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Ambiental na Prática
Cláudio Farenzena
E-BOOK
Sumário
#1
Conversa inicial
1. Conversa inicial
Cada vez mais os órgãos ambientais têm aprimorado os métodos
de fiscalização, lavrando autos de infração ambiental e embargos no local da
infração e até mesmo em laboratórios de sensoriamento remoto através de imagens
de satélites de alta resolução e software de cruzamento de informações com dados
do Governo Federal, CAR, INPE PRODES, DETER, dentre outros, com o objetivo
de prevenir ou imputar responsabilidades ou obrigações administrativas na
ocorrência de danos ambientais ou no descumprimento de legislação ambiental.
Boa leitura!
#2
Conceitos
2. Conceitos
Absolvição: declaração de improcedência da acusação formulada contra o
autuado, exarada por autoridade competente;
Multa fechada: multa cujo valor é previamente fixado em lei ou regulamento, com
base unicamente em unidade de medida, de acordo com o objeto jurídico lesado;
Multa indicada: valor da multa indicado pelo agente ambiental federal no auto de
infração, sujeito à confirmação posterior;
#3
Infração ambiental
3. Infração ambiental
A Lei Federal 9.605 de 12 de fevereiro de 1998, embora conhecida
popular e imprecisamente por Lei dos Crimes contra o Meio Ambiente, trata de
maneira simultânea e em partes diferentes do seu texto, de infrações penais e
infrações administrativas, ou seja, não é exclusivamente penal, aplicando-se,
sobretudo, os Capítulos I, II e III à responsabilização administrativa, no que for
compatível.
i. advertência;
ii. multa simples;
iii. multa diária;
iv. apreensão dos animais produtos e subprodutos da fauna e
flora e demais produtos e subprodutos objeto da infração,
instrumentos, petrechos, equipamentos, veículos e
embarcações de qualquer natureza utilizados na infração;
v. destruição ou inutilização do produto;
vi. suspensão de venda e fabricação do produto;
9.605/98 (artigo 70, parágrafo 4º) e Lei 9.784/99 (artigo 2º), de modo que, a
descrição que omite informações importantes para o pleno exercício do direito de
defesa é considerada vício formal e insanável que conduz à nulidade do auto.
1 https://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/areasembargadas/ConsultaPublicaAreasEmbargadas.php
2 https://portalautuado.ibama.gov.br/login
capítulo seguinte. Por outro lado, os dados referentes às áreas embargadas são
disponibilizados no próprio site do ICMBio aqui3, no campo “Áreas Embargadas”:
3 https://www.gov.br/icmbio/pt-br/servicos/geoprocessamento/mapa-tematico-e-dados-geoestatisticos-das-unidades-
de-conservacao-federais/mapa-tematico-e-dados-geoestatisticos-das-unidades-de-conservacao-federais
4 https://support.google.com/earth/answer/7365595?co=GENIE.Platform%3DAndroid&hl=pt-BR
5https://sei.ibama.gov.br/sei/modulos/pesquisa/md_pesq_processo_pesquisar.php?acao_externa=protocolo_pesquis
ar&acao_origem_externa=protocolo_pesquisar&id_orgao_acesso_externo=0
6https://sei.icmbio.gov.br/sei/modulos/pesquisa/md_pesq_processo_pesquisar.php?acao_externa=protocolo_pesqui
sar&acao_origem_externa=protocolo_pesquisar&id_orgao_acesso_externo=0
#4
Infração ambiental
nos Estados e
Municípios
4. Infração administrativa
no âmbito dos Estados
e Municípios
Na repartição constitucional de competências referentes à defesa e
proteção do meio ambiente, o constituinte de 1988 atribuiu a todos os entes
federados competência comum para proteger os documentos, as obras e outros
bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais
notáveis e os sítios arqueológicos; proteger o meio ambiente e combater a poluição
em qualquer de suas formas e preservar as florestas, a fauna e a flora.
#5
Responsabilidade
ambiental
5. Tríplice responsabilidade
O sistema constitucional brasileiro optou expressamente pela
tríplice responsabilidade ambiental, nas esferas administrativa, civil e criminal,
efetivada com a promulgação da Lei 9.605/98 que, repetindo o comando
constitucional (artigo 3°), disciplinou e instituiu não apenas os crimes ambientais,
mas também as infrações administrativas ambientais.
5.1. A responsabilidade
administrativa é subjetiva
Como visto, a Constituição Federal prevê a tríplice
responsabilidade ambiental, pela qual o causador de danos ambientais está sujeito
à responsabilização administrativa, cível e penal, de modo independente e
simultâneo. Na esfera cível, a responsabilidade por danos ambientais é objetiva, ou
seja, se o Ministério Público propuser uma ação contra determinado transgressor,
ele não precisará provar a culpa ou dolo do réu.
#6
Princípio do in
dubio pro reo
6. Aplicação do princípio
do in dubio pro reo no
processo administrativo
Temos defendido a aplicação do princípio do in dubio pro reo em
matéria administrativa ambiental, pelo fato de que as sanções administrativas são
resultados do poder de polícia do Estado.
#7
Princípio da
insignificância
7. Princípio da
insignificância
O princípio da insignificância, de aplicação excepcional, tem lugar,
notadamente, no direito penal, para afastar a tipicidade material, tornando o
comportamento atípico quando o dano causado ao bem jurídico protegido pela
norma for desprezível, tornando desproporcional a pena cominada.
#8
Tutela antecipada
no processo
administrativo
Cláudio Farenzena | Advogado especialista em Direito Ambiental 47
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8. Tutela antecipada em
sede administrativa
Temos defendido que, em processos administrativos ambientais,
sobretudo em âmbito federal, é cabível a aplicação de tutela de urgência com
fundamento no artigo 300 do Código de Processo Civil de 2015 ─ dentre outros
dispositivos ─, por força do artigo 157 do mesmo diploma, que prevê expressamente
a possibilidade de aplicação subsidiária e supletiva das suas normas aos processos
administrativos.
7Art. 15. Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições
deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente.
#9
Motivação das
decisões
administrativas
9. A motivação per
relationem ou aliundem
nas decisões
administrativas
É certo que as decisões das autoridades julgadoras proferidas em
processos administrativos instaurados para apuração de infração ambiental devem
ser sempre motivadas, pois se trata de princípio de observância obrigatória pela
Administração Pública, que compreende a exposição dos motivos, da finalidade do
ato e da relação de causalidade entre os motivos e o ato, em vista de sua finalidade
própria, bem como dos demais fatores que possam ter influído em sua legalidade e
oportunidade.
#10
Absolvição na
esfera penal
8Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causa na parte dispositiva, desde que reconheça: I – [...]; II - não
haver prova da existência do fato; III - não constituir o fato infração penal; IV – [...]; V – não existir prova de ter o réu
concorrido para a infração penal; VI – existirem circunstâncias que excluam o crime ou isentem o réu de pena (arts.
20, 21, 22, 23, 26 e § 1º do art. 28, todos do Código Penal), ou mesmo se houver fundada dúvida sobre sua
existência; VII – não existir prova suficiente para a condenação.
#11
Redução do valor
da multa
#12
Agravamento do
valor da multa
#13
Legislação
ambiental
#14
Sanções
administrativas
14. Sanções
administrativas
As sanções administrativas são penas prevista na Lei 9.605/95 para
punir a prática de conduta que viola as regras jurídicas de uso, gozo, promoção,
proteção e recuperação do meio ambiente, regulamentadas pelo Decreto
6.514/08. São indicadas pelo agente ambiental ao lavrar o auto de infração e ao final
do processo administrativo, podem ser aplicadas ao autuado quando do julgamento
pela autoridade julgadora competente.
14.1. Advertência
A sanção de advertência pode ser aplicada para as infrações
administrativas de menor lesividade ao meio ambiente, assim consideradas aquelas
em que a multa máxima cominada não ultrapasse o valor de R$ 1.000,00, ou que,
no caso de multa por unidade de medida, não exceda o valor referido.
14.4. Apreensão
As infrações administrativas são punidas com a sanção de
apreensão de animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, produtos e
subprodutos objeto da infração, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos
e embarcações de qualquer natureza que fizerem parte ou foram utilizados na
prática da infração. Neste caso, é lavrado o auto de infração e o respectivo termo
de apreensão, instaurando-se o processo administrativo.
14.5. Destruição ou
inutilização do produto
Constatada a infração ambiental, o agente ambiental, no uso do seu
poder de polícia, pode adotar a medidas administrativa de destruição ou
inutilização de produtos, subprodutos e instrumentos utilizados na prática da
infração para evitar o seu uso e aproveitamento indevido nas situações em que o
transporte e a guarda forem inviáveis em face das circunstâncias.
9Lei 9.605/98, Art. 72: [...]. § 7º As sanções indicadas nos incisos VI a IX do caput serão aplicadas quando o produto,
a obra, a atividade ou o estabelecimento não estiverem obedecendo às prescrições legais ou regulamentares.
#15
Aplicação da pena,
atenuantes e
agravantes
#16
Reincidência
16. Reincidência
A reincidência no processo administrativo ambiental ocorre quando
o infrator comete nova infração no período de 05 anos, contados da lavratura de
auto de infração anterior devidamente confirmado no julgamento em primeira
instância, o qual é verificado antes do julgamento da nova infração.
#17
Prescrição
aquele assinalado na decisão final proferida pela autoridade julgadora, o qual não
necessariamente será o mesmo da multa.
Art. 81* - - -
Art. 82 Art. 66 3 anos 8 anos
Art. 83 Art. 68 3 anos 8 anos
Art. 84** Art. 31 1 ano 4 anos
Art. 84** Art. 40 c/c 40-A 5 anos 12 anos
Art. 85 Art. 40 c/c 40-A 5 anos 12 anos
Art. 86 Art. 40 c/c 40-A 5 anos 12 anos
Art. 87 Art. 40 c/c 40-A 5 anos 12 anos
Art. 88* - - -
Art. 89 Art. 40 c/c 40-A 5 anos 12 anos
Art. 90 Art. 40 c/c 40-A 5 anos 12 anos
Art. 91 Art. 40 c/c 40-A 5 anos 12 anos
Art. 92 Art. 52 1 ano 4 anos
#19
Princípios
e todo ato que não possuir embasamento legal, é ilícito, podendo, assim como a
violação a qualquer princípio, ser revisto no âmbito judiciário.
19.5. Princípio da
impessoalidade
O princípio da impessoalidade representa a ideia de que o
tratamento a ser dado pela administração nas relações mantidas com os
administrados deve se ater ao conteúdo normativo da relação jurídica estabelecida,
vedando-se com isso, que do ato administrativo decorra favorecimentos espúrios,
perseguições injustificadas, ou qualquer outro tipo de conduta que implique, ao final,
a influência de um juízo subjetivo incompatível ao ato.
10 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 26. ed. São Paulo: Malheiros, 2001.
11 SILVA, José Afonso da. Comentário Contextual à Constituição. 6ª ed. São Paulo: Malheiros. 2008. p. 335.
12 CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: Juspodivm, 7ª. ed. 2009, p. 529/530.
19.11. Princípio da
razoabilidade e
proporcionalidade
O princípio da proporcionalidade, pela sua estreita ligação com os
conceitos de justiça, equidade, bom-senso, moderação e da justa medida,
materializa eficaz instrumento da exegese jurídica, em especial para o desate das
situações de colisão entre valores constitucionais que guardam a mesma valência.
13 BARROSO, Luís Roberto. Interpretação e Aplicação da Constituição Paulo: Saraiva, 7ª. ed., 2009, p. 374/375
19.13. Princípio da
insignificância
O princípio da insignificância, de aplicação excepcional,
comumente aplicado na esfera penal, é instrumento que afasta a tipicidade material,
tornando o comportamento atípico quando o dano causado ao bem jurídico
protegido pela norma for desprezível, tornando desproporcional a pena cominada,
remanescendo a tipicidade formal.
#20
Fases processuais
O autuado ainda tem o direito, sem prejuízo de outros que lhe sejam
assegurados, de ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que
deverão facilitar o exercício de seus direitos e o cumprimento de suas obrigações;
ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de
interessado; ter vista dos autos, obter cópias de documentos neles contidos e
por servidor efetivo que não pertence aos quadros do órgão ambiental autuante;
respeito à livre autonomia do autuado, que possui liberdade para manifestar sua
vontade de conciliar; economia processual e celeridade, à vista de seu objetivo de
buscar o encerramento do processo em seu início, sempre que possível; e decisão
informada, garantida pelo conteúdo obrigatório do termo de conciliação ambiental.
Vale destacar, que ao autuado cabe a prova dos fatos que tenha
alegado, e quando se tratar de perícias, diligências ou outras que tenha requerido,
deverão ser produzidas às suas expensas, no prazo concedido pela autoridade
julgadora, exceto na hipótese de se encontrarem em poder do órgão responsável
pela fiscalização e autuação.
20.6. Julgamento em 1ª
instância
Finda a instrução, a autoridade julgadora decide sobre a aplicação
das penalidades, no prazo de 30 dias, proferindo decisão de julgamento do auto de
infração, em primeira instância, mediante acolhimento total ou parcial, rejeição
ou complementação da proposta elaborada pela equipe técnica, que será parte
integrante do ato decisório. Se o acolhimento da proposta for parcial, rejeitado ou
complementado, deve ser detalhadamente fundamentado pela própria autoridade.
podendo ser utilizados autos de infração confirmados por outros órgãos integrantes
do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
14
Art. 80. Deixar de atender a exigências legais ou regulamentares quando devidamente notificado pela autoridade
ambiental competente no prazo concedido, visando à regularização, correção ou adoção de medidas de controle para
cessar a degradação ambiental: Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).
#21
Conversão da
multa
#22
Fase pós
processual
#23
Juros e correção
monetária da multa
#24
Efeitos do não
pagamento da
multa
protesto do valor da multa ambiental, o infrator, pessoa física ou jurídica, pode não
conseguir empréstimos, financiamentos, crediários e outras operações bancárias.
#25
Vício sanável e
vício insanável
25.2.2. Incompetência
É caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais
do agente que o praticou, porém pode ser convalidado se o agente competente
assim o declarar.
25.2.3. Ilegitimidade
É nulo o auto de infração ambiental lavrado contra terceiro, pois a
responsabilidade administrativa é exclusiva do infrator, não sendo possível a
aplicação de nenhuma sanção a terceiros que não tenham concorrido para o dano
ambiental.
25.2.4. Finalidade
O desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato
visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou implicitamente, na regra de
competência (não aceita convalidação, sendo insanável).
25.2.5. Forma
O vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta
ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato (admite
convalidação, considerando a gravidade ou não do vício, sendo sanável).
#26
A esfera judicial
#27
Orientações gerais
ao autuado
#28
Infrações
administrativas
Art. 24. Matar, perseguir, caçar, apanhar, coletar, utilizar espécimes da fauna
silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou
autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:
Multa de:
II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por indivíduo de espécie constante de listas oficiais
de fauna brasileira ameaçada de extinção, inclusive da Convenção de Comércio
Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de
Extinção - CITES.
III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou
depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa
ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de
criadouros não autorizados, sem a devida permissão, licença ou autorização da
autoridade ambiental competente ou em desacordo com a obtida.
Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais), com acréscimo por exemplar excedente de:
II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por indivíduo de espécie constante de listas oficiais
de fauna brasileira ameaçada de extinção, inclusive da CITES.
II - R$ 5.000,00 (cinco mil reais), por unidade constante de listas oficiais de fauna
brasileira ameaçada de extinção, inclusive da CITES.
II - R$ 10.000,00 (dez mil reais), por indivíduo de espécie constante de listas oficiais
de fauna brasileira ameaçada de extinção, inclusive da CITES.
Multa de R$ 1.000,00 (mil reais), com acréscimo de R$ 200,00 (duzentos reais), por
unidade excedente.
Art. 29. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,
domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais) por indivíduo.
Parágrafo único. Incorre na mesma multa quem deixa de manter registro de acervo
faunístico e movimentação de plantel em sistemas informatizados de controle de
fauna ou fornece dados inconsistentes ou fraudados.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica ao uso de imagem para fins
jornalísticos, informativos, acadêmicos, de pesquisas científicas e educacionais.
Art. 37. Exercer a pesca sem prévio cadastro, inscrição, autorização, licença,
permissão ou registro do órgão competente, ou em desacordo com o obtido:
Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), com acréscimo
de R$ 20,00 (vinte reais) por quilo ou fração do produto da pesca, ou por espécime
quando se tratar de produto de pesca para ornamentação.
Multa de R$ 3.000,00 (três mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), com
acréscimo de R$ 20,00 (vinte reais) por quilo ou fração do produto da pescaria, ou
por espécime quando se tratar de espécies aquáticas, oriundas de produto de pesca
para ornamentação.
Art. 42. Para os efeitos deste Decreto, considera-se pesca todo ato tendente a
extrair, retirar, coletar, apanhar, apreender ou capturar espécimes dos grupos
dos peixes, crustáceos, moluscos aquáticos e vegetais hidróbios suscetíveis
ou não de aproveitamento econômico, ressalvadas as espécies ameaçadas de
extinção, constantes nas listas oficiais da fauna e da flora.
Parágrafo único. Entende-se por ato tendente à pesca aquele em que o infrator
esteja munido, equipado ou armado com petrechos de pesca, na área de pesca ou
dirigindo-se a ela.
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais), por
hectare ou fração.
Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por hectare
ou fração, ou R$ 500,00 (quinhentos reais) por árvore, metro cúbico ou fração.
Multa simples de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais)
por hectare ou fração.
Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) por unidade, estéreo, quilo, mdc ou metro
cúbico aferido pelo método geométrico.
§ 1o Incorre nas mesmas multas quem vende, expõe à venda, tem em depósito,
transporta ou guarda madeira, lenha, carvão ou outros produtos de origem vegetal,
sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento, outorgada
pela autoridade competente ou em desacordo com a obtida.
Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica para o uso permitido das áreas
de preservação permanente.
Parágrafo único. A multa será acrescida de R$ 1.000,00 (mil reais) por hectare ou
fração quando a situação prevista no caput se der em detrimento de vegetação
primária ou secundária no estágio avançado ou médio de regeneração do bioma
Mata Atlântica.
Art. 52. Desmatar, a corte raso, florestas ou demais formações nativas, fora
da reserva legal, sem autorização da autoridade competente:
Multa de R$ 300,00 (trezentos reais), por hectare ou fração, ou por unidade, estéreo,
quilo, mdc ou metro cúbico.
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem deixa de cumprir a reposição
florestal obrigatória.
§ 1o O autuado será advertido para que, no prazo de cento e oitenta dias, apresente
termo de compromisso de regularização da reserva legal na forma das alternativas
previstas na Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965..
§ 4o As sanções previstas neste artigo não serão aplicadas quando o prazo previsto
não for cumprido por culpa imputável exclusivamente ao órgão ambiental.
§ 6º No prazo a que se refere o § 5º, as sanções previstas neste artigo não serão
aplicadas.
Art. 56. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio,
plantas de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada
alheia:
Multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$1.000,00 (mil reais) por unidade ou metro
quadrado.
Art. 58. Fazer uso de fogo em áreas agropastoris sem autorização do órgão
competente ou em desacordo com a obtida:
Art. 59. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar
incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou
qualquer tipo de assentamento humano:
Multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por unidade.
Art. 60-A. Nas hipóteses previstas nos arts. 50, 51, 52 e 53, em se tratando de
espécies nativas plantadas, a autorização de corte poderá ser substituída pelo
protocolo do pedido junto ao órgão ambiental competente, caso em que este
será instado pelo agente ambiental a fazer as necessárias verificações quanto
à real origem do material.
Art. 61. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou
possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade
de animais ou a destruição significativa da biodiversidade:
Parágrafo único. As multas de que trata este artigo e demais penalidades serão
aplicadas após laudo de constatação.
Multa de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais), por
hectare ou fração.
Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem deixa de recuperar a área
pesquisada ou explorada, nos termos da autorização, permissão, licença,
concessão ou determinação do órgão ambiental competente.
Art. 67. Disseminar doença ou praga ou espécies que possam causar dano à
fauna, à flora ou aos ecossistemas:
Art. 69. Importar ou comercializar veículo automotor sem Licença para Uso da
Configuração de Veículos ou Motor - LCVM expedida pela autoridade
competente:
Multa de R$ 500,00 (quinhentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), por veículo, e
correção da irregularidade.
e o Patrimônio Cultural
Art. 75. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação alheia ou
monumento urbano:
a Administração Ambiental
Multa de:
Art. 78. Obstar ou dificultar a ação do órgão ambiental, ou de terceiro por ele
encarregado, na coleta de dados para a execução de georreferenciamento de
imóveis rurais para fins de fiscalização:
Multa de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 300,00 (trezentos reais) por hectare do imóvel.
em Unidades de Conservação
Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem explora a corte raso a floresta
ou outras formas de vegetação nativa nas áreas definidas no caput.
DISTRITO FEDERAL
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Processo Administrativo Ambiental na Prática
3º Edição. 2021