas, que poderia perfeitamen-
te estar apenas na legislação previdenciária. Mas como está aí, vamos comentar.
Lembram do princípio da EFPC? Aí está ele na prática. Cada um deve contribuir no
limite de suas possibilidades... os trabalhadores rurais e pescadores em regime
de economia familiar (ou seja, que produzem basicamente para sua subsistência)
também contribuem, mas com uma alíquota baixinha, incidente sobre a comercia-
c omercia-
lização de sua produção.
O importante aqui é saber que (1) a contribuição aproveitará também aos côn-
juges;; e (2)
juges (2) com
com a contribuição, farão jus aos benefícios da previdência social.
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Errado.
E lá vêm as famosas palavrinhas-chave facilitando a vida dos concurseiros. O “uni-
camente” mata por completo a proposição.
Acabamos de ver que a Constituição permite a xação de alíquotas ou bases de
cálculo diferenciadas em razão do PUMA, ou do PACU
PACU..
Então não é unicamente em razão do porte da empresa.
Vamos adiante?
§ 10. A lei denirá os critérios de transferência de recursos para o sistema único de
saúde e ações de assistência social da União para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, e dos Estados para os Municípios, observada a respectiva contrapartida
de recursos.
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Além disso, preste atenção na redação das palavras. Anistia não tem erro...
mas remissão (que signica perdão) tem uma “prima próxima”, chamada REMI-
REMI-
ÇÃO. Essa “prima” signica QUITAÇÃO
QUITAÇÃO.. Portanto, se alguma alternativa disser
que é vedada a concessão de REMIÇÃO, está errada
errada.. O que é proibido é o PERDÃO
(REMISSÃO), OK?
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§ 13. Aplica-se
parcial, o disposto
da contribuição no § 12 na
incidente inclusive
forma na
do hipótese depela
inciso I, a, substituição
incidentegradual,
sobre atotal ou
receita
ou o faturamento.
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(1) só
(1) só no ano de 2011 (8 anos depois da emenda) saiu uma lei que começou a
tratar do assunto – Lei n. 12.546/2011; e
(2) por força do § 13, essa contribuição recolhida em substituição à cota patro-
nal será não cumulativa.
cumulativa.
“CARAMBA! CHEGA DE FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE,
SEGURIDADE, NÉ PROFESSOR?”
Por enquanto SIM, meu(minha) amigo(a). Vamos só resolver mais uma questão
antes de ir para o próximo tópico...
Certo.
Leia atentamente o enunciado e veja se ele não é um exemplo de aplicação prática
do seguinte dispositivo constitucional:
Art. 194. [...]§
194. [...]§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado,
majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.
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Art. 196. A
196. A saúde é direito de todos e
todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação..
recuperação
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Art. 197. São
197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, scalização e controle,
devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por
pessoa física ou jurídica de direito privado.
privado.
Art. 198. As
198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
hierarquizada e
hierarquizada e constituem um sistema único,
único, organizado de acordo com as seguin-
tes diretrizes:
I – descentralização
descentralização,, com direção única em cada esfera de governo;
II – atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas,
preventivas, sem pre-
juízo dos serviços assistenciais;
assistenciais;
III – participação da comunidade.
comunidade.
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Retomando o o da meada...
§ 1º O sistema único de saúde será nanciado, nos termos do art. 195, com recursos
do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, além de outras fontes.
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Simples de entender,
entender, não é? O poder público nanciará a seguridade social (por
consequência lógica, nanciará a saúde), mas não da forma que lhe for mais con-
con-
veniente. Como a saúde é “de relevância pública” (art. 197) os entes públicos de-
vem reservar
vem reservar um percentual mínimo de sua arrecadação para as ações e serviços
de saúde. Qual é esse percentual?
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arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as parcelas que forem
transferidas aos respectivos Municípios.
Municípios.
MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL O Distrito Federal não é estado nem mu-
nicípio. É uma unidade administrativa que, por força da Constituição, acumula as
competências tributárias de Estados e Municípios. Por isso ele consta nas duas lis-
tagens. Municípios e DF devem aplicar em ações e serviços de saúde NO MÍNIMO
15% do produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.
Sobre o § 3º deste art. 198 não precisamos tecer maiores comentários, pois os
comandos nele presentes são dirigidos exclusivamente ao legislador, orientando-o
acerca do conteúdo da lei complementar que deveria ser criada (e o foi: Lei Com-
Com -
plementar n. 141/2012). Continuemos...
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Art. 199. A
199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
O que esse artigo quer dizer? O óbvio... existe um sistema público de saúde,
gratuito, acessível a todos os residentes no território nacional. Mas se a iniciativa
privada quiser trabalhar na área da saúde, não haverá restrições.
§ 2º É vedada
vedada a a destinação de recursos
r ecursos públicos para auxílios ou subvenções às insti-
tuições privadas com ns lucrativos.
§ 3º É vedada
vedada a a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros
estrangeiros
na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.
O que quer dizer o § 2º? Que as instituições privadas com ns lucrativos que
atuarem no SUS não receberão pelos serviços prestados? NEM PENSE NUMA
BOBAGEM DESSAS!
DESSAS! Ele quer dizer exatamente o que diz ali... auxílios e sub-
venções.. Uma clínica particular, com nalidade lucrativa, não pode receber do
venções
Poder Público recursos para ampliação de suas instalações, por exemplo, ou um
subsídio para redução do valor dos procedimentos. Mas receberão, sim, por cada
procedimento realizado via SUS.
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O parágrafo terceiro, por seu turno, é tão claro que dispensa comentários.
Art. 200. Ao
200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos
da lei:
I – controlar e scalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para
a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
II – executar
saúde as ações de vigilância
do trabalhador; vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de
III – ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV – participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento bá-
sico;
V – incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento
de senvolvimento cientíco e tecnológico e a
inovação;
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Ironias à parte, sabemos que, na prática, não muda nada. Mas alterações cons-
titucionais sempre tornam o dispositivo um forte candidato a gurar nas provas de
concurso. Fica aqui, portanto, meu alerta.
Não vejo, nesse art. 200, nada que seja digno de nota. Se houver alguma dúvi-
da especíca, pergunte... anal de contas, o professor existe para isso.
UFA! Vamos
Vamos lá, aluno(a), força! Ainda falta um pouquinho. Só mais umas pági-
nas... e depois mais algumas aulas...
Continuando nosso estudo das disposições constitucionais relativas à
seguridade social,
social, entraremos na parte que para nós é a mais importante: a
PREVIDÊNCIA.
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O que nos interessa neste curso é, principalmente, o RGPS. É nele que apro-
fundaremos nossos estudos e análises nas aulas seguintes. Por ora, vamos nos
restringir à disciplina constitucional do tema.
O art. 201, com seus incisos, conceitua e estabelece a área de cobertura do
RGPS:
Art. 201. A
201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral,
geral, de ca-
ráter contributivo e
contributivo e de liação obrigatória, observados critérios que preservem o
equilíbrio nanceiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
I – cobertura dos eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada;
II – proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III – proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV – salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V – pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e
dependentes, observado o disposto no § 2º.
Já falei antes, mas aqui destaco novamente. Dos três ramos da Seguridade So-
cial (PAS), a Previdência é a única que depende de contribuição.
contribuição. Ela só é devida
aos segurados,
segurados, ou seja, àqueles que, de alguma forma, contribuem
contribuem para
para o cus-
teio do sistema previdenciário.
Há quem compare a previdência com um seguro, e não está totalmente equi-
vocado. O próprio nome do instituto que administra a Previdência conduz a essa
conclusão: INSS – Instituto Nacional do Seguro Social.
Seguro Social. A semelhança reside no
fato de que é vertida uma contribuição almejando a cobertura de riscos. Mas há
uma distinção importantíssima. A previdência social é de liação obrigatória. A
contratação de um seguro é opcional.
Voltando ao art. 201, nos incisos vemos a aplicação de dois princípios: a UCA
e a SD. Lembra deles? A UCA se mostra na intenção de cobrir todos os riscos que
mereçam proteção social; a SD aparece, principalmente, no inciso IV,
IV, que direciona
duas prestações apenas aos dependentes dos segurados de baixa renda.
renda.
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“Profes
“Professor
sor...
... que
querr dizer
dizer que todos
todos esse
essess eve
evento
ntoss aí são cobertos
cobertos pela
pela Pre
Previd
vidênci
ência??
a??”
”
Quase todos, meu(minha) amigo(a)... quase todos. Quer ver?
Quase
• Doença auxílio-doença e auxílio-acidente;
• Invalidez aposentadoria por invalidez;
• Morte pensão por morte;
• Idade avançada aposentadoria por idade ou aposentadoria por tempo de
contribuição;
• Maternidade salário-maternidade;
• Desemprego involuntário “Esse eu sei, professor!! Seguro-desemprego,
certo?”
renda;
renda;
• Filhos + baixa renda salário-família.
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meta corrigir uma distorção pretérita. A pensão devida à esposa e lhos pelo óbito
do trabalhador rural, antes da Constituição, equivalia a 50% do salário-mínimo!!!
Eu disse que
disse que os segurados rurais eram discriminados antes de 88, não disse?
Errado.
Filiação facultativa? Essa não engana ninguém!! Art. 201 da CF:
Art. 201.
201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de
caráter contributivo e de liação obrigatória
obrigatória,, observados critérios que preservem
o equilíbrio nanceiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: [...]
Voltando
Voltando à análise do art. 201...
§ 1º É vedada
vedada a a adoção de requisitos e critérios diferenciados para
diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos beneciários do regime geral de previdência social, ressalvados
ressalvados os
os
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde
ou a integridade física e
física e quando se tratar de segurados portadores de deciência,
nos termos denidos em lei complementar
complementar..
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Contudo, para aqueles que exercem atividades que os expõem a riscos à saúde
ou integridade física (por
( por exemplo, minerador
minerador,, fabricante de tintas, eletricista, mé-
dico, enfermeiro etc.) é permitida diferenciação. Essas pessoas podem se aposen-
tar com menos tempo de contribuição (15, 20 ou 25 anos).
“E os portadores de deciência, professor?”
§ 2º Nenhum
trabalho benefícioterá
do segurado quevalor
substitua
mensal oinferior
salárioaode contribuição
contribuição ou
salário mínimo. ou o rendimento do
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“Professor...
“Professor... me diz aí o que é salário de contribuição.
contribuição.”
”
Digo sim. É a base sobre a qual incide a contribuição previdenciária.
“Então é o salário do segurado?”
Em termos, meu(minha) amigo(a). Há algumas parcelas da remuneração que
não integram o salário de contribuição. Mas isso é assunto para mais adiante. Um
passo de cada vez.
Retomando, a Renda Mensal Inicial (RMI) dos benefícios previdenciários é cal-
culada, em uma simplicação extrema, pela média
média de
de todos os salários recebidos
pelo segurado.
Agora, imagine o caos se fôssemos considerar para o cálculo da média os valo-
res sem qualquer atualização monetária.
Exemplo:
o salário-mínimo no nal de 1994 era de R$ 70,00... hoje (2018) é de R$ 954,00.
Se fosse feita média simples só desses 2 valores já teríamos R$ 512,00. Viu o
tamanho do prejuízo? Para evitar absurdos como esse, é que existe essa disposi-
ção do § 3º. Tudo bem que a inação no Brasil atualmente é baixa. É baixa, mas
existe,, e os segurados da Previdência estão, ao menos parcialmente, protegidos
existe
contra ela por força dessa norma.
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AQUI ESTÁ o
ESTÁ o dispositivo constitucional que assegura a manutenção do valor
real. Nunca esqueçam que o princípio da IVB, para o STF, se refere apenas à ma-
nutenção do valor nominal do benefício. Esse § 4º vem garantir o direito ao rea-
justamento. É por isso que todo ano vemos o Governo FFederal
ederal anunciando
anunciando o índice
de reajuste dos benefícios previdenciários.
§ 5º É vedada
vedada a a liação ao regime geral de previdência social, na qualidade de segura-
segura-
do facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
previdência.
O que é segurado facultativo? Por ora, basta saber que é aquele que não é se-
gurado obrigatório.
“Pô, professor... mas isso é óbvio!”
Sim... é óbvio, mas cai na prova,
prova, então eu deixo registrado. O exemplo mais
claro é o estudante
estudante.. Um estudante universitário, que não trabalhe, não é segurado
obrigatório da previdência. Sua condição de estudante não o vincula ao RGPS. Mas
ele pode, se quiser,
quiser, contribuir para a Previdência como segurado facultativo.
facultativo.
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§ 6º A graticação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos
proventos do mês de dezembro de
dezembro de cada ano.
Essa é a regra geral para a graticação natalina (13º salário), não é? O 13º não
é calculado com base em uma média dos salários do ano, mas sim com base no
valor do salário ou proventos de dezembro.
“Então será igual ao salário de dezembro,
dezembro, professor?”
Sim, como regra. A única exceção ocorrerá no ano do início do benefício.
benefício.
Se o benefício previdenciário iniciou em qualquer mês posterior a janeiro, a grati-
cação natalina será proporcional
proporcional...
... mas ainda assim terá como base o valor de
§ 7º É assegurada aposentadoria no
aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos
da lei,
lei, obedecidas as seguintes condições:
I – trinta e cinco anos
cinco anos de contribuição, se homem
homem,, e trinta
trinta anos
anos de contribuição, se
mulher;;
mulher
II – sessenta e cinco anos
cinco anos de idade, se homem
homem,, e sessenta anos de
anos de idade, se mu-
lher,, reduzido em cinco anos o
lher anos o limite para os trabalhadores rurais de
rurais de ambos os
sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.
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Por que eu destaquei o trecho “nos termos da lei” ali no § 7º? Para deixar claro
que não bastam os
bastam os 30/35 anos de contribuição ou os 60/65 anos de idade. Esses
são requisitos mínimos estabelecidos pela Lei Maior
Maior.. A lei impõe outros requisitos
e condições para a concessão das aposentadorias, que não nos cabe estudar agora.
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Errado.
Acabei de dizer que o professor MIFU, ou seja, aquele que comprove exclusivamen-
Art. 201. [...]
201. [...] § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral
ge ral de previdência social,
nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:
I – trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se
mulher;
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§ 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida con-
correntemente pelo regime geral de
correntemente geral de previdência social e pelo setor privado.
privado.
O parágrafo 12 respeita o princípio da UCA, pois tem como meta ampliar o man-
to protetivo da seguridade. Por se destinar exclusivamente aos trabalhadores de
baixa renda, enxergamos aí também o princípio da SD.
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E o § 13? Qual princípio ele está ecoando? Acertou se disse EFPC. Quem pode
mais, paga mais; quem pode menos, paga menos. Se o benefício é dirigido a famí -
lias de baixa renda, nada mais justo do que dar-lhes alíquotas diferenciadas.
Esse Sistema Especial de Inclusão Previdenciária (SEIP) foi instituído em 1998,
com a Emenda Constitucional n. 20, que incluiu o § 12 ao art. 201. Na época, era
destinado apenas aos trabalhadores de baixa renda. Só em 2005 a Emenda Consti-
tucional n. 47 acrescentou as donas de casa
c asa (sim... é a elas que o trecho “àqueles
sem renda própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho doméstico no âm-
bito de sua residência” se refere).
A lei exigida já foi editada. Foi a Lei Complementar n. 123/2006, que criou o
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Art. 202. O
202. O regime de previdência
p revidência privada, de caráter complementar e
complementar e organizado
de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, social, será fa-
cultativo,, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e
cultativo
regulado por lei complementar
complementar..
§ 1º A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao participante de planos
de benefícios de entidades de previdência privada o pleno acesso às informações relati-
vas à gestão de seus respectivos planos.
§ 2º As contribuições do empregador, os benefícios e as condições contratuais previstas
nos estatutos, regulamentos
regulamentos e planos de benefícios das entidades de previdência privada
não integram o contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos be-
nefícios concedidos, não integram a remuneração dos participantes, nos termos da lei.
§ 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdência privada pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios,
Municípios, suas autarquias, fundações, empre-
sas públicas, sociedades de economia mista e outras entidades públicas, salvo na qua-
lidade de patrocinador,
patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição
normal poderá exceder a do segurado.
segurado.
§ 4ºMunicípios,
ou Lei complementar
inclusive disciplinará a relação
suas autarquias, entre asociedades
fundações, União, Estados, Distrito mista
de economia Federal
e
empresas controladas direta ou indiretamente, enquanto patrocinadoras de entidades
fechadas de previdência privada, e suas respectivas entidades fechadas de previdên-
cia privada.
§ 5º A lei complementar de que trata o parágrafo anterior aplicar-se-á, no que coubercouber,,
às empresas privadas permissionárias ou concessionárias de prestação de serviços pú-
blicos, quando patrocinadoras de entidades fechadas de previdência privada.
pr ivada.
§ 6º A lei complementar a que se refere o § 4º deste artigo estabelecerá os requisitos
para a designação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previdência
privada e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e instâncias de decisão
em que seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.
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Letra e.
Item a item.
a) Errada. A
Errada. A contagem recíproca (ou seja, o cômputo do tempo de contribuição
no RGPS para aposentadoria no serviço público ou o contrário) é assegurada pela
Constituição (art. 201, § 9º) e pela legislação previdenciária (art. 94 da LBPS).
Art. 201. [...]
201. [...] § 9º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do
tempo de contribuição na administração pública e na atividade privada, rural e ur
urbana,
bana,
hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão nanceira-
nanceira-
mente, segundo critérios estabelecidos em lei.
b) Errada. A
Errada. A CF desmente:
Art. 201. A
201. A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter
contributivo e de liação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
nanceiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a:
c) Errada. A
Errada. A CF, de novo, desmente:
Art. 201. [...]
201. [...] § 5º É vedada a
vedada a liação ao regime geral de previdência social, na quali-
quali-
dade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.
p revidência.
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Destaco, como complemento (não é tema desta aula), que existe uma hipótese na
qual o servidor público pode se liar como
c omo facultativo. Está no art. 11, § 2º do RPS.
Vejamos...
Art. 11. [...]
11. [...] § 2º É vedada a liação ao Regime Geral de Previdência Social, na quali-
quali-
dade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência
social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida,
nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.
Art. 201. [...]
201. [...] § 6º A graticação natalina dos aposentados e pensionistas terá por
base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. ano.
e) Correta. Diz
Correta. Diz a CF o seguinte:
Art. 202. O
202. O regime de previdência privada, de caráter complementar e organizado
de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, social, será fa-
cultativo, baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e
regulado por lei complementar
complementar..
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Art. 203. A
203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar,
necessitar, independente-
mente de contribuição à
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deciência e a promoção de
sua integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de
deciência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manuten
manuten--
ção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
Boa parte desses objetivos são atendidos por meio das entidades benecentes
de assistência social (asilos, creches, abrigos...), e com as ações armativas do
poder público (a Bolsa Família
Família é o exemplo mais nítido).
A assistência social surge como uma espécie de “complemento” à previdência.
Por se destinar aos necessitados, ela abrange justamente o público que não é aten-
dido pela Previdência. Apesar desse caráter complementar, pode ver que seu es-
pectro de ação é imenso, pois seus objetivos são extremamente abrangentes. Mas
agora não há motivo para aprofundamentos nessa questão. Basta a memorização
– isso mesmo, decore! – desse artigo.
Destaco apenas o inciso
incis o V,
V, que trata do benefício mensal. Esse é o que chamam
de BPC (Benefício de Prestação Continuada), Benefício Assistencial, ou LOAS (por-
(por-
que é regulado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, Lei n. 8.742/1993).
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Art. 204. As
204. As ações governamentais na área da assistência social serão realizadas com
recursos do orçamento da seguridade social,
social, previstos no art. 195, além de outras
fontes,, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:
fontes
O art. 204 traz o óbvio. As ações de assistência social serão realizadas com re-
cursos da seguridade. Já z comentário semelhante em relação à saúde. Ora, se a
Assistência integra a Seguridade Social, e se Seguridade Social = PA
PAS, é óbvio que
o orçamento da seguridade custeará ações de assistência social.
“E o que são as outras fontes, professor?”
BOA PERGUNTA!!!
A outra fonte (no singular mesmo) está no texto da LOAS (Lei n. 8.742/1993) e
se chama FNAS – Fundo Nacional de Assistência Social, constituído (diz o Decreto
n. 7.788/2012, em seu art. 3º) pelos seguintes recursos:
I – descentralização político-adminis
político-administrativa,
trativa, cabendo a coordenação e as normas ge-
rais à esfera federal e
federal e a coordenação e a execução dos
execução dos respectivos programas às
esferas estadual e municipal,
municipal, bem como a entidades benecentes e de assistência
social;
II – participação da população, por meio de organizações representativas,
representativas, na
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precisa do povo.
povo. Cadê?”
OPA! Você
Você está estudando! Que beleza! Pois é... a participação popular está no
inciso II do art. 204. Não é participação direta da população – e em um país do
tamanho do Brasil isso nem seria viável – mas intermediada por organizações re-
presentativas. Portanto, temos garantida a manifestação da população, por meio
de seus representantes.
líquida a programa de apoio à inclusão e promoção social. Importa saber que essa
ess a
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vinculação é opcional
opcional e
e que, uma vez realizada, esses recursos não podem ser
podem ser
destinados ao pagamento de despesas com pessoal, encargos, serviço da dívida ou
qualquer outra despesa que não guarde relação com a ação apoiada.
De todo o conteúdo que abordamos nessa aula inaugural, a maioria das ques-
tões trata do Conceito de Seguridade, dos Princípios ou do Financiamento. No en-
tanto, às vezes aparece uma ou outra questãozinha sobre o restante da matéria.
Como essa aqui:
da CF,
CF, “A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciati-
va dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos
à saúde, à previdência e à assistência social.” No que se refere às distinções entre
as três grandes funções de governo que compõem a seguridade social, é correto
armar que
a) a função de assistência social destina-se aos segurados da previdência social
mais carentes, ao passo que a previdência destina-se ao segurado que não tem
plano próprio de previdência privada.
b) as ações do poder público no campo da saúde estão precipuamente voltadas
para a prestação de serviços, enquanto aquelas no âmbito da previdência social
referem-se à prestação de benefícios previdenciários.
c) a função saúde atende aos segurados que se encontram no gozo dos direitos
que, nessa qualidade, lhe são inerentes, ao passo que a assistência social destina-se
aos que perderam essa qualidade.
d) o benefício de prestação continuada, previsto na Lei Orgânica da Assistência
Social, destina-se a ações direcionadas à saúde e à assistência social.
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e) a função saúde não se destina aos segurados da previdência que possuam pla-
nos privados de saúde.
Letra b.
a) Errada. Hahahahahahahahahaha!
Errada. Hahahahahahahahahaha! O examinador estava inspirado nessa asser-
tiva. A assistência se destina aos “segurados mais carentes”???? Nem a pau!
Segurado, sabemos bem, é quem contribui
contribui para
para a Previdência Social. Já a assis-
tência social é prestada independentemente de contribuição.
contribuição. Ela, claramente,
se destina a quem não tem a cobertura previdenciária.
b) Certa.
Certa. Aqui sim, só li verdades. Veja o que a CF nos fala da saúde:
Art. 196. A
196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e
ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
serviços para sua promoção, proteção e
recuperação.
O art. 197 fala de novo em ações e serviços. O art. 198, também. Está convenci-
do(a) de que o grande foco das ações
ações do
do poder público na área da saúde é a pres-
tação de serviços
serviços??
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d) Errada. O
Errada. O enunciado já se contradiz. Se o benefício de prestação continuada
está previsto na lei orgânica da assistência social, por que, raios, guardaria qual-
Art. 203. A
203. A assistência social será
social será prestada a quem dela necessitar, independente-
mente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos
objetivos:: [...]
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
mensal à pessoa portadora de de-
ciência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção
ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
e) Errada.
Errada. A saúde é DIREITO DE TODOS e dever do Estado (CF, art. 196). Seja
ou não segurado, tenha ou não plano de previdência complementar, participe do
RGPS, de RPPS, ou de nada, seja um bilionário ou um miserável, todos são cober-
tos pelas ações e serviços de saúde.
Sim, senhor(a). Você que conseguiu chegar até aqui já superou a primeira (e
dura) etapa da preparação. Vamos juntos, concentrando toda nossa energia nes-
energia nes-
se concurso. Tenho certeza de que verei seu nome na lista de aprovados.
aprovados.
Vamos agora ao nosso resumo e, em seguida, à lista de questões para resolu-
ção. Inicialmente, as 20 que estavam misturadas à apresentação teórica; a seguir,
seguir,
outras 40.
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As questões são apresentadas em forma de lista para que você resolva de olho
no relógio.
relógio. Hora de começar a treinar a administração do tempo. MENOS
MENOS de 3
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RESUMO
GATE –
GATE – Governo, Aposentados, Trabalhadores e Empregadores
E não esqueça que, como uma espécie de “princípio dos princípios”, norteando
TODO o sistema de seguridade social brasileiro, temos o princípio da solidariedade.
solidariedade.
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UCA –
UCA – a seguridade social deve ser organizada de forma a abranger todos os
riscos ou contingências sociais possíveis – Universalidade da Cobertura
Cobertura –
– e desti-
legal (distributividade);
IVB –
IVB – o valor nominal
nominal dos
dos benefícios (sua expressão em moeda) não pode ser
reduzido. Não se esqueça de que a Constituição também garante a
garante a manutenção
do valor real,
real, não por meio desse princípio, mas sim em função do art. 201, § 4º
da Constituição, que revisaremos logo mais.
EFPC –
EFPC – quem pode mais, paga mais.
DBF –
DBF – toda a sociedade deve contribuir para o nanciamento da seguridade
social.
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CDDGQ –
CDDGQ – esse dispensa explicações, basta ler o nome do princípio, que é au-
toexplicativo: Caráter Democrático e Descentralizado da Administração, Mediante
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Sociais podem ter base de cálculo e fato gerador idênticos aos dos impostos.
impostos.
Regra constitucional da contrapartida
contrapartida – – nenhum benefício ou serviço da segu-
ridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem
estendido sem a correspondente
fonte de custeio total.
total.
Publicada lei instituindo ou modicando contribuição social, ela só pode ser exi
exi--
gida depois de quanto tempo? Noventa dias! Esse é o princípio da anterioridade
nonagesimal, ou noventena
noventena.. Muito cuidado, as bancas ADORAM mudar esse pra-
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dos os
dos os casos de atividades exercidas sob condições especiais que
especiais que prejudiquem
a saúde ou a integridade física e quando se tratar de segurados portadores de
deciência.
Nenhum benefício pode ser inferior ao salário mínimo nacional, certo? ERRADO!
ERRADO!
Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do
trabalho pode
trabalho pode ser inferior ao mínimo. Benefícios que, em tese, permitem ao segu-
rado PARAR de trabalhar
trabalhar.. Temos, contudo, dois
dois benefícios
benefícios que podem ser inferiores
ao mínimo, e apenas dois.
dois. São eles o salário-família e o auxílio-acidente
auxílio-acidente..
Para prevenir os segurados contra os prejuízos decorrentes da inação, há as
disposições dos parágrafos 3º e 4º do art. 201 da CF. Eles dizem que todos os sa-
lários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente
atualizados, e que é assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-
-lhes, em caráter permanente, o valor real.
real. É por causa dessa regra que
regra que se diz
que o princípio da IVB só se refere ao valor nominal
nominal.. Não haveria razão para exis-
tirem dois dispositivos constitucionais tratando do mesmíssimo tema.
Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do
recíproca do tempo
de contribuição na
contribuição na administração pública
pública e
e na atividade privada
privada,, rural e urbana,
hipótese em que os diversos regimes de previdência social se compensarão nan-
nan-
ceiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.
Também não podemos esquecer que a Constituição determina a instituição de
um sistema especial de inclusão previdenciária,
previdenciária, destinado a atender as(os)
donas(os) de casa e os trabalhadores de baixa renda, garantindo-lhes benefícios de
um salário-mínimo. Ela prevê, nesses casos, alíquotas e carências inferiores às
inferiores às
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qualidade de patrocinador,
patrocinador, situação na qual, em hipótese alguma, sua contri-
buição normal poderá exceder a do segurado.
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2. (CESPE/TCE-BA/PROCURADOR DE CONTAS/2010)
CONTAS/2010) Julgue o próximo item, a res-
peito da seguridade social.
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5. (CESPE/M
(CESPE/MTE/AUDITOR-FISCAL
TE/AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO/2013) Julgue o próximo item,
acerca da conceituação, da organização e dos princípios constitucionais da seguri-
dade social.
A meta da universalidade da cobertura e do atendimento a que se refere a CF é
a de que as ações destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previ-
dência e à assistência social alcancem todas as pessoas residentes no país, sem
nenhuma distinção.
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dade social.
A seguridade social é nanciada por toda a sociedade, de forma indireta, nos ter -
mos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios.
mento.
14. (CESPE/DPU/ANALIST
(CESPE/DPU/ANALISTA
A TÉCNICO-ADMINISTRA
TÉCNICO-ADMINISTRATIVO/2016)
TIVO/2016) No que se refere ao
nanciamento da seguridade social, julgue o item a seguir
seguir..
Lei que aprovar a majoração de contribuição previdenciária para efeito de custeio
de benefício ou serviço da seguridade
se guridade social só poderá ser aplicada após decorridos
noventa dias da data da sua publicação.
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c) a função saúde atende aos segurados que se encontram no gozo dos direitos
que, nessa qualidade, lhe são inerentes, ao passo que a assistência social destina-se
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23. (CESPE/MTE/AUDITOR
(CESPE/MTE/AUDITOR-FISCAL
-FISCAL DO TRABALHO/2013) Julgue
J ulgue os próximos itens,
acerca da conceituação, da organização e dos princípios constitucionais da seguri-
dade social.
A assistência social, como uma das ações integrantes da seguridade social, deve
prover os mínimos sociais, por meio de iniciativas do poder público e da sociedade
com o propósito de garantir o atendimento às necessidades básicas, vedado o pa-
gamento de qualquer benefício pecuniário.
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urbanos e rurais.
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e) Para que o usuário possa usufruir dos serviços públicos de saúde será necessá-
ria a contribuição mensal ao SUS.
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e) Os objetivos da assistência social, que deve ser prestada a quem dela neces-
sitar, independentemente de contribuição à seguridade social, incluem habilitar e
pode instituir,
instituir, por meio de lei complementar,
complementar, contribuições sociais não previstas na
CF e cuja base de cálculo ou fato gerador sejam idênticos ao de outros impostos.
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caráter contributivo.
federal.
Assertiva: Nessa situação, Cláudio poderá computar o tempo de serviço na incia-
tiva privada para efeito de aposentadoria no serviço público, hipótese em que os
diferentes sistemas de previdência social se compensarão nanceiramente.
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44. (CESPE/TCE-SC/AUD
(CESPE/TCE-SC/AUDITOR
ITOR FISCAL DE CONTROLE EXTERNO/2016) A seguridade
social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públi-
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os itens subsecutivos.
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ação civil e criminal.
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55. (CESPE/TCE-RN/ASSES
(CESPE/TCE-RN/ASSESSOR
SOR JURÍDICO/2015) Acerca dos regimes de previdên-
previdên-
cia, benefícios e contribuições previdenciárias, julgue o item subsequente.
A Constituição Federal de 1988 prevê fontes de custeio da seguridade social, entre
elas a receita de concursos de prognósticos e a importação de bens ou serviços.
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Caso a União deseje criar novas fontes de custeio para manter e expandir a segu-
ridade social, deverá fazê-lo pelo processo legislativo especial da lei complementar.
complementar.
56. (CESPE/TCE-RN/ASSES
(CESPE/TCE-RN/ASSESSOR
SOR JURÍDICO/2015) Acerca dos regimes de previdên-
previdên-
cia, benefícios e contribuições previdenciárias, julgue o item subsequente.
Lei complementar disciplinará a cobertura do risco de acidente do trabalho, que
deverá ser custeado concorrentemente pelo regime geral de previdência social e
pelo setor privado.
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60. (CESPE/TCE-RO/AUDIT
(CESPE/TCE-RO/AUDITOR
OR DE CONTROLE EXTERNO/2013) Acerca do nancia-
nancia -
mento dos RPPSs e do RGPS, julgue os próximos itens.
Os aposentados e pensionistas do RGPS deverão contribuir para o nanciamento
desse mesmo regime com proventos de seus respectivos benefícios, com a incidên-
cia da mesma alíquota aplicada aos segurados
se gurados em atividade, desde que o valor de
seus proventos supere o limite máximo estabelecido para o referido regime.
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GABARITO
1. E 24. a 47. E
2. C 25. d 48. E
3. C 26. b 49. E
4. C 27. e 50. E
5. C 28. d 51. C
6. C 29. e 52. C
7. e 30. C 53. C
8. E 31. E 54. C
9. C 32. E 55. C
10. C 33. E 56. E
11. E 34. C 57. C
12. C 35. C 58. C
13. e 36. C 59. b
14. C 37. E 60. E
15. E 38. d
16. C 39. E
17. E 40. e
18. E 41. C
19. e 42. C
20. b 43. E
21. E 44. C
22. E 45. E
23. E 46. E
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ACABOOOOOOOOOOOOU!! Parabéns por ter chegado até aqui! Espero que tenha
ACABOOOOOOOOOOOOU
gostado. A preparação para concursos é cansativa, exige muita concentração, trei-