Você está na página 1de 111

Prof.

ª Tatiane Galdino

Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim, sem autorização prévia, por escrito, do autor, segundo as
disposições da Lei de Direitos Autorais e legislações aplicáveis. O infrator será responsabilizado pelas perdas e danos morais e materiais causados
ao autor.

3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

SUMÁRIO
CLASSES GRAMATICAIS .................................................................................................................................................................. 3
OS SUBSTANTIVOS..................................................................................................................................................................... 3
OS ADJETIVOS ............................................................................................................................................................................ 3
OS ARTIGOS ................................................................................................................................................................................ 3
OS PRONOMES ........................................................................................................................................................................... 4
OS NUMERAIS ............................................................................................................................................................................. 5
OS VERBOS ................................................................................................................................................................................. 5
OS ADVÉRBIOS ........................................................................................................................................................................... 8
AS PREPOSIÇÕES....................................................................................................................................................................... 9
AS CONJUNÇÕES...................................................................................................................................................................... 10
AS INTERJEIÇÕES..................................................................................................................................................................... 10
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 11
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 14
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 03 ..................................................................................................................................... 16
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 04 ..................................................................................................................................... 20
SINTAXE ........................................................................................................................................................................................... 24
PERÍODO SIMPLES ................................................................................................................................................................... 24
PERÍODO COMPOSTO .............................................................................................................................................................. 24
SUJEITO E PREDICADO............................................................................................................................................................ 24
ADJUNTOS ADVERBIAIS ........................................................................................................................................................... 26
PREDICATIVO DO SUJEITO ...................................................................................................................................................... 27
PREDICATIVO DO OBJETO ...................................................................................................................................................... 27
O COMPLEMENTO NOMINAL ................................................................................................................................................... 29
OS ADJUNTOS ADNOMINAIS ................................................................................................................................................... 30
APOSTO ..................................................................................................................................................................................... 31
VOCATIVO .................................................................................................................................................................................. 31
ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES COORDENADAS ....................................................................................... 32
ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS ...................................................................................... 32
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 35
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 46
ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................................................................................................ 53
ENCONTROS VOCÁLICOS ........................................................................................................................................................ 53
REGRAS GERAIS ....................................................................................................................................................................... 54
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 56
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 60
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS ................................................................................................................................. 63
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DAS PALAVRAS ........................................................................................................................ 63
FORMAÇÃO DE PALAVRAS ...................................................................................................................................................... 63
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS............................................................................................................................................... 64
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 66
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 72
USO DOS PORQUÊS ....................................................................................................................................................................... 74
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 75
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 76
DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE ..................................................................................................................... 84
PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................................................... 85
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 88
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 97
PRONOMES DEMONSTRATIVOS E SUAS FUNÇÕES REFERENCIAIS ....................................................................................... 99
COESÃO TEXTUAL.......................................................................................................................................................................... 99
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................................................................... 100

3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

CLASSES GRAMATICAIS

A fim de organizar as palavras que temos ao nosso dispor, convencionou-se agrupá-las em 10 grandes classes. O
critério utilizado para essa divisão é a função dessas palavras. Nessa perspectiva, temos:

Classes variáveis Classes invariáveis


1. Substantivos 7. Advérbios
2. Adjetivos 8. Conjunções
3. Artigos 9. Preposições
4. Pronomes 10. Interjeições
5. Numerais
6.Verbos

OS SUBSTANTIVOS
Definição: É a classe gramatical que nomeia seres, objetos, sentimentos. Absolutamente tudo que puder ser
denominado, tendo existência comprovada ou não, será classificado como substantivo.
Exemplos: casa, amor, trabalho, motivação, estudo, força, coisa, entusiasmo, assombração, elemento, item...

OS ADJETIVOS
Definição: São palavras que fornecem características aos substantivos.
Aluno forte, calmo, triste, alegre, estudioso, determinado, ativo...
Aula dinâmica, útil, chata, importante, imprescindível, disponível...

POSIÇÃO DOS ADJETIVOS E MUDANÇA DE SENTIDO


Rita era uma nova mulher.
Rita era uma mulher nova.
Horácio é um grande professor.
Horácio é um professor grande.
Ele foi um homem pobre.
Ele foi um pobre homem.

OS ARTIGOS
Definição: São palavras que antecedem os substantivos, determinando ou indeterminando-os em gênero e número.
Os artigos se dividem em:
a) Artigos definidos: o, os, a, as
b) Artigos indefinidos: um, uns, uma, umas
O PODER DOS ARTIGOS: DEFININDO E INDEFININDO NOMES
Ontem eu conheci um médico.
Ontem eu conheci o médico.
Hoje eu quero usar uma roupa.
Hoje eu quero usar a roupa.
Vou comprar um carro.
Vou comprar o carro.

ARTIGOS SUBSTANTIVANDO OUTRAS CLASSES GRAMATICAIS


O olhar de Pedro. (verbo substantivado)
Pedro tem um quê de elegância. (conjunção ou pronome substantivado)
Quero um porquê para sua ausência. (conjunção substantivada)
O verde da bandeira representa a natureza brasileira. (adjetivo substantivado)
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 3
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

OS PRONOMES
Definição: São palavras que acompanham ou substituem nomes.
Exemplos:
Onde está a blusa que comprei? Emprestei-a.
Marcelo, você viu Maria hoje? Sim, ela estava na feira mais cedo.
Quero apenas esses materiais.
Vou a sua casa.
Não vamos a certos lugares.

CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES


1. Pronomes Pessoais (retos, oblíquos, tratamento)
2. Pronomes Possessivos
3. Pronomes Demonstrativos
4. Pronomes Indefinidos
5. Pronomes Relativos
6. Pronomes Interrogativos

PRONOMES PESSOAIS
Definição: Substituem substantivos e representam as pessoas do discurso.
a) do caso reto: eu, tu, ele(a), nós, vós, eles(as);
b) o caso oblíquo: me, mim, comigo, te ti, contigo, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, o, os, a, as,
lhe, lhes.
c) de tratamento: você, Senhor, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Santidade, Vossa Majestade...

PRONOMES POSSESSIVOS
Definição: Atribui às pessoas do discurso a posse de algo. Exemplos: Meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa,
vosso, vossa
Exemplo: Quando seu relógio marcar 7 horas, estarei em nossa sala de aula.

PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Definição: Indicam o lugar dos seres em relação às pessoas do discurso. Exemplos: Este, esta, esse, essa, aquele,
aquela, aquilo, mesmo, mesma...
Exemplos:
Isto é meu.
Aquilo é seu.
Os próprios sábios podem se enganar.
Tais crimes não podem ficar impunes.
Vou comprar esse carro aí.

PRONOMES INDEFINIDOS
Definição: Referem-se à 3ª pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Exemplos:
algum, alguns, todo, toda, quanto, quanta, vários, várias, qualquer, quaisquer, nenhum, nenhuma, outro, outra, pouco,
pouca, demais, quem, certo, certos ...
Exemplos:
Encontrei quem pode me ajudar.
Alguns contentam-se com pouco.
Dois tripulantes se salvaram; os demais pereceram.
Todos devem se sentar em seus lugares.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 4


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
PRONOMES RELATIVOS
Definição: São palavras que representam substantivos já referidos no discurso. Exemplos: que, o qual, a qual, cujo, quanto,
quem, onde.
Exemplos:
Armando comprou a casa que lhe convinha. (a qual)
Pegue o lápis que está sobre a mesa. (o qual)
Estudei as leis que estavam dispostas no edital. (as quais)
O médico de quem lhe falei é meu amigo.
Feliz é o pai cujos filhos são estudiosos. (sugere a ideia de posse = que possui)
O artista, a cuja obra me referi, morreu ontem.
O livro, cujas páginas estão rasgadas, é raríssimo.
A casa onde moro é pequena. (em que)
A cadeira onde me sento. (em que)
A cidade onde vivo. (em que)
Tenho tudo quanto quero.

PRONOMES INTERROGATIVOS
Definição: São usados nas frases interrogativas. Exemplos: Que, quem, quantos, qual
Exemplos:
Que há?
Reagir contra quê?
Quem foi?
Quantos vêm?
Por que motivo não veio?

OS NUMERAIS
Definição: São palavras que exprimem número, ordem numérica, múltiplo ou fração. Eles podem ser:
 cardinais
 ordinários
 multiplicativos ou
 fracionários.
Exemplos:
Comprei cinco livros.
Moro no segundo andar daquele prédio.
Trinta é o triplo de dez.
Comemos um terço da torta.

OS VERBOS
Verbos: São palavras que exprimem ação, estado ou fenômeno da natureza.
Exemplos:
O criado abriu o portão da casa. (AÇÃO)
Fernando estava cansado. (ESTADO)
Nevou em Bom Jardim da Serra. (FENÔMENO DA NATUREZA)

PESSOAS E NÚMEROS DE UM VERBO


SINGULAR PLURAL
1ª pessoa Eu canto Nós cantamos
2ª pessoa Tu canta Vós cantais
3ª pessoa Ele canta Eles cantam

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 5


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

MODOS VERBAIS
Modo Indicativo: Exprime um fato certo.
Ex.: Vou à escola hoje.
Modo Subjuntivo: Exprime um fato incerto, possível, hipotético.
Ex.: Se eu for à escola...
Modo Imperativo: Exprime ordem, conselho, pedido, proibição.
Ex.: Vá à escola.

TEMPOS VERBAIS E SEUS VALORES SEMÂNTICOS

Presente: Ação realizada no momento em que se fala.


Exemplos:
Agora eu leio.
Nós estudamos muito.
Eles fazem um excelente trabalho.
Pretérito Perfeito: Ação finalizada no passado.
Exemplos:
Eu li excelentes livros.
Ontem estudamos muito.
Os alunos fizeram uma ótima prova.
Pretérito Imperfeito: Ação contínua no passado.
Exemplos:
Eu lia excelentes livros.
Estudávamos muito.
Os alunos faziam ótimas provas.
Pretérito-mais-que-perfeito: Ação passada anterior a outra ação passada.
Exemplos:
Quando notei, o leite já derramara no fogão. (forma simples)
Quando cheguei, ela limpara a casa. (forma simples)
Quando acordei, ela saíra. (forma simples)
Pretérito-mais-que-perfeito: Forma composta
Exemplos:
Quando notei, o leite já havia/tinha derramado no fogão.
Quando cheguei, ela havia/tinha limpado a casa.
Quando acordei, ela havia/tinha saído.
Futuro do presente: Ação a ser realizada em tempo posterior à fala.
Exemplos:
Eu farei um bom trabalho.
Nós alcançaremos excelentes resultados.
Eles farão ótimas provas.
Futuro do pretérito: Expressa incerteza ao se referir a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma
situação passada, além de conferir um caráter mais polido em relação a pedidos, sugestões e afins.
Exemplos:
Eu faria um bom trabalho, se tivessem me ensinado.
Nós alcançaríamos excelentes resultados, se trabalhássemos mais.
Ninguém podia imaginar que haveria um incêndio.
Você me permitiria assistir a esta aula?

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 6


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS


Infinitivo: cantar, falar, vender, comer, partir, sorrir...
Gerúndio: cantando, falando, vendendo, comendo, partindo, sorrindo...
Particípio: cantado, falado, vendido, comido, partido, sorrido...
Por que formas nominais?
Infinitivo: O salvar pertence a Deus.
(substantivo)
Gerúndio: Lutando, tudo é possível.
(Advérbio de modo)
Particípio: Tinha a face abatida e os cabelos escovados.
(adjetivo) (adjetivo)

VERBOS COM DUPLOS PARTICÍPIOS


Infinitivo Particípio Regular Particípio Irregular
absolver absolvido absolto
aceitar aceitado aceito
acender acendido aceso
anexar anexado anexo
benzer benzido bento
eleger elegido eleito
expelir expelido expulso
ganhar ganhado ganho
pagar pagado pago
pegar pegado pego
soltar soltado solto
frigir frigido frito
gastar gastado gasto
romper rompido roto

COMO USAR OS DUPLOS PARTICÍPIOS?


 Com os verbos auxiliares “ter” e “haver”, usa-se os particípios regulares.
 Com os verbos auxiliares “ser” e “estar” usa-se os particípios irregulares.
Vejam:
Diogo havia aceitado o convite.
O convite foi aceito pelo professor.
O caçador tinha soltado os cães.
Os cães estavam soltos.

LOCUÇÕES VERBAIS
São construções representadas por dois verbos, em que apenas o verbo principal detém o sentido expresso na
locução. O modelo de uma locução verbal é:
Verbo Auxiliar + Verbo Principal (o verbo principal aparece na forma de infinitivo, gerúndio ou particípio)
O funcionário foi admitido.
Eu estava estudando.
O gerente deve atender bem seu correntista.
Nós pretendemos enfrentar a crise econômica brasileira.
Maurício havia pagado a dívida.

Importante: Em uma locução verbal apenas o verbo auxiliar se flexiona.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 7


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

OS ADVÉRBIOS
São palavras invariáveis que modificam os verbos, os adjetivos e os próprios advérbios.
Vejam:
Nós saímos cedo.
Nós saímos muito cedo.
Rebeca é bastante bonita.

CLASSIFICAÇÕES DOS ADVÉRBIOS


1. Afirmação: sim, certamente, deveras, incontestavelmente, efetivamente, realmente.
2. Negação: não, tampouco.
3. Dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente, decerto...
4. Intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, mais, menos, tão, demasiado...
5. Lugar: aqui, ali, acolá, acima, abaixo, além, algures...
6. Tempo: cedo, tarde, sempre, nunca, jamais, logo, imediatamente, brevemente...
7. Modo: bem, mal, depressa, devagar, como, calmamente, propositadamente...
8. Companhia: Saímos com nossos irmãos.

APLICAÇÕES
 Afirmação: Você realmente é um bom aluno.
 Negação e lugar: Nós não iremos ao clube hoje.
 Negação e intensidade: A prova não foi nada fácil.
 Intensidade: Quanto insisti.
 Lugar: “Onde houver ódio, que eu leve o amor”.
 Modo: Beatriz agiu calmamente.
 Tempo: Estudo diariamente.

USO DO ONDE = PRONOME RELATIVO E ADVÉRBIO DE LUGAR


 A escola onde estudo. – (em que) – Pronome relativo
 Onde há fumaça, há fogo. (no lugar em que) – Advérbio de lugar
 Onde deixei a minha carteira? – (em que lugar) – Advérbio de lugar
 Onde Marcela está, eu não entro. – (no lugar em que) – Advérbio de lugar
 Onde você está? – (em que lugar) – Advérbio de lugar

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 8


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

AS PREPOSIÇÕES
São palavras invariáveis que ligam um termo dependente a um termo principal, estabelecendo uma relação entre
ambos.
Preposições essenciais: a, ante, após, até, com contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob,
sobre, trás.
Exemplos:
Recorremos a Jerônimo.
Choraram de alegria.
Olhei para ele.
Esperamos por você.
A luta contra o mal é necessária.
Fora intimado a comparecer ante o juiz para ser interrogado.
Os carros passavam sob um arco de triunfo erguido sobre a ponte.

RELAÇÕES EXPRESSAS PELAS PREPOSIÇÕES


Assunto: Falou sobre política.
Causa: Morreu de fome.
Companhia: Jantei com ele.
Especialidade: formou-se em medicina.
Direção: Olhe para frente.
Meio: Viajei de avião.
Origem: Descendia de família ilustre.

COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES PREPOSITIVAS


COMBINAÇÕES
Irei aonde você for.
Aonde você vai me levar?
Aonde vamos nas férias?
Dirigimos nossas palavras aos alunos.
Recorri ao Ministro da Educação.
A sentença foi dada ao réu.

CONTRAÇÕES
Vou à casa de mamãe. (a + a)
Eu não vou àquele lugar. (a+ aquele)
Refiro-me àquela polêmica ocorrida ontem. (a + aquela)
Refiro-me àquilo que você falou. (a + aquilo)
O carro do presidente está estacionado na rua. (de + o) (em + a)
Não gosto dele. (de + ele)
Saia daqui. (de + aqui)
Estávamos num carro branco. (em + um)
Maurício estava naquele ponto de ônibus próximo à esquina. (em + aquele) (a +a)
Chapeuzinho Vermelho caminhou pela estrada. (per + a)
Os molhos estão na porta da geladeira. (em + a)
Os sapatos estão no chão do quarto. (em + o)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 9


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

AS CONJUNÇÕES
São palavras invariáveis cuja função é conectar orações ou palavras da mesma oração.
CONJUNÇÕES COORDENADAS

1) Aditivas: estabelecem uma relação de adição, soma, acrescentamento.


Exemplos: e, nem, mas também, mas ainda, senão também, como também, bem como.
O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
Não aprovo nem permitirei essas coisas.

2) Adversativas: Exprimem uma relação de adversidade, contrariedade, oposição. A ideia de adversidade geralmente cria uma
expectativa que não se concretiza.
Exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, ao passo que, antes (pelo contrário), em todo caso, e.
O professor não proíbe, antes (pelo contrário) estimula as perguntas em sala.
Trabalho cada vez mais, mas não tenho aumento de salário há anos.
Ganha bem, todavia nunca tem dinheiro.

3) Alternativas: Exprimem alternâncias.


Exemplos: ou, ou... ora, ora...quer, quer, seja, seja...
Quer no prazer, quer na dor, eles se amavam. (Graciliano Ramos)
Ou você estuda, ou você trabalha.
Ora estuda, ora trabalha./ Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.

4) Explicativas: Introduzem uma ideia de explicação relacionada normalmente a uma ordem, advertência, solicitação, sugestão.
Iniciam uma justificativa para algo que se diz.
Exemplos: que, porque, pois, já que, visto que, uma vez que, dado que, porquanto...
“E não tenham medo, que eles não são de nada.” (Fernando Sabino)
Ela vai viajar, já que vi suas malas prontas.
Choveu, porque as ruas estão alagadas.

5) Conclusivas: Introduzem uma ideia de conclusão, dedução.


Exemplos: logo, portanto, pois, por conseguinte, então, destarte (desta parte= sendo assim), dessarte (dessa parte= dessa
forma).
Está chovendo à beça, portanto não irei à praia.
Você não tem cumprido com suas obrigações, dessarte (dessa forma) não merece o que exige.
O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.

VALOR SEMÂNTICO DAS CONJUNÇÕES


Maria se arrumou e foi à festa. (aditiva)
Maria se arrumou e não foi à festa. (adversativa)
Maria estudo muito e foi aprovada no concurso. (consecutiva)

AS INTERJEIÇÕES
São palavras invariáveis que funcionam como recurso da linguagem afetiva ou emocional, podendo exprimir ou registrar os
mais variados sentimentos e emoções.
“Caramba! Isto é que se chama talento!” (Josué Montelo)
“Puxa vida! – exclamou Gumersindo, brecando o carro.” (Edy Lama)
Podem ser (entre outras):
Aclamação: viva!
Dor, arrependimento, lástima: ai! ui! ah! oh! ai de mim!
Advertência: cuidado! devagar! atenção! calma! sentido! alerta! olha! veja bem!
Dúvida, suspeita: hum! epa!
Admiração, surpresa, espanto: ah!, oh! puxa! céus! uai! credo!

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 10


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01

01) Complete com “eu” ou “mim”:


- eles chegaram antes de ____.
- há algum trabalho para _____ fazer?
- há algum trabalho para _____?
- ele pediu para _____ elaborar alguns exercícios;
- para _____, viajar de trem é uma aventura deliciosa;
a) mim – mim – mim – mim – mim;
b) mim – eu – eu – eu – mim;
c) eu – eu – mim –mim – eu;
d) eu – mim –eu – mim – eu;
e) mim – eu – mim – eu – mim.
02) Assinale a única frase correta quanto ao uso dos pronomes pessoais:
a) você não pode ir sem eu;
b) meu amigo, o diretor quer falar consigo;
c) entre eu e tu não pode haver romance;
d) era para mim encontrar a solução do problema;
e) para mim, jogador de futebol tem que ter raça.
03) Assinale o exemplo que contém mau emprego de pronome pessoal:
a) nada mais há entre mim e ti;
b) nada mais há entre eu e ti;
c) nada mais há entre mim e ela;
d) nada mais há entre ele e você;
e) nada mais há entre ele e ela.
04) Era para _________ falar ________ ontem, mas não __________ encontrei em parte alguma.
a) mim – consigo – o;
b) eu – com ele – lhe;
c) mim – consigo – lhe;
d) mim – contigo – te
e) eu – com ele – o.
05) Assinale a alternativa em que o pronome grifado foi empregado corretamente:
a) aguarde um instante. Quero falar consigo.
b) é lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois;
c) o processo está aí para mim examinar.
d) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução foge a vossa alçada;
e) Já se tornou impossível haver novos entendimentos entre eu e você.
06) Leia atentamente as seguintes frases:
I - João deu o livro para mim ler.
II - João deu o livro para eu ler.
A respeito das frases anteriores, assinale a afirmação correta:
a) a frase I está certa, pois a preposição para exige o pronome oblíquo mim.
b) a frase II está certa¸ pois o sujeito de ler deve ser o pronome do caso reto eu.
c) a frase I está certa, pois mim é objeto direito de deu.
d) a frase II está certa, pois para exige o pronome do caso reto eu.
e) ambas as frases estão corretas, pois a preposição para pode exigir a forma mim quanto a forma eu.
07) Assinale o item que não aparece o pronome relativo:
a) o que queres não está aqui;
b) temos que estudar mais;
c) a estrada por que passei é estreita;
d) a prova que passo não é difícil;
e) a festa a que assisti foi ótima.
08) Assinale a alternativa em que a palavra onde funciona como pronome relativo:
a) não sei onde eles estão;
b) onde está que não respondes;
c) a instituição onde estudo é a UFP;
d) ele me deixou onde está a catedral;
e) pergunto onde ele conheceu esta teoria.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 11
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
09) Assinale a alternativa que completa a frase: “O garoto ______ cobra picou, passa bem.”
a) a quem;
b) cuja;
c) o qual;
d) em quem;
e) cuja a;
10) Assinale a alternativa em que o adjetivo ou pronome adjetivo não sofre mudança de sentido, conforme venha antes
ou depois do substantivo:
a) ainda não fui apresentado ao novo diretor da empresa;
b) já não há dúvidas: por mais poderoso que possa parecer, ele é um vereador simples;
c) algumas questões de pouca relevância foram suficientes para retardar o andamento dos trabalhos;
d) foi amplamente noticiado que um falso advogado estava envolvido com os criminosos;
e) paisagens lindas iam-se sucedendo durante a viagem.
11) “Visitei o sítio da amiga de Paula, o qual muito me encantou”. Usou-se o qual em vez de que:
a) por uma questão de estilo;
b) pois só o qual é conectivo;
c) pois a segunda oração é adjetiva;
d) pois ali só caberia um pronome relativo;
e) para evitar-se ambiguidade.
12) Vossa Excelência _____ arrependerá de ter traído ______ povo!
a) vos – vosso;
b) se – vosso;
c) vos – seu;
d) se – seu;
e) te – teu.
13) O pronome de tratamento usado para Reitores é:
a) Vossa Excelência;
b) Vossa Magnificência;
c) Vossa Eminência;
d) Vossa Reverendíssima;
e) N. R. A.
14) Complete as lacunas com o pronome adequado: “Este encargo é para _________ assumir sozinho, sem que se
repartam as responsabilidades entre __________.”
a) mim - eu e ti;
b) mim - mim e tu;
c) mim - mim e ti;
d) eu - eu e ti;
e) eu - mim e ti.
15) Complete as lacunas:
I - de presente, deu-lhe, um livro para _____ ler.
II - de presente, deu um livro para _______.
III - nada mais há entre _______ e você.
IV - sempre houve entendimentos entre _______ e ti.
V - José, espere, vou _______.
a) ela – mim – eu – eu – consigo;
b) ela – eu – mim – eu – consigo;
c) ela – mim – mim – mim – com você;
d) ela – mim – eu – eu – consigo;
e) ela – mim – eu – mim – consigo.
16) Indique a alternativa em que o pronome oblíquo é reflexivo:
a) todos me ajudaram muito;
b) eu me machuquei com a faca;
c) assim tu o prejudicas;
d) eu te direi toda a verdade;
e) eu te darei o céu, meu bem, e o meu amor também.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 12


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
17) Indique a alternativa que completa corretamente as lacunas:
1 - É mui difícil para ______ escrever-lhe diariamente.
2 - Eles chegaram a discutir entre ______, mas não brigaram.
3 - Percebi que o plano era para _______ desistir do jogo.
4 - Passeando pelo jardim, o velho falava ________, murmurando frases confusas.
a) mim – eles – mim – consigo;
b) mim – si – eu – consigo
c) eu – eles – eu – contigo;
d) eu – si – eu – consigo.
e) mim – si – mim – contigo
18) Complete as lacunas com o pronome adequado:
1 - “_____ documento que tens à mão é importante, Pedrinho?
2 - “A estrada do mar, larga e oscilante _______ sim, o tentava.”
3 - “Na traseira do caminhão lia-se ________ frase: Tristeza não paga dívida”.
4 - “Cuidado, mergulhador, ________ animais são venenosos: a arraia miúda, o peixe-escorpião, a medusa, o
mangangá.”
a) Esse – essa – esta – estes;
b) este – esta – esta – estes;
c) este – esta – essa – esses;
d) esse – essa – essa – esses;
e) este – esta – essa – estes.
19) Em “________ somente as do Fé-em-Deus (. . .) sairiam ao largo ______”. Nesta construção a palavra “as” é:
a) pronome pessoal oblíquo átono;
b) pronome demonstrativo;
c) artigo definido feminino no plural;
d) preposição simples, essencial;
e) pronome pessoal com função de sujeito.
20) Dadas as sentenças:
1 - Ela comprou um livro para mim ler.
2 - Nada há entre mim e ti.
3 - Avilmar, gostaria de falar consigo.
Verificamos que está (estão) correta (s):
a) apenas a sentença nº 1;
b) apenas a sentença nº 2;
c) apenas a sentença nº 3;
d) apenas a sentença nº 1 e nº 2;
e) todas as sentenças.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E E B E B B B C A E E D B E C B B A B B

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 13


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02


01) Leia os trechos:
I. A expansão notável, fruto de algumas políticas muito bem estruturadas...
II. ... aparecem apenas as PUCs em termos de privadas, e em posições relativamente baixas.
III. O pensamento que então se espraiava, muito distante de recentíssimas tentações obscurantistas...
IV. Quem minimamente acompanha a questão da produção científica no Brasil...
A classificação morfológica dos vocábulos destacados está CORRETAMENTE identificada em:
a) I. adjetivo; II. advérbio; III. substantivo; IV. pronome.
b) I. substantivo; II. advérbio; III. adjetivo; IV. pronome.
c) I. substantivo; II. advérbio; III. adjetivo; IV. conjunção.
d) I. adjetivo; II. substantivo; III. substantivo; IV. conjunção.
02) “As avaliações mostram que o Brasil ainda precisa avançar.”
As duas palavras em destaque pertencem, respectivamente às classes gramaticais:
a) Adjetivo e advérbio.
b) Adjetivo e conjunção.
c) Substantivo e advérbio.
d) Substantivo e conjunção.
03) “‘É uma grande oportunidade, uma grande conquista(1) para a comunidade escolar(2) do país’, diz a superintendente(3)
da Associação de Educação(4) Financeira do Brasil (AEF-Brasil), Claudia Forte.”
A palavra destacada e numerada que apresenta derivação prefixal é a:
a) (1). b) (2). c) (3). d) (4).
04) “O período de incubação do vírus é de até 14 dias.”. Nesse fragmento, é um substantivo masculino de dois números, a
palavra:
a) “período”.
b) “incubação”.
c) “vírus”.
d) “até”.
05) “[...] evitar a transmissão(1) através da tosse e do espirro(2) praticando a “etiqueta da tosse”, ou seja, usar lenços(3) de
papel descartáveis(4) para cobrir o nariz e a boca lavando as mãos logo em seguida.”
A palavra destacada e numerada que apresenta derivação regressiva, ou seja, é um substantivo criado a partir de um verbo,
é:
a) (1). b) (2). c) (3). d) (4).
06) Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE um substantivo abstrato:
a) Importância. b) Estrada. c) Trilhas. d) Ouro.
07) “Em meados do século XVIII já eram muitos os caminhos que conduziam às minas de Minas Gerais, mas também muitos
eram os seus descaminhos.”
A locução conjuntiva mas também, empregada no trecho lido, possui o sentido de:
a) Adversidade.
b) Alternância.
c) Adição.
d) Explicação.
08) O valor semântico estabelecido pelas conjunções entre as partes do Texto 1 foi CORRETAMENTE identificado em:
a) "Quando você tem um órgão com estrutura tão precária e vulnerável à corrupção, uma consequência é que as atividades
finalísticas... [CONSEQUÊNCIA].
b) "Quanto menor o grau de robustez dos controles, maior será a fragilidade da instituição... [PROPORCIONALIDADE].
c) "Na ANM, o Regulamento da Auditoria Interna não contém vedação para que os auditores internos participem em
atividades... [COMPARAÇÃO].
d) Mas, para Uriel Papa, a ausência de mecanismos de combate à corrupção, aliada à estrutura precária da ANM...
[TEMPORALIDADE].
09) Enquanto isso, entreabri lentamente(1) o portão de grades um pouco enferrujadas, contando já com o leve(2) rangido.
Entreabri somente o bastante(3) para que meu esguio(4) corpo de menina pudesse passar.
Considerando o contexto em que se encontra, assinale a palavra cuja classificação foi atribuída INCORRETAMENTE:
a) (1) Advérbio.
b) (2) Adjetivo.
c) (3) Advérbio.
d) (4) Adjetivo.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 14


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
10) O ser humano foi agraciado pela seleção natural com(1) um troço notável – um cérebro imenso e autoconsciente – e
desde(2) então tudo que ele faz tende a ser pensado para dar certo, em vez de dar certo por acaso. Alguns fenômenos
culturais, porém(3), continuam sujeitos à evolução darwinista, simplesmente porque(4) são abordados por nós de maneira
inconsciente, intuitiva.
Considerando o contexto de uso, assinale a classificação INCORRETA:
a) (1) Preposição indicativa de comparação.
b) (2) Preposição indicativa de tempo.
c) (3) Conjunção indicativa de oposição.
d) (4) Conjunção indicativa de explicação.
11) E é por isso que a evolução de uma espécie leva milhões de anos.
Preservando-se a coerência sintática e semântica, todas as estruturas a seguir poderiam substituir o sintagma em destaque,
EXCETO:
a) Em prova disso.
b) Em vista disso.
c) Em razão disso.
d) Em função disso.
12) Analise a charge para responder a questão:

Disponível em: https://brainly.com.br/tarefa/13173117. Acesso: 08 de dezembro de 2018.

No segundo quadrinho, é CORRETO afirmar que a primeira partícula “que” está exercendo função morfológica de:
a) Pronome relativo.
b) Conjunção integrante.
c) Conjunção causal.
d) Conjunção final.
13) Assinale a alternativa em que se tem destacado um adjunto adverbial de lugar:
a) “Cerca de 3 bilhões de pessoas ainda dependem de combustíveis e equipamentos poluentes para cozinhar (...).”
b) “No Brasil, a OMS estima que 50 mil pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à poluição do ar.”
c) “Quase 10% da população do país ainda queima madeira para cozinhar, o que contribui para a exposição à poluição.”
d) “A situação é mais grave em algumas regiões do mundo como a Ásia e a África e também nos países de renda média e
baixa.”
14) A relação entre as orações, estabelecida pela conjunção destacada, está INCORRETAMENTE identificada entre
parênteses, em:
a) “Há colunistas, por exemplo, escrevendo que apropriação cultural não existe, e, por outro lado, pessoas colocando a
responsabilidade nos indivíduos...” (ADIÇÃO).
b) “Mulheres negras não passaram a ser tratadas com dignidade, por exemplo, porque o samba ganhou o status de símbolo
nacional.” (EXPLICAÇÃO).
c) “Enquanto terreiros são invadidos, há marcas que acham cult colocar modelos brancas representando Iemanjá.”
(CONCLUSÃO).
d) “Porém, isso não significa culpabilizar os indivíduos que estão inseridos dentro dessa lógica.” (ADVERSIDADE).
15) No trecho “Textos e mais textos sobre o tema, discussões, muitas vezes infrutíferas, e esvaziamento de conceitos.”, o
termo destacado pertence à mesma classe gramatical que em:
a) “Acredito que ambos os caminhos são equivocados”.
b) “Essa apropriação cultural cínica não se transforma em respeito e em direitos na prática do dia a dia”.
c) “E é extremamente importante apontar isso...”.
d) “Achei correta a crítica feita à marca Farm quando colocou várias modelos brancas usando turbantes e nenhuma negra”.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
B C C C B A C B C A A A B C B
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 15
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 03

01) A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.
02) Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações"
a) perdão.
b) bênção.
c) alemão.
d) cristão.
e) capitão.
03) Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.
04) Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:
a) Quase morri de vergonha.
b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
e) Aquela rua é demasiado estreita.
05) "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no:
a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
c) Presente do indicativo.
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
e) Pretérito imperfeito do indicativo.
06) Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:
a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
07) A flexão do número incorreta é:
a) tabelião - tabeliães.
b) melão - melões
c) ermitão - ermitões.
d) chão - chãos.
e) catalão - catalões.
08) Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:
a) pôr.
b) adequar.
c) copiar.
d) reaver.
e) brigar.
09) A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é:
a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 16


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
10) A classe de palavras que é empregada para exprimir estados emotivos:
a) adjetivo.
b) interjeição.
c) preposição.
d) conjunção.
e) advérbio.
11) Todas as formas abaixo expressam um tamanho menor que o normal, exceto:
a) saquitel.
b) grânulo.
c) radícula.
d) marmita.
e) óvulo.
12) Em "Tem bocas que murmuram preces...", a sequência morfológica é:
a) verbo-substantivo-pronome relativo-verbo-substantivo.
b) verbo-substantivo-conjunção integrante-verbo-substantivo.
c) verbo-substantivo-conjunção coordenativa-verbo-adjetivo.
d) verbo-adjetivo-pronome indefinido-verbo-substantivo.
e) verbo-advérbio-pronome relativo-verbo-substantivo.
13) A alternativa que possui todos os substantivos corretamente colocados no plural é:
a) couve-flores / amores-perfeitos / boas-vidas.
b) tico-ticos / bem-te-vis / joões-de-barro.
c) terças-feiras / mãos-de-obras / guarda-roupas.
d) arco-íris / portas-bandeiras / sacas-rolhas.
e) dias-a-dia / lufa-lufas / capitães-mor.
14) "...os cipós que se emaranhavam...". A palavra sublinhada é:
a) conjunção explicativa.
b) conjunção integrante.
c) pronome relativo.
d) advérbio interrogativo.
e) preposição acidental.
15) Indique a frase em que o verbo se encontra na 2ª pessoa do singular do imperativo afirmativo:
a) Faça o trabalho.
b) Acabe a lição.
c) Mande a carta.
d) Dize a verdade.
e) Beba água filtrada.
16) Em "Escrever é alguma coisa extremamente forte, mas que pode me trair e me abandonar.", as palavras grifadas podem
ser classificadas como, respectivamente:
a) pronome adjetivo - conjunção aditiva.
b) pronome interrogativo - conjunção aditiva.
c) pronome substantivo - conjunção alternativa.
d) pronome adjetivo - conjunção adversativa.
e) pronome interrogativo - conjunção alternativa.
17) Marque o item em que a análise morfológica da palavra sublinhada não está correta:
a) Ele dirige perigosamente - (advérbio).
b) Nada foi feito para resolver a questão - (pronome indefinido).
c) O cantar dos pássaros alegra as manhãs - (verbo).
d) A metade da classe já chegou - (numeral).
e) Os jovens gostam de cantar música moderna - (verbo).
18) Quanto à flexão de grau, o substantivo que difere dos demais é:
a) viela.
b) vilarejo.
c) ratazana.
d) ruela.
e) sineta.
19) Está errada a flexão verbal em:
a) Eu intervim no caso.
b) Requeri a pensão alimentícia.
c) Quando eu ver a nova casa, aviso você
d) Anseio por sua felicidade.
e) Não pudeste falar.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 17


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
20) Das classes de palavra abaixo, as invariáveis são:
a) interjeição - advérbio - pronome possessivo.
b) numeral - substantivo - conjunção.
c) artigo - pronome demonstrativo - substantivo.
d) adjetivo - preposição - advérbio.
e) conjunção - interjeição - preposição.
21) Todos os verbos abaixo são defectivos, exceto:
a) abolir.
b) colorir.
c) extorquir.
d) falir.
e) exprimir.
22) O substantivo composto que está indevidamente escrito no plural é:
a) mulas-sem-cabeça.
b) cavalos-vapor.
c) abaixos-assinados.
d) quebra-mares.
e) pães-de-ló.
23) A alternativa que apresenta um substantivo invariável e um variável, respectivamente, é:
a) vírus - revés.
b) fênix - ourives.
c) ananás - gás.
d) oásis - alferes.
e) faquir - álcool.
24) "Paula mirou-se no espelho das águas": Esta oração contém um verbo na voz:
a) ativa.
b) passiva analítica.
c) passiva pronominal.
d) reflexiva recíproca.
e) reflexiva.
25) O único substantivo que não é sobrecomum é:
a) verdugo.
b) manequim.
c) pianista.
d) criança.
e) indivíduo.
26) A alternativa que apresenta um verbo indevidamente flexionado no presente do subjuntivo é:
a) vade.
b) valham.
c) meçais.
d) pulais.
e) caibamos.
27) A alternativa que apresenta uma flexão incorreta do verbo no imperativo é:
a) dize.
b) faz.
c) crede.
d) traze.
e) acudi.
28) A única forma que não corresponde a um particípio é:
a) roto.
b) nato.
c) incluso.
d) sepulto.
e) impoluto.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 18


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
29) Na frase: "Apieda-te qualquer sandeu", a palavra sandeu (idiota, imbecil) é um substantivo:
a) comum, concreto e sobrecomum
b) concreto, simples e comum de dois gêneros.
c) simples, abstrato e feminino.
d) comum, simples e masculino
e) simples, abstrato e masculino.
30) A alternativa em que não há erro de flexão do verbo é:
a) Nós hemos de vencer.
b) Deixa que eu coloro este desenho.
c) Pega a pasta e a flanela e pole o meu carro.
d) Eu reavi o meu caderno que estava perdido.
e) Aderir, eu adiro; mas não é por muito tempo!
31) Em "Imaginou-o, assim caído..." a palavra destacada, morfologicamente e sintaticamente, é:
a) artigo e adjunto adnominal.
b) artigo e objeto direto.
c) pronome oblíquo e objeto direto.
d) pronome oblíquo e adjunto adnominal.
e) pronome oblíquo e objeto indireto.
32) O item em que temos um adjetivo em grau superlativo absoluto é:
a) Está chovendo bastante.
b) Ele é um bom funcionário.
c) João Brandão é mais dedicado que o vigia.
d) Sou o funcionário mais dedicado da repartição.
e) João Brandão foi tremendamente inocente.
33) A alternativa em que o verbo abolir está incorretamente flexionado é:
a) Tu abolirás.
b) Nós aboliremos.
c) Aboli vós.
d) Eu abolo.
e) Eles aboliram.
34) A alternativa em que o verbo "precaver" está corretamente flexionado é:
a) Eu precavejo.
b) Precavê tu.
c) Que ele precavenha.
d) Eles precavêm.
e) Ela precaveu.
35) A única alternativa em que as palavras são, respectivamente, substantivo abstrato, adjetivo biforme e preposição
acidental é:
a) beijo-alegre-durante
b) remédio-inteligente-perante
c) feiura-lúdico-segundo
d) ar-parco-por
e) dor-veloz-consoante

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18
A A D A E B E E D B D A B C D D C C
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
C E E C A E C D B D D E C E D E C

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 19


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 04

01) Leia o trecho a seguir.


“Rapidamente, uma outra Ideia Legislativa, contrária, foi submetida à consulta no site do Senado, defendendo a
permanência das humanidades nas instituições de ensino superior públicas [...]”.
Assinale a alternativa em que a palavra destacada faz parte da mesma classe de palavras que “rapidamente”.
a) “A proporção mostra que há um enfrentamento forte à tentativa de solapar a formação crítica.”
b) “Em teoria, a intenção é que, ao passo que as áreas de linguagens e matemáticas sejam obrigatórias durante todo
o Ensino Médio [...]”
c) “O texto da BNCC considera que os itinerários, previstos na lei da Reforma do Ensino Médio, são estratégicos [...]”
d) “Se a primeira “ideia” contava, na manhã de 13 de abril, com pouco mais de 6.400 apoios, a segunda ultrapassou
largamente os 20 mil necessários [...]
02) Assinale a alternativa na qual o verbo destacado está conjugado no pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
a) Não conseguiria passar por isso sem sua ajuda.
b) Tinhas tão pouca experiência nesse assunto!
c) Eu soubera da notícia antes de Letícia me contá-la.
d) Gostaria que fôssemos jovens novamente.
03) Leia a sentença a seguir.
“Denise era inteligente, mas especialmente sagaz”.
Nesse caso, a conjunção destacada tem valor
a) aditivo.
b) adversativo.
c) concessivo.
d) condicional.
04) Leia o texto a seguir.
“Tu és divina e graciosa
Estátua majestosa
Do amor, por Deus esculturada
E formada com ardor
Da alma da mais linda flor
De mais ativo olor
Que na vida é preferida
Pelo beija-flor [...]”
(Alfredo Da Rocha Vianna Filho – Rosa)

Assinale a alternativa em que estão corretamente relacionadas a classe das palavras destacadas e a tipologia do texto
em questão.
a) Trata-se de advérbios, muito presentes em textos do tipo narrativo, por qualificarem os verbos responsáveis pelo
desenvolvimento da história.
b) São adjetivos, comuns em textos descritivos, pois conferem caracterização aos substantivos, permitindo ao leitor
imaginar aquilo que é descrito.
c) As palavras destacadas são conectivos, responsáveis por realizar a ligação entre uma ideia e outra e manter a
coesão dos textos dissertativos.
d) Em destaque tem-se verbos de ação, que funcionam nos textos injuntivos com o objetivo de instruir o leitor na
realização de alguma atividade.
05) Leia a letra de música a seguir.
“O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar”
(Chico Buarque – Retrato em branco e preto)

A conjunção destacada expressa ideia


a) aditiva.
b) explicativa.
c) conformativa.
d) adversativa.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 20


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
06) Leia o trecho a seguir.
“Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.”
(Manoel de Barros – O apanhador de desperdícios)

Sobre os termos destacados no poema, analise as afirmativas a seguir.


I. O primeiro verbo destacado encontra-se no presente do indicativo, na primeira pessoa do singular.
II. Em “fui aparelhado”, tem-se uma locução verbal formada por um verbo principal e um verbo auxiliar.
III. O verbo “gostar” segue a conjugação do primeiro verbo, no que diz respeito a tempo verbal, pessoa e número.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
07) Assinale a alternativa na qual o verbo destacado está conjugado no presente do subjuntivo.
a) “Se ele lhe agredisse, a situação atual seria outra.”
b) “Ainda que eu não valha muito, gostaria de sua atenção.”
c) “Eu não sei se você vê as coisas como eu.”
d) “Tenho esperança que em breve tudo acabará bem.
08) Leia o trecho a seguir.
“A máquina eletromecânica que ele inventou durante a Segunda Guerra, a “máquina de Turing”, ajudou a decifrar os
códigos criptografados pela máquina Enigma, usada pela marinha da Alemanha nazista. A invenção de Turing é
apontada como um dos motivos da vitória dos Aliados e é considerada um fator para a guerra não ter se estendido
ainda por mais anos – o que causaria ainda mais mortes.”
Disponível em: <tinyurl.com/y6466rkk>.Acesso em: 24 jul. 2019

Os pares de verbos / locuções verbais nos quais se tem ambos os verbos conjugados no pretérito prefeito são:
a) Usada / é apontada.
b) Ajudou / inventou.
c) Causaria / Usada.
d) É considerada / É apontada.
09) Na frase “Eu coloro meus próprios cabelos com tintura comprada na farmácia”, o verbo “colorir” está, de acordo
com a norma-padrão,
a) adequadamente conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo.
b) adequadamente conjugado na primeira pessoa do presente do imperativo.
c) inadequadamente conjugado, pois trata-se de verbo defectivo.
d) inadequadamente conjugado, pois trata-se de verbo reflexivo.
10) “Se acessarmos as redes sociais e portais de busca na internet, vamos, talvez, nos surpreender com o uso da
expressão ‘não sou racista, mas...’, completada de formas diversas, todas com teor marcadamente racista.”
Disponível em: <https://tinyurl.com/yxrj9tcp>.Acesso em: 18 jul. 2019.

Analisando a expressão destacada, “não sou racista, mas...”, é correto afirmar, a respeito do uso da conjunção ‘mas’
aí empregada:
a) Como uma conjunção adversativa, apresenta uma ressalva de pensamento que indica uma oposição em relação ao
que é mencionado na oração anterior a ela.
b) Trata-se de uma conjunção explicativa, que se destina a introduzir a explicação do que é afirmado na oração anterior.
c) Essa é uma conjunção conclusiva, que introduz uma conclusão lógica para o pensamento desenvolvido
anteriormente a ela.
d) Como conjunção consecutiva, ‘mas’ exprime conformidade da oração que será introduzida em relação à ideia
elaborada peal oração anterior.
11) Releia o trecho a seguir.
“A vitalidade da Notre-Dame, entretanto, não está na sua arquitetura esplêndida, ou na arte deslumbrante e abundante
no seu interior, nos afrescos, nas pinturas, na escultura, nos vitrais. São destrutíveis e restauráveis.”
A conjunção destacada pode ser substituída, corretamente e sem que haja prejuízo de sentido para o trecho, por:
a) Portanto.
b) Enquanto.
c) Todavia
d) Consequentemente.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 21


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
12) “Logo em seguida, as pessoas de bem deixariam aquela comunidade, relegando o bairro à mercê de gatunos e
desordeiros, pois apenas pessoas desocupadas ou imprudentes se sentiriam à vontade para residir em uma rua cuja
decadência se torna evidente. Pequenas desordens, portanto, levariam a grandes desordens e, posteriormente, ao
crime.”
A conjunção destacada possui, nesse trecho, um valor:
a) explicativo.
b) causal.
c) consequencial.
d) conclusivo.
13) “Márcio era o novo amigo de Orlando. (Portanto) Estavam sempre juntos. (No entanto) Quando o conheci, não
tive boa impressão. (De modo que) Não nos tornamos um trio à primeira vista. (À medida que) O tempo passou, o
conheci melhor e comecei a estimá-lo como um irmão.”
As conjunções destacadas entre parênteses podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido e respectivamente, pelos
seguintes termos:
a) Porque / Embora / Logo que / Quanto mais.
b) Por isso / Todavia / De sorte que / À proporção que.
c) Pois / Outrossim / Ainda que / Sendo assim.
d) Por que / Apesar disso / Contanto que / Conforme.
14) Analise as sentenças a seguir.
I. Fui ao aniversário de Ana, ________ comi brigadeiros.
II. ___________ goste de Camila, não sei se ela é confiável.
III. Instalei a máquina de lavar _______instruía o manual.
IV. Vou embora dessa festa _________ já estou muito cansada.
Considerando a manutenção da coerência, assinale a alternativa em que as conjunções correspondentes às lacunas
nas sentenças estão correta e respectivamente indicadas.
a) No entanto / A menos que / como / assim.
b) Porque / Posto que / já que / pois.
c) Portanto / Embora / conforme / que.
d) Que / Se / pois / ao passo que.
15) Leia a letra de música a seguir.
“O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar”
(Chico Buarque – Retrato em branco e preto)

A conjunção destacada expressa ideia


a) aditiva.
b) explicativa.
c) conformativa.
d) adversativa.
16) Considerando a frase “Que momento exclusivo, íntimo e pessoal...”, presente no primeiro quadrinho da tirinha,
analise as afirmativas a seguir.
I. Os termos “exclusivo”, “íntimo” e “pessoal” pertencem à mesma classe de palavras.
II. “Que”, nessa frase, é um artigo definido.
III. O termo “pessoal” qualifica o termo “momento”.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
17) Releia o trecho a seguir.
“Biologicamente, poderíamos falar em serotonina e ocitocina [...]”
Qual das palavras destacadas a seguir pertence à mesma classe de palavras daquela destacada nesse trecho?
a) “[...] evitar ao máximo as negativas está aumentando [...]”
b) “[...] precisava resolver apenas anagramas possíveis.”
c) “[...] ela está ao alcance das nossas mãos.”
d) “Isso só vai gerar mais infelicidade”

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 22


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
18) Releia o trecho a seguir.
“[...] ser livre é engajar-se, comprometer-se e, enfim, responsabilizar-se.”
A palavra destacada é, nesse contexto, um(a)
a) preposição.
b) advérbio.
c) adjetivo.
d) conjunção.
19) Releia o trecho a seguir.
“Assim, não temos nem atrás de nós nem diante de nós, no domínio luminoso dos valores, justificações ou desculpas.”
A conjunção destacada nesse trecho confere a ele um valor
a) explicativo.
b) temporal.
c) conclusivo.
d) adversativo.
20) As palavras destacadas a seguir qualificam outras no trecho, exceto em:
a) “Vejamos o que o filósofo francês Jean-Paul Sartre disse sobre isso [...]”
b) “[...] um se torna um criminoso e o outro não.”
c) “[...] o homem está condenado a ser livre.”
d) “[...] sabem que existem determinações externas e internas [...]”
21) Releia o trecho a seguir.
“Condenado porque não criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo
o que fizer.”
Nesse contexto, a palavra destacada é uma
a) conjunção explicativa.
b) conjunção aditiva.
c) preposição subordinativa.
d) preposição invariável.
22) Leia o trecho a seguir.
“Parece que o Ministério da Saúde está decidido a dedicar mais atenção à prevenção da gravidez na adolescência. Entre as
medidas adotadas estão a preparação de profissionais para atendimento, divulgação de material educativo, acesso a
métodos anticoncepcionais e aos preservativos, além do estímulo à promoção de atividades culturais e esportivas.
Embora essas intervenções sejam fundamentais, a solução do problema não é tarefa exclusiva do governo”.
A conjunção destacada, pela relação que estabelece entre o parágrafo anterior e aquele que ela inicia, é denominada
a) final.
b) concessiva.
c) condicional.
d) causal.
23) Em “Romance em doze linhas”, há uma repetição intencional de sentenças com pequenas modificações, que levam à
progressão da ideia do texto.
Nesse sentido, em “Quanto tempo falta pra gente se ver às vezes”, o termo sublinhado classifica-se como
a) locução adverbial.
b) adjunto adnominal.
c) conjunção coordenativa.
d) locução conjuntiva.
24) Assinale a alternativa em que a palavra destacada está incorretamente classificada entre colchetes.
a) “Residentes em alguns desses centros de atendimento têm seus próprios quartos [...]” [ADJETIVO]
b) “[...] faz a doença progredir muito mais rápido.” [ADVÉRBIO]
c) “A condição rouba memórias e personalidades.” [SUBSTANTIVO]
d) “[...] trazendo à tona memórias antigas, e façam um ‘miniferiado’ de suas rotinas diárias.” [CONJUNÇÃO]
25) Assinale a alternativa em que a palavra destacada não desempenha uma função adjetiva no trecho.
a) “Seu Antônio era educado e agradável no trato social, mas intempestivo, intolerante e voluntarioso com a esposa e os
dois filhos.”
b) “Com ar consternado, revelaram estar preocupadíssimos com o comportamento materno [...]”
c) “Casada, aceitou sem rebeldia o autoritarismo do consorte.”
d) “Quando ficou doente, aos sessenta e oito anos, tinha mais de duzentos empregados, duas fazendas e uma imobiliária
para administrar os imóveis de sua propriedade.”

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
D C A B D B B B C A C D B
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
C D D D B C B A B A A D

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 23


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

SINTAXE

Frases verbais = Oração


Oração: Qualquer construção que possua verbo.
A menina banhou-se na cachoeira.
Choveu muito durante a noite.

PERÍODO SIMPLES
Constituído de apenas uma oração, isto é, uma frase com um verbo ou uma locução verbal.
“A ignorância do bem é a causa do mal”. (Demócrito)
As últimas aves foram vistas no amanhecer.
Encontramos no vocabulário do português palavras oriundas do grego.
O vento vergou os galhos das árvores.
Deveria haver a aplicação mais severa das leis no Brasil.

PERÍODO COMPOSTO
Constituído por mais de uma oração.
Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.
Avancei lentamente até a sala e sentei-me.
A noite avança, promovendo uma paz profunda.
Pedi que me entregasse todos os documentos.
Há palavras cuja origem é obscura.

SUJEITO E PREDICADO
São termos essenciais da oração.
Sujeito: É o termo sobre o qual o verbo se expressa.
Exemplo: Escolhas são ordens da vida.
Predicado: Além do sujeito, tudo é predicado.
Exemplo: (...) ordens da vida.

TIPOS DE SUJEITO
Sujeito simples: Possui apenas um núcleo.
Um bando de galinhas d’angola atravessou a rua. (núcleo: bando)
Dos móveis da casa, restaram somente as cadeiras. (núcleo: cadeiras)
Isto não me agrada. (núcleo: isto)
Ninguém lhe telefonou. (núcleo: ninguém)

Sujeito composto: Possui dois ou mais núcleos.


Dos móveis da casa, restaram a geladeira e duas cadeiras.
Irão à cerimônia, o juiz, o ministro e o padre.

Sujeito oculto = elíptico = desinencial: É aquele que não está expresso na oração, mas pode ser deduzido pelo contexto.
Viajarei amanhã. (eu)
Um soldado saltou para a calçada e aproximou-se do bandido. (ele = soldado)
Fizeste uma boa prova? (tu)
Levem os doces à festa. (vocês)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 24


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Sujeito indeterminado: Quando não se conhece o agente da ação verbal.
Come-se bem naquele restaurante.
Atropelaram um cachorro na esquina.
Bateram palmas no portão da frente.
Esse sujeito será mais estudado após a aprendizagem do conteúdo “Predicação
verbal”.

Oração sem sujeito ou sujeito inexistente: Ocorre diante de verbos impessoais.


 HAVER no sentido de existir, ocorrer e na indicação de tempo passado.
Havia muitos alunos na sala. (existia)
Houve acidentes horríveis naquela rodovia. (ocorrer)
Havia três noites que não dormia. (tempo passado)
Onde houvesse festas e danças, ali Marlene estava. (existir)

 Verbo HAVER em locução verbal


A impessoalidade do verbo HAVER é transferida para o verbo auxiliar, por isso o auxiliar se mantém obrigatoriamente
no singular.
Deve HAVER muitos alunos ausentes na turma.
Poderia HAVER mais oportunidades para os jovens brasileiros.
Não podia HAVER leis mais cruéis.
NÃO se diz:
“Há muito tempo atrás.”
“Há dias atrás.”
Se já usamos o verbo “haver”, estamos fazendo referência ao passado, portanto o correto é:
“Há muito tempo.”
“Há dias.”

 Verbos EXISTIR E OCORRER são pessoais


Embora se recorra aos verbos EXISTIR e OCORRER para verificar a impessoalidade do HAVER, esses verbos não
são impessoais.
Devem EXISTIR muitos alunos ausentes na turma.
Poderiam EXISTIR mais oportunidades para os jovens brasileiros.
Devem OCORRER eleições normalmente neste ano.

 FAZER e PASSAR
São verbos impessoais quando fazem referência a tempo.
Faz dois anos que me formei.
Fazia muito frio.
Passava das cinco horas.
Devia FAZER anos que não via Marcela.

 Verbos que indicam fenômenos da natureza


Também são impessoais, portanto não possuem sujeitos.
Ventou muito durante a noite.
Anoiteceu rapidamente.
Nevou no sul.
Chovia há dias.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 25


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

ADJUNTOS ADVERBIAIS
É o termo ou expressão que exprime circunstâncias de tempo, lugar, modo, companhia.. modificando o sentido do
verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Os advérbios presentes nas classes gramaticais passam a ser chamados, na sintaxe, de Adjuntos Adverbiais.
Exemplos:
Errei por distração.
Júlio reside em Niterói.

PREDICAÇÃO VERBAL
VERBOS TRANSITIVOS: são aqueles que recebem complementação verbal. Os complementos verbais dos verbos
transitivos são:

1. OBJETOS DIRETOS: Ligam-se aos verbos sem auxílio de preposições.


Exemplos:
Os alunos escreveram redações.
Natália faz bolos.
Caminhões descarregam suas mercadorias.
O supermercado abriu suas portas mais cedo.

2. OBJETOS INDIRETOS: Ligam-se aos verbos transitivos com auxílio de preposições.


Exemplos:
As pessoas necessitam de afeto.
Todos nós precisamos de dinheiro.
Refiro-me a Marcelo.
As coisas obedeciam a seu tempo.

VERBOS TRANSITIVOS DIRETOS E INDIRETOS (BITRANSITIVOS)


Exemplos:
O homem escreveu um poema a sua amada.
Inácio fez um favor ao fazendeiro.
O professor ofertou seus livros aos alunos.
Nós daremos a ela um belo presente.

VERBOS INTRANSITIVOS: NÃO vêm acompanhados de complemento. É comum estarem acompanhados de


adjuntos adverbiais.
Exemplos:
O Padre apareceu e logo o burburinho cessou.
Três contos bastavam, insistiu ele.
O supermercado abriu mais cedo.
As pessoas passeiam no supermercado.

VERBOS DE LIGAÇÃO: Também conhecidos como verbos de estado, não expressam ações do sujeito.
Simplesmente ligam o sujeito a uma característica, estado ou informação sobre esse sujeito, ou seja, aos seus
predicativos.
Os verbos de ligação mais comuns são: ser, estar, permanecer, ficar, parecer, continuar, andar (no sentido de estar),
virar (no sentido de se transformar) entre outros (conforme seus contextos).

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 26


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

PREDICATIVO DO SUJEITO
Toda e qualquer característica atribuída ao sujeito de uma oração.
Exemplos:
O velho retrato da avó virou um brinquedo entre as crianças.
A porta está aberta.
O aluno ficou quieto.
Marina é bela.
O moço anda triste.
Inácio permaneceu sentado.
O dia continuava chuvoso.
As crianças tornam-se rebeldes.

PREDICATIVO DO OBJETO
É qualquer característica ou informação atribuída, principalmente, ao objeto direto dos verbos transitivos.
Vejam:
O juiz declarou o réu inocente.
O povo elegeu-o deputado.
A mãe viu o filho desanimado.
O advogado considerava aqueles direitos indiscutíveis.
A predicação de um verbo só pode ser determinada a partir de um
contexto.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01) Analise e classifique cada um dos verbos grifados nas orações abaixo.
a) A terra dá bons frutos.
b) Os pais dão conselhos aos filhos.
c) O trabalho deu certo.
d) Quem dá aos pobres, empresta a Deus.
e) Esse dinheiro não dá.
f) Ele não vê.
g) Ele não vê televisão.
h) Hagar bebe demais.
i) Hagar bebe leite demais.
j) O ator não teria dinheiro para lhe pagar.
k) O desfile das escolas de samba foi um espetáculo deslumbrante.
l) O consumidor reclama muito.
m) O consumidor reclama seus direitos.
n) Hagar não consegue entender Helga.
o) Aquela menina vive calada.
p) Nossa família vive muito bem.
q) Romeu e Julieta viveram um grande amor.

Conclui-se, desse modo, que a oposição entre verbo transitivo, verbo intransitivo e
verbo de ligação NÃO é absoluta, depende basicamente de cada situação em que
forem empregados e dos sentidos que se deseja produzir.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 27


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS NA FUNÇÃO DE OBJETO DIRETO E OBJETO INDIRETO


 As formas o, os, a, as empregam-se como objetos diretos:
Exemplos:
Ninguém o agrediu.
Se a vejo triste, consolo-a.
As crianças os seguiam.
Os homens as admiram.

 Os verbos transitivos diretos terminados em r, s e z perderão essas últimas letras e aos pronomes oblíquos (o, os,
a, as) será acrescentada a letra l.
Exemplos:
Encontramos as pessoas. / Encontramo-las.
O professor fez os alunos entrar. / O professor fê-los entrar.
Mandaram prender o infrator. / Mandaram prendê-lo.

 Os verbos transitivos terminados com som nasal (-ão, -õe, am, em...) que tiverem como complementos os pronomes
oblíquos a, as, o, os terão a letra N acrescentada a esses pronomes.
Exemplos:
Põe as cartas. / Põe-nas.
Encontraram os meninos. / Encontraram-nos.

 As formas lhe, lhes são usadas como objetos indiretos:


Cedo a Carlos a vez. / Cedo-lhe a vez.
Carlos obedece aos pais com alegria. / Carlos obedece-lhes com alegria.
Armando pagou a Carlos a dívida. / Armando pagou-lhe a dívida.
Ensinei a Carlos o caminho. / Ensinei-lhe o caminho.

 As formas me, te, se, nos, vos podem ser usadas como objetos diretos ou indiretos conforme a transitividade do
verbo:
Objeto direto
Ele me estima.
Todos te esperam.
A criança feriu-se.
Ele nos convidou.
Eu vos louvo.
Objeto indireto
Ele me obedece.
Cedo-te o lugar.
Armando dá-se ares de importante.

ATENÇÃO!!
Apesar de os pronomes pessoais do caso reto exercerem, via de regra, funções de sujeito
das orações, as formas retas ele(s), ela(s), nós, vós também são usadas com função de
objetos indiretos, desde que regidas de preposição.
Pagarei a ele a dívida.
Lutei contra ele.
Atiraram contra nós.
Confio em vós.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 28


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

O COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo obrigatoriamente preposicionado que completa o sentido do substantivo, do adjetivo e do advérbio.
Exemplos:
O fumo é prejudicial à saúde.
O juiz agiu favoravelmente ao réu.
Todos tínhamos necessidade de informações.
Moacir está apto para o trabalho.
Todos estávamos precavidos contra o mal.
Devemos ter respeito às leis.
Devemos ter disposição para o trabalho.

Não confundir Objeto Indireto e Complemento Nominal


O. I.: Complementa verbos.
C.N.: Complementa nomes (substantivos, adjetivos e advérbios)
Exemplos:
Obedeço ao regulamento. (Objeto Indireto)
Você deve ter obediência ao regulamento. (Complemento Nominal)

VOZES VERBAIS
Temos 3 vozes verbais:
 Voz ativa: Sujeito pratica a ação verbal.
 Voz passiva (analítica e sintética): Sujeito recebe a ação verbal.
 Voz reflexiva: O mesmo sujeito que pratica, também recebe a ação.

VERBOS NA VOZ ATIVA


As águas da chuva molharam a casa.
Todos nós gostamos de um bom tratamento.
Antônio agiu tranquilamente.
O vento agitava as folhas.
Os pais educam os filhos.

REGRAS DE TRANSPOSIÇÃO DA VOZ ATIVA PARA VOZ PASSIVA


 Verbo da voz ativa deve ser V.T.D. ou V.T.D.I.;
 O agente da passiva não aparece na voz passiva sintética;
 O agente da passiva não é obrigatório na voz passiva analítica;
 O tempo e modo dos verbos devem ser respeitados durante a transposição.

TRANSPONDO A VOZ ATIVA EM VOZ PASSIVA ANALÍTICA E SINTÉTICA


Voz ativa Reforçando!
 As águas da chuva molharam a casa. Voz passiva analítica
(sujeito ativo) (O.D.)  As folhas eram agitadas pelo vento.
Voz passiva analítica (suj.) (loc. verbal) (agente da passiva)
 A casa foi molhada pelas águas da chuva. Voz passiva sintética ou pronominal (V.T.D. + SE)
(sujeito) (agente da passiva)  Agitavam-se as folhas.
Voz passiva sintética (V.T.D.) (part. apas.) (suj.)
 Molhou-se a casa. (V.T.D. + SE)
(sujeito)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 29


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
VOZ REFLEXIVA
Há coincidência entre o ser que pratica a ação e o que recebe a ação.
Exemplos:
Eu me vi em uma situação complicada.
O rapaz se entregou à polícia.
Eu me feri com a tesoura.
Sujeito indeterminado e voz passiva sintética
V.T.D. + SE = Voz passiva sintética
Qualquer verbo que não seja V.T.D. ou V.T.D.I. + SE = Sujeito Indeterminado
SE – Índice de indeterminação do sujeito
SE – Partícula Apassivadora

CONCORDÂNCIA VERBAL COM SUJEITO INDETERMINADO


Precisa-se de funcionários.
Ouve-se bem daqui.
Pensa-se em modificar as leis.
Necessita-se de atenção com as crianças.
OBSERVAÇÃO: Em casos de sujeito indeterminado, verbo jamais flexiona-se no plural.

CONCORDÂNCIA VERBAL NA VOZ PASSIVA SINTÉTICA


 Vende-se esta casa.
(suj.)
 Alugam-se apartamentos neste andar.
(suj.)
 Fizeram-se planos.
(suj.)
 Ministram-se excelentes aulas nesta escola.
(suj.)
OBSERVAÇÃO: Verbos concordam com seus sujeitos passivos.

OS ADJUNTOS ADNOMINAIS

São expressões que acompanham os substantivos caracterizando-os. Os adjuntos adnominais são representados por:
 Adjetivos: água fresca...
 Artigos: as ruas...
 Pronomes: meu tio, este lugar, pouco sal, país cuja história...
 Numerais: dois pés...
 Locuções adjetivas: presente de rei, homem sem escrúpulos, golpe de mestre.

NÃO CONFUNDIR ADJUNTOS ADNOMINAIS COM COMPLEMENTOS NOMINAIS.


Complemento nominal: sentido passivo.
Ex.: Eleição do presidente.
Adjunto adnominal: sentido ativo.
Ex.: Discurso do presidente. / A casa do fazendeiro.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 30


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

APOSTO
É a palavra ou expressão que explica, especifica ou resume outro termo da oração.
Exemplos:
Dom Pedro II, Imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
Berlim, capital da Alemanha, é desenvolvida.
Casas, pastos, árvores, tudo foi destruído pela enchente.
Prezamos acima de tudo duas coisas: o respeito e a liberdade.
OBSERVAÇÃO: O aposto nunca pode possuir verbos e aparece marcado por sinais de pontuação (: , -)

VOCATIVO
É o termo usado para chamar ou interpelar uma pessoa, animal ou coisas personificadas a que nos dirigimos.
Exemplos:
Francisco! Oh, Francisco, venha nos ajudar, por favor!
Oh, Deus, livre-nos de todos os males!
“Ô, Sol, vê se enriquece a minha melanina...” (Vitor Kley)
OBSERVAÇÃO: Na escrita, o vocativo é separado por vírgulas.

Termos Essenciais da Oração: Termos Integrantes da Oração: Termos acessórios da Oração:


 Sujeito  Objeto direto  Adjuntos adverbiais
 Predicado  Objeto indireto  Adjuntos adnominais
 Complemento Nominal  Aposto e vocativo
 Predicativos e agente da passiva

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 31


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES COORDENADAS

ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS: Não se ligam por conjunções.


Exemplo: O carro acelerou, partiu, sumiu na estrada.

ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS: Ligam-se por conjunções.


Exemplo: O carro acelerou, partiu e sumiu na estrada.

TIPOS DE ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS


 Aditivas: Apanhei o embrulho e segui
 Adversativas: Você tem razão, contudo não te exaltes.
 Alternativas: Venha logo ou perderá a vez.
 Explicativas: Leve-lhe um presente, porque ela aniversaria amanhã.
 Conclusivas: Você é homem são, portanto não pode agir assim.

ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS

Oração subordinada liga-se às orações principais a fim de lhes oferecer uma função sintática ou lhes ampliar o sentido. Elas
se classificam em:
 Substantivas;
 Adjetivas;
 Adverbiais.

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS


São introduzidas pelas conjunções integrantes “que”, “se”, “quem” e podem ser classificadas em:

1. Subjetivas (funcionam como sujeito da oração principal)


É necessário que você colabore.
É bom que você venha.
Convém que você volte logo.
2. Objetivas diretas (fornecem objetos diretos para verbos da oração principal)
O mestre exigia que todos estivessem presentes.
Mariana esperou que o marido voltasse.
O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
3. Objetivas indiretas (fornecem objetos indiretos para verbos da oração principal)
Daremos o prêmio a quem merecer.
O soldado insistia em que a prisão fosse feita.
Alguém me convencera de que eu devia viajar.
4. Predicativas (fornecem predicativo para o sujeito da oração principal)
Seu receio era que chovesse.
Minha esperança era que ele desistisse.
Meu maior desejo é que me deixem em paz.
5. Completivas Nominais (fornecem complemento nominal a um nome da oração principal)
Sou favorável a que o prendam.
Estava ansioso por que voltasses.
Estava convencido de que um dia lhe dariam razão.
6. Apositivas (servem de aposto à oração principal)
Só desejo uma coisa: que vivam felizes.
Só lhes peço este favor: que tragam seus pertences.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 32


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS
Vejam:
O professor gosta de alunos estudiosos. (adjunto adnominal de alunos)
O professor gosta de alunos que estudam. (oração sub. adjetiva)
 Exercem a função sintática de adjuntos adnominais em relação a um nome da oração principal.
 São introduzidas por pronomes relativos (que, o qual, os quais, a qual, as quais, cujo e variações).
Dividem-se em:
A) Restritivas
B) Explicativas
Exemplos:
Há coisas que nos comovem. (Restritiva)
O professor a quem fui apresentado era muito simpático. (Restritiva)
Há palavras cuja origem é obscura. (Restritiva)
Os jogadores dirigiram-se ao estádio, onde a multidão os esperava. (Explicativa)

A) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS:


Exemplos:
Pedra que rola não cria limo.
Os animais que se alimentam de carne são carnívoros.

B) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS:


Exemplos:
Deus, que é nosso pai, nos salvará.
Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assaltado.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS


Têm a função de adjuntos adverbiais, isto é, exprimem circunstâncias de tempo, modo, finalidade, causa, condição,
comparação e outras em relação à Oração Principal.

1. Causais: Expressa causa, motivo, razão para um evento que se realiza na oração principal.
Não posso ir à reunião hoje, já que meu filho está doente.
Como não me atenderam, repreendi-os severamente.
“Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo”. (Vivaldo Coaraci)
Não se ouvia nada, tamanho era o barulho. (sem conjunção)
2. Consecutivas: Exprimem uma consequência, um efeito ou resultado de um fato expresso na oração principal.
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
Ontem estive doente, de sorte que não saí de casa.
3. Comparativas: Representam o segundo termo de uma comparação.
“A preguiça gasta a vida, como a ferrugem consome o ferro.” (Marquês de Maricá)
Como a flor se abre ao sol, a minha alma se abriu àquele olhar.
4. Concessivas: Exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal.
Admirava-o muito, embora não o conhecesse pessoalmente.
Nem que a gente quisesse, seria possível modificar aquela situação.
Cumpriremos nossa obrigação, mesmo que o custo seja alto.
5. Condicionais: Expressam condição para que algo se cumpra na oração principal.
Se observasse bem, não tomaria essas medidas.
Poderá ser um bom médico, caso estude muito.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 33


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

6. Conformativas: Expressam acordo ou conformidade de um fato com o outro.


Relatei-lhes os fatos conforme os ouvi.
Como diz o povo, tristeza não paga dívidas.
Segundo ouvi dizer, esse jornal é muito influente.
7. Proporcionais: Indicam proporcionalidade em relação a um evento da oração principal.
À medida que se vive, mais se aprende.
O valor dos salários diminui, ao passo que os custos de vida sobrem.
Quanto maior o voo, maior a queda.
8. Temporais: Indicam o tempo em que se realiza um fato expresso na oração principal.
Enquanto foi rico, todos o procuravam.
Sempre que agredimos a natureza, ela se volta contra nós.
Formiga, quando quer voar, cria asas. (Dito popular)
9. Modais: Exprimem modo, maneira para evento que se processa na oração principal.
Aqui viverá em paz, sem que ninguém te incomode.
Entrou na sala, sem dar uma palavra.
10. Finais: Exprimem uma finalidade, um objetivo.
Aproximei-me da cena a fim de que a enxergasse melhor.
Fiz-lhe sinal para que se calasse.

VALOR SEMÂNTICO DAS CONJUNÇÕES

Desde que Armando chegou, não falou com ninguém. (Temporal)


Desde que você estude, poderá contar comigo. (Condicional)

Bebeu tanto e passou mal. (Consecutiva)


Bebeu e fumou a noite toda. (Aditiva)
Colocou sua melhor roupa e não saiu de casa. (Adversativa)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 34


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01

PERÍODO SIMPLES
01) Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é:
a) todos;
b) fazenda;
c) vizinha;
d) vaqueiros;
e) pressas.
02) Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:
a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto);
b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado);
c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente);
d) haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente);
e) não existem flores no vaso (sujeito inexistente).
03) Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é:
a) subentendido;
b) claro, composto e determinado;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) claro, simples e determinado.
04) Marque a oração em que o termo destacado é sujeito:
a) houve muitas brigas no jogo;
b) Ia haver mortes, se a polícia não interviesse;
c) faz dois anos que há bons espetáculos;
d) existem muitas pessoas desonestas;
e) há muitas pessoas desonestas.
05) Indique a única frase que não tem verbo de ligação:
a) o sol estava muito quente;
b) nossa amizade continua firme;
c) suas palavras pareciam sinceras;
d) ele andava triste;
e) ele andava rapidamente.
06) Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos grifados são respectivamente:
a) transitivo direto - de ligação;
b) de ligação - intransitivo;
c) de ligação - transitivo - indireto;
d) transitivo direto - transitivo indireto;
e) de ligação - transitivo direto.
07) Na praça deserta um homem caminhava - o sujeito é:
a) indeterminado;
b) inexistente;
c) simples;
d) oculto por elipse;
e) composto.
08) Na oração: “Anunciaram grandes novidades” – o sujeito é:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) elíptico;
e) inexistente.
09) “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 35


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
10) “Eu andava satisfeito com o mundo e comigo mesmo”, o período é:
a) simples;
b) composto por coordenação;
c) composto por subordinação;
d) composto por coordenação e subordinação;
e) composto de duas orações.
11) Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma sumidade no campo das ciências” - o termo grifado é:
a) adjunto adnominal;
b) vocativo;
c) predicativo;
d) aposto;
e) sujeito simples.
12) Na expressão: “por todos era apedrejado o Luizinho”, o termo grifado é:
a) objeto direto;
b) objeto indireto;
c) sujeito;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.
13) Dentre as orações abaixo, uma contém complemento nominal. Qual?
a) Meu pensamento é subordinado ao seu.
b) Você não deve faltar ao encontro.
c) Irei à sua casa amanhã.
d) Venho da cidade às três horas.
e) Voltaremos pela rua escura...
14) Assinale a alternativa em que o termo grifado é adjunto adnominal:
a) Sua falta aos encontros sufocava o nosso amor.
b) Ela é uma fera maluca.
c) Ela é maluca por lambada nacional.
d) Não tenho medo da louca.
e) O amor de Deus é o primeiro mandamento.
15) Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os termos grifados são respectivamente:
a) complemento nominal e predicativo do sujeito;
b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito;
c) adjunto adnominal e objeto direto;
d) complemento nominal e adjunto adverbial;
e) adjunto adnominal e adjunto adverbial.
16) “Diga ao povo que fico” é um período:
a) simples;
b) composto por coordenação;
c) composto por subordinação;
d) composto por coordenação e subordinação;
e) composto de três orações.
17) “Saúde e felicidade são as minhas aspirações na vida” – nessa expressão o sujeito é:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) oculto;
e) oração sem sujeito.
18) Na expressão: “Ordem e progresso, esse é o nosso lema” – o sujeito é:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) oculto;
e) inexistente.
19) Já na expressão “O prefeito Odorico nomeou Dirceu Borboleta ajudante de ordens” – as palavras grifadas funcionam
como:
a) objeto direto;
b) objeto indireto;
c) predicativo do sujeito;
d) aposto;
e) predicativo do objeto

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 36


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
20) O verbo de “confio este carro à distinção dos senhores passageiros” é:
a) transitivo direto;
b) transitivo indireto;
c) transitivo direto e indireto;
d) intransitivo;
e) de ligação.
21) Em: “Era inverno e fazia frio” – há duas orações cujos sujeitos são respectivamente:
a) inexistente e indeterminado;
b) indeterminado e inexistente;
c) inexistente e inexistente;
d) indeterminado e indeterminado;
e) N. R. A. porque ambos são compostos.
22) Qual o período simples?
a) Encontrará, talvez, no caminho da vida, asperezas, ingratidões, grosserias, injustiças, brutalidades. . .;
b) Quem sabe se não encontrará inimigos cruéis e “amigos” pérfidos;
c) Dorme, dorme meu anjinho, que a “Mamã” vela por ti . . .;
d) Ela defende-o e protege-o;
e) Faz cinco anos que o procuro.
23)
Confiamos no futuro
Desconhecemos as coisas do futuro.
Temos confiança no futuro
Nas expressões acima, os termos grifados funcionam respectivamente, como:
a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal;
b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto;
c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal;
d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto;
e) objeto direto; sujeito; complemento nominal.
24) Em: “faz anos que não chove no sertão” – há duas orações com sujeito:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) elíptico.
25) Em: “pediram-me papai e mamãe que eu fosse mais audacioso”:
a) o sujeito da primeira oração é simples e o da segunda é inexistente;
b) o sujeito da primeira oração é composto e o da segunda, é simples;
c) o sujeito da primeira oração é indeterminado e o da segunda, inexistente;
d) o sujeito da primeira oração é inexistente e o da segunda indeterminado;
e) o sujeito da primeira oração é composto e o da segunda inexistente.
26) Em: “À boca da noite a cata-piolhos rezava baixinho. . .”, o sujeito é:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) oculto.
27) Em qual das alternativas o verbo grifado é de ligação?
a) Quando você pára, eu continuo.
b) Amélia continua mulher de verdade.
c) Esta “droga” de relógio não anda.
d) Andei dois quilômetros a pé.
e) Nos primeiros dias aprendi as notas musicais.
28) O predicado é nominal em:
I - Você acha Cristina bonita, mamãe?
II - O mundo podia ser tranquilo.
III - “Zé Mané” não estava embriagado.
IV - O guarda noturno permanece atento a todos os perigos.
V - Os transeuntes ficaram assustados.
a) I - II - III; b) II - III; c) II - IV; d) III - IV - V - II; e) I - II - IV.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 37


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
29) Dentre as orações abaixo, uma tem sujeito indeterminado. Qual?
a) A nossa casa parecia uma arca de Noé.
b) Não iria além de um vice-campeonato.
c) As águas trafegam furiosas.
d) Atropelaram um boi lá na gentil.
e) No lugar só ficou a surpresa.
30) Na oração: “Diziam que ele era igualzinho a meu pai”, o sujeito da primeira oração é:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) inexistente;
31) Dê a função sintática do elemento grifado: “Mestre Cupijó, ouviu-se há dias a sua grande obra”.
a) adjunto adnominal;
b) sujeito;
c) vocativo;
d) aposto;
32) Em: “o homem não gosta de reconhecer a inevitabilidade de uma morte natural . . .”, a expressão grifada é:
a) adjunto adnominal;
b) adjunto adverbial;
c) complemento nominal;
d) agente da passiva;
33) “Ué, gente: vocês ainda não foram pra sala?!” – o sujeito:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) desinencial.
34) Em: “Bebe que é doce, papai” – a palavra grifada funciona como:
a) sujeito;
b) aposto;
c) vocativo;
d) adjunto adverbial;
e) adjunto adnominal.
35) No período: “O vento é morno, faz carícias, brinca nas árvores e foge para as montanhas.” – encontramos:
a) 4 orações coordenadas assindéticas;
b) 4 orações subordinadas substantivas;
c) 4 orações coordenadas sindéticas;
d) 3 orações coordenadas assindéticas e 1 sindética;
e) 3 orações coordenadas assindéticas e 1 subordinada.
36) No período:” Arrumarei uma namorada ou beberei três litros de mel de abelha”. A segunda oração é coordenada sindética:
a) aditiva;
b) adversativa;
c) alternativa;
d) explicativa;
e) conclusiva.
37) Em “o paquerador inveterado teria de correr ou seria estrangulado pelo namorado ciumento” - a segunda oração é
coordenada:
a) assindética;
b) sindética aditiva;
c) sindética adversativa;
d) sindética explicativa;
e) sindética alternativa.
38) Na Manchete de Jornal “Motorista vira porco no telégrafo” a palavra motorista funciona, respectivamente, como:
a) sujeito e aposto;
b) núcleo do sujeito e vocativo;
c) sujeito e núcleo do sujeito;
d) sujeito e agente da passiva;
e) N.R.A.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 38


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
39) Considere a frase “Ele andava triste porque não encontrava a companheira” – os verbos grifados são respectivamente:
a) transitivo direto - de ligação;
b) de ligação - intransitivo;
c) de ligação - transitivo indireto;
d) transitivo direto - transitivo indireto;
e) de ligação - transitivo direto.
40) Indique a única alternativa que não apresenta agente da passiva:
a) A casa foi construída por nós.
b) O presidente será eleito pelo povo.
c) Ela será coroada por ti.
d) O avô era querido por todos.
e) Ele foi eleito por acaso.
41) Em: “A terra era povoada de selvagens”, o termo grifado é:
a) objeto direto;
b) objeto indireto;
c) agente da passiva;
d) complemento nominal;
e) adjunto adverbial.
42) Em: “Dulce considerou calada, por um momento, aquele horrível delírio”, os termos grifados são respectivamente:
a) objeto direto – objeto direto;
b) predicativo do sujeito – adjunto adnominal;
c) adjunto adverbial – objeto direto;
d) adjunto adverbial – adjunto adnominal;
e) objeto indireto – objeto direto.
43) Assinale a alternativa correta: “para todos os males, há dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifados são
respectivamente:
a) sujeito – objeto direto;
b) sujeito – aposto;
c) objeto direto – aposto;
d) objeto direto – objeto direto;
e) objeto direto – complemento nominal.
44) “Usando do direito que lhe confere a Constituição”, as palavras grifadas exercem a função respectivamente de:
a) objeto direto – objeto direto;
b) sujeito – objeto direto;
c) objeto direto – sujeito;
d) sujeito – sujeito;
e) objeto direto – objeto indireto.
45) “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa frase o sujeito de “fez”?
a) o prêmio;
b) o jogador;
c) que;
d) o gol;
e) recebeu.
46) Assinale a alternativa correspondente ao período onde há predicativo do sujeito:
a) como o povo anda tristonho!
b) agradou ao chefe o novo funcionário.
c) ele nos garantiu que viria.
d) no Rio não faltam diversões.
e) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação.
47) Em: “Cravei-lhe os dentes na carne, com toda a força que eu tinha”, a palavra “que” tem função morfossintática de:
a) pronome relativo – sujeito;
b) conjunção subordinada – conectivo;
c) conjunção subordinada – complemento verbal;
d) pronome relativo – objeto direto;
e) conjunção subordinada – objeto direto.
48) Assinale a alternativa em que a expressão grifada tem a função de complemento nominal:
a) a curiosidade do homem incentiva-o a pesquisa;
b) a cidade de Londres merece ser conhecida por todos;
c) o respeito ao próximo é dever de todos;
d) o coitado do velho mendigava pela cidade;
e) o receio de errar dificultava o aprendizado das línguas.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 39


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
49) Amanhã, sábado, não sairei de casa”, a palavra grifada, funciona como:
a) objeto direto;
b) objeto indireto;
c) agente da passiva;
d) complemento nominal;
e) aposto.
50) “E não se diga que Mário Quintana haja sido insensível às legítimas exigências da poética contemporânea”.
O termo grifado desempenha a função de:
a) objeto direto;
b) sujeito;
c) adjunto adnominal;
d) complemento nominal;
e) objeto indireto.
51)
“O sol entra cada dia mais tarde, pálido, fraco, oblíquo”
“O sol brilhou um pouquinho pela manhã”
Pela ordem, os predicados das orações acima classificam-se como:
a) nominal – verbo nominal;
b) verbal – nominal;
c) verbal – verbo-nominal;
d) verbo-nominal – nominal;
e) verbo-nominal – verbal.
52) É exemplo de predicado verbo-nominal:
a) cuspi no chão com um nojo desgraçado;
b) o corpo me doía todo;
c) Estela se sentou na cama assustada;
d) E ele saiu correndo com os pés descalços;
e) Chico Sena morreu.
53) Em: “o professor entrou atrasado”
a) o verbo é intransitivo e o predicado é nominal;
b) o verbo é transitivo direto e o predicado é verbal;
c) o verbo é de ligação e o predicado é nominal;
d) o verbo é intransitivo e o predicado é verbo-nominal;
e) o verbo é transitivo indireto e o predicado é verbal.
54) Na expressão “. . . chamei Armando Nogueira de carioca . . .” encontramos no predicado pela ordem:
a) objeto direto e objeto indireto;
b) objeto direto e predicativo;
c) objeto indireto e adjunto adnominal;
d) objeto indireto e predicativo;
e) objeto direto e adjunto adverbial.
55) “Minha terra é pindorama, de Palmares sempre em flor!
a) o predicado é nominal e o verbo é de ligação;
b) o predicado é verbal e o verbo é intransitivo;
c) o predicado é verbal e o verbo é de ligação;
d) o predicado é verbo-nominal e o verbo é transitivo direto e indireto;
e) o predicado é nominal e o verbo é intransitivo.
56) Assinale a frase em que há sujeito inexistente:
a) compram-se jornais velhos;
b) nada se entendeu de suas palavras;
c) chama-se José o sacerdote;
d) choveu muito tomate aqui;
e) é noite.
57) “Em o Brasil foi descoberto pelos portugueses”, o termo grifado é:
a) objeto direto;
b) sujeito;
c) agente da passiva;
d) adjunto adverbial;
e) aposto
58) Em “Nunca, respondeu ela abanando a cabeça”, o termo grifado é:
a) objeto direto;
b) sujeito;
c) agente da passiva;
d) adjunto adverbial;
e) aposto.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 40
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
59) “Amo essas montanhas, uma a uma, com exceção apenas do morro do Cantagalo, cujo volume é desagradável e
pesado”, o termo grifado é:
a) aposto;
b) objeto indireto;
c) objeto direto;
d) adjunto adverbial;
e) predicativo do objeto.
60) Em “Meu maior desejo é que ela volte logo”, a oração grifada exerce a função sintática de:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) predicativo;
e) complemento nominal.
61) Assinale a alternativa em que apareça predicado verbo-nominal:
a) a chuva permanecia calma;
b) a tempestade assustou os habitantes da vila;
c) Paulo ficou satisfeito;
d) os meninos saíram do cinema calados;
e) os alunos estavam preocupados.
62) Na oração “Você ficará tuberculoso, de tuberculose morrerá”, as palavras grifadas são, respectivamente:
a) adjunto adverbial de modo, adjunto adverbial de causa;
b) objeto direto, objeto indireto;
c) predicativo do sujeito, adjunto adverbial;
d) ambas predicativas;
e) n.d.a.
63) Em: “O Presidente corrupto saiu cedo”.
a) o verbo é de ligação, e o termo grifado é núcleo do predicado;
b) o verbo é intransitivo e o termo grifado é adjunto adverbial;
c) o verbo é transitivo direto e o termo grifado é objeto direto;
d) o verbo é intransitivo e o termo grifado é objeto indireto;
e) o verbo é de ligação e o termo grifado é objeto indireto.
64) Na oração “a situação continua indefinida”:
a) o verbo é de ligação e o predicado é nominal;
b) o verbo é intransitivo e o predicado é verbo-nominal;
c) o verbo é transitivo direto e o predicado é verbal;
d) o verbo é bitransitivo e o predicado é verbo-nominal
e) o verbo é transitivo direto e o predicado é verbal.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
D E A D E E C C E A D E A C E C
17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
B B E C C A A D B A B D D C C C
33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
A C D C E C E E C C C A C A D C
49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64
E D E C D B A E C B D D D C B A

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 41


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

PERÍODO COMPOSTO
01)
Traduzir-se.
(Ferreira Gullar)
Uma parte de mim Uma parte de mim
é todo mundo; é permanente;
outra parte é ninguém: outra parte
fundo sem fundo. se sabe de repente.

Uma parte de mim Uma parte de mim


é multidão: é só vertigem;
outra parte estranheza outra parte,
e solidão. linguagem.

Uma parte de mim Traduzir-se uma parte


pesa, pondera; na outra parte
outra parte — que é uma questão
delira. de vida ou morte —
será arte?
Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.

A terceira estrofe do poema, “Uma parte de mim pesa, pondera; outra parte delira”, apresenta orações:
a) Subordinadas adverbiais.
b) Subordinadas substantivas.
c) Coordenadas.
d) Subordinadas adjetivas.
02) Assinale a alternativa CORRETA para a classificação da seguinte oração: "Sem limparem a casa, não iremos ao
shopping".
a) Oração subordinada adverbial final reduzida.
b) Oração subordinada adverbial condicional reduzida.
c) Oração subordinada adverbial consecutiva reduzida.
d) Nenhuma das alternativas.
03) Assinale a alternativa em que esteja INCORRETA a classificação do período e da oração sublinhada.
a) Soube-se QUE ELA CHEGA HOJE. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva
subjetiva.)
b) Carlos saiu cedo E VOLTOU DE MADRUGADA. (Período composto por coordenação; oração coordenada sindética
aditiva.)
c) Parece QUE VAI CHOVER NOVAMENTE. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva
objetiva direta.)
d) O certo é QUE A CIDADE CRESCEU MUITO. (Período composto por subordinação; oração subordinada
substantiva predicativa.)
04) Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil da Paraíba porque teria visto o filho de três anos
se afogar em uma piscina no município de Mari (PB), a 77 quilômetros de João Pessoa, e não o socorreu.
A oração sublinhada no período acima se classifica como
a) oração coordenada sindética adversativa.
b) oração coordenada sindética aditiva.
c) oração coordenada assindética conclusiva.
d) oração subordinada substantiva subjetiva.
e) oração subordinada adverbial final.
05) "Lembro-me DE QUE ELE SÓ USAVA CAMISAS BRANCAS." A oração com letras maiúsculas é:
a) subordinada substantiva completiva nominal
b) subordinada substantiva objetiva indireta
c) subordinada substantiva predicativa
d) subordinada substantiva subjetiva
e) subordinada substantiva objetiva direta

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 42


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
06) Qual das orações subordinadas a seguir é adverbial final?
a) Orai, porque não entreis em tentação.
b) Fomos a pé, porque ficamos sem gasolina.
c) Vamos dormir porque é tarde.
d) Aquele é o cão por que fui mordido.
e) Mesmo que chova, iremos à praia.
07) A palavra "SE" é conjunção integrante (por introduzir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual das orações
seguintes?
a) Ele SE mordia de ciúmes pelo patrão.
b) A Federação arroga-SE o direito de cancelar o jogo.
c) O aluno fez-SE passar por doutor.
d) Precisa-SE de operários
e) Não sei SE o vinho está bom.
08) Indique onde há conjunção subordinativa:
a) Fiz-lhe sinal que se calasse...
b) Vamos dormir, que é tarde.
c) Valia-se, pois, de exclamações e de gestos.
d) Deram o braço e desceram a rua.
e) A água já cai do céu, molha a terra, e inunda a todos.
09)
A FELICIDADE.
(Vinicius de Moraes, Antônio Carlos Jobim)

Tristeza não tem fim Tristeza não tem fim


Felicidade sim. Felicidade sim.
A felicidade é como a gota A felicidade é como a pluma
De orvalho numa pétala de flor Que o vento vai levando pelo ar
Brilha tranquila Voa tão leve
Depois de leve oscila Mas tem a vida breve
E cai como uma lágrima de amor. Precisa que haja vento sem parar.
A felicidade do pobre parece A minha felicidade está sonhando
A grande ilusão do carnaval Nos olhos da minha namorada
A gente trabalha o ano inteiro É como esta noite, passando, passando
Por um momento de sonho Em busca da madrugada
Pra fazer a fantasia Falem baixo, por favor
De rei ou de pirata ou jardineira Pra que ela acorde alegre com o dia
Pra tudo se acabar na quarta-feira. Oferecendo beijos de amor.
O verso “e cai como uma lágrima de amor” é uma oração:
a) Coordenada sindética aditiva.
b) Coordenada assindética.
c) Subordinada adverbial.
d) Subordinada substantiva.
10) Procurar o quê
O que a gente procura muito e sempre não é isto nem aquilo. É outra coisa.
Se me perguntam que coisa é essa, não respondo, porque não é da conta de ninguém o que estou procurando.
Mesmo que quisesse responder, eu não podia. Não sei o que procuro. Deve ser por isso mesmo que procuro.
Me chamam de bobo porque vivo olhando aqui e ali, nos ninhos, nos caramujos, nas panelas, nas folhas de bananeiras, nas
gretas do muro, nos espaços vazios.
Até agora não encontrei nada. Ou encontrei coisas que não eram a coisa procurada sem saber, e desejada.
Meu irmão diz que não tenho mesmo jeito, porque não sinto o prazer dos outros na água do açude, na comida, na manja, e
procuro inventar um prazer que ninguém sentiu ainda.
Ele tem experiência de mato e de cidade, sabe explorar os mundos, as horas. Eu tropeço no possível, e não desisto de fazer
a descoberta do que tem dentro da casca do impossível.
Um dia descubro. Vai ser fácil, existente, de pegar na mão e sentir. Não sei o que é. Não imagino forma, cor, tamanho.
Ou não. A coisa que me espera, não poderei mostrar a ninguém. Há de ser invisível para todo mundo, menos para mim, que
de tanto procurar fiquei com merecimento de achar e direito de esconder.
(Carlos Drummond de Andrade)
“Ele tem experiência de mato e de cidade, SABE EXPLORAR OS MUNDOS, AS HORAS". O trecho em destaque pode ser
classificado sintaticamente como uma oração:
a) coordenada assindética
b) coordenada sindética aditiva
c) coordenada sindética alternativa
d) coordenada sindética conclusiva
e) coordenada sindética explicativa

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 43


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
11) Isso se apresentou desde a redemocratização do país, na segunda metade dos anos 1980.
Todos os termos destacados nas alternativas a seguir exercem a mesma função sintática de “na segunda metade dos
anos 1980”, EXCETO:
a) Quem minimamente acompanha a questão da produção científica no Brasil...
b) Isso se apresentou desde a redemocratização do país...
c) Na época, o Brasil andava ali pela casa de pouco mais de 0,7% do PIB...
d) ... e pode-se mesmo dizer que cresceu espetacularmente...
12) “O Pisa oferece avaliação em competência financeira de forma optativa aos países integrantes do programa.”
O verbo dessa oração possui dois complementos cujas regências são:
a) Ambas diretas.
b) Ambas indiretas.
c) Direta (sem preposição) e indireta (com preposição), respectivamente.
d) Indireta (com preposição) e direta (sem preposição), respectivamente.
13) “[...] os municípios, que são os responsáveis pela maior parte das matrículas públicas no ensino infantil e
fundamental, focarão, em 2020, na formação dos docentes [...]”
A frase em destaque é uma oração subordinada adjetiva que produz, sobre o núcleo do sujeito da oração principal,
um efeito de sentido de:
a) Restrição.
b) Condição.
c) Explicação.
d) Comparação.
14) “São considerados casos suspeitos os pacientes com sintomas da doença e que tenham viajado para área de
transmissão ativa do vírus [...]”
Fazendo as alterações necessárias, preservando-se a correção conforme a norma-padrão e o sentido do contexto da
frase, o pronome relativo em destaque pode ser substituído por:
a) “cujos”.
b) “onde”.
c) “a quem”.
d) “os quais”.
15) “Não existe tratamento específico e tampouco vacina preventiva.”
Esse período composto por coordenação é ligado por uma conjunção cujo valor semântico é de:
a) Adição.
b) Oposição.
c) Explicação.
d) Alternância.
16) Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE um aposto:
a) “Inicialmente, o caminho ligava somente a cidade de Paraty às províncias auríferas do interior de Minas (...)”.
b) “(...) surgiram outras trilhas para exploração dos diamantes – o belo Caminho dos Diamantes.”
c) "No entanto, a Coroa Portuguesa percebeu a necessidade de um trajeto mais seguro (...)”.
d) “Tamanha riqueza transformou a Estrada Real na maior rota turística do Brasil (...)”.
17) Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE o uso de um adjunto adverbial de tempo:
a) “Para evitar estes descaminhos(...)”.
b) “Com 1600km de extensão (...)”.
c) “Ainda no século XVIII(...)”.
d) “Cercados de natureza exuberante (...)”.
18) “Em meados do século XVIII já eram muitos os caminhos que conduziam às minas de Minas Gerais, mas também
muitos eram os seus descaminhos.”
É CORRETO afirmar que nesse trecho há:
a) 3 orações.
b) 4 orações.
c) 1 oração.
d) 2 orações.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 44


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
19) Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta reportagem
foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão transando cada vez mais
cedo.
Sobre esse trecho, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A oração “que levam a esse cenário”, introduzida por um pronome relativo, funciona sintaticamente como um adjunto
adnominal.
( ) A conjunção “mas” funciona como um elemento conectivo que, além de exercer função sintática, também estabelece
relação semântica entre as orações conectadas.
( ) O sujeito do predicado “não é tão simples” pode ser classificado como simples, cujo núcleo é o sintagma nominal “os
motivos”.
( ) O vocábulo “unânimes” funciona morfologicamente como adjetivo e sintaticamente como predicativo do sujeito.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
a) V V V V. b) V V F V. c) F V V V. d) V F V F.
20) A classificação das orações em destaque SÓ foi corretamente identificada em:
a) Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a
enfrentar nessa área. [Oração subordinada substantiva objetiva direta].
b) O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. [Oração subordinada adjetiva restritiva].
c) Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após o primeiro parto. [Oração subordinada
adverbial temporal].
d) [...] foi recolhido sob a justificativa de que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. [Oração
subordinada substantiva completiva nominal].
21) Leia o trecho a seguir para responder a próxima questão:
Nas poucas vezes em que me atrevo a perturbar a serenidade absoluta deste recinto e a contrariar os sentimentos dos
meus honrados colegas, tenho consciência, Sr. Presidente, de ter-me colocado sempre em um plano, que não se
opõe nem à tolerância nem à paz.
As expressões grifadas são, respectivamente:
a) Sujeito, objeto direto, sujeito, adjunto adverbial.
b) Sujeito, adjunto adverbial, sujeito, objeto direto.
c) Adjunto adverbial, sujeito, vocativo, objeto indireto.
d) Adjunto adverbial, objeto direto, vocativo, objeto indireto.
22) Em: “Esta não é a paz que eu desejo.”, a oração destacada é:
a) Subordinada adjetiva restritiva.
b) Subordinada adjetiva explicativa.
c) Subordinada substantiva predicativa.
d) Subordinada substantiva completiva nominal.
23) Na oração: “... há algum cabeça de grupo, algum amigo íntimo da situação, algum parente ou chegado às autoridades”,
o sujeito é:
a) Simples.
b) Composto.
c) Inexistente.
d) Indeterminado.
24) Entreabri somente o bastante para que meu esguio corpo de menina pudesse passar. Esse período contém uma Oração
Subordinada Adverbial:
a) Final.
b) Causal.
c) Temporal.
d) Proporcional.
25) Eu queria poder pegar nela. Atendendo ao critério sintático, para preservar a regência verbal, e ao semântico, para
preservar o sentido, é possível ALTERAR essa frase para:
a) Eu queria poder pegá-la.
b) Eu queria poder pegar ela.
c) Eu queria poder pegar-lhe.
d) Eu queria poder pegar dela.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
C B A A B A E A A A C C C D A B C A B D D A C A C

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 45


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02

PERÍODO SIMPLES
01) “Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser,
determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância.”
(CEGALLA, 2007, p. 363).
Analise as frases e os termos em negrito e assinale a alternativa correta:
• Maria do Carmo, melhor aluna da turma, ganhou o prêmio de literatura
• Joana, venha ver seu programa favorito.
• Mudou-se havia três semanas.
• Morei com Bruno perto de dois anos
a) adjunto adnominal, complemento verbal, aposto e vocativo
b) vocativo, aposto, adjunto adnominal e adjunto adverbial
c) aposto, vocativo, adjunto adnominal e adjunto adverbial
d) complemento nominal, vocativo, numeral e complemento verbal
e) vocativo, complemento nominal, adjunto adverbial e adjunto nominal
02) “Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que
modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.”
(CEGALLA, 2007, p. 364).
Assinale a alternativa abaixo que não desempenha a função de adjunto adverbial:
a) Talvez Juan tivesse razão.
b) Gosto muito de chocolate.
c) Chegamos à cidade ao fim da noite.
d) Voltamos de carro para a praia.
e) José, avô de Daniel, comprou um carro.
03) Qual das frases abaixo não apresenta um aposto?
a) A geografia, estudo da terra, é uma disciplina fundamental do currículo escolar.
b) Joana apresentou seu trabalho na escola que recebeu nota máxima.
c) Diana e Richard foram os vencedores, aquela na corrida, e este no atletismo.
d) Na bolsa levava o que precisava: roupas, comida e remédios.
e) A garota, que parecia desacordada, foi levada para o hospital.
04) Em “Ainda ficam intrigados com os mistérios do cérebro os neurologistas modernos”, o termo grifado é:
a) Predicativo do objeto.
b) Objeto direto.
c) Predicativo do sujeito.
d) Objeto indireto.
05) Na oração: Os colegas consideram Pedro inteligente. O termo “inteligente” é um:
a) Predicativo do sujeito.
b) Predicativo do objeto.
c) Complemento nominal.
d) Adjunto adnominal do objeto.
06) Leia o texto abaixo:

Em “... é transmitida por animais contaminados e comentários e postagens nas redes sociais...”, o termo destacado
tem a função sintática de
a) adjunto adverbial, indica circunstância à ação verbal.
b) agente da passiva, pratica a ação verbal na voz passiva.
c) complemento nominal, pois completa o adjetivo “transmitida”.
d) objeto indireto, completa do sentido do verbo com o auxílio da preposição.
e) sujeito, pratica a ação de “transmitir” expressa na oração de ordem inversa.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 46
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
07)
Cuitelinho
(canção popular divulgada por Paulo Vanzolini, Pena Branca e Xavantinho e Almir Sater)
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai
No verso “Bate uma, a outra faia”, ocorre o emprego da elipse por duas
Quando eu vim
vezes. A palavra ocultada nas duas situações é “batida”. As funções
da minha terra
sintáticas de cada elipse são, respectivamente:
Despedi da parentália
a) objeto direto e adjunto adnominal.
Eu entrei no Mato Grosso
b) sujeito e adjunto adnominal.
Dei em terras paraguaia
c) sujeito e objeto indireto.
Lá tinha revolução
d) objeto direto e sujeito.
Enfrentei fortes batáia, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d´água
Que até a vista se atrapáia, ai...
Disponível em:<https://www.vagalume.com.br/pena-branca/cuitelinho.html> . Acesso em: 15 dez. 2018.
08) Observe os enunciados abaixo e, em seguida, marque a opção que traz as funções sintáticas dos termos destacados:
I. O homem nervoso entrou no banco.
II. O homem, nervoso, entrou no banco.
a) complemento nominal, aposto
b) complemento nominal e predicativo do objeto
c) adjunto adnominal, aposto
d) adjunto adnominal, adjunto adnominal
e) adjunto adnominal, predicativo do sujeito
09) Para ser franco, declaro que esses infelizes não me inspiram simpatia. Lastimo a situação em que se acham, reconheço ter
contribuído para isso, mas não vou além.
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. São Paulo: M. Fontes, 1970. p. 241.
Considerando aspectos sintáticos, a oração destacada no texto é
a) complemento nominal.
b) complemento verbal.
c) predicativo.
d) sujeito.
e) aposto.
10) Em “E tomou dois daqueles homens da terra que estavam numa almadia: mancebos e de bons corpos. Um deles trazia um
arco, e seis ou sete setas. E na praia andavam muitos com seus arcos e setas; mas não os aproveitou. Logo, já de noite, levou-os
à Capitaina, onde foram recebidos com muito prazer e festa.”, os pronomes sublinhados funcionam como
a) adjunto adnominal.
b) agente da passiva.
c) complemento nominal
d) objeto direto.
e) objeto indireto.
11) No trecho “Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina”, as duas
ocorrências do termo “jovem” exercem, respectivamente, as funções sintáticas de
a) predicativo e sujeito.
b) sujeito e objeto direto.
c) objeto direto e predicativo.
d) sujeito e adjunto adnominal.
e) adjunto adnominal e objeto direto.
12) Analise a frase a seguir: “Querida, eu juro que não era eu.” A palavra destacada exerce, no período que compõe, a função
sintática de:
a) Aposto.
b) Sujeito.
c) Vocativo.
d) Predicativo do sujeito.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
C E B C B B D C B D A C

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 47


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

PERÍODO COMPOSTO
01) Releia o trecho a seguir.
“Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam.”
Assinale a alternativa que indica a relação existente entre os períodos, marcada pela palavra destacada.
a) Temporalidade
b) Conclusão
c) Adversidade
d) Adição
02) Leia o texto a seguir para responder a questão.
Educação profissional e a lição que os jovens ensinam ao Brasil
Rafael Lucchessi

O dado de que emprego e profissão desejados lideram a lista de aspirações dos jovens brasileiros revela um novo Brasil em
construção. Pesquisa recente publicada pelo Instituto Datafolha indica uma preocupação da juventude com o próprio futuro.
Outra pesquisa, Transições da escola para o mercado de trabalho de mulheres e homens jovens no Brasil, da OIT, avalia
que os jovens brasileiros são trabalhadores e parte significativa deles tem se esforçado para combinar trabalho e estudo.
Com menos experiência e, em geral, pouca qualificação profissional, eles são os que sofrem primeiro quando o mercado de
trabalho piora. Essa maior dificuldade para colocar em prática projetos de vida parece ter ensinado ao Brasil uma lição: é
preciso estar mais bem preparado para o mundo do trabalho. O impacto coletivo dessa mudança de percepção pode ser
visto também com a nova cara dos estudantes do ensino médio.
A maior chance de conquistar um emprego e um bom salário aumentou o interesse dos estudantes em relação ao ensino
técnico de nível médio. Dados do Censo da Educação Básica, analisados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), mostram aumento de 55,3% no número de matrículas nesses cursos, passando de 927.978 em 2008 para 1.441.051
em 2013.
Historicamente, a procura por cursos de formação profissional segue uma lógica anticíclica: a procura cresce mais quando o
mercado de trabalho não apresentava bom desempenho. Os trabalhadores buscavam se qualificar para manter ou conseguir
novo emprego, ou seja, pela necessidade de elevar/manter a sua empregabilidade.
Na última década, quando foram registrados baixos índices de desemprego no Brasil, essa dinâmica parece ter sido rompida,
uma vez que a sociedade brasileira começou a mudar a sua percepção sobre a educação profissional, entendendo que ela
pode ser o caminho mais curto para a inserção, com qualidade, no mercado de trabalho.
Em outras palavras, mesmo com o mercado de trabalho ativo, houve expansão significativa da procura por cursos, motivada
principalmente pela falta de mão de obra especializada e pela necessidade de atualização tecnológica, além ─ é claro ─ do
entendimento de que o trabalho abre a perspectiva da mobilidade social.
O aumento do interesse na educação profissional é importante e aponta que estamos no caminho certo da valorização da
educação profissional, mas ainda é pouco se comparado a outras nações.
Países da União Europeia, em 2010, segundo o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Educação Profissional, tinham
em média 49,9% dos estudantes do ensino secundário também matriculados na educação profissional.
Na Áustria, por exemplo, que registra o índice mais alto, 76,8% dos estudantes do secundário fazem ensino técnico. Finlândia
vem em seguida com 69,7% e Alemanha com 51,5%. No Brasil, esse índice alcançou os 7,8% em 2013.
A educação profissional melhora o ambiente de negócios, podendo ser um parâmetro importante para decisão de novos
investimentos por empresários. Na perspectiva do trabalhador, a qualificação pode reduzir o risco de desemprego ou, ao
menos, reduzir o tempo de permanência fora do mercado de trabalho.
Em um momento de arrefecimento do mercado de trabalho, como o atual, não se pode abrir mão da qualificação de
trabalhadores, estejam eles empregados ou não. Essa é, inclusive, uma estratégia para facilitar a retomada de crescimento
do país.
Um técnico que será contratado para preencher uma vaga em 2017, por exemplo, deve começar a se qualificar hoje. Os
jovens já têm nos dado o exemplo. Agora, cabe à geração madura do Brasil nos governos e setores produtivos seguir seu
exemplo e fazer a aposta correta.
LUCCHESI, Rafael. Educação profissional e a lição que os jovens ensinam ao Brasil. Folha de S.Paulo. São Paulo. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/07/1661561-educacao-profissional-a-licao-que-os-jovens-ensinam-ao-brasil.shtml Acesso em: 7 et. 2015
(Adaptação).
Leia o trecho a seguir para responder a questão.
“Historicamente, a procura por cursos de formação profissional segue uma lógica anticíclica: a procura cresce mais quando
o mercado de trabalho não apresenta bom desempenho.” (4º parágrafo)
Assinale a alternativa em que NÃO se verifica a relação de proporcionalidade entre as ideias que compõem cada período.
a) À medida que o desempenho do mercado de trabalho piora, cresce a procura por cursos de formação profissional.
b) Quanto mais piora o desempenho do mercado de trabalho, mais cresce a procura por cursos de formação profissional.
c) Ao passo que piora o desempenho do mercado de trabalho, cresce a procura por cursos de formação profissional.
d) Sempre que piora o desempenho do mercado de trabalho, cresce a procura por cursos de formação profissional.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 48
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
03) Leia o texto a seguir para responder à questão.
A rara síndrome que faz homem pensar que está morto
— Bom dia, Martin. Como você está?
— Da mesma forma, eu suponho. Morto.
— O que te faz pensar que está morto?
— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?
O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso
de Martin é muito raro, segundo Broks.
— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver
coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.
— Não sinto nada. Nada disso é real.
— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?
— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.
O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta
Broks.
— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?
— Não são pensamentos reais. São somente palavras.
Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental
que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A
doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.
Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos
olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse
“homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.
“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de
que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é
que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.
Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do
cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC.
Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e
nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar
nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o
‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.
“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico
sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o
questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.
“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se
expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira
como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se
comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.
“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado
de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta
Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé
e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou
dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que
se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam
enterrados”, lembra Zeman.
“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de
regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o
passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções
estão associadas ao ‘eu’.”
No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.
De certa maneira, ele estava morto.
JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)
Releia o trecho a seguir.
“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico
sério[...].”
Esse trecho pode, de acordo com a norma padrão e sem prejuízo de seu sentido original, ser reescrito das seguintes
formas, EXCETO:
a) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, todavia não sofreu nenhum dano físico
sério.
b) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, portanto não sofreu nenhum dano
físico sério.
c) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, entretanto não sofreu nenhum dano
físico sério.
d) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, contudo não sofreu nenhum dano
físico sério.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 49
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
04)
Igualdade de quê?
Eduardo Giannetti

O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco,
uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.
Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que
desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando
o meu banho de sol”.
O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais
próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles,
aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador
retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.
O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal
em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.
A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade
observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta
de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos
elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?
O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão
social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a
segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.
Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave
anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens
desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger
seus projetos, apostas e sonhos de vida.
Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos
domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é
um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por
homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.
Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos
suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um
trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos
anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que
falta é juízo.
O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição
da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu
futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.
A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e
na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência.
A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros.
GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)

Assinale a alternativa em que a circunstância expressa pelo trecho em destaque está INCORRETAMENTE indicada
entre parênteses.
a) “Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si (...).” (4º parágrafo) (COMPARAÇÃO)
b) “(...) desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas
possíveis (...).” (7º parágrafo) (CONSEQUÊNCIA)
c) “Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos
(...).” (9º parágrafo) (TEMPO)
d) “(...) Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes.” (3º parágrafo) (CONDIÇÃO)
05) Leia o período a seguir. “Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e
equipamentos públicos por perto é sustentável." (11º parágrafo)
Mantendo-se o sentido original do período em análise, o trecho destacado somente pode ser substituído por
a) “até que cada habitante tenha".
b) “desde que cada habitante tenha".
c) “a fim de que cada habitante tenha".
d) “ao passo que cada habitante tenha".

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 50


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
06)
O que é (e o que não é) sustentabilidade
ODED GRAJEW

Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por
quem o ouve.
Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais.
São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-
o às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem se manter e melhorar ao longo
do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam. E isso depende não apenas das questões ambientais.
São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
A sustentabilidade e a insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios é sustentável.
Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis.
Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável. Trabalho escravo e desemprego são
insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte
coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha
moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável e ameaça a sobrevivência inclusive
da espécie humana.
Provas não faltam. Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo.
Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento
global e instabilidades climáticas.
Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15%
estão em processo de desertificação.
Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos e, em sua maior parte, em decorrência de
atividades humanas.
Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4
trilhões ─ ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo
que os 57% mais pobres.
Os gastos militares anuais passam de US$ 1,5 trilhão, o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Esse cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-
lo possível.
GRAJEW, Oded. O que é (e o que não é) sustentabilidade. Opinião. Folha de S. Paulo. São Paulo, 7 maio 2013.

Considere o período a seguir.


“Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por
quem o ouve." (1º parágrafo)
Mantendo-se o sentido original do período em análise, a palavra em destaque só NÃO pode ser substituída por
a) “ainda que".
b) “contanto que".
c) “mesmo que".
d) “se bem que".
07) “Já as telas da internet, organizadas espacialmente, com seus cliques de mouse, seus compartimentos de todas as
cores, seus guichês planificados e seus pop-ups imprevistos e festivos, são um modelo bem alegre em que mirar. Desde
que a conexão não caia de repente.”
A expressão destacada tem a função de introduzir uma ideia de
a) concessão.
b) conclusão.
c) contradição.
d) condição.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 51


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
08)
TODOS CONTRA A CRUELDADE
Sílvia Corrêa

Foi notícia em toda parte: pessoa de cinquenta e poucos anos, em férias no litoral paulista, arremessou pela janela do 10º
andar seus dois cães de estimação. Eles tinham seis e 16 anos, respectivamente. Morreram na hora. É um círculo vicioso
da modernidade. Inimigos conhecidos – como estresse demais, sono de menos, muita droga, muito álcool, muita cafeína –
alimentam a onda dos distúrbios psiquiátricos, ao mesmo tempo em que o isolamento urbano estreita os laços entre homens
e animais. Resultado: trazidos para dentro de casa e criados como filhos, cães e gatos se transformam nos principais
destinatários de nossas emoções. Do amor incondicional às explosões de raiva. Da solidariedade às inconfessáveis
neuroses. No próximo domingo, dezenas de cidades serão palco da manifestação ―Crueldade Nunca Mais . Uma das
principais bandeiras é exatamente a mudança na legislação, para que haja mais rigor na punição de crimes de maus-tratos.
O símbolo do movimento é Titã, o cãozinho enterrado vivo pelo dono no interior de São Paulo e que foi adotado pela
veterinária que o tratou.
(Folha São Paulo, segunda-feira 16 de janeiro de 2012)

"Uma das principais bandeiras é exatamente a mudança na legislação, para que haja mais rigor na punição de crimes de
maus-tratos."
A oração sublinhada nessa frase tem o sentido de
a) causalidade.
b) conclusão.
c) explicação.
d) finalidade.

01 02 03 04 05 06 07 08
A D B A C B D D
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 52
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas como:

Oxítonas: são aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.
Exemplos: café – coração – cajá – atum – caju – papel

Paroxítonas: são aquelas em que a sílaba tônica evidencia-se na penúltima sílaba.


Exemplos: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível

Proparoxítonas: são aquelas em que a sílaba tônica evidencia-se na antepenúltima sílaba.


Exemplos: lâmpada – câmara – tímpano – médico – ônibus

ENCONTROS VOCÁLICOS
Encontros vocálicos são encontros de vogais ou semivogais e são classificados em: ditongo, tritongo e hiato.
Exemplos: noite – raiz – Paraguai.
De acordo com a localização da vogal e da semivogal, os ditongos podem ser: crescentes ou decrescentes.

Ditongos Crescentes: São aqueles em que a semivogal vem antes da vogal (SV + V).
Exemplo: igual (i-gual), quota (quo-ta), pátria (pá-tria)

Ditongos Decrescentes: São aqueles em que a vogal vem antes da semivogal (V + SV).
Exemplo: meu (meu), herói (he-rói), cai (cai)

Hiato: É o encontro de duas vogais que ocorre em sílabas diferentes.


Exemplo: crianças (cri-an-ças), Saara (Sa-a-ra), país (pa-ís)

Tritongo: É o encontro de semivogal + vogal + semivogal (SV + V + SV) que ocorre na mesma sílaba.
Exemplo: Uruguai (U-ru-guai), saguão (sa-guão), enxaguam (en-xa-guam)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 53


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

REGRAS GERAIS

Oxítonas
 Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O, (seguidas ou não de s)
Exemplos: sofá, rapé, cipó, avô, vocês...
 E as terminadas em EM/ENS
Exemplos: armazém, armazéns, vintém, vinténs, porém
 Seguem essa regra os infinitivos seguidos de pronome.
Exemplos: cortá-lo, vendê-lo, repô-la

Paroxítonas
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
I (S): biquíni(s), táxi(s), júri(s), lápis
L: móvel, inflamável, fácil, cônsul
R: revólver, fêmur, dólar, vômer, mártir
X: látex, fênix, Félix, tórax
PS: bíceps, fórceps
N: pólen, próton, nêutron, elétron, abdômen
ONS: elétrons, prótons, nêutrons
UM (UNS): álbum, álbuns, médium, médiuns, fórum, fóruns.
US: bônus, vírus.
à (ÃS), ÃO (ÃOS), GUAM, GUEM: ímã, ímãs, órgão, órgãos, bênção, bênçãos, enxáguam, enxáguem...
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes (seguidas ou não de s):
Exemplos: infância(s), demência(s), história(s), cárie(s), armário(s), tênue(s), glória(s), oxigênio(s),
sódio(s), área(s), conterrâneo(s), errôneo(s).
NÃO se acentuam paroxítonas terminadas em ens
Exemplos: polens, hifens, edens, jovens, nuvens.
Porém, algumas palavras aceitam outra possibilidade de plural: pólenes, hífenes.

Proparoxítonas
Acentuam-se todas as proparoxítonas
a) Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o (abertos)
Exemplos: xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos, lógico, binóculo, colocássemos,
inúmeros, polígonos.
b) Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada ou nasal.
Exemplos: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos, estômago, sôfrego, fôssemos,
quilômetro, sonâmbulo, etc.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 54


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

Monossílabos tônicos
 Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em a, e, o (seguidos ou não de “s”.
Exemplos: pá, pás, pé, pés, pó, sós.

Acentuação das formas verbais


 Os verbos ter e vir recebem acento circunflexo na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.
Ele tem – Eles têm
Ele vem – Eles vêm

 Os verbos derivados de ter e vir (deter, manter, conter, intervir, sobrevir ...) recebem, no presente do indicativo,
acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural.
Ele mantém – Eles mantêm
Ele intervém – Eles intervêm
Ele entretém – Eles entretêm

 Os verbos crer-dar-ler-ver e seus derivados e seus derivados dobram “e” e recebiam, antes da reforma ortográfica,
acento circunflexo no primeiro e da terceira pessoa do plural.
Ele crê – Eles creem Ele dê – Eles deem
Ele lê – Eles leem Ele vê – Eles veem
Ele descrê – Eles descreem Ele revê – Eles reveem

Ditongos abertos nas oxítonas


 Acentua-se na base (isto é, na vogal) dos ditongos abertos éi, éu, ói, quando tônicos e nas oxítonas.
Exemplos: papéis, chapéu, herói, Niterói, anzóis, destrói...

Hiatos
 De acordo com a reforma ortográfica, não se acentuam mais a primeira vogal dos hiatos ee e oo.
Exemplos: vo-o(s), en-jo-o(s), per-do-o(s), a-ben-ço-o(s).

 Acentua-se o i e o u se elas:
a) Ocorrerem sozinhas na mesma sílaba ou seguidas de s.
b) Não forem seguidas do dígrafo nh.
Exemplos: saída, faísca, juízo, saíra, caía, egoísta, heroína, uísque, Grajaú, baú, reúne. Assim, não se
acentua: rainha, moinho, lagoinha, diurno, ainda, Raul, amendoim, juiz, sairmos

Acentos diferenciais obrigatórios


pôr (verbo) – por (preposição)
pôde (pretérito perfeito do verbo poder) – pode (presente do indicativo do verbo poder)

Acentos diferenciais opcionais


fôrma (de bolo) – forma (modo)

Quem perdeu os acentos diferenciais


para (verbo) – para (prep)
pelo (substantivo) – pelo (verbo) – pelo (prep)
pera (substantivo) – pera (preposição antiga que equivale a “para”)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 55


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01


01) Estas revistas que eles .............., .................. artigos curtos e manchetes que todos .......................
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima:
a) lêem – tem - vêem
b) leem – têem – vêm
c) leem – têm – veem
d) lêem – tem – veem
02) Dadas as palavras:
1. heróico
2. plateia
3. chapeu
Está correta a acentuação:
a) Apenas na palavra nº 1;
b) Apenas na palavra nº 2;
c) Apenas na palavra nº 3;
d) Em todas as palavras.
03) Até ............................ momento, .......................... lembrara de que o antiquário tinha o .................. que precisávamos.
Assinale a alternativa que complete a frase corretamente:
a) aquêle – ninguém - baú
b) aquele – ninguem – baú
c) aquele – ninguém – bau
d) aquele – ninguém – baú
04) Depois de passar o .......................... para aliviar a dor no ............... acomodou o braço na .....................
Assinale a alternativa que complete as lacunas da frase corretamente:
a) ungüento – hombro – tipoia
b) unguento – ombro – tipoia
c) ungüento – ombro – tipóia
d) unguento – ombro – tipóia
05) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos:
a) paletó – avô – pajé
b) parabéns – vêm – hífen
c) vovô – régua – lápis
d) amém – amável – filó
06) Assinale a série que não apresenta erro de acentuação gráfica:
a) heróico – saída – saude
b) balaústre – viúva – bau
c) idéia – perdôo – seqüestro
d) aguenta – tranquilo – magoo
07) Dadas as palavras:
1. contém
2. magôo
3. perdôo
Está devidamente acentuada:
a) Apenas a palavra nº 1;
b) Apenas a palavra nº 2;
c) Apenas a palavra nº 3;
d) Todas as palavras.
08) Dadas as palavras:
1. enjoo
2. releem
3. contém
Está devidamente acentuada:
a) Apenas a palavra nº 1;
b) Apenas a palavra nº 2;
c) Apenas a palavra nº 3;
d) Todas as palavras.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 56
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
09) Assinale a alternativa em que todas as palavras devem ser acentuadas:
a) tranquilo – aguentar – tipoia
b) creem – bau – heroi
c) Piaui – balaustre – viuva
d) feiura – assembleia – linguiça
10) Assinale a alternativa em que o vocábulo está acentuado incorretamente:
a) chapéu
b) esferóide
c) pôde
d) pôr
11) Assinale a alternativa em todas as palavras estão acentuadas corretamente:
a) urubú – você – açaí
b) xérox – voce – café
c) baú – voce - tambem
d) açaí – você – urubu
12) Assinale a alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:
a) lapis – canela – jovens
b) ruim – sozinho – traiu
c) saudade – saude – abacaxi
d) legua – tenis – grau
13) Por que a forma verbal "HÁ" leva acento ortográfico?
a) É um monossílabo átono.
b) É forma verbal.
c) É palavra sem valor semântico.
d) É monossílabo tônico terminado em "a".
e) A vogal "a" possui timbre aberto.
14) Assinale a opção em que todas as palavras se acentuam pela mesma regra.
a) ananás - pajé - só
b) fórceps - árvore - péssimo
c) toró - Piauí - café
d) balaústre - caí - substituíste
e) réu - pó - má
15) A alternativa em que as palavras recebem acento gráfico pelo mesmo motivo é:
a) inevitável – políticas
b) é – porquê
c) vários – história
d) contrário – países
e) três - têm
16) Assinale a alternativa em que as três palavras são acentuadas de acordo com a mesma regra:
a) espécie - até - zoólogo
b) você - contrário - réu
c) alienígena - nós - biológica
d) cérebro - próprio - César
e) inglês - também - chimpanzé
17) O acento gráfico de "três" justifica-se por ser o vocábulo:
a) Monossílabo átono terminado em ES.
b) Oxítono terminado em ES
c) Monossílabo tônico terminado em S
d) Oxítono terminado em S
e) Monossílabo tônico terminado em ES
18) Se o vocábulo CONCLUIU não tem acento gráfico, tal não acontece com uma das seguintes formas do verbo
CONCLUIR:
a) concluia
b) concluirmos
c) concluem
d) concluindo
e) concluas

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 57


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
19) Nenhum vocábulo deve receber acento gráfico, exceto:
a) sururu
b) peteca
c) bainha
d) mosaico
e) caiste
20) Todos os vocábulos devem ser acentuados graficamente, exceto:
a) xadrex
b) faisca
c) reporter
d) oasis
e) proteina
21) Assinale a opção em que o par de vocábulos não obedece a mesma regra de acentuação gráfica.
a) automático / insondáveis
b) automóvel / fácil
c) tá / já
d) água / raciocínio
e) alguém / convém
22) Os dois vocábulos de cada item devem ser acentuado graficamente, exceto:
a) herbivoro-ridiculo
b) logaritmo-urubu
c) miudo-sacrificio
d) carnauba-germem
e) Biblia-hieroglifo
23) Assinale a alternativa de vocábulo corretamente acentuado:
a) hífen
b) ítem
c) ítens
d) rítmo
24) Assinale o item em que há dois vocábulos acentuados inadequadamente.
a) fôste – íris
b) estrêla – chapéu
c) íris – chapeu
d) fôste – estrêla
e) hifens – mágoa
25) Eles .......... em tudo quanto ...........
Assinale a alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima:
a) crem-leem
b) crem-lem
c) crêm-lêm
d) creem-leem
e) crêem-lêm
26) Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:
a) lapis, canoa, abacaxi, jovens,
b) ruim, sozinho, aquele, traiu
c) saudade, onix, grau, orquidea
d) flores, açucar, album, virus,
e) voo, legua, assim, tenis
27) Marque o item em que o "i " e o "u "em hiato devem ser acentuados em todas as palavras.
a) Jesuita, juizo, juiz, faisca, juizes,
b) Sairam, caires, cairam, caistes, sairdes
c) Balaustre, reuno, reunem, saude, bau
d) "a "e "b” todas as palavras são acentuadas
e) "b" e "c" todas as palavras são acentuadas

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 58


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
28) Em todas as alternativas, as palavras que seguem têm ditongo. Assinale aquela em que todas elas devem ser
acentuadas:
a) chapeu, ateia, ideia, mosaico, assembleia.
b) reu, heroi, ceu, chapeu, aneis
c) papai, constrois, degraus, joia, anzois
d) "a "e "b " todas devem ser acentuadas
e) "b" e "c" todas devem ser acentuadas
29) Nas alternativas, a acentuação gráfica está correta em todas as palavras, exceto:
a) jesuíta, caráter
b) viúvo, sótão
c) baínha, raíz
d) naúfrago, espádua
e) gráfico, flúor
30) Assinale a alternativa que não contém erro:
a) após, caráter, caju, album
b) caqui, dólar, vírus, ritmo
c) ínterim, jóquei, urubú, também
d) parabéns, atrás, aquí, túnel
e) taxi, enigma, ônus, montanhês

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
C B D B A D A D C B D B D D C
16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
E E A E A A B A D D B E B C B
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 59
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02

01) "Os humanos, estes que sempre temeram a catástrofe na larga noite do mundo, tornaram-se a catástrofe que
temiam."
Assinale a alternativa cuja palavra negritada não é acentuada pela mesma regra de acentuação da palavra destacada
nesse trecho.
a) "Na época em que nossa espécie vive a emergência climática [...]"
b) "Todos nós, não só os indígenas, vamos ficar sem respirar."
c) "[...] para responder aos desafios do colapso climático que atingirá a todos [...]"
d) "Ameaçaram a sobrevivência da própria espécie na única casa que dispõem."
02) Assinale a alternativa em que a palavra destacada é acentuada por motivo diverso das demais.
a) “Os incêndios na floresta”
b) “[...] e até estado de emergência já foi declarado na cidade [...]”
c) “A fumaça e os gases liberados pelas fábricas”
d) “[...] um bar em Nova Déli, capital da Índia, vende doses de oxigênio aromatizado [...]”
03)
“Por que não há nada mas lindo
Do que ver todos menino
Se molhar no terrerão
Os veio vira menino”

Nesse excerto há algumas palavras que, de acordo com a norma-padrão, estão grafadas equivocadamente. No
entanto, em duas delas essa variação ortográfica muda sua classe gramatical.
As palavras em que isso ocorre são:
a) Mas e veio.
b) Vira e mas.
c) Terrerão e menino.
d) Vira e veio.
04)
“Por que não há nada mas lindo
Do que ver todos menino
Se molhar no terrerão
Os veio vira menino”

As alterações efetuadas adequaram as estrofes à norma-padrão, exceto em:


a) Porque não há nada mais lindo.
b) Do que ver todos meninos.
c) Se molhar no terreirão.
d) Os velhos viram meninos.
05) Assinale a alternativa que apresenta palavra utilizada no texto com regra de acentuação gráfica diferente das
demais.
a) Vírus
b) Indivíduo
c) Clínico
d) Eficácia

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 60


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
06)
“Eu fiz promessa
Pra que Deus mandasse chuva
Pra crescer a minha roça
E vingar a criação
Pois veio a seca
E matou meu cafezal
Matou todo o meu arroz
E secou meu argodão
Nesta colheita
Meu carro ficou parado
Minha boiada carreira
Quase morre sem pastar
Eu fiz promessa
Que o primeiro pingo d’água
Eu moiava a frô da santa
Que tava em frente do altar”
(“Pingo d’água” – João Pacífico). Disponível em: : <https://www.ouvirmusica.com.br/joaopacifico/389196>. Acesso em: 22 jul. 2019.

Sobre a linguagem utilizada nesse texto, é correto afirmar:


a) Há divergência em relação à concordância verbal apregoada pela norma-culta em: “Pois veio a seca / E matou meu
cafezal / Matou todo o meu arroz / E secou meu argodão”.
b) Observa-se a predominância de uma variante formal da língua portuguesa, com presença de expressões típicas do
dialeto caipira do português brasileiro.
c) A escrita das palavras “argodão”, “moiava” e “frô” intenciona emular a pronúncia dessas palavras observada em
uma variação linguística regional do português brasileiro.
d) Os desvios ortográficos e sintáticos observados no texto influenciam em sua semântica, o que prejudica o
entendimento do leitor e diminui a capacidade comunicativa do texto.
07) Analise o trecho a seguir. “Existem razões para você assistir A Órfã? Sim. E a principal, claro, é se você faz parte
dos cinéfilos que gostam de suspense.”
Disponível em: <http://www.adorocinema.com/filmes/filme-132783/>. Acesso em: 23 jul. 2019.

A palavra destacada é acentuada segundo a mesma regra de:


a) Maçã.
b) Órgão.
c) Opinião.
d) Psicológico.
08) Leia a sentença a seguir.
“Nosso interlocutor de pesquisa queria sentir o efêmero prazer e poder proporcionados pela compra de um objeto de
status.”
Disponível em: <https://tinyurl.com/y2l3qbqw>. Acesso em: 23 jul. 2019 (Adaptação).

O acento na palavra destacada ocorre pela mesma regra de acentuação observada em:
a) Metafísica.
b) Álbum.
c) Amável.
d) Bisavó.
09) Leia a sentença a seguir.
“Julia e Adriano não têm noção de quanto são estimados pelos amigos.”
O acento atribuído à palavra destacada justifica-se pois
a) trata-se de monossílabo átono, e todos são acentuados.
b) é um oxítono terminado em ‘m’.
c) é uma paroxítona terminada em ‘m’.
d) indica verbo conjugado na terceira pessoa do plural.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 61


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
10)

A respeito da linguagem utilizada pelo texto, analise as afirmativas a seguir, assinalando com V as verdadeiras e com
F as falsas.
( ) O meme utiliza uma linguagem informal, o que se observa no exemplo da substituição do pronome possessivo
‘nossa’ pela construção ‘da gente’.
( ) Na primeira imagem, a palavra ‘paranóia’ está acentuada de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico.
( ) A linguagem utilizada por esse meme é um exemplo da variação linguística comum na internet, o internetês.
Assinale a sequência correta.
a) F F V
b) F V V
c) V F F
d) V V V
11) Em relação à norma-padrão, assinale a alternativa incorreta.
a) A presença de hífen em “pôr do sol” é facultativa.
b) A crase em “Não está à venda” está de acordo com a norma-padrão.
c) Em “Quanto quer pelo pôr do sol?”, ‘quanto’ é um pronome interrogativo.
d) Em “eu estou vendo o pôr do sol”, ‘estou’ é verbo auxiliar e ‘vendo’ é verbo principal.
12) Assinale a alternativa em que as palavras a seguir, retiradas desse texto, são acentuadas de acordo com a mesma
regra.
a) Pé / Tevê / Raciocínio.
b) Inglês / Não / Mãos.
c) Você / Coordenação / Máquina.
d) Plástico / Número / Eletrônico.
13) Assinale a alternativa na qual as palavras são acentuadas seguindo a mesma regra de acentuação.
a) Bambolê / Patrocínio / Maracujá.
b) Fáceis / Régua / Ásia.
c) Bíceps / Cafés / Parabéns
d) Céu / Juíza / Álibi.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
D C A C C C B A D C A D B

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 62


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS


Exemplos:
Puríssimo Impuro Dente Desdentada
Pureza Depurar Dentinho
Puramente Dentuça

ELEMENTOS ESTRUTURAIS DAS PALAVRAS

As palavras são estruturadas por elementos mórficos como:


Radical: Unidade de maior significação. A partir dele, podemos criar outros vocábulos.
Vogal temática: Possui a função de ligar o radical às desinências que formam as palavras.
Tema: É a junção do radical com a vogal temática
Afixos: Prefixos e sufixos
 mesas
 postos
 casas
Nos verbos, as vogais temáticas caracterizam as conjugações verbais
 andar – 1ª Conjugação
 bater – 2ª Conjugação
 partir – 3ª Conjugação

FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Há dois tipos de formação de palavras em Português


 Derivação: Quando se une ao radical afixos para a formação de novas palavras.
 Composição: Quando se une mais de um radical para formar uma nova palavra.

DERIVAÇÃO
Existem 6 tipos de derivação.

1) Derivação prefixal: 2) Derivação sufixal: 3) Derivação parassintética: 4) Prefixal e sufixal:


Acréscimo de prefixo ao Acréscimo de sufixo ao Acréscimo simultâneo de prefixo Acréscimo de prefixo e
radical. radical. mais sufixo. A palavra só existe sufixo ao radical. É preciso
com acréscimo tanto de sufixo destacar que as palavras
refresco sozinho quanto de prefixo. existem mesmo retirando o
desleal escurecer prefixo, sufixo ou ambos.
compor dentuça enforcar
contrapeso barbudo envergonhar deslealdade – desleal –
lindamente amolecer lealdade
avermelhar
adoçar
embarcar

5) Derivação Regressiva: 6) Derivação imprópria: As palavras possuem a mesma forma, mas pertencem a classes
gramaticais diferentes.
São substantivos derivados
de verbos indicadores de Iremos sim à casa de nossa madrinha. (advérbio de afirmação)
ações. Não iremos à casa de nossa madrinha. (advérbio de negação)
Arranjo – arranjar O sim me excita, o não me irrita. (os advérbios transformam-se em substantivos)
Debate – debater O querido papai chegou. (verbo no particípio transforma-se em adjetivo)
Choro – chorar Ele era um judas. (substantivo próprio transforma-se em comum, além de funcionar como
Leva – levar adjetivo – predicativo do sujeito – a fim de caracterizar o sujeito “Ele”)
Luta – lutar Foi descoberto o funcionário fantasma. (substantivo transforma-se em adjetivo)
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 63
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
COMPOSIÇÃO
Há dois tipos de composição em nossa língua.

1) Justaposição: Conserva-se a forma e a acentuação 2) Aglutinação: União de dois ou mais radicais com
dos radicais de origem. Não há perda fonética. perda fonética.
passa + tempo = passatempo aguardente (água ardente)
vai + vém = vaivém embora (em boa hora)
tele + visão = televisão fidalgo (filho de algo, isto é, de família nobre)
sempre + viva = sempre-viva hidrelétrico (hidro + elétrico)
gira + sol = girassol planalto (plano + alto)

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

Diz respeito ao sentido e às relações que as palavras estabelecem entre si.


Sinônimas: Palavras que possuem significados semelhantes.
Exemplo: importante: significativo, considerável, prestigiado, indispensável, fundamental...
Antônimas: Palavras que possuem significados opostos, contraditórios.
Exemplo: dedicado: desinteressado, desapegado, faltoso, desaplicado, relapso...
Homônimas: São palavras que podem ter a mesma grafia, mesma pronúncia, mas significados diferentes.

Homônimos homógrafos (mesma escrita):


rego (substantivo) – rego (verbo)
colher (substantivo) – colher (verbo)
jogo (substantivo) – jogo (verbo)
apoio (substantivo) – apoio (verbo)
pelo (substantivo) – pelo (verbo) – pelo (preposição)

Homônimos homófonos (mesma pronúncia):


acender (atear fogo) e ascender (subir)
concerto (sessão musical) e conserto (reparo)
cegar (tornar cego) e segar (cortar, ceifar)
apreçar (determinar o preço) e apressar (acelerar)
cela (pequeno quarto) e sela (arreio)
censo (recenseamento) e senso (juízo)
círio (vela grande) e sírio (relativo à Síria)
sessão (reunião, espaço de tempo), seção (departamento, repartição), cessão (ato de ceder)
sexta (numeral ordinal), cesta (objeto onde se guarda ou se transporta algo)
coxo (manco) e cocho (recipiente para alimentação de animais)
espiar (olhar, observar) e expiar (cumprir pena)
estático (paralisado) e extático (em êxtase)
estrato (tipo de nuvem) e extrato (essência, concentrado)
incipiente (principiante, iniciante, novato) e insipiente (ignorante)

Homônimos perfeitos: Possuem a escrita e a pronúncia iguais, mas significados diferentes.


caminha (substantivo) e caminha (verbo)
cedo (verbo) e cedo (advérbio)
somem (verbo somar) e somem (verbo sumir)
livre (adjetivo) e livre (verbo)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 64


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Parônimos: São palavras parecidas na escrita e na pronúncia.
coro e couro
sesta e sexta
eminente ( que se destaca) e iminente (próximo)
degradar (provocar estragos) e degredar (exílio, desterrar, expatriar)
cético (quem duvida) e séptico (que provoca infecção)
prescrever (determinado ou algo que perdeu a validade) e proscrever (banido, proibido)
descrição (detalhado) e discrição (ser discreto)
ratificar (confirmar) e retificar (reparar)
comprimento e cumprimento
vultoso (volumoso) e vultuoso (em medicina = inchaço, vermelhidão)

Polissemia: Palavras com mais de uma significação


Exemplo:

A palavra “aliança” na tira acima é polissêmica.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 65


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01

01) Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada;
b) luz, luzeiro, alumiar;
c) incrível, crente, crer;
d) festa, festeiro, festejar;
e) riqueza, ricaço, enriquecer.
02) A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da mesma raiz é:
a) florescer, flandres, florear;
b) pousada, aposentado, cômodo;
c) reger; regulamento; regra;
d) corte; percurso; correr;
e) angústia; ângulo; anjo.
03) Assinale a única opção em que ocorre variante do radical:
a) dizer, dizes, dizia;
b) faço, fazes, façamos;
c) amaria, amavas, amou;
d) quero, queres, querias;
e) vência, venceste, vence.
04) Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:
a) compostas: desinência de feminino;
b) quadrar: radical;
c) adotei vogal temática;
d) pareceram: vogal temática;
e) influência: desinência de feminino.
05) Vocábulo onde existe desinência de gênero:
a) segredo;
b) curiosidade;
c) força;
d) verbo;
e) alheia.
06) Assinale a alternativa sem desinência modo-temporal:
a) aplaudias;
b) acordou;
c) faltarás;
d) vendam;
e) cobrasses.
07) Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado:
a) vaga-lume: composição;
b) cruzeiro: sufixação;
c) palmeira: sufixação;
d) irritação: sufixação;
e) baunilha: sufixação.
08) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape:
a) zunzum;
b) reco-reco;
c) toque-toque;
d) tlim-tlim;
e) vivido.
09) Assinale a letra em que as palavras são formadas por derivação regressiva, derivação parassintética e
composição por aglutinação, respectivamente.
a) neurose, infelizmente, pseudônimo;
b) ajuste, aguardente, arco-íris;
c) amostra, alinhar, girassol;
d) corte, emudecer, outrora;
e) pesca, deslealdade, vinagre.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 66
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
10) Grupo de três palavras formadas por DERIVAÇÃO:
a) pesaroso, apelo (subst.), refazer;
b) pontapé, introduzir, cipoal;
c) decímetro, casamento, namoro (subst.);
d) cine, guarda-roupa, infiel;
e) infelizmente, amolecer, varapau.
11) Indique a opção em que foram utilizados processos de formação de palavras idênticos aos dos vocábulos plenilúncio /
burocracia:
a) vaivém / saca-rolhas;
b) surdo-mudo / corre-corre;
c) aguardente / alcoômetro;
d) vaivém / automóvel;
e) planalto / vinagre.
12) Assinale a opção onde se indica erroneamente o processo de formação:
a) encontrável: derivação sufixal;
b) inesperado: derivação prefixal;
c) emudecer: derivação sufixal;
d) inaudível: derivação prefixal;
e) canto: derivação regressiva.
13) Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo processo de formação de vaga-lume:
a) descobriu;
b) lembrança;
c) encantamento;
d) doçura;
e) fios-de-ovos.
14) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque
a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada:
( ) outrora (1) justaposição
( ) a caça (2) aglutinação
( ) pontapé (3) parassíntese
( ) planalto (4) derivação prefixal
( ) anoitecer (5) derivação regressiva.
( ) transcontinental
a) 4, 5, 2, 1, 4, 3;
b) 2, 3, 1, 2, 3, 4;
c) 1, 5, 2, 1, 4, 3;
d) 1, 5, 2, 1, 3, 4;
e) 2, 5, 1, 2, 3, 4.
15) Assinale o par de vocábulos cujos prefixos possuem valor locativo, indicando, respectivamente, as ideias de por cima e
por baixo.
a) hipertrofia / hipotensão;
b) hipérbole / perímetro;
c) exotérmico / hemisférico;
d) epiderme / prólogo;
e) introduzir / decrescer.
16) Observe, nos vocábulos que se seguem, que o mesmo sufixo pode ser escrito de formas diferentes: com c (aplicação),
s (expansão) e ss (intromissão).
Assinale a série em que um dos substantivos apresenta o sufixo grafado de modo incorreto
a) rendição, presunção, fixação;
b) discussão, excessão, admissão.
c) diversão, compreensão, distensão;
d) paralisação, pulsação, cassação;
e) submissão, sucessão, concessão.
17) Assinale a opção em que todos os verbos formam substantivos designativos da ação ou do resultado dela – por meio de
sufixos distintos entre si:
a) apreender, pressintir, converter;
b) descrever, crer, dedicar;
c) confessar, lembrar, transmitir;
d) suprimir, esquecer, tolerar;
e) iniciar, prever, aceitar.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 67


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
18) Assinale o par de vocábulos cujos sufixos possuem valor semântico idêntico ao dos sufixos de brasileiro e
escureza, respectivamente:
a) espanhol / mansidão;
b) laranjeira / honradez;
c) cearense / dentista;
d) budismo / venenoso;
e) francês / leitura.
19) Assinale o par de vocábulos cujos sufixos possuem valor semântico idêntico ao dos sufixos de brasileiro e altura,
respectivamente:
a) budismo / leitura;
b) espanhol / beleza;
c) paraense / dentista;
d) coqueiro / formatura;
e) sulista / nomeação.
20) Assinale o vocábulo cujo sufixo traduz a mesma ideia que o sufixo de bebedouro:
a) duradouro;
b) inibitório;
c) satisfatório;
d) vindouro;
e) dormitório.
21) Assinale o par de vocábulos cujos prefixos guardam entre si oposição semântica:
a) inconsciente / anormal;
b) antevisão / predestinação;
c) contracultura / anticorpo;
d) interplanetário / entrelinha;
e) importado / exposto.
22) Assinale o par de vocábulos cujos prefixos possuem valor locativo, indicando, respectivamente, as ideias de por
cima e por baixo:
a) supracitar / hipotenso;
b) sobrevir / subnutrido;
c) superposição / subsequente;
d) hipersensibilidade / subcutâneo;
e) sobrevoar / hipodérmico.
23) Assinale o par de vocábulos que não guardam entre si a relação existente entre vernáculo / vernaculizar:
a) falso / falsificar;
b) suave / suavizador;
c) verniz / envernizar;
d) puro / purificar;
e) universal / universalizar.
24) Assinale o par de vocábulos que guardam entre si a mesma relação significativa existente entre considerar /
consideração:
a) desenvolver / desenvolvimento;
b) realizar / realizável;
c) opor / oponente;
d) criar / criativo;
e) matar / matadouro.
25) Vocábulo cujo prefixo se distingue semanticamente do de imprevisto:
a) impor;
b) inútil;
c) legível;
d) imperfeito;
e) incompetência.
26) O sufixo do vocábulo habilidade e o sufixo do vocábulo transferência são usados para derivar, respectivamente,
nomes das seguintes formas:
a) íntimo / revelar;
b) sutil / surgiu;
c) efêmero / ocorrer;
d) pobre / advertir;
e) intenso / comprometer.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 68
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
27) O par de vocábulos formados com prefixos de significados diferentes é:
a) euforia, benefício;
b) percorrer, recorrer;
c) predizer, programar;
d) ultrapassar, transpor;
e) anfiteatro, perimetral;
28) Assinale o par de vocábulos que não guardam entre si a mesma relação semântica existente entre regular / regularizar.
a) diverso / diversificar;
b) caráter / caracterizar;
c) brasileiro / abrasileirar;
d) geral / geralizar;
e) forte / fortalecer.
29) Relacione os sinônimos nas duas colunas abaixo, e assinale a reposta correta:
1 - translúcido ( ) contraveneno.
2 - antídoto ( ) metamorfose.
3 - transforma ( ) diáfano.
4 - adversário ( ) antítese.
5 - oposição ( ) antagonista.
a) 1, 3, 4, 2, 5;
b) 2, 3, 4, 5, 1;
c) 2, 3, 1, 5, 4;
d) 1, 4, 5, 2, 3;
e) 4, 3, 1, 5, 2.
30) Assinale a opção em que nem todas as palavras têm o mesmo radical.
a) dizendo, indizível, diríamos;
b) batida, batedeira, combater;
c) legalidade, ilegalizar, inelegibilidade;
d) caracterização, descaracterizar, caracterizava;
e) embrutecer, bruto, brutal.
31) A opção em que não se verifica variação de radical é:
a) valho - valeria - valêsse-mos;
b) coubeste - cabes - caibas;
c) brincam - brinques -brincávamos;
d) sentíeis - sinta - sentiram;
e) servistes - sirvo - servira.
32) Assinale a opção em que todas as palavras possuem um mesmo radical.
a) favo - favor - favorável;
b) luz - luzeiro - aluminar;
c) perfumado - fumaça - fumo;
d) virgem - virginal - viavem;
e) as letras “b” e “d” estão corretas.
33) Assinale o INCORRETO quanto à análise mórfica da forma verbal DEIXARA:
a) deix - radical;
b) a - (o primeiro) - vogal temática;
c) deixa - tema;
d) ra - desinência / sufixo modo temporal;
e) a - (o segundo) - desinência / sufixo número-pessoal
34) Não é COMPOSIÇÃO por AGLUTINAÇÃO:
a) fidalgo;
b) petróleo;
c) manda-chuva;
d) aguardente;
e) horticultura.
35) O processo que gerou o substantivo brilhante, a partir do adjetivo brilhante, é chamado:
a) reduplicação;
b) regressão;
c) conversão;
d) parassíntese;
e) aglutinação.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 69


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
36) Assinale a opção em que todas as palavras obedecem ao mesmo processo de formação:
a) aguardente - girassol - reco-reco;
b) boiada - garotada - aterro;
c) sociologia - burocracia - televisão;
d) passatempo - fidalgo - decímetro;
e) descobrir - infeliz - planalto.
37) Incorreta a caracterização do processo de formação:
a) meio-dia: composição por justaposição;
b) fortalecer: derivação sufixal;
c) demora (substantivo): derivação regressiva;
d) fonseca: derivação sufixal;
e) pneu: abreviação.
38) Em “. . . Dádiva ao Senhor . . .” A palavra Senhor é um exemplo de:
a) derivação regressiva;
b) aglutinação;
c) conversão;
d) reduplicação;
e) derivação sufixial.
39) Assinale a série de vocábulos em que todos os sufixos exprimem noção de qualidade:
a) sensibilidade - delicadeza - docemente;
b) decoração - bronzeado - selvagem;
c) fraqueza - doçura - ferocidade;
d) sentimento - rapidamente - majestosa;
e) dourado - vegetação - beleza.
40) Assinale. a opção em que o afixo da palavra tenha o mesmo sentido que o encontrado na palavra ESCORRER:
a) introduzir;
b) importar;
c) exportar;
d) decair;
e) soterrar.
41) Assinale o par de vocábulos que guardam entre si a mesma relação significativa existente entre EXPORTAR /
EXPORTAÇÃO:
a) importar / importador;
b) estudar / estudante;
c) descobrir / descobrimento;
d) opor / oponente;
e) ouvir / audível.
42) Assinale a opção em que as palavras obedecem aos mesmos processos de formação que os das palavras: INÚTIL,
QUERO-QUERO e ATUANTE:
a) supercílio / decreto-lei /estudante;
b) dissecar / reco-reco / destoante;
c) soterrar / toque-toque / loucura;
d) desfolhar / tico-tico / fidalgo;
e) ilegal / couve-flor / navegante.
43) Assinale a alternativa em que o par de vocábulos apresenta prefixos de mesma significação:
a) imposição – impossível;
b) adjunto – abstar;
c) desfazer – decair;
d) hipótese – supor;
e) subserviente – subsequente.
44) As palavras preferência e rotação: são formadas com sufixos -ncia e -ção, também formadores, respectivamente,
de substantivos derivados dos seguintes verbos:
a) repetir - estabelecer
b) concordar - objetar
c) cumpir - cassar
d) surgir - atuar
e) abstrair - aferir.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 70


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
45) Assinale a opção em que o elemento mórfico está devidamente caracterizado.
a) Emprestaste: -STES é desinência de segunda pessoa do singular;
b) Emprestas: -A é a vogal temática;
c) Venderíamos: -RIA é DMT de mais-que-perfeito;
d) Explicavas: -VA é DMT de mais-que-perfeito;
e) Aprendas: -A é vogal temática.
46) Assinale o item em que o elemento mórfico foi analisado incorretamente.
a) Interessem-DMT: SSEM:
b) Pegassem-VT: A;
c) Produzido-radical: PRODUZ;
d) Contivemos-DMT: E;
e) as letras “a” e “b” apresentam erro na classificação dos elementos mórfico.
47) Nos prefixos das palavras: RENOVO, INSENSÍVEL e CONCORRER, há, respectivamente, as ideias de:
a) repetição, concomitância, afastamento;
b) repetição, negação, concomitância;
c) repetição, aproximação, concomitância;
d) concomitância, negação, aproximação;
e) repetição, negação, aproximação.
48) Assinale o par em que os prefixos, um grego e outro latino, não são sinônimos:
a) HIPO / SUB (posição inferior);
b) DI / DIS (duplicidade);
c) HEMI / SEMI (metade);
d) PERI / CIRCUN (movimento em torno de);
e) A / IN (negação).
49) Incorreta a correlação de prefixos em:
a) infiel - antítese;
b) sublingual - hipótese;
c) decapitar - catarata;
d) semideus - hemisfério;
e) heneplácito - eutanásia.
50) Par de vocábulos com sufixos de valor correspondente ao das palavras CAÇADOR e BANANAL:
a) amor - natural;
b) ardor - atual;
c) pendor - cipoal;
d) amante - folhagem;
e) pianista - antiquário.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17
B C B E E B E E D A C C E E A B D
18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34
A D E E E C A C B B B C C C C E C
35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C C D C C C C C D B B A B B A D

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 71


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02


01) Releia este trecho.
“Os gases que saem dos esgotos / Das fossas mal cuidadas”
De acordo com o Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (VOLP), da Academia Brasileira de Letras, o adjetivo
“malcuidado” é escrito dessa forma.
Em relação à palavra registrada pelo VOLP, é possível afirmar que seu processo de formação ocorreu por
a) composição por justaposição.
b) composição por aglutinação.
c) derivação prefixal.
d) derivação sufixal.
02) Releia o trecho a seguir:
“[...] e como chapeiro numa lanchonete.”
A palavra “chapeiro”, que ocorre nesse trecho, pode ser considerada um neologismo, uma vez que ainda não está registrada
nos dicionários de língua portuguesa, e foi constituída pelo seguinte processo de formação de palavras:
a) truncamento.
b) prefixação.
c) sufixação.
d) composição.
03) Releia o trecho a seguir.
“[...] não só para deslegitimar métodos democráticos no combate à criminalidade [...]”
A palavra, destacada a seguir, formada pelo mesmo processo de formação da palavra destacada no trecho anterior é:
a) “[...] através de práticas antidemocráticas de investigação [...]”.
b) “[...] todas as pessoas, independentemente de sua condição racial [...]”
c) “[...] a questão da desigualdade de gênero [...]”
d) “[...] propagador(a) de uma cultura transversal de direitos humanos [...]
04) Releia o trecho a seguir. “As prisões femininas do Brasil são escuras, encardidas, superlotadas.” A palavra destacada
é uma derivação
a) infixal, pois une um infixo a um adjetivo.
b) prefixal, pois une um prefixo a um adjetivo.
c) sufixal, pois une um sufixo a um adjetivo.
d) parassintética, pois une um prefixo e um sufixo a um adjetivo.
05) Releia o trecho a seguir.
“[...] expuseram 69 mulheres e 30 homens a imagens do galã hollywoodiano [...]”
A palavra destacada foi formada pelo processo de
a) prefixação.
b) composição por justaposição.
c) regressão.
d) derivação sufixal.
06) Releia o trecho a seguir.
“A pesquisa, publicada na revista Emotion, descobriu que a “superenfatização” da felicidade, como uma pressão social,
pode tornar as pessoas mais suscetíveis ao fracasso e muito mais frágeis a emoções negativas.”
A palavra destacada é considerada um neologismo, isto é, uma palavra nova, pois não está registrada nos dicionários da
língua portuguesa. Essa nova palavra foi formada por
a) justaposição.
b) aglutinação.
c) composição.
d) derivação.
07) Releia o trecho a seguir.
“[...] e façam um ‘miniferiado’ de suas rotinas diárias.”
A palavra destacada nesse trecho foi formada por
a) derivação sufixal.
b) derivação prefixal.
c) composição por justaposição.
d) composição por aglutinação.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 72


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
08) Releia o trecho a seguir.
“A tecnologia transformou-nos numa tecnocracia dominadora amoral, quando deveria estar a serviço do paciente, com
equilíbrio de interesses e necessidades.”
A respeito da palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Trata-se de um adjetivo que qualifica a palavra “dominadora”.
II. Possui o mesmo significado que “imoral” em qualquer contexto.
III. É formada por uma derivação sufixal.
De acordo com a norma padrão, estão incorretas as afirmativas:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) II e III, apenas
d) I, II e III.
09) Releia o trecho a seguir.
“Isso porque os dois evoluíram caçando roedores, então conseguem captar os sinais hiperagudos que os ratinhos
emitem para se comunicar.”
Sobre a palavra destacada, analise as afirmativas a seguir.
I. Trata-se de um adjetivo que qualifica outro termo no trecho.
II. É formada por um prefixo.
III. Indica o tipo de ruído produzido por pequenos animais.
Estão corretas as afirmativas:
a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas
c) II e III, apenas.
d) I, II e III.
10) Releia o trecho a seguir.
“Hoje em dia, cada vez mais pessoas se conscientizam da complexidade do corpo humano, e de como a enfermidade
nunca se manifesta somente no físico ou apenas na mente. O câncer é um exemplo de que o corpo se fragiliza, após
um grande período de sofrimentos, conflitos e frustrações, que transbordam até ferirem o organismo. O inverso
também é possível. Males como a depressão e a ansiedade podem culminar em sinais palpáveis como doenças de
pele, enxaquecas, úlceras etc. Não é mera coincidência justamente o câncer e a depressão serem conhecidos como
as “doenças do século”. No cenário atual, a saúde se tornou tão caótica quanto a vida contemporânea.”
Assinale a alternativa cuja palavra não é formada pelo mesmo processo de formação de palavras das demais.
a) Contemporânea
b) Justamente
c) Sofrimento
d) Complexidade

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
A C A B D D B D D A
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 73
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

USO DOS PORQUÊS

1. Por que: É o encontro da preposição “por” com o pronome relativo “que” e sempre será usado quando puder ser
substituído por “por qual motivo” ou “pelo qual”.
Por que ele faltou à aula? (por qual motivo)
Quero saber por que ele faltou à aula. (por qual motivo)
É enorme o drama por que a população está passando. (drama pelo qual)

2. Por quê: Será usado antes de pausas.


Ele faltou à aula por quê?
Gostaria de saber por quê.
Ele quer saber por quê, onde e quando.

3. Porque: É uma conjunção explicativa ou causal.


Não demore, porque o filme já vai começar.

4. Porquê: É um substantivo e pode ser substituído pela palavra “motivo”, por isso deve ser antecedido por artigos
ou alguns pronomes.
O porquê de sua ausência eu não sei. (motivo)
Esse porquê eu não tenho. (motivo)
Quero um porquê para sua ausência. (motivo)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 74


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01

01) Assinale a frase em que o uso de “por que” está errado.


a) Você sabe por que ela foi embora?
b) Por que você quer saber isso?
c) Essa decisão foi tomada por que?
d) Alguém sabe por que estamos aqui?
02) Indique em qual frase o uso de “porque” está correto.
a) Porque você está gritando comigo?
b) Vou embora porque estou muito cansada.
c) Alguém que me diga o porque de tanta confusão!
d) A Helena sabe porque foi chamada à direção?
03) Assinale a opção que completa as lacunas de forma correta.
Eu não fui à reunião __________ estava cansada e não entendo __________ isso está sendo criticado por todos.
__________ falam todos sobre isso? __________?
a) porque, por quê, porquê, por quê.
b) por que, porquê, por que, porquê.
c) porque, por que, por que, por quê.
04) Nas frases seguintes, substitua as palavras destacadas por: porque, por que, por quê ou porquê.
a) Ela chegou atrasada pois apanhou um engarrafamento enorme.
b) A diretora disse aquilo por qual motivo?
c) Por qual razão existe tanta rivalidade entre vocês?
d) Qual o motivo de tanto barulho?
e) Essa foi a razão pela qual saímos do Brasil.
05) Complete a frase de forma correta.
Está na hora de sabermos _____________ você foi embora sem dar explicações.
a) por quê
b) por que
c) porque
d) porquê
06) Assinale as opções que estão erradas.
a) As dificuldades por que passei para te fazer feliz.
b) Nunca entendi o porquê de tanta discórdia.
c) Ele vive perguntado por quê você não fala com ele.
d) O evento foi cancelado porque estava chovendo muito.
07) Identifique a frase escrita de forma correta.
a) Por que você está aqui?
b) Porque você está aqui?
c) Por quê você está aqui?
d) Porquê você está aqui?
08) Complete as frases com: porque, porquê, por que e por quê.
a) __________ motivo você não atendeu seu celular?
b) As obras foram realizadas __________ houve reclamações dos moradores.
c) Qual o __________ dessa sua atitude?
d) Apenas perguntei __________ ela estava chateada.
e) __________ ia embriagado, o condutor foi multado pelo policial.
f) Ontem houve greve de professores. Você sabe __________?
g) As escolas __________ passei estavam com sobrelotação de alunos.
h) Apenas fiz isso __________ eu quis.
i) Ninguém compreendeu o __________ do cancelamento do jantar.
09) Corrija as palavras destacadas pelas opções corretas.
a) Porque você está esperando por mim aqui?
b) Sempre quis saber o por quê do seu sucesso.
c) Mariana não veio por que está chateada comigo.
d) Por favor, diga-me porquê.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 75


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02


Desmatamento
Roubando como um desesperado sem nenhum sentido.
Desmatando a mãe natureza que nos teve como filhos.
Todos os filhos de Jah.
Jah deu a natureza não foi pra um só, não foi pra um só.
Deus deu a natureza pra todos nós cuidarmos bem dela.
Não convém, está cometendo suicídio não faça isso rapaz.
Prejudicando nossas vidas, a vida dos nossos filhos.
E a dos animais.
Não mate o que é da mata ela só faz você viver e ser feliz.
Isso que não pode acontecer, não pode acontecer.
Desmatar a mata pra poder se enriquecer, uhum.
Pois a natureza não mata, ela só faz você viver e ser feliz.
Não convém, está cometendo suicídio não faça isso rapaz.
Prejudicando nossas vidas, a vida dos nossos filhos e a dos animais.
Eu cuido dela sim para que a mãe natureza cuide bem de mim.
RAIZ DA MATA. Desmatamento. Disponível em:<https://www.vagalume.com.br/raiz-da-mata/desmatamento.html>. Acesso em: 15 nov. 2019.

01) Releia este trecho.


"Pois a natureza não mata, ela só faz você viver e ser feliz." A palavra destacada nesse trecho pode ser substituída,
de acordo com a norma-padrão, por
a) por que.
b) porquê.
c) porque.
d) por quê.
Porque não.
Era uma vez uma mulher que não queria ter filhos nem se explicar sobre isso
Mayara Fortin nunca quis ser mãe. Ano passado, a arquiteta paulista decidiu fazer um “experimento social”: foi conferir
como é o processo para conseguir a laqueadura, a cirurgia que liga as tubas uterinas, impedindo a gravidez. No Brasil,
o procedimento pode ser feito pelo SUS: segundo a Lei 9.263, mulheres a partir de 25 anos (ou já mães de dois filhos)
podem pedir pela cirurgia – mas não sem dar uma série de explicações, como descobriu Mayara.
Primeiro, ela preencheu uma ficha; depois, assistiu a uma palestra sobre métodos contraceptivos; na sequência,
escreveu uma carta e, por fim, passou por um tipo de entrevista com a enfermeira do posto de saúde. “É quase um
interrogatório. O atendimento foi simpático, mas um tanto absurdo”, lembra à Tpm. A documentação foi passada a uma
comissão, que demora até seis meses para responder. No fim, ela recebeu uma negativa. “Tentei argumentar: tenho
30 anos, casa própria, carro e viajo pelo mundo. E esta é a única decisão que não tenho ‘maturidade’ para tomar?”
Além dos entraves, de quebra vigora uma cláusula pra lá de controversa: independentemente da idade, mulheres
casadas precisam de autorização do cônjuge para realizar a cirurgia. Mayara descobriu que, na prática, a lei não é
seguida à risca.
Sem justificativas
A discussão é necessária: um número crescente de brasileiras vêm optando pela não maternidade. Segundo o IBGE,
em 2004, elas representavam 10% da população feminina do país; em 2014, eram 14%, apesar da série de pressões
e expectativas da família, dos amigos ou dos padrões, do inabalável tique-taque do relógio biológico e pela ideia de
feminilidade “plena” umbilicalmente ligada à maternidade.
“A simples afirmação ‘não quero ter filhos’ é frequentemente seguida pela pergunta: ‘Mas por que não?!’ É como se a
mulher fosse obrigada a se justificar, a jogar a prioridade para uma pós-graduação, um projeto, um trabalho”, diz a
psicóloga gaúcha Daiana Quadros Fidelis, que estudou não maternidade e maternidade tardia – segundo o estudo
Estatísticas do Registro Civil de 2015, realizado pelo IBGE, o número de mulheres que se tornaram mães entre 30
e 39 anos aumentou de 22,5% (2005) para 30,8% (2015), enquanto na faixa entre 15 e 19 anos caiu de 20,3% para
17%, no mesmo período.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 76


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Daiana recebe em seu consultório relatos de mulheres que se sentem culpadas por não palpitar o tal instinto materno
no ventre. “Elas cresceram ouvindo que mulher ‘nasce’ com esse desejo. Por não se verem nesse papel ou não se
sentirem sensibilizadas, muitas delas alimentam sentimentos de culpa, como se lhes faltasse algo. Mas o que falta não
é necessariamente um filho, e sim a ideia de que ela deveria desejar um filho”, analisa. Para Daiana, discussões
recentes têm contribuído para quebrar esse estigma e “para mostrar que as mulheres que não querem ter filhos não
estão sozinhas e não há motivo para culpa”.
Esse estigma tem raízes milenares. “Ao longo da história, a figura da mulher mãe foi muito forte. Nos últimos 5 mil anos, a
mulher foi considerada responsável pela futura mão de obra – eram necessários braços para a lavoura, então, elas tinham
15 filhos”, analisa Regina Navarro Lins, psicanalista e autora de Novas formas de amar (2017). “Mas, na década de 60,
depois do advento da pílula anticoncepcional e do movimento feminista, as mulheres passaram a poder decidir se queriam
ter filhos ou não, quando, onde e com quem. Foi uma grande ruptura na história.” Na década de 80, lembra a psicanalista, a
filósofa francesa Élisabeth Badinter escreveu um livro sobre o mito do amor materno, Um amor conquistado, mostrando que
o desejo de ser mãe não é inerente à mulher. “Ela foi duramente criticada, pois muitos queriam continuar acreditando que
toda mulher é uma mãe potencial.” [...]
Disponível em: <https://revistatrip.uol.com.br/tpm/era-uma-vez-uma-mulher-que-nao-queria-ter-filhos-nem-se-explicar-sobre-isso>. Acesso em: 2
jul. 2019.

02) A respeito do título do texto “Porque não.”, assinale a alternativa correta.


a) A grafia de ‘Porque’ adotada no título está em desacordo com a norma-padrão, uma vez que esse trecho representa a
pergunta feita constantemente às mulheres que optam pela não maternidade.
b) Como se trata de um substantivo, o primeiro termo do título deveria ser grafado como “Por quê”, para estar em acordo
com a norma-padrão da língua portuguesa.
c) O título representa uma possível resposta das mulheres que optam por não serem mães ao questionamento feito sobre
tal escolha, portanto, encontra-se de acordo com a norma-padrão.
d) O título aponta para a falha argumentativa das mulheres que optam pela não maternidade, porém não conseguem justificar
a própria escolha. Por representar uma resposta, encontra-se de acordo com a norma-padrão.
03) Analise o trecho a seguir.
“Eu quero que risque o meu nome da sua agenda Esqueça o meu telefone, não me ligue mais Porque já estou cansado de
ser o remédio Pra curar o seu tédio, quando seus amores não lhe satisfaz”
Telefone Mudo – João Batista De Oliveira / Manoel Pereira.

O trecho em questão apresenta um desvio da norma-padrão da língua portuguesa, corretamente identificado em


a) “Eu quero que risque”, pois é necessário que o pronome “você” esteja explícito após “que”, o que não ocorre.
b) “quando seus amores não lhe satisfaz”, pois não há concordância verbal de número entre “amores” e “satisfaz”.
c) “Porque já estou cansado de ser o remédio”, pois, nesse caso, como se trata da resposta a uma pergunta, “porque” deveria
ser grafado separado: “por que”.
d) “cansado de ser o remédio”, pois, nesse caso, de acordo com a norma-padrão, o artigo empregado deveria ser indefinido
(um), no lugar do artigo definido “o”.
04) Um aluno do 9º ano escreveu o seguinte texto, ao final de sua prova:
Não consegui escrever mais por que o tempo da prova acabou. Gostaria de tirar a nota máxima (esse é um sonho por que
sempre lutei). Embora seja evidente o porque desse meu desejo, porque será que nunca consigo alcançá-lo?
Leia estes apontamentos feitos a respeito da produção escrita desse aluno.
I. No trecho “por que o tempo da prova acabou”, a grafia deve ser porque, uma vez que se trata de uma conjunção causal
equivalente a pois, tendo em vista que.
II. No trecho “esse é um sonho por que sempre lutei”, deve ser mantida a grafia do termo por que (pronome relativo) que,
nesse contexto, significa pelos quais.
III. Em “Embora seja evidente o porque”, o termo porque é substantivo e significa motivo, por isso, deve ser grafado com
acento tônico na última sílaba.
IV. Em “porque será que nunca consigo alcançá-lo”, a grafia porque deve ser mantida, uma vez que se trata de um pronome
interrogativo.
Estão corretos os apontamentos
a) I, II, III, apenas.
b) II, III e IV, apenas.
c) I e IV, apenas.
d) II e III, apenas.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 77


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Sobre a banalização do próprio corpo
Recentemente, num café da manhã entre confrades, ao sugerir – destaco “sugerir” – a uma amiga atriz que fechasse um dos
botões de sua camisa, pois um de seus seios poderia ficar exposto ao movimentar-se, obtenho a resposta: “Mas é só um peito
como todos os outros. Como aquele das mães que amamentam. É só mais um peito”.
Um pouco confuso com a reação, me calo e reflito… “É só mais um peito”? Mal da Filosofia: faço da afirmação um problema, uma
questão.
A pergunta me remói por dias, até que assisto ao espetáculo Ziggy, homenagem prestada a David Bowie pela Cisne Negro Cia.
de Dança, de Hulda Bittencourt. Ao mergulhar minha visão – e meu ser, portanto – nos corpos em gesto dos bailarinos e nas suas
extensões, isto é, o belo e inspirado figurino de Fabio Namatame, uma pletora de pensamentos me invade, dentre eles, e sobretudo,
a reflexão do filósofo francês Maurice Merleau-Ponty.
Merleau-Ponty teve um papel importantíssimo ao recuperar a importância da percepção para a Filosofia. Suas teses de
doutorado – a complementar, A estrutura do comportamento, e a principal, Fenomenologia da percepção – são consagradas a
permutar, no modo como concebemos a consciência, o ego cogito (“eu penso”), tal como o compreendemos até então, pelo ego
percipio (“eu percebo”). Numa direção diversa daquela de Descartes, Merleau-Ponty não funda o modo de ser singular do homem
em sua capacidade de pensar, mas em sua percepção.
A partir das reflexões de Edmund Husserl, MerleauPonty alerta que não há uma consciência pura, tal como o defendia Descartes,
isto é, o homem não pode ser simplesmente uma “coisa pensante” (res cogitans). Ele é necessariamente uma consciência aberta
para o mundo. Sua consciência é sempre consciência de alguma coisa. E aquilo que possibilita a ele estar no mundo em consciência
é seu corpo. E aqui temos uma marca importantíssima.
Em diálogo com Husserl e com toda uma série de pensadores franceses – dentre eles Malecranche, Maine de Biran e Bergson
–, Merleau-Ponty evoca a noção de corpo-próprio. Podemos compreendê-la melhor por meio de uma distinção que faz a língua
alemã. Dentre as palavras usadas para se referir a “corpo”, destacam-se duas: Körper e Leib. Körper designa qualquer corpo posto
no espaço. Leib designa um corpo animado, um corpo vivo, o corpo próprio a um dado sujeito ou, se se preferir, a uma dada
subjetividade.
Mas por que desta distinção? Responder a esta pergunta nos auxilia a responder à questão que nos colocamos de início. Nosso
próprio corpo, ou, se se preferir, nosso corpo-próprio – como se traduz usualmente em português a palavra Leib – não é como
qualquer outro corpo posto no espaço. Ele é dotado de vida: vida única, singular e que nos constitui. Sem ele, não estaríamos
presentes no mundo, não o perceberíamos e não faríamos a sua experiência (a do corpo e a do mundo).
Nosso corpo não se desloca no espaço, ele realiza gestos. Uma cadeira não realiza gestos, um automóvel ou uma máquina
tampouco. Minha mão, seus olhos, os braços de um dançarino, o corpo de um ator se movimentam no espaço de uma maneira
totalmente diversa daquela de qualquer outro corpo. O corpo próprio percebe tudo aquilo que o envolve no ato em que se move,
percebendo a si próprio. Mais que isso, na e pela percepção ele cria, inventa e transforma o espaço que se abre para acolher seu
gesto.
Como diria Merleau-Ponty em sua tese principal, “O corpo-próprio está no mundo como o coração no organismo: ele mantém
continuamente com vida o espetáculo visível, ele o anima e o nutre interiormente, forma com ele um sistema”.
Regressemos ao espetáculo Ziggy. Nele, o figurino expunha partes dos corpos dos bailarinos sem qualquer excesso, sem qualquer
possibilidade de banalização. Lá havia seios à mostra: em alguns casos um; noutros, eram vistos parcialmente. Mas tudo sem
excesso. O figurino valorizava os movimentos de cada um dos corpos que se ofereciam ao espaço, que eram por ele acolhidos e
que, simultaneamente, o faziam se abrir a seus gestos. Na dança, por exemplo, é possível captar esta bela dimensão em que se
percebe a criação como o encontro entre o movimento e o espaço, e não somente como fruto do movimento de um sujeito num
espaço inerte. Não é possível um sem o outro.
Fechando o círculo constituído por esta reflexão, retomo, então, a questão: “É só mais um peito”? Não se tratava, ali, de “só um
peito”, mas de um seio único que não é simplesmente algo à parte, um conjunto de pontos localizáveis no espaço que o constituem
como um corpo isolado. Ele é necessariamente parte de um corpo inteiro que, por sua vez, põe a pessoa em contato com o mundo
e a faz, por esta situação, transformar o próprio mundo por seus gestos. Como o seio da dançarina, aquele dito “só mais um peito”
se movimenta com o corpo todo. Dizia Merleau-Ponty que as partes do corpo “se reportam umas às outras de uma maneira original:
não estão dispersas umas ao lado das outras, mas envolvidas umas nas outras”.
Ao tomar o seio, por exemplo, como “só mais um peito”, é desprezado o corpo inteiro da bailarina que se expressa no movimento,
compondo um gesto singular que cria a cena, que abre um horizonte de percepção. Ao banalizar o corpo-próprio, seu gesto – a
dança, o atuar, o canto, por exemplo – perde sentido. Os seios nus das combatentes do “Femens” deixariam de ter o mesmo impacto
e de, em sua densidade, constituir ato político. E assim será se banalizarmos qualquer parte de nosso corpo ou mesmo quaisquer
de seus gestos: punhos erguidos, palmas, vaias, o beijo.
Não se trata, aqui, de debater a ocasião em que a frase sugerida para discussão – “Mas é só um peito […]” – fora enunciada.
Tampouco de renegar as lutas políticas pelas quais passamos nas últimas décadas, de que somos devedores, que possibilitaram
liberações em dimensões diversas de nossa vida em sociedade, e de nos recolhermos na redoma conservadora que, nos anos
recentes, se ergue em torno de nós e nos sufoca tal qual clausura. É preciso defender o espaço
Trata-se apenas de um convite a pôr em questão a frase proferida, de modo a manter-nos despertos e atentos a cada gesto
realizado, não para perscrutar a própria consciência ou mesmo o inconsciente, como se ambos escondessem alguma verdade à
espera da decifração, mas para, por meio desta atenção sobre nós mesmos, vivermos intensamente cada gesto realizado pelo
próprio corpo, pelo corpo inteiro – pelo corpo-próprio –, em sua singular complexidade.conquistado.
Francisco Alessandro. Revista cult. Disponível em: <https://bit.ly/2LHLa1P>. Acesso em: 6 ago. 2018 (Adaptação).

05) Releia o trecho a seguir.


“[...] que fechasse um dos botões de sua camisa, pois um de seus seios poderia ficar exposto [...]”
A palavra destacada pode, de acordo com a norma-padrão, ser substituída por
a) porquê.
b) porque.
c) por quê.
d) por que.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 78
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Livros-refúgio: um convite a ser
Das poucas lembranças nítidas que tenho da minha infância, uma delas é a estante de livros daqui de casa, repleta
de lombadas coloridas que tentam se manter enfileiradas, até que um ou outro título rebelde se desgarra, jogado em
cima dos outros ou enfiado forçosamente entre um “tijolaço” e outro. Eu mal sabia ler e já me hipnotizava por essa
visão, como se pudesse ouvir o burburinho dos títulos, me chamando para conhecer suas histórias.
Essa recordação sempre aqueceu meu coração e me é definidora: eu sou uma pessoa de livros, sempre fui e serei,
pois vejo neles meu meio genuíno de me expressar para o mundo e conhecê-lo melhor: a escrita. Não vou mentir,
sempre achei essa coisa de “gostar de ler” um baita elogio e fonte de orgulho próprio, mas não somente pelos motivos
que vocês estão pensando – pagar de inteligente (porque né, quem nunca?!) –, mas por outros, muito mais especiais.
Porque, na boa, livros são e vão muito além de um símbolo socialmente construído de intelecto.
A primeira coisa que aprendi que livros podem ser é refúgio. Na adolescência, eu me envolvi muito com os livros do
Harry Potter: cresci com os personagens, frequentei as aulas de Hogwarts, vibrei com as partidas de quadribol (nível
“pulando na cama enquanto lê e comemora”). Através da Hermione Granger, eu construí minha identidade infanto-
juvenil, aprendi a entender melhor minha relação com meus melhores amigos e com meus nem tão amigos. Eu
realmente encarava a leitura da série como usar um par de óculos mágico que me permitisse enxergar melhor a minha
própria realidade adolescente e ficar mais em paz, menos confusa, mais confiante. Pegar nos livros, cheirar as páginas
me fazia sentir protegida, compreendida e no meu lugar.
Do livro-refúgio, logo em seguida descobri que o livro é casa. É aquele cantinho aconchegante que a sua mente pode
repousar e simplesmente ser do jeito que ela é, com todas as suas dúvidas, medos e receios, sem travas e filtros. E
por permitirem tamanho conforto, senti que os livros também são catarse: ler é concordar ou discordar agressivamente,
refletir, ponderar, se transformar, perceber que mudou de ideia, ficar insegura por ter mudado de ideia, mas se
acostumar com essa nova linha de raciocínio conforme a história “assenta” em você.
E nessa coisa de me revoltar em leituras silenciosas (ou barulhentas, já que eu sempre gostei de ler em voz alta), me
dei conta de que os livros também são o buraco na fechadura, onde bisbilhotamos, curiosas, o que passa no mundo
do autor, como ele enxerga a própria realidade, seja ela distante ou próxima a nossa. Mas eles também são espelhos,
inteiros ou rachados, depende de quem e quando os lê. Eles refletem e trazem à tona muito do que somos, do que
queremos ser e do que negamos ser, consciente ou inconscientemente.
Eu fui me apercebendo dessas coisas todas que os livros são em uma onda de autoconhecimento, sabe? E talvez o
que livros sejam, mais que tudo, é encontro. Seu consigo, teu com outros. E é por isso tudo que nós acabamos
cultivando relações íntimas com eles: algumas de nós os deixamos intocáveis, não queremos nem abri-los muito para
não perderem o viço de novos, porém, em um lampejo de mudança, decidimos usar e abusar daquelas páginas,
rabiscando, desenhando, destacando passagens, como se fossem recados ao nosso futuro eu, que daqui a alguns
anos, se reencontrará naquelas páginas.
Eu gosto mesmo é do livro que deixa claro para o mundo que é rodado, sabe? É o livro que mais encerra histórias,
não apenas aquela impressa em suas páginas, mas aquelas de seus leitores, acumuladas em pontinhas de páginas
dobradas, manchas de café, borrões de lágrimas. É o livro que ultrapassou seu mero propósito de entreter e convidou
o leitor a ser.
WALLITER, Carolina. Capitolina. Disponível em:<http://bit.ly/2ooawDh> . Acesso em: 21 fev. 2018 (Adaptação).

06) Releia o trecho a seguir.


“[...] sempre fui e serei, pois vejo neles meu meio genuíno de me expressar para o mundo [...]”
De que forma esse trecho pode, sem alterar o sentido original, ser reescrito?
a) Sempre fui e serei, por que vejo neles meu meio genuíno de me expressar para o mundo.
b) Sempre fui e serei, porquê vejo neles meu meio genuíno de me expressar para o mundo.
c) Sempre fui e serei, por quê vejo neles meu meio genuíno de me expressar para o mundo.
d) Sempre fui e serei, porque vejo neles meu meio genuíno de me expressar para o mundo.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 79


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Ao vencedor as batatas – uma reflexão sobre a lógica da guerra
A filosofia clássica já nos informava que “lógica” é o método empregado pelo Homem para separar as ideias válidas e
morais das ideias inválidas e imorais. Por conta disso, uma das grandes perguntas da humanidade é qual a lógica da
guerra. Considerando que o Homo sapiens construiu sua história através de guerras, é bem possível que ele consiga
enxergar a lógica.
E a lógica acaba sendo sempre explicada, o que não quer dizer que ela seja sempre entendida. Até porque a história
final é sempre contada pelos vencedores, e “ai dos vencidos…”. Esta guerra que estamos para presenciar (de casa,
confortáveis, comendo pipocas) deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la. Que bom se
pudéssemos entendê-la! Diz a superpotência, os Estados Unidos da América, que a lógica é a ameaça do poder de
destruição em massa do arsenal iraquiano, mas os peritos da ONU não encontram esse arsenal, então não é lógica,
é presunção.
Diz então a superpotência que o ditador é sanguinário e tortura criancinhas, mas que se ele se desarmar será deixado
em paz, então o interesse não está ligado às criancinhas iraquianas, portanto isso não é lógica, é hipocrisia. Diz então
a superpotência que o ditador apoia os terroristas fundamentalistas, porém nenhuma evidência de ligação com os
mesmos foi jamais encontrada, então isso não é lógica, é querer desviar atenção de um inimigo invisível, para um
visível, sendo, portanto, ilusionismo.
Parece então que a lógica desta guerra está sendo construída a partir de presunção, hipocrisia e ilusionismo, porém
sabemos que esses não podem ser aceitos como pressupostos da lógica. Portanto, sem os pré-requisitos da lógica,
não há lógica. Ou a lógica tem que ser explicada a partir de outros argumentos. Por qual motivo, então, não usar os
argumentos certos? Não se deveria começar de baixo, bem de baixo, mas tão de baixo que podemos chamar esse
lugar de subsolo? Afinal o subsolo pode sim oferecer um argumento lógico para uma guerra, como já fez outras vezes.
Isso não significa, é claro, que essa lógica seja aceita por todos, mas pelo menos é uma lógica com fundamentos.
Falando no subsolo e em suas riquezas, prefiro a ironia da lógica machadiana que, pelo menos, tem estilo:
“A guerra tem um caráter benéfico e conservador. Supõe tu um campo de batatas e duas tribos famintas. As batatas
apenas chegam para alimentar uma das tribos, que assim adquire forças para transpor a montanha e ir à outra vertente,
onde há batatas em abundância; mas, se as duas tribos dividirem em paz as batatas do campo, não chegam a nutrir-
se suficientemente e morrem de inanição.
A paz, nesse caso, é a destruição; a guerra é a conservação. Uma das tribos extermina a outra e recolhe os despojos.
Daí a alegria da vitória, os hinos, aclamações, recompensas públicas e todos os demais efeitos das ações bélicas. Se
a guerra não fosse isso, tais demonstrações não chegariam a dar-se, pelo motivo real que o homem só comemora e
ama o que lhe é aprazível ou vantajoso, e pelo motivo racional de que nenhuma pessoa canoniza uma ação que
virtualmente a destrói. Ao vencido o ódio ou a compaixão, ao vencedor, as batatas.” (Trecho do romance Quincas
Borba, de Machado de Assis, 1891).
MUSSAK, Eugenio. Eugenio Mussak. Disponível em: . Acesso em: 5 abr. 2018 (Adaptação).

07) Releia o trecho a seguir.


“[...] deve ter uma lógica, pois os protagonistas se esforçam em justificá-la.”
A reescrita desse trecho que está de acordo com a norma-padrão é:
a) Deve ter uma lógica, por que os protagonistas se esforçam em justificá-la.
b) Deve ter uma lógica, porque os protagonistas se esforçam em justificá-la.
c) Deve ter uma lógica, por quê os protagonistas se esforçam em justificá-la.
d) Deve ter uma lógica, porquê os protagonistas se esforçam em justificá-la.
08) Analise as orações a seguir.
I. Porque não se senta? Ainda vamos demorar um pouco.
II. Não quer se sentar, por quê?
III. Elisa não veio à aula porque está doente.
IV. Eles se separaram, mas não sei bem o por quê.
V. Expliquem por que estamos aqui.
VI. As cidades por que passamos estavam desertas.
De acordo com a norma padrão, estão CORRETAS as orações:
a) I, III e V, apenas.
b) II, IV e VI, apenas.
c) II, III, V e VI, apenas.
d) III, IV, V e VI, apenas.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 80


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
A importância da família estruturada
Um levantamento do Ministério Público de São Paulo traz um dado revelador: dois terços dos jovens infratores da
capital paulista fazem parte de famílias que não têm um pai dentro de casa. Além de não viverem com o pai, 42% não
têm contato algum com ele e 37% têm parentes com antecedentes criminais.
Ajudam a engrossar essas estatísticas os garotos Waldik Gabriel, de 11 anos, morto em Cidade Tiradentes, Zona
Leste de São Paulo, depois de fugir da Guarda Civil Metropolitana, e Italo, de 10 anos, envolvido em três ocorrências
de roubo só em 2016, morto pela Polícia Militar no início de junho, depois de furtar um carro na Zona Sul da cidade. O
pai de Waldik é caminhoneiro e não vivia com a mãe. O de Italo está preso por tráfico. A mãe já cumpriu pena por furto
e roubo.
É certo que um pai presente e próximo ao filho faz diferença. Mas, mais que a figura masculina propriamente dita, faz
falta uma família estruturada, independentemente da configuração, que dê atenção, carinho, apoio, noções de
continência e limite, elementos que protegem os jovens em fase de desenvolvimento.
A mãe e a avó, nessa família brasileira que cresce cada vez mais matriarcal, desdobram-se para tentar cumprir esses
requisitos e preencher as lacunas, mas são “atropeladas” pela rotina dura. Muitas vezes, não têm tempo, energia,
dinheiro e voz para lidar com esses garotos e garotas que crescem na rua, longe da escola, em bairros sem
equipamentos de esporte e cultura, próximos de amigos e parentes que podem estar envolvidos com o crime.
A criança precisa ter muita autoestima e persistência para buscar nesse horizonte nebuloso um projeto de vida. Sem
apoio emocional, sem uma escola que estimule seu potencial, sem ter o que fazer com seu tempo livre, sem enxergar
uma luz no fim do túnel, ela fica muito mais perto da droga, do tráfico, do delito, da violência e da gestação na
adolescência. É nessa mesma família, sem pai à vista, de baixa renda, longe da sala de aula, nas periferias, que
pipocam os quase 15% das jovens que são mães na adolescência, taxa alarmante que resiste a baixar nas regiões
mais carentes.
E o que acontece com essa menina que engravida porque enxerga na maternidade um papel social, uma forma de
justificar sua existência no mundo? Iludidas com a perspectiva de estabilizar um relacionamento (a família estruturada
que não têm?), elas ficam, usualmente, sozinhas, ainda mais distantes da escola e de seu projeto de vida. O pai da
criança some no mundo, e são elas que arcam com o ônus do filho, sobrecarregando um lar que já vivia no limite.
Segue-se um ciclo que parece não ter fim.
Sem políticas públicas que foquem nessa família mais vulnerável, no apoio emocional e social para esses jovens, em
uma escola mais atraente, em projetos de vida, em alternativas de lazer, a realidade diária na vida desses jovens
continuará a ser a gravidez na adolescência, a violência e a criminalidade.
BOUER, Jairo. A importância da família estruturada. 11 jul. 2016. Época. Disponível em: . Acesso em: 19 jul. 2016 (Adaptação)

09) Releia o trecho a seguir.


“E o que acontece com essa menina que engravida porque enxerga na maternidade um papel social, uma forma de
justificar sua existência no mundo?”
Assinale a alternativa incorreta em relação à palavra destacada, de acordo com a norma padrão.
a) Está grafada incorretamente, posto que se trata de uma sentença interrogativa.
b) Confere ao trecho uma ideia de causalidade.
c) Nesse contexto, pode ser substituída por “porquanto”.
d) Indica algo em razão de que uma determinada situação ocorre.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 81


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Obrigado por ligar. Sua ligação é muito importante para nós. Se desejar serviços de instalação, tecle 1. Para reagendamento de
visita, tecle 2. Para verificação de dados cadastrais, tecle 3. Para informações sobre plano de pagamento, tecle 4. Para falar com
um de nossos atendentes...
Não, você não conseguirá falar com um de nossos atendentes. Mas poderá ouvir, durante 25 minutos ou mais, sucessos como
“Moonlight Serenade” e o tema de “Golpe de Mestre”.
Também, quem mandou você não ter em mãos o número de seu cartão eletrônico, de sua matrícula no SAC (Serviço de
Atendimento ao Cliente), de seu cadastro na Comunidade NetLig?
Muitas coisas mudam de forma e de nome, mas no fundo permanecem iguais. A peregrinação que temos de fazer de tecla em tecla
é a mesma que, antigamente, nos levava a passar horas nas filas de uma repartição burocrática.
Cada tecla, afinal de contas, não passa de um guichê, e o cartão que devemos ter por perto ou a senha que se impõe saber de cor
equivale ao papel, à guia, ao documento que nos exigem e que nunca está a contento do funcionário.
É a burocracia sem papel, a burocracia dos impulsos eletrônicos. Claro, há vantagens: não é preciso sair de casa e, enquanto você
espera atendimento, com o telefone encaixado entre o ombro e a bochecha, sempre poderá fazer alguma outra coisa. Sugestões:
pôr os papéis em ordem na gaveta (você poderá encontrar o cartão de crédito cujo desaparecimento tentava comunicar); teclar
alguma outra senha de acesso no computador, se tiver internet banda larga (se não tem, disque para nós hoje mesmo); alongar os
músculos do pescoço e da nuca; ou entregar-se a outras atividades corporais cujo nome não seria conveniente declinar aqui.
De todo modo, a burocracia eletrônica segue os princípios da antiga. Quanto mais a instituição ou a empresa economizam, mais o
usuário perde tempo. No hospital público ou na assistência técnica da máquina de lavar, sempre vigora a lei da seleção natural:
eliminam-se os fracos, para que só os mais fortes, ou os mais desesperados, cheguem até o fim do processo.
Claro que, quanto mais procurado o serviço, maior a fila. Se notamos tanta burocracia nas instituições públicas, é porque seu acesso
é universal. Em inúmeras entidades privadas vemos a burocracia aumentar, justamente porque passaram a ser procuradas pelo
grosso da população. Os planos de saúde particulares constituem o maior exemplo disso, mas bancos e cartões de crédito, cujo
universo de clientes se ampliou muito, não ficam atrás.
Experimento reações contraditórias quando vou a um caixa eletrônico. Em comparação com a fila tradicional, sem dúvida ganho
tempo. Mas sinto que estou também “trabalhando” para o banco. Passo a senha, digito, confirmo, conto o dinheiro: eis que sou um
novo funcionário do caixa, trabalhando de graça, enquanto algum bancário foi despedido em troca.
Tudo bem. Gasto menos tempo no banco. Mas diminuiu também a minha impressão de perder tempo. Todo trabalho, por mais
mecânico que seja, faz o tempo passar mais depressa do que a pura espera. Fala-se de democracia participativa, mas a “burocracia
participativa” também deveria merecer os seus filósofos.
À medida que um serviço se generaliza, crescem as possibilidades de fraude. Quando uma empresa, pública ou privada, passa do
âmbito de uma distinta clientela para o universo multitudinário e turvo da humanidade em seu conjunto, torna-se inevitável multiplicar
as precauções contra os indivíduos de má-fé; isso significa mais burocracia.
O que é um antivírus, um firewall ou um anti-spam, a não ser a burocratização do nosso computador? Eu costumava usar um
antivírus que tinha rigores de fiscal de alfândega, parecia usar carimbos de Polícia Federal em dia de operação-tartaruga toda vez
que se punha a examinar a mensagem que entrava e a mensagem que saía do meu Outlook.
Acontece que o computador, como tudo o que tem telinha (um caça-níqueis, uma TV, um videogame, um caixa eletrônico) sempre
oferece ao usuário algo de lúdico, de viciante, de hipnótico.
Já a burocracia telefônica (volto a ela) é muito pior. Seu maior pecado, a meu ver, está na confusão que estabelece entre as
categorias de tempo e de espaço. Entre num desses sistemas de “tecle 5 se deseja isto, tecle 6 se deseja aquilo...” e tente corrigir
uma decisão errada.
Os sistemas mais extensos e irritantes usam a famigerada tecla 9 -”para mais opções”-, abrindo-se em alternativas que, para serem
conhecidas integralmente, exigiriam a vida inteira. Tudo ficaria mais fácil, se o sistema fosse visualizado no espaço, num esquema
em árvore, num organograma, num menu de website -ou mesmo num mapa de repartição, com suas ramificações em corredores,
departamentos e guichês. No máximo, ficaremos andando de um lado para outro.
O problema do “tecle isto, tecle aquilo” é que ele se desenvolve no tempo, não no espaço. Somos forçados a prosseguir em
alternativas que será sempre mais custoso reverter; avançamos em decisões tomadas no escuro, como se navegássemos num
fluxo betuminoso, por rios e córregos cada vez mais estreitos, cada vez mais espessos, carregados de todas as opções já feitas,
de todo o tempo acumulado e perdido naquela ligação, sem muita esperança de que, na extrema ponta do percurso, uma voz
humana venha afinal falar conosco.
É assim que o sistema de ramais automáticos guarda incômoda semelhança com nossa própria vida adulta; tem algo de anacrônico,
de auditivo, de analógico. Já as telas da internet, organizadas espacialmente, com seus cliques de mouse, seus compartimentos
de todas as cores, seus guichês planificados e seus pop-ups imprevistos e festivos, são um modelo bem alegre em que mirar.
Desde que a conexão não caia de repente.
COELHO, Marcelo. Disponível em:< http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1703200416.htm>.Acesso em: 12 abr. 2015. (Adaptado)

10) No trecho “Em inúmeras entidades privadas vemos a burocracia aumentar, justamente porque passaram a ser
procuradas pelo grosso da população.”, a palavra porque explicita uma
a) adversidade.
b) condição.
c) explicação.
d) finalidade.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 82


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Conpozissão imfãtil
O mundo é dividido em nações, que é o nome que tem os países como o Brasil, o Japão, etc., mas não Rio de Janeiro,
Cuiabá, Pernambuco, que isso não é nação, é cidade. Quase nunca a gente percebe que o mundo é dividido em
nações porque aqui no Brasil só tem brasileiro e a gente fica pensando que o mundo é como o Brasil, mas em copas
do mundo a gente percebe. Cada nação insiste em falar uma língua diferente. Não sei por que todo mundo não fala
português, que é tão fácil que até criança pequena fala, sem precisar estudar, como precisa com todas as outras
línguas. Na Suíça e na Bélgica eles falam muitas línguas, além do suíço e do bélgico. Na hora do hino, cada jogador
canta numa língua e fica parecendo com a hora do recreio, quando todo mundo grita e ninguém entende, mas eles
estão acostumados. Também no jogo cada um fala com o outro numa língua, e isso é uma maneira de confundir o
outro time, que não sabe o que eles estão combinando.
Cada nação tem uma camisa diferente, para a gente saber de que nação a pessoa é, e isso não só os jogadores mas
também as pessoas que vão assistir e até as pessoas nas ruas, no ônibus, no avião ou no metrô. A melhor é a de um
país chamado Croácia, onde vivem os croatas, que são pessoas que gostam muito de jogar xadrez, por isso a camisa
deles é como um tabuleiro de xadrez, como os quadradinhos branco e vermelho. Quando o jogo está chato, os
jogadores param de jogar futebol, tiram a camisa, estendem ela no chão e jogam xadrez. O público de lá gosta muito
mais, e canta e torce muito mais. A camisa da França é azul e os jogadores são chamados de “azuis”, mas na verdade
só a camisa é azul, eles são brancos ou pretos, como todo mundo.
As nações têm bandeiras e hinos. Acho a bandeira do Brasil a mais bonita de todas, fora algumas, e muito bem feita
para o futebol: tem o verde dos gramados, o amarelo da taça que o campeão vai ganhar e a bola. No meio tem uma
faixa que quando o Brasil é campeão fica escrito campeão”, e quando não é fca escrito uma bobagem qualquer. Nunca
vi tanta bandeira como agora. Algumas são sem graça, como as que têm só duas cores e uma cruz no meio. Outras
são interessantes, principalmente para nós, meninas, como as que têm estrelinhas e outros desenhos. A da Costa
Rica tem naviozinhos de um lado e do outro de uma terra com vulcões. Mostra como o país é fninho e como é difícil
viver nele, todo mundo muito apertado, quase sem poder respirar, e ainda com medo de vulcão. A mais engraçada é
a da Argentina, que tem um solzinho com olho, nariz e boca. É uma bandeira amiga das crianças. Meu pai não gosta
que eu torça para a Argentina, mas eu torço, por causa do solzinho, e não falo para ele.
Antes do jogo tem os hinos e a televisão vai traduzindo o que eles estão cantando. Aí eu tenho medo. O da França diz
para os filhos da pátria formarem batalhões e atacarem os inimigos. Deve ser terrível viver na França. Lá tem inimigos
que querem estrangular as crianças, diz o hino deles. Os franceses cantam essas coisas como se não fosse nada
demais, mas eu nunca vou querer ir lá na França. Esses países são muito inseguros. Nos Estados Unidos o hino
explica que tem foguetes e bombas voando. Como os jogadores podem ser bonzinhos depois de cantar essas coisas?
Teve um que mordeu um outro. Acho que foi pouco, coisas muito piores podiam acontecer. Podia acontecer de
morrerem, por exemplo.Tem muito hino que fala de morrer. O da Itália pede que todos estejam prontos para morrer,
porque a Itália chamou. Como é que pode chamar os outros para morrer? O do Uruguai pede para escolher a pátria
ou o túmulo. O nosso do Brasil, que eu prefro, entre outros, porque não dá para entender as palavras, e por isso não
ameaça ninguém, mesmo assim tem um pedaço que diz que a gente não teme a própria morte. A Fifa não devia deixar
eles cantarem essas coisas. É um risco no fim do jogo o campo ficar cheio de mortos. Faz bem o jogador da França
que não canta o hino deles, ainda mais um hino daqueles. Os nossos cantaram sempre, todos, e choraram muito. Não
sei porque. Quem chorou mais, eu acho, foi o Thiago Silva. Aqui em casa até meu pai chorou. Eu não choro. Tenho
mais o que fazer.
Toledo, R.P., Veja, 09/07/2014 (texto adaptado)

11) Assinale a alternativa em que o termo destacado está grafado incorretamente, segundo a norma culta.
a) “Não sei por que todo mundo não fala português [...]”.
b) “O da Itália pede que todos estejam prontos para morrer, porque a Itália chamou.”
c) “O nosso do Brasil, que eu prefro, entre outros, porque não dá para entender as palavras [...]”.
d) “Os nossos cantaram sempre, todos, e choraram muito. Não sei porque.”
12) Assinale a alternativa em que a lacuna deve ser preenchida com o pronome interrogativo grafado como por que.
a) As pessoas não fazem coleta seletiva _____ não sabem a importância disso?
b) Queria saber ______ vemos o lixo colocado nos passeios fora dos dias de coleta.
c) Não sei bem ______, mas muitas pessoas não atenderam ao pedido do diretor.
d) O fato de o país ser rota de petroleiros explica o ______ do desaparecimento dos recifes de corais.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
C C B A B D B C A C D B

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 83


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE

Os discursos são formas textuais usadas para reproduzir falas e pensamentos de interlocutores durante um processo
de comunicação.

1. Discurso direto: O próprio enunciador fala em 1ª pessoa.


O juiz perguntou: – Algo a declarar?
– Comecei a treinar ontem.
– Viajaremos amanhã.

2. Discurso indireto: A fala do enunciador é reproduzida por outra pessoa que se refere a ele na 3ª pessoa
discursiva.
O juiz perguntou se havia algo a declarar.
Marina disse que começara a treinar no dia anterior.
Marcos disse que viajariam no dia seguinte.

3. Discurso indireto livre: Trata-se de um discurso dinâmico em que as falas das personagens (na 1.ª pessoa)
encontram-se inseridas dentro do discurso do narrador (na 3.ª pessoa).
Vejam:
“Emília ficou boquiaberta com a proposta do novo vizinho. Quem é que ele pensa que é para chegar e começar
logo tentando mudar diversas coisas no prédio? O síndico disse ao vizinho que a proposta teria de ser votada em
reunião. Ele que nem pense que eu vou concordar com ele.”
“A esposa nervosa com as mãos na cintura e os pés batendo no chão aguardava-o em casa. Por que chegou tarde?
Apressou-se em respondê-la, disfarçando o hálito alcoólico, dizendo que estivera em reunião com diretoria. Contudo,
ela, percebendo sua intenção, replicou-lhe ironicamente se houvera sido uma reunião regada a álcool”.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 84


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

PONTUAÇÃO

A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares indissociáveis: sujeito + verbo + complemento (ou
predicativos) + (adjuntos adverbiais). A primeira regra de ouro do uso da vírgula é: não se separam esses
elementos com vírgula.
Exemplos:
O professor devolveu as provas corrigidas hoje cedo.
Arnaldo é competente demais.
1. Vírgulas (,)
Usam-se as vírgulas para:
a) Separar itens em uma enumeração:
A terra, o mar, o céu, tudo foi criado por Deus.
Compramos peras, bananas, maçãs e algumas verduras.

b) Para separar apostos e vocativos:


Berlim, capital da Alemanha, guarda tristes marcas.
Venha, Marcos, estamos a sua espera.

c) Para separar predicativos deslocados


Lentos e tristes, os retirantes iam passando.

d) Para separar orações intercaladas


A História, conforme sugere Cícero, é a mesma da vida.

e) Para separar expressões explicativas ou retificativas (isto é, ou melhor, aliás, ou seja...)


O amor, isto é, o mais forte e sublime dos sentimentos tem seu princípio em Deus.
Ele é muito estranho, ou seja, é diferente do habitual.

f) Para separar adjuntos adverbiais deslocados


No hospital, a infecção contaminou 6 pessoas.
A infecção, no hospital, contaminou 6 pessoas.
Por enquanto, o homem está perdendo a guerra contra a máquina.
O homem, por enquanto, está perdendo a guerra contra a máquina.

g) Para separar orações explicativas:


Eu e você, por sermos amigos, não devemos brigar.

h) Para indicar a elipse de um termo:


Uns diziam que ele se matou, outros, que fora para o Acre,

I) Antes dos conectivos: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia, pois, logo...
Faça suas escolhas, todavia seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 85


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

2. Ponto e vírgula (;)


Indica pausa maior que a vírgula e menor que o ponto final. Sua função é atribuir clareza a uma frase e organizar as
ideias apresentadas.
Queríamos voltar mais cedo; precisamos, entretanto passar a noite lá.
Gosto de ler; minha irmã, de assistir a séries; nossa prima, de passeios ao ar livre.

3. Dois pontos (:)


a) Inicia a fala dos personagens em uma história:
O comandante disse: – Olha, menino, veja a Bahia.

b) Antes de uma citação


Conforme Guimarães Rosa: “A colheita é comum, mas o capinar é sozinho”

c) Antes de apostos enumerativos


Tudo ameaça as plantações: vento, enchentes, geadas, insetos...

4. Ponto final (.)


Emprega-se, principalmente, para fechar um período:
O Velho Chico já foi um rio soberbo.

5. Ponto de Interrogação (?)


Usa-se no fim de uma palavra, oração ou frase para indicar pergunta direta.
Aonde? Perguntou Dona Plácida.
Qual é o problema?
OBSERVAÇÃO: Não se usa interrogação nas perguntas indiretas. “Perguntei qual era o problema.”

6. Ponto de Exclamação (!)


Usa-se após as interjeições e frases exclamativas, exprimindo surpresa, espanto, indignação, piedade, ordem,
súplica...
Céus! Quanta injustiça neste país!
Um automóvel! Depressa! Depressa!
Nuuuuuuuu! (Em linguagem coloquial)

7. Reticências (...)
Usamos principalmente para:
a) Indicar suspensão, hesitação ou interrupção do pensamento.
Porque... não sei por quê...
Se é amigo dele... peço-lhe que lhe dê atenção.
Você não me contou que era teu pai que...

b) Para indicar alguma continuidade.


E o barulho daquele pingo d’água continua...
E a vida passa...

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 86


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

7. Parênteses ( )
Podem ser usados para introduzir toda espécie de informação considerada acessória no texto (comentários, significado
de siglas, de palavras ou de expressões, possibilidades de leitura, exemplificações, referências bibliográficas, datas
de nascimento e morte ...)
GLÓRIA (erguendo a cabeça) – Juro que...
TERESA (retificando) – Juro por Deus...

a) Significado de siglas:
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes.

b) Significados de palavras ou de expressões:


Pode-se fazer um adendo (observação, curiosidade ou ideia acessória sobre algo).

c) Possibilidades de leitura:
Qualquer aluno(a) poderá se candidatar ao grêmio estudantil.

8. Travessão ( – )
a) Indicar introdução de uma fala em um diálogo, ou demonstrar mudança de interlocutor.
– Você mora por aqui? Perguntei.
– Moro, sim, respondeu o menino.

b) Para separar expressões que se queira destacar ou frases explicativas intercaladas


Um bom ensino básico – reforça-se mais uma vez – exige valorização do professor.
Veja:
O Brasil – o maior produtor e exportador de carnes do mundo – acaba de lidar com um escândalo sem precedentes
envolvendo as maiores empresas de frigorífico do mundo. Além de casos de corrupção, houve denúncias de violação
de normas sanitárias e de uso de matéria-prima inapropriada para produção de embutidos.

10. Aspas (“ ”)
a) Para apresentar uma citação.
“A bomba não tem endereço certo” – Cecília Meireles

b) Títulos de livros, revistas...


A notícia foi dada pelo “Jornal do Brasil”.

c) Para ironizar termos


Miguel, o homem de “grande coração” resolveu ajudar.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 87


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01

01) Leia o trecho a seguir: “Com 1600km de extensão, além de sua importância como eixo principal do ciclo do ouro,
a Estrada Real exerceu papel fundamental no desenvolvimento político, cultural e socioeconômico do Brasil.”
A partir da leitura do trecho, é CORRETO afirmar que:
a) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para isolar um aposto.
b) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para isolar um vocativo.
c) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para isolar um adjunto adverbial.
d) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para indicar enumeração de itens.
TEXTO 1
ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E
SOCIAIS
Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto
risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas
Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a
enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3
milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos
os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos
68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em
46 para cada mil meninas dessa faixa etária.
Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta
reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão
transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método
contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir.
“A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que
existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista
do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento
mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma
vez, então não vai acontecer nada”.
A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São
Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A
médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar
do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de
atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após
o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas
não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.”
No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais
que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim
praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender
uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na
prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz.
Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos
contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de
tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas
unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 88


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
ADOLESCENTES GRÁVIDAS SOFREM COM FALTA DE ESTRUTURA
Ser mãe adolescente, sem nenhum tipo de planejamento nem apoio familiar, ocasiona diversos problemas na vida da
gestante e perpetua um ciclo de pobreza e exclusão social difícil de ser quebrado. Adolescentes pobres têm cinco
vezes mais risco de engravidar que as mais ricas. Com filhos, dificilmente elas conseguirão conciliar os estudos, entrar
no mercado de trabalho e ter independência financeira.
Muitas atrasam o pré-natal (momento extremamente importante para garantir a integridade física do bebê) porque não
se sentem preparadas para contar para a família que estão grávidas. Dessa maneira, a janela para identificar e resolver
algum problema de saúde potencialmente grave, como sífilis, fica limitada, o que aumenta ainda mais o risco de
instabilidade dali em diante. Ao mesmo tempo, elas ainda são muito jovens, então elas demonstram preocupações
quase infantis. “Elas chegam assustadas e com algumas dúvidas que não condizem com a situação. Perguntam ‘mas
como esse bebê vai sair daqui?’”, afirma Beatriz Barbosa.
Tanto o Hospital Cachoeirinha, em São Paulo, como o Hospital da Mulher, em Campinas, promovem atendimento
especializado multidisciplinar para dar suporte a essas gestantes. As áreas de nutrição (a maioria chega abaixo do
peso e desnutrida), de assistência social e de psicologia são as mais acionadas. Apesar de cada uma abordar uma
vertente, todas procuram identificar se a garota não foi vítima de violência sexual. “Estabelecemos um acolhimento
para entender, primeiramente, a dinâmica familiar em que a jovem está inserida. Depois disso, tentamos inseri-la em
políticas públicas como bolsa família, cesta básica emergencial, cursos para gestante etc.”, explica Dalva Rossi,
assistente social do Hospital da Mulher de Campinas.
GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E POUCO DIÁLOGO EM CASA
Nem todos os adolescentes que têm filhos muito cedo apresentam histórico de desestruturação familiar, mas é muito
comum serem prole de gerações que também tiveram filhos antes dos 20 anos. A falta de conversa sobre sexo em
casa também costuma ser tradição nessas famílias.
Eles não conversam sobre o assunto em casa e, provavelmente, nem na escola. Na verdade, o ensino sobre os temas
sexualidade e prevenção da gravidez sofreu grande retrocesso no país em meados de 2011, quando se instaurou uma
polêmica envolvendo o material educativo Escola sem Homofobia (que ficou tachado de “kit gay”). Na época, todo o
suporte didático que era distribuído desde 2003 para crianças a partir dos 12 anos foi recolhido sob a justificativa de
que “incentivavam o homossexualismo (sic) e a promiscuidade”. “Falta espaço para discutir sexualidade porque ainda
a encaramos como tabu. Os pais acham que se falarem com os filhos sobre o assunto vão estimular a relação sexual
precoce, o que é um mito”, afirma Rossi.
RISCOS DE UMA GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
Além do aspecto social, a gravidez na adolescência está associada a uma série de riscos à saúde da mulher e do
bebê. Elevação da pressão arterial (eclâmpsia e pré-eclâmpsia) com risco de crises convulsivas são alguns dos
problemas que podem acometer a grávida muito jovem com maior frequência que em outras faixas etárias.
Entre os agravos mais comuns no bebê, estão a prematuridade e o baixo peso ao nascer. “O índice de mortalidade
entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil decorrem do óbito
precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos”, destaca a dra. Evelyn Eisenstein, membro do
Departamento Científico de Adolescência da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Qualquer pessoa consegue imaginar a desorganização que ter filhos de forma não planejada pode provocar na vida.
No caso específico de mulheres jovens, cada uma dessas condições é um agravante com alto impacto no futuro de
famílias que provavelmente já se encontram em situação vulnerável. Como acontece na maioria das vezes quando
tratamos questões envolvendo pessoas socialmente mais vulneráveis, o mais eficaz é concentrar os esforços em
políticas públicas na prevenção.
Sobre o autor: Juliana Conte é jornalista, repórter do Portal Dráuzio Varella desde 2012. Interessa-se por questões
relacionadas a manejo de dores, atividade física e alimentação saudável.
Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/reportagens/adolescentes-que-engravidam-sofrem-maior-risco-de-problemas-fisicos-psicologicos-
e-sociais/ Acesso em: 21 de maio 2019.

02) A justificativa para o uso de aspas nos trechos a seguir é a mesma, EXCETO em:
a) Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a
gravidez vá de fato acontecer com eles.
b) A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”.
c) “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde.” [...].
d) “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil
decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos.” [...].

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 89


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
TEXTO 2
Cem anos de perdão
Quem nunca roubou não vai me entender. E quem nunca roubou rosas, então é que jamais poderá me entender. Eu,
em pequena, roubava rosas.
Havia em Recife inúmeras ruas, as ruas dos ricos, ladeadas por palacetes que ficavam no centro de grandes jardins.
Eu e uma amiguinha brincávamos muito de decidir a quem pertenciam os palacetes. “Aquele branco é meu.” “Não, eu
já disse que os brancos são meus.” “Mas esse não é totalmente branco, tem janelas verdes.” Parávamos às vezes
longo tempo, a cara imprensada nas grades, olhando.
Começou assim. Numa das brincadeiras de “essa casa é minha”, paramos diante de uma que parecia um pequeno
castelo. No fundo via-se o imenso pomar. E, à frente, em canteiros bem ajardinados, estavam plantadas as flores.
Bem, mas isolada no seu canteiro estava uma rosa apenas entreaberta cor-de-rosa-vivo. Fiquei feito boba, olhando
com admiração aquela rosa altaneira que nem mulher feita ainda não era. E então aconteceu: do fundo de meu
coração, eu queria aquela rosa para mim. Eu queria, ah como eu queria. E não havia jeito de obtê-la. Se o jardineiro
estivesse por ali, pediria a rosa, mesmo sabendo que ele nos expulsaria como se expulsam moleques. Não havia
jardineiro à vista, ninguém. E as janelas, por causa do sol, estavam de venezianas fechadas. Era uma rua onde não
passavam bondes e raro era o carro que aparecia. No meio do meu silêncio e do silêncio da rosa, havia o meu desejo
de possuí-la como coisa só minha. Eu queria poder pegar nela. Queria cheirá-la até sentir a vista escura de tanta
tonteira de perfume.
Então não pude mais. O plano se formou em mim instantaneamente, cheio de paixão. Mas, como boa realizadora que
eu era, raciocinei friamente com minha amiguinha, explicando-lhe qual seria o seu papel: vigiar as janelas da casa ou
a aproximação ainda possível do jardineiro, vigiar os transeuntes raros na rua. Enquanto isso, entreabri lentamente o
portão de grades um pouco enferrujadas, contando já com o leve rangido. Entreabri somente o bastante para que meu
esguio corpo de menina pudesse passar. E, pé ante pé, mas veloz, andava pelos pedregulhos que rodeavam os
canteiros. Até chegar à rosa foi um século de coração batendo.
Eis-me afinal diante dela. Paro um instante, perigosamente, porque de perto ela ainda é mais linda. Finalmente começo
a lhe quebrar o talo, arranhando-me com os espinhos, e chupando o sangue dos dedos.
E, de repente – ei-la toda na minha mão. A corrida de volta ao portão tinha também de ser sem barulho. Pelo portão
que deixara entreaberto, passei segurando a rosa. E então nós duas pálidas, eu e a rosa, corremos literalmente para
longe da casa.
O que é que fazia eu com a rosa? Fazia isso: ela era minha.
Levei-a para casa, coloquei-a num copo d’água, onde ficou soberana, de pétalas grossas e aveludadas, com vários
entretons de rosa-chá. No centro dela a cor se concentrava mais e seu coração quase parecia vermelho.
Foi tão bom.
Foi tão bom que simplesmente passei a roubar rosas. O processo era sempre o mesmo: a menina vigiando, eu
entrando, eu quebrando o talo e fugindo com a rosa na mão. Sempre com o coração batendo e sempre com aquela
glória que ninguém me tirava.
Também roubava pitangas. Havia uma igreja presbiteriana perto de casa, rodeada por uma sebe verde, alta e tão
densa que impossibilitava a visão da igreja. Nunca cheguei a vê-la, além de uma ponta de telhado. A sebe era de
pitangueira. Mas pitangas são frutas que se escondem: eu não via nenhuma. Então, olhando antes para os lados para
ver se ninguém vinha, eu metia a mão por entre as grades, mergulhava-a dentro da sebe e começava a apalpar até
meus dedos sentirem o úmido da frutinha. Muitas vezes na minha pressa, eu esmagava uma pitanga madura demais
com os dedos que ficavam como ensanguentados. Colhia várias que ia comendo ali mesmo, umas até verdes demais,
que eu jogava fora.
Nunca ninguém soube. Não me arrependo: ladrão de rosas e de pitangas tem 100 anos de perdão. As pitangas, por
exemplo, são elas mesmas que pedem para ser colhidas, em vez de amadurecer e morrer no galho, virgens.
LISPECTOR, Clarice. Todos os contos. Rio de Janeiro: Rocco, 2016. p. 408-410.
“Aquele branco é meu.” “Não, eu já disse que os brancos são meus.” “Mas esse não é totalmente branco, tem janelas
verdes.”
03) Nesse fragmento, as ASPAS foram empregadas para:
a) Acentuar o valor significativo das frases.
b) Distinguir citações do restante de seu contexto.
c) Realçar ironicamente os valores semânticos das orações.
d) Sinalizar as mudanças de interlocutor no diálogo das personagens.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 90


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
TEXTO 3

04) Acerca da pontuação, é CORRETO afirmar que os dois pontos (:) utilizados na linha 3 do Texto foram empregados
pelo autor para:
a) Isolar a oração subordinada adjetiva explicativa.
b) Isolar termos conhecidos como estrangeirismos.
c) Dar um esclarecimento, uma síntese ou uma consequência do que foi enunciado.
d) Isolar um elemento de valor meramente explicativo.
TEXTO 4
Liberdade de imprensa X proteção à imagem
Por Bernardo Annes Dias, advogado, em 23/10/2017 na edição 963

[P1] Uma questão que há muito é objeto de acalorado debate, em especial quando estamos perante regimes
democráticos tal como vivemos na atualidade, é o eterno embate entre a liberdade de imprensa em contraponto aos
direitos humanos e fundamentais, tais como o direito à privacidade e o direito à imagem.
[P2] Trata-se de questão ligada ao direito constitucional, uma vez que a nossa constituição apresenta, no seu art. 5º,
como direitos fundamentais de um lado o direito à imagem e de outro à liberdade de informação.
[P3] Essa celeuma acirrou-se, ainda mais, após a decisão proferida pelo STF, na ADPF n.º 130, no sentido da não
recepção pela ordem jurídica constitucional da Lei n.º 5.250/67 (Lei de imprensa). Isso porque os vetores e limites que
devem pautar a atuação da imprensa ficaram sem uma legislação específica para regulamentá-la, de forma minuciosa.
[P4] Assim, com essa lacuna legislativa, a solução para esse choque de direitos fundamentais passou para as mãos,
em especial, da jurisprudência e da doutrina. Logo, na atualidade, os Tribunais têm uma função de destaque na fixação
de balizas acerca desse tema.
[P5] Outro fator propulsor do número de conflitos envolvendo esses direitos constitucionalmente reconhecidos é a
“difusão descontrolada da informação”, em especial por meio da internet e suas redes sociais.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 91


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
[P6] Na atualidade, a propagação de uma notícia é algo instantâneo, ou seja, em questão de segundos um fato já se
torna de domínio público. Essa celeridade na divulgação da notícia, no entanto, contém pontos positivos e negativos.
[P7] Um aspecto nocivo vem sendo vivenciado por todos nós, que é a proliferação das chamadas “fake news”, ou seja,
notícias falsas. Nesses casos, no afã de dar a notícia em primeiro lugar, isto é, obter “um furo de reportagem”, alguns
veículos de comunicação não apuram, minimamente, a veracidade do fato, levando ao público uma notícia em
dissonância com a realidade. O problema é de tal monta que alguns veículos já contam hoje com departamentos de
checagem para evitar a reprodução de notícias falsas.
[P8] Mas lidar com este problema da chamada sociedade informacional é um desafio ainda maior. Quando se descobre
que a “fake news” foi produzida propositalmente e muitas vezes profissionalmente para “plantar” e “viralizar” uma
mentira, com a intenção de manipular a opinião pública e favorecer defensores de determinado ponto de vista em
detrimento de seus opositores, a constituição prevê, que comprovada a má-fé da informação inverídica, pode-se pedir
uma tutela jurisdicional para a retirada da mesma da internet ou mídia que a tenha divulgado.
[P9] Abusos na difusão de imagens e fatos reais também podem ter efeitos catastróficos à vida e à imagem das
pessoas ou empresas envolvidas na notícia. Muitos, inclusive, chamam a imprensa de o “quarto poder do Estado”,
tendo em vista sua capacidade de alterar o rumo da História e alavancar ou destruir a imagem de alguém.
[P10] O que se apresenta incontestável é a importância da imprensa em uma sociedade democrática, pois somente
com o acesso à informação a população terá conhecimento dos fatos relevantes para seu país e para o mundo, além
de aprimorar o seu juízo crítico, permitindo-lhe ter opiniões sobre os mais variados assuntos. Um jornalismo sério e
investigativo é fundamental para garantir a transparência, em especial do trato da coisa pública.
[P11] Por outro lado, deve ficar claro que a liberdade de imprensa é uma realidade no Brasil, mas esta “não pode ser
confundida com irresponsabilidade de afirmação”. Essa afirmação pode ser uma “fake news”, com repercussão em
grande escala, ou se restringir a um abuso do limite entre o que é público e o que é privado.
[P12] Quanto ao direito à tutela da imagem e da honra, ele deve ser visto como uma barreira protetiva à banalização
da exposição da intimidade dos indivíduos, tal como ocorre diariamente, quando pessoas “públicas” não conseguem,
sequer, caminhar na rua, com suas famílias, sem serem abordadas por fotógrafos. Deve haver um mínimo de proteção
à intimidade dessas pessoas!
Disponível em: <http://observatoriodaimprensa.com.br/impasses-na-imprensa/liberdade-de-imprensa-x-protecao-imagem/>. Acesso: 10 fev. 2018
(Adaptado)
05) O uso da vírgula, nos trechos em destaque, está adequadamente justificado, EXCETO em:
a) Trata-se de questão ligada ao direito constitucional, uma vez que a nossa constituição apresenta, no seu art. 5º,
como direitos fundamentais de um lado o direito à imagem e de outro à liberdade de informação. [P2] - ISOLAR
APOSTO.
b) Logo, na atualidade, os Tribunais têm uma função de destaque na fixação de balizas acerca desse tema. [P4] -
ISOLAR ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO.
c) Um aspecto nocivo vem sendo vivenciado por todos nós, que é a proliferação das chamadas fake news, ou seja,
notícias falsas. [P7] - ISOLAR EXPRESSÃO EXPLICATIVA.
d) Nesses casos, no afã de dar a notícia em primeiro lugar, isto é, obter “um furo de reportagem”, alguns veículos de
comunicação não apuram, minimamente, a veracidade do fato, levando ao público uma notícia em dissonância com
a realidade. [P7] - ISOLAR ADJUNTO ADVERBIAL DE MODO.
06) Quando se descobre que a “fake news” foi produzida propositalmente e muitas vezes profissionalmente para
“plantar” e “viralizar” uma mentira, com a intenção de manipular a opinião pública e favorecer defensores de
determinado ponto de vista em detrimento de seus opositores, a constituição prevê, que comprovada a máfé da
informação inverídica, pode-se pedir uma tutela jurisdicional para a retirada da mesma da internet ou mídia que a tenha
divulgado. [P8].
I. As aspas em “fake news” foram utilizadas por se tratar de expressão em língua estrangeira.
II. As aspas em “plantar” indicam uso de sentido conotativo da palavra.
III. As aspas em “viralizar” indicam o uso de um estrangeirismo.
O uso das aspas está CORRETO nas afirmativas.
a) I e II apenas.
b) I e III apenas.
c) II e III apenas.
d) I, II e III.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 92


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
TEXTO 5 - Apropriação cultural é um problema do sistema, não de indivíduos
É necessário se discutir essa questão com seriedade, porém, sem intransigências e desonestidade
Publicado em 05/04/2016 por DJAMILA RIBEIRO
Ultimamente tem se falado muito sobre apropriação cultural nas redes sociais. Textos e mais textos sobre o tema,
discussões, muitas vezes infrutíferas, e esvaziamento de conceitos. Sim, acredito que é necessário se discutir essa
questão com seriedade, porém, sem intransigências e desonestidade. Há colunistas, por exemplo, escrevendo que
apropriação cultural não existe, e, por outro lado, pessoas colocando a responsabilidade nos indivíduos, ignorando as
questões estruturais. Acredito que ambos os caminhos são equivocados.
Precisamos entender como o sistema funciona. Por exemplo: durante muito tempo, o samba foi criminalizado, tido
como coisa de “preto favelado”, mas, a partir do momento que se percebe a possibilidade de lucro do samba, a imagem
muda. E a imagem mudar significa que se embranquece seus símbolos e atores para com o objetivo de
mercantilização. Para ganhar dinheiro, o capitalista coloca o branco como a nova cara do samba.
Por que isso é um problema? Porque esvazia de sentido uma cultura com o propósito de mercantilização ao mesmo
tempo em que exclui e invisibiliza quem produz. Essa apropriação cultural cínica não se transforma em respeito e em
direitos na prática do dia a dia. Mulheres negras não passaram a ser tratadas com dignidade, por exemplo, porque o
samba ganhou o status de símbolo nacional. E é extremamente importante apontar isso: falar sobre apropriação
cultural significa apontar uma questão que envolve um apagamento de quem sempre foi inferiorizado e vê sua cultura
ganhando proporções maiores, mas com outro protagonista. Uma frase do poeta americano B. Easy, compartilhada
no Twitter, e bastante compartilhadas nas redes sociais faz todo o sentido nessa discussão:
“A cultura negra é popular, mas as pessoas negras, não”.
Uma coisa é a troca, o intercâmbio de culturas, o que é muito positivo. Outra coisa é a apropriação. No nosso país, as
culturas foram hierarquizadas, sendo a negra colocada como inferior, exótica. Dentro desse contexto é possível falar
em troca? A troca só é possível quando não existem hierarquias. Enquanto terreiros são invadidos, há marcas que
acham cult colocar modelos brancas representando Iemanjá. Esse discurso de que a cultura é humana só é válido
quando querem apropriá-la. No momento de considerar a humanidade daqueles que produzem essa cultura, a história
é bem diferente. No momento de perceber a necessidade histórica de ser representado e ter posse de sua história, é
ignorado. E esse é ponto nevrálgico da nossa crítica em relação à apropriação cultural.
Porém, isso não significa culpabilizar os indivíduos que estão inseridos dentro dessa lógica. Não julgo certo apontar
dedos para pessoas brancas que fazem uso da cultura negra por alguns motivos. Primeiro, muitas dessas pessoas
desconhecem a discussão sobre apropriação cultural, segundo, não se pode responsabilizar somente os sujeitos e,
por fim, estamos falando de um problema estrutural.
A crítica deve ser feitas às indústrias que lucram com isso. Achei correta a crítica feita à marca Farm quando colocou
várias modelos brancas usando turbantes e nenhuma negra. A marca estava lucrando com um símbolo sem dar
protagonismo aos sujeitos que os produzem. Agora, criticar uma pessoa somente por fazer o mesmo, acho energia
gasta com o alvo errado.
É necessário, sim, se problematizar essas questões, mas tendo em mente que vivemos numa sociedade capitalista e
nesta, tudo vira mercadoria.
Disponível em: http://azmina.com.br/2016/04/apropriacao-cultural-e-um-problema-do-sistema-nao-de-individuos/. Acesso em: 05/04/2017.
[adaptado].

07) Leia as afirmativas sobre o uso da pontuação no texto.


( ) No trecho “preto favelado”, as aspas foram usadas com o objetivo de destacar expressão pouco comum.
( ) Em “A cultura negra é popular, mas as pessoas negras, não”, as aspas foram usadas para sinalizar discurso direto.
( ) Nos trechos “Há colunistas, por exemplo, escrevendo que apropriação cultural não existe” e “Por exemplo: durante muito
tempo”, a vírgula e os dois pontos foram usados para assinalar a inversão de adjuntos adverbiais.
( ) O uso das vírgulas é facultativo no trecho “mas, a partir do momento que se percebe a possibilidade de lucro do samba,
a imagem muda.”
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) V F V F.
b) V F F V.
c) F V V V.
d) F V F F.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 93


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
TEXTO 6
Escravidão remunerada
É do que se trata a reforma da Previdência e o projeto de terceirização ampla e irrestrita
Por Djamila Ribeiro — publicado 03/04/2017

[1] Vivemos inegavelmente tempos difíceis no que diz respeito aos direitos conquistados. A aprovação pela Câmara dos
Deputados do projeto que terceiriza todas as atividades de uma empresa, não somente a atividade meio, como vigorava até
então, precariza a vida do trabalhador e da trabalhadora e é um grande retrocesso e uma saída regressiva.
[2] A reforma da Previdência, que caminha no Congresso sob a forma da Proposta de Emenda Constitucional nº 287, também
é um acinte, pois aumenta o tempo de contribuição para 25 anos e a idade mínima para 65 anos para as mulheres.
[3] Essa medida não leva em consideração a divisão sexual do trabalho imposta em nossa sociedade. Mulheres ainda são
aquelas moldadas para ser responsáveis pela criação dos filhos e pelos trabalhos domésticos. Não se vê que as mulheres
partem de pontos diferentes, sobretudo desiguais. Para além dessa constatação, é necessário fazer algumas observações.
[4] Que as duas medidas são configuradas pelo retrocesso, sabemos, porém, questiono: quais os grupos mais afetados e
por que existe uma maior comoção a partir do momento em que aqueles mais privilegiados correm o risco de ser atingidos?
[5] Explico: de modo geral, mulheres negras não conseguiam se aposentar antes de a PEC 287 ser proposta. Por conta da
informalidade, de uma relação descontínua no mercado de trabalho e da dificuldade das empregadas domésticas terem seus
direitos garantidos, esse grupo historicamente sempre se viu à margem. E isso se dá por conta da relação direta entre
escravismo e trabalho doméstico.
[6] No processo de industrialização do Brasil, com o incentivo à imigração de trabalhadores europeus, a população negra
saiu da condição de escravizada para aquela de “precarizada” ou desempregada. Mulheres negras empreendiam por
necessidade ou trabalhavam como domésticas nas casas dos ex-senhores. Essa relação de desigualdade leva esse grupo
a uma condição de maior vulnerabilidade.
[7] Para se ter uma ideia, de 2003 a 2014, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad),
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o contingente de domésticas sem carteira assinada que contribuíam para o
INSS aumentou de 8% para 23% no período.
[8] Ainda assim, a categoria tem dificuldade de se aposentar por tempo de contribuição, pois o setor é marcado por grande
informalidade. No último trimestre do ano passado, 68,1% das trabalhadoras domésticas não tinham carteira assinada. O
mesmo raciocínio se aplica em relação ao trabalho terceirizado para atividades meio.
[9] Existe um grande contingente de negras nessa relação de trabalho, sobretudo em funções de limpeza. Essas medidas
vão dificultar ainda mais a vida dessas trabalhadoras, que já viviam em uma realidade precária. Antes essa condição não
gerava muita comoção, justamente por se tratar de grupos historicamente “invisibilizados”.
[10] Por conta desses atentados, propagou-se a ideia de que viveríamos uma relação de escravidão moderna, o que, a meu
ver, é equivocado.
[11] A escravidão moderna refere-se à comercialização de seres humanos que legitimou a dominação europeia. Ela fez parte
da história de muitos povos. Quem perdia a guerra tornava-se propriedade do outro e existem vários exemplos de como esse
processo se dava.
[12] O que entendemos por escravidão moderna foi, porém, a mercantilização de indivíduos, corpos negros como mercadoria
a atravessar o Oceano Atlântico e para enriquecer os senhores na base do chicote nos países para os quais foram
sequestrados.
[13] Entendo o uso do termo escravidão moderna quando se mencionam os quase 46 milhões de seres humanos a viver em
um sistema análogo à escravidão pelo mundo. Nesse caso, falamos de tráfico humano, trabalho forçado, escravidão por
endividamento, casamento forçado ou servil e exploração sexual comercial.
[14] Em relação à redução das leis trabalhistas, diria que viveremos uma espécie de “escravidão remunerada”.
[15] Em um país que ainda nega a terrível herança dos mais de 300 anos de escravidão e as violências históricas contra a
população negra, apesar do reconhecimento de que a escravidão foi um crime contra a humanidade, como consta no
documento final da Conferência de Durban, em 2001, é necessário fazer a historicidade do conceito. Nenhum conceito é “a-
histórico”.
[16] Acredito que devemos lutar contra todas as formas de injustiças sociais e não somente contra aquelas que passam a
nos atingir. É um dever moral exibir a realidade dos grupos categorizados “como vidas que não importam”, para citar Judith
Butler. Dessa forma, poderemos realmente denunciar de maneira mais ampla todas as violências e reivindicar a humanidade
verdadeira.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/revista/946/escravidao-remunerada Acesso em: 04/05/2017. (Adaptado)

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 94


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
08) Relacione as explicações para o uso de vírgulas apresentados na COLUNA I com cada um dos trechos da
COLUNA II.
COLUNA I
1- Assinalar inversão de adjuntos adverbiais.
2- Separar orações adjetivas de valor explicativo.
3- Separar orações coordenadas ligadas por algumas conjunções.
4- Separar termos coordenados.
COLUNA II
( ) “A reforma da Previdência, que caminha no Congresso sob a forma da Proposta de Emenda Constitucional no 287,
também ...”
( ) “No processo de industrialização do Brasil, com o incentivo”
( ) “... a categoria tem dificuldade de se aposentar por tempo de contribuição, pois o setor ...”
( ) “... falamos de tráfico humano, trabalho forçado, escravidão por endividamento ...”
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a) 1 4 3 2.
b) 2 1 3 4.
c) 3 4 2 1.
d) 4 2 1 3.
09) A vírgula, em “No Brasil, estudos em animais são exigidos por lei até mesmo para os medicamentos fitoterápicos”,
foi usada para separar:
a) adjunto adverbial deslocado.
b) conjunção adversativa.
c) oração adjetiva de valor explicativo.
d) termos coordenados.
10) Leia este trecho:
A tecnologia nos enfiou uma lógica produtiva de fábricas, fábricas vivas, chips, pílulas para tudo.
Nesse trecho, as vírgulas foram usadas para
a) dar destaque a expressões ou adjuntos adverbiais antecipados.
b) indicar a supressão de uma palavra ou de um grupo de palavras.
c) isolar elementos repetidos ou de valor meramente explicativo.
d) separar, no interior da oração, elementos de uma enumeração.
11) Identifique o item em que a pontuação está CORRETA
a) Sobre a sociedade, acima das classes, o aparelhamento político – uma camada social, comunitária embora nem
sempre articulada – impera, rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável de comando. Esta camada,
que não representa a nação, quando forçada pela lei do tempo, renova-se e substitui velhos por moços, inaptos por
aptos, num processo que cunha e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores.
b) Sobre a sociedade acima das classes, o aparelhamento político – uma camada social, comunitária embora nem
sempre articulada; impera, rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável de comando. Esta camada,
que não representa a nação, quando forçada pela lei do tempo, renova-se e substitui velhos por moços, inaptos por
aptos, num processo que cunha, e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores.
c) Sobre a sociedade, acima das classes, o aparelhamento político: uma camada social, comunitária embora nem
sempre articulada – impera, rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável, de comando. Esta camada,
que não representa a nação, quando forçada pela lei do tempo, renova-se e, substitui velhos por moços, inaptos por
aptos, num processo que cunha e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes, os seus valores.
d) Sobre a sociedade acima das classes, o aparelhamento político; uma camada social, comunitária embora nem
sempre articulada; impera, rege e governa em nome próprio, num círculo impermeável, de comando. Esta camada,
que não representa a nação, quando forçada pela lei do tempo, renova-se e substitui, velhos, por moços, inaptos por
aptos num processo que cunha e nobilita, os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores.
e) Sobre a sociedade acima das classes o aparelhamento político. Uma camada social, comunitária embora nem
sempre articulada – impera rege e governa, em nome próprio, num círculo impermeável de comando. Esta camada,
que não representa, a nação quando forçada pela lei do tempo renova-se e substitui velhos por moços, inaptos por
aptos, num processo que cunha, e nobilita os recém-vindos, imprimindo-lhes os seus valores.
12) Assinale a frase em que a pontuação está incorreta.
a) E ficou de olhos abertos, concentrado esperando, que o dia nascesse e seus mortos, partissem.
b) Tomado de surpresa, fico imóvel, e somos como um feliz, ainda que insólito, casal de namorados.
c) O escuro da garagem reteve-as por alguns momentos, até que a vencedora emergiu, vagarosa, arquejante.
d) É bom que um homem, vez por outra, deixe o litoral misterioso e grande, querendo contemplar uma lagoa.
e) Pegou o telefone, deu instruções à companhia, acrescentando com meio desprezo: o que tem mais aqui é livro.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 95
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
13) Assinale a frase em que faltam vírgulas.
a) Quem sabe se os dois tinham uma receita de felicidade?
b) Seria inútil explicar-lhe que um celeiro de brejo não tem preço.
c) Boa distração a gente sonhar construir castelos arquitetar episódios romanescos.
d) As pessoas distantes atingiram essa altura desolada em que papel e tinta nada significam.
e) A lembrança dele é grata aos que conheceram os últimos dias de glória dos teatros do interior.
14) Leia o texto com a finalidade de pontuá-lo corretamente.
“Diz a sabedoria popular chinesa (1) que toda marcha (2) por mais longa (3) e importante que seja (4) começa (5) com
o primeiro passo. Dar (6) esse primeiro passo (7) às vezes (8) exige (9) grande determinação (10) esforço monumental
e (11) muita coragem. Principalmente se o passo (12) for em direção (13) a um caminho desconhecido (14) com o qual
(15) não estamos acostumados a lidar por conta dos vícios adquiridos.”
(Revista Veja)
Os números que devem ser substituídos por vírgulas são
a) 2 – 4 – 7 – 8 – 10 – 14
b) 1 – 4 – 5 – 9 – 11 – 14
c) 3 – 5 – 6 – 8 – 10 – 12
d) 1 – 2 - 3 – 4 – 7 – 10 - 12
e) 2 – 3 – 4 – 7 – 9 – 13 – 15

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14
D A D C A A D B A D A A C A

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 96


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02


01) Assinale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) O distanciamento social, é outro sintoma das pessoas muito apegadas ao telefone celular.
b) O isolamento, e o olhar do mundo exterior por meio do celular, são malefícios do mundo contemporâneo.
c) Na atualidade, estamos permanentemente conectados ao celular, seja para trabalhar ou para outros fins.
d) O uso correto do celular, é aquele realizado de acordo com uma necessidade real, não apenas fútil.
e) Pior ainda é quando, a comunicação resume-se ao celular, mesmo se estando no mesmo ambiente.
02) A pontuação encontra-se em conformidade com a norma-padrão da língua portuguesa em:
a) No primeiro quadro quem está na nave, faz uma pergunta à personagem, buscando confirmar uma hipótese.
b) A personagem responde à pergunta, afirmativamente, sem fazer qualquer ressalva à pergunta.
c) O tripulante da nave no segundo quadro, exclama algo referente à civilização que não é a sua.
d) No último quadro, a personagem pergunta, se ela conta para o tripulante ou o leitor conta?
e) Ao longo da tira, vemos uma personagem que dialoga, com o tripulante de um disco voador.
03) O uso da vírgula em – Há buscas por satisfação, e a punição é severa. – ocorre, pela mesma razão, em:
a) No fundo, serviços gratuitos nas redes cobram caro.
b) As redes sociais tornam você um babaca, e você não percebe.
c) Quando pagamos por algum serviço na internet, fica melhor.
d) Ferramentas em qualquer site captam como seu corpo mexe, onde você está.
e) Defendo algumas possibilidades, como um sistema em que as pessoas pagam.
04) Assinale a alternativa em que a pontuação está de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
a) Dona Lúcia, vizinha de Fabrício, pediu um abajur emprestado.
b) Beatriz, não se importou, com o pedido da vizinha, do andar de cima.
c) Há vizinhos que, demonstram, muita educação e amizade.
d) Fabrício, se aborreceu bastante com o pedido, de Dona Lúcia.
e) Era comum vizinhos, pedirem emprestado: sal açúcar ou ovos.
05)

As aspas, presentes no balão de fala da personagem da charge, nesse caso assumem a função de
a) realçar ironicamente uma expressão.
b) indicar a mudança de interlocutor no diálogo.
c) fazer sobressair um neologismo.
d) acentuar o valor significativo de uma expressão.
06) Assinale a alternativa em que a vírgula marca a elipse do verbo.
a) Tenho filhas poliglotas: Marcela fala três idiomas e Renata, dois.
b) É importante ter hábitos de vida saudáveis: caminhar, comer bem, dormir bem.
c) Quando Antônio não gosta de alguém, é bem transparente quanto a isso.
d) João é fã de Belchior, cantor brasileiro famoso nos anos 70.
07) A vírgula foi utilizada para separar o aposto do restante da oração em:
a) Se não puder chegar a tempo, favor comunicar seu atraso.
b) Jorge nunca quis ter um automóvel, preferindo andar a pé.
c) John Lennon, um dos integrantes dos Beatles, foi casado com Yoko Ono.
d) O garoto ama filmes de suspense, desde que conheceu a obra de Hitchcok.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 97
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

08) Releia o excerto a seguir.


“A Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), proprietária do empreendimento,
assume a administração do espaço [...]”
Em relação ao trecho destacado, assinale a alternativa CORRETA.
a) Está isolado por vírgulas por se tratar de aposto explicativo.
b) Trata-se de termo integrante da oração deslocado, por isso foi separado por vírgulas.
c) Por se tratar de vocativo, deve ser isolado por vírgulas.
d) Foi separado por vírgula por ser um termo essencial da oração.
09) INSTRUÇÃO: Leia o texto I, a seguir, para responder à questão.
Como os animais realmente enxergam o mundo
[...]
Os sons do silêncio
A história de Hans, um cavalo alemão, mostra bem a capacidade de observação e associação dos animais que
criamos. No começo do século 20, ele se tornou celebridade por acertar equações matemáticas. O dono escrevia na
lousa uma conta como 1/2 + 1/3 e pedia a resposta ao animal. Ele batia a pata cinco vezes no chão, esperava uns
segundos e batia mais seis vezes. Ou seja: 5/6. O dono dizia ter treinado o animal por dez anos.
Pura malandragem do treinador. Por trás do “raciocínio lógico” doequino, o que havia era uma capacidade ímpar de
observação. Ele conseguia perceber sinais sutis no rosto do dono, que o público não tinha como observar. E, assim,
descobria quando deveria bater ou não as patas no chão. Ou seja: um cavalo pode ser um ótimo parceiro de truco.
Cães e gatos também. Eles reparam, associam e memorizam tudo. Cada gesto, cada barulho. Tudo serve de pista
sobre o próximo passo do dono. Aquele tilintar de chaves sempre vem antes da despedida. O cheiro do perfume
também precede a sua saída. Eles guardam e aprendem com esses sinais. Sabem quando você está prestes a ir
embora – e demostram toda a tristeza que sentem nesses momentos…
É quase impossível escapar do radar dos cães e dos gatos. Os felinos escutam ainda melhor que os cães. E
absurdamente mais do que você. Um som que passe dos 20 mil hertz (o extremo do agudo) fica inaudível para nós.
Já os gatos ouvem até 60 mil hertz. Os cachorros chegam aos 45 mil hertz. Isso porque os dois evoluíram caçando
roedores, então conseguem captar os sinais hiperagudos que os ratinhos emitem para se comunicar. Nem o som das
vibrações corporais dos cupins passa batido pelos gatos. Até o som de lâmpadas fluorescentes (sim, elas fazem
barulho), eles conseguem captar. Segundo a especialista em comportamento animal Temple Grandin, da Universidade
do Colorado, se você estiver conversando no térreo, seu gato vai ouvir e reconhecer sua voz lá do décimo andar.
Insano.
Eles ouvem sons naquilo que para nós é silêncio. [...]
CASTRO, Carol. Como os animais realmente enxergam o mundo. Superinteressante.Disponível em :<http://migre.me/vUm5>. Acesso em: 3 mar.
2017 (Fragmento adaptado).

Releia o trecho a seguir.


Por trás do “raciocínio lógico” do equino, o que havia era uma capacidade ímpar de observação.
Nesse caso, as aspas foram utilizadas para:
a) marcar a fala de outrem.
b) indicar frases feitas, comuns na língua.
c) assinalar ironia.
d) separar orações.
10) INSTRUÇÃO: Leia o trecho a seguir para responder a questão.
“Historicamente, a procura por cursos de formação profissional segue uma lógica anticíclica: a procura cresce mais
quando o mercado de trabalho não apresenta bom desempenho.” (4º parágrafo)
No período em análise, fez-se uso dos dois-pontos para
a) separar elementos de mesma função sintática.
b) introduzir uma enumeração.
c) anunciar um esclarecimento de ideia já enunciada.
d) pôr em evidência uma sequência de palavras.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
C B B A D A C A C C

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 98


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

PRONOMES DEMONSTRATIVOS E SUAS FUNÇÕES REFERENCIAIS

Exemplos:
 Esta cadeira está quebrada.
= Esta cadeira [aqui perto de mim que falo, primeira pessoa do discurso] está quebrada. – (1ª pessoa discursiva)

 Passe-me essa caneta, por favor!


= Passe-me essa caneta [que está aí perto de você a quem falo, segunda pessoa do discurso], por favor. – (2ª
pessoa discursiva)

 Isso é seu? Refiro-me a essa bela gravata que está em seu pescoço. – (2ª pessoa discursiva)

 Isto é meu! Estou falando deste relógio que está em meu pulso. – (1ª pessoa discursiva)

COESÃO TEXTUAL

Elementos anafóricos: Os pronomes demonstrativos retomam termos já mencionados.


"Como é que se pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? Essa ideia nos parece estranha." [ = Essa ideia de
poder comprar ou vender o céu, o calor da terra.]
(Trecho da carta do Cacique Seatle, da nação Duwamish, da América do Norte, dirigida em 1855 a Franklin Pierce, presidente dos E.U.A.
Traduzida por Irina O. Bunning.)

"Busquei, primeiro, o amor porque ele produz êxtase [...]. Eis o que busquei e, embora, isso possa parecer demasiado
bom para a vida humana, foi isso que - afinal - encontrei." [primeiro "isso" = a busca do amor; segundo "isso" = o
amor].
(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967)

Pedro foi preso como estelionatário. Esse cara nunca me enganou. [Esse cara = Pedro].

Elementos catafóricos: Os pronomes demonstrativos anunciam termos que estão por vir.
Estas foram as últimas palavras do meu mestre: seja sincero com seus discípulos.
Quando saí de casa, meu pai me disse isto: seja bom, ame o próximo, e respeite a vida.
Este foi um divertido anúncio de uma revista: "Cara, se, tipo assim, o seu filho escrever como fala, ele tá ferrado!"

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 99


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que você deveria escrever aquela nota de agradecimento)
Richard Gunderman. Tradução: Camilo Rocha

A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um estudo recente pediu que pessoas
escrevessem uma nota de agradecimento para alguém e depois estimassem o quão surpreso e feliz o recebedor
ficaria. Invariavelmente, o impacto foi subestimado. Outro estudo avaliou os benefícios para a saúde de se escrever
bilhetes de obrigado. Os pesquisadores descobriram que escrever apenas três notas de obrigado ao longo de três
semanas melhorava a satisfação com a vida, aumentava sentimentos de felicidade e reduziria sintomas de depressão.
Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão. Uma é o fato de que expressar gratidão encoraja
os outros a continuarem sendo generosos, promovendo, assim, um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos. Da
mesma maneira, pessoas agradecidas talvez fiquem mais propensas a retribuir com seus próprios atos de bondade.
Falando de modo mais amplo, uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as outras tem
mais chance de ser um lugar agradável para se viver do que uma caracterizada por suspeição e ressentimento mútuos.
Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais longe. Por exemplo, quando muitas pessoas se sentem
bem sobre o que outra pessoa fez por elas, elas sentem um senso de elevação, com um consequente reforço da sua
consideração pela humanidade. Alguns se inspiram a tentar se tornar também pessoas melhores, fazendo mais para
ajudar a trazer o melhor nos outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.
É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas sentem que não são
merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se
realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma
sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas têm
confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça.
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento. Em vez de sentir um
benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem como um mero pagamento do que lhes é devido, pelo
qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, deixar de
lado oportunidades por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma
comunidade mais impessoal e fragmentada.
Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe fazendo da ação de graças uma parte diária de sua
vida na ilha, ele estava antecipando descobertas nas ciências sociais e medicina que não apareceriam por centenas
de anos. Ele também estava refletindo a sabedoria de tradições religiosas e filosóficas que têm início há milhares de
anos. A gratidão é um dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam como hábito estão
enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas também as vidas daqueles à sua volta.
Adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/externo/2018/08/11/Agratid%C3%A3o-tem-o-poder-de-salvar-vidas-ou-por-quevoc%C3%AA-deveria-
escrever-aquela-nota-de-agradecimento Acesso em: 04 fev. 2020.

01) Considere as ideias e informações apresentadas no texto e assinale a alternativa INCORRETA.


a) Os três primeiros parágrafos têm a função de apresentar os efeitos positivos da gratidão na vida das pessoas.
b) A sequência lógica do texto revela que não apenas aspectos positivos estão articulados à gratidão, pois, nos 4o e
5o parágrafos, é apresentado um contraponto aos benefícios da gratidão.
c) Ocorre uma contradição interna no texto, visto que, primeiramente, é apresentada a serventia da gratidão, porém,
em seguida, o autor se contradiz.
d) A referência à obra literária de Dafoe exemplifica, por meio da experiência de Robinson Crusoe, que a
importância do hábito da gratidão não é recente.
e) O autor acredita que o atual individualismo na sociedade pode ser uma consequência da falta de atitudes de
agradecimento nas relações pessoais.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 100


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
TEXTO PARA AS QUESTÕES 02 e 03
Você tira o celular do bolso mais de 200 vezes por dia
E o número de toques diários no aparelho é ainda mais impressionante: são 2.600, em média.
Fumar era normal. As pessoas acendiam o primeiro cigarro logo ao acordar, e repetiam o gesto dezenas de vezes
durante o dia, em absolutamente todos os lugares: lojas, restaurantes, escritórios, consultórios, aviões (tinha gente que
fumava até no chuveiro). Ficar sem cigarro, nem pensar - tanto que ir sozinho comprar um maço para o pai ou a mãe, na
padaria da esquina, era um rito de passagem para muitas crianças. O cigarro estava na TV, nos filmes, na música, na
propaganda (nos EUA, ficou famoso um anúncio que dizia: “Os médicos preferem Camel”). 30% a 40% da população,
dependendo do país, fumava.
O cigarro foi, em termos absolutos, a coisa mais viciante que a humanidade já inventou. Hoje ele é execrado, com
razão, e cenários assim são difíceis até de imaginar. Olhamos para trás e nos surpreendemos ao perceber como as pessoas
se deixavam escravizar, aos bilhões, por algo tão nocivo. Enquanto fazemos isso, porém, vamos sendo dominados por um
vício ainda mais onipresente: o smartphone.
Quatro bilhões de pessoas, ou 51,9% da população global, têm um, de acordo com uma estimativa da empresa sueca
Ericsson. E o pegam em média 221 vezes por dia, segundo uma pesquisa feita pela consultoria inglesa Tecmark. O número
de toques diários no aparelho é ainda mais impressionante: são 2.600, segundo a empresa de pesquisa Dscout Research.
O smartphone já vicia mais gente, e de forma mais intensa, do que o cigarro.
Vivemos grudados em nossos smartphones porque eles são úteis e divertidos. Mas o que pouca gente sabe é o
seguinte: por trás dos ícones coloridos e apps de nomes engraçadinhos, as gigantes da tecnologia fazem um esforço
consciente para nos manipular, usando recursos da psicologia, da neurologia e até dos cassinos. “O smartphone é tão
viciante quanto uma máquina caça-níqueis”, diz o americano Tristan Harris. E o caça-níqueis, destaca ele, é o jogo que mais
causa dependência: vicia três a quatro vezes mais rápido que outros tipos de aposta.
Harris trabalhou quase cinco anos no Google, primeiro como programador e depois como “especialista em ética de
design”: a pessoa encarregada de garantir que os apps e serviços do Google não fossem manipulativos ou viciantes. Em
2016, saiu da empresa para criar uma ONG, que se chama Center for Human Technology e reúne programadores alarmados
com o impacto da indústria da tecnologia. “Estamos colocando toda a humanidade no maior experimento psicológico já feito,
sem nenhum controle.”
“A internet é a maior máquina de persuasão e vício já construída”, diz o programador Aza Raskin. Você provavelmente
nunca ouviu falar dele, mas Raskin é famoso no Vale do Silício. Isso porque, em 2006, ele inventou o que viria a se tornar
um dos elementos mais fundamentais (e viciantes) dos smartphones: a “rolagem infinita”. Sabe quando você vai descendo
pela tela e o conteúdo nunca termina, pois vai aparecendo mais? Trata-se da rolagem infinita, que torna mais prático o uso
do smartphone - mas também mexe com a sua cabeça.
“Se você não dá tempo para o seu cérebro acompanhar os seus impulsos, simplesmente continua rolando para baixo”,
diz Raskin. Ele não imaginava o poder viciante de sua criação, e hoje se arrepende dela - tanto que é um dos fundadores do
Center for Human Technology. “A pergunta que nós nos fazemos no Vale do Silício é: estamos programando apps ou
pessoas?”, diz. “Só Deus sabe o que estamos fazendo com o cérebro das crianças”, afirmou Sean Parker, um dos fundadores
e primeiro CEO do Facebook, num debate em 2018. “Nós exploramos uma vulnerabilidade da psicologia humana. Eu, Mark
(Zuckerberg), Kevin Systrom (criador do Instagram), todos nós entendemos isso, conscientemente, e fizemos mesmo assim”,
afirmou.
Você deve estar pensando: será que não tem um certo exagero nisso? Afinal, você não controla o uso que faz do
smartphone, e pode tranquilamente deixá-lo de lado, certo? Mais ou menos. Primeiro, você provavelmente é bem mais
dependente dele do que imagina. Segundo, na prática é difícil conter o uso do celular. Foi o que constatou uma pesquisa
feita pela consultoria Deloitte com 2 mil brasileiros. 30% das pessoas disseram que têm problemas com o uso excessivo do
smartphone, como dificuldade de concentração ou insônia, e 32% já tentaram maneirar - sem sucesso. Uma pesquisa do
Hospital Samaritano de São Paulo revelou que oito em cada dez motoristas usam celular enquanto dirigem, embora 93%
deles reconheçam que isso é perigoso.
É por isso que boa parte das pessoas está sempre com a cara enterrada na tela, mesmo nos momentos mais
impróprios para isso: atravessando a rua, na praia, num show, etc. “Está havendo um sequestro da atenção, da consciência,
da perspectiva de você se conectar com o mundo à sua volta. Uma epidemia da distração”, diz o psicólogo Cristiano Nabuco
de Abreu, coordenador do Grupo de Dependência Tecnológica do Hospital das Clínicas (USP).
Estudos mostram que o uso excessivo de smartphone está ligado ao aumento das taxas de ansiedade, depressão e
déficit de atenção, inclusive com alterações na estrutura do cérebro. Os sintomas começam a se manifestar quando a pessoa
gasta mais de três horas por dia no celular, e nós já passamos disso: o brasileiro gasta em média 3h10 diárias nessa
atividade.
Disponível em:<encurtador.com.br/jkpvG>. Acesso em: 24 set. 2019

02) Nas alternativas a seguir, a palavra destacada se refere, do ponto de vista sintático, à palavra ou locução entre colchetes,
exceto em:
a) “Hoje ele é execrado, com razão, [...]” [O CIGARRO]
b) “[...] embora 93% deles reconheçam que isso é perigoso.” [DOS MOTORISTAS]
c) “[...] e pode tranquilamente deixá-lo de lado, certo?” [O CELULAR]
d) “[...] todos nós entendemos isso [...]” [SEAN PARKER, MARK ZUCKERBERG e KEVIN SYSTROM]

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 101


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
03) Releia este trecho.
“Ficar sem cigarro, nem pensar - tanto que ir sozinho comprar um maço para o pai ou a mãe, na padaria da esquina, era um
rito de passagem para muitas crianças.”
Considerando o uso do travessão nesse trecho, este pode ser reescrito das seguintes formas sem ter seu sentido alterado
ou contrariar a norma-padrão, exceto:
a) Ficar sem cigarro, nem pensar “tanto que ir sozinho comprar um maço para o pai ou a mãe, na padaria da esquina, era
um rito de passagem para muitas crianças”.
b) Ficar sem cigarro, nem pensar, tanto que ir sozinho comprar um maço para o pai ou a mãe, na padaria da esquina, era
um rito de passagem para muitas crianças.
c) Ficar sem cigarro, nem pensar; tanto que ir sozinho comprar um maço para o pai ou a mãe, na padaria da esquina, era
um rito de passagem para muitas crianças.
d) Ficar sem cigarro, nem pensar (tanto que ir sozinho comprar um maço para o pai ou a mãe, na padaria da esquina, era
um rito de passagem para muitas crianças).

Fumante ignora riscos do cigarro eletrônico


Alardeado como uma solução para quem quer parar de fumar, o cigarro eletrônico é cada vez mais procurado em Belo
Horizonte, principalmente por jovens. Mesmo proibido, é facilmente encontrado em lojas do hipercentro, shoppings populares
e até no Mercado Central. O comércio dos “vapes”, como são conhecidos, é vetado desde 2009 pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).
A restrição se deve à ausência de dados científicos sobre os produtos. Além da falta de informações, o risco de causar
doenças respiratórias e cânceres preocupa especialistas. O assunto ganha ainda mais força nesta quinta-feira (29), Dia
Nacional de Combate ao Fumo.
“Essas composições têm glicerina, que pode causar irritação nos brônquios, doença pulmonar obstrutiva crônica, crise de
asma e outros problemas. Os elementos que dão sabor e odor ao vapor também podem ser irritativos quando esquentados”,
aponta o psiquiatra Frederico Garcia, coordenador do Centro de Referência em Drogas da UFMG.
Cânceres de pulmão, fígado e cabeça e pescoço também são enfermidades que podem estar relacionadas ao uso, explica
a oncologista clínica do grupo Oncoclínicas, Flávia Amaral Duarte. “O que a indústria divulga é que não existe a combustão
no cigarro eletrônico, mas a vaporização. Porém, isso não significa ausência de toxicidade, ou que os produtos não fazem
mal”.
Nas alturas
O cigarro eletrônico pode ser encontrado sob diferentes formas: tipo caneta, parecido com uma garrafinha e até do tamanho
de um cigarro convencional, mas achatado. O preço varia de R$ 180 a R$ 600. O usuário ainda precisa comprar as essências
ou cartuchos vaporizáveis, que podem ter ou não nicotina. Há opções com sabores, como baunilha, chicletes e “cigarro
branco”.
Débora (nome fictício), que trabalha em uma tabacaria na Savassi, conta que começou a usar o produto há quatro meses.
“Não é fácil, porque a gente tem o vício de estar com algo nas mãos e na boca, mas já reduzi muito a quantidade de nicotina
que fumo. Meu objetivo é parar totalmente”, afirma.
Cigarro
O consumo de cigarro afeta o indivíduo em três aspectos: o comportamental, com o ato de fumar, o psicológico, com o prazer
causado pela experiência, e causando o vício orgânico. Para freá-los por completo, o psiquiatra e professor da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), Dartiu Xavier da Silveira, que trabalha com redução de danos há três décadas, explica que
opções como gomas de mascar e adesivos com nicotina costumam ser mais eficazes e seguras.
“Eles até têm a substância, mas o que pega o tabagista é o hábito, que continua com os vaporizadores. Seria bom se a
pessoa conseguisse ficar só no uso controlado e esporádico, mas vemos que não é isso que ocorre. Pelo contrário, ela pode
até fumar mais e o produto é vendido e estimulado como se fosse inócuo”, critica.
Legislação
A legislação federal proíbe a venda, a importação e a propaganda de vaporizadores, além de acessórios e refis. O
descumprimento é punido com advertência, multa, apreensão, interdição parcial ou total da loja e até cancelamento de alvará.
A vigilância sanitária de BH foi procurada, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que diz não fiscalizar a venda dos
produtos. [...]
Disponível em:<http://twixar.me/8qM1> . Acesso em: 30 set. 2019 (Adaptação).

04) A partir do referente principal “cigarro eletrônico”, outros termos surgem para garantir a progressão referencial no texto.
São alguns desses termos, exceto:
a) Vaporizador.
b) Vape.
c) Vapor.
d) Produto.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 102


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
05) Leia o texto:

Nos primeiros dois meses deste ano, as regiões com mais mortes foram a Baixada Fluminense e o interior do estado.
(linhas 9 e 10)
No trecho acima, o demonstrativo sublinhado exerce papel anafórico.
a) dêitico.
b) catafórico.
c) epanafórico.
d) epifórico.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 103


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
06) Leia o texto:

Assinale a alternativa em que, como elemento coesivo, o termo exerça função anafórica.
a) esse (linha 27)
b) demais (linha 27)
c) nacional (linha 29)
d) estados (linha 34)
07) Utilize o texto abaixo para responder a questão
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que 1 ele recebeu chegando aqui: ela era a luz
ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas,
que 2 o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que 3 se não torce a nenhuma planta; era o
veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que 4 o mel e era a castanha de caju, que 5 abre feridas com
seu azeite de fogo; ela era a cobra verde…
Aluísio Azevedo. O cortiço

Considerando que um recurso coesivo no texto 1, representado pela palavra “que”, é usada cinco vezes, assinale a
alternativa correta.
a) Em (1), ela pode ser substituída por “as quais”.
b) Em (3), ela retoma a palavra “mulata”.
c) Em (4), ela conecta uma ideia adversativa.
d) Em (2) e (5), retoma apenas a palavra imediatamente anterior a ela e pode ser substituída por “a qual”.
e) Em todas as vezes pode ser considerada um pronome relativo.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 104


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
08)
Canção
Pus meu sonho num navio
e o navio em cima do mar;
- depois, abri o mar com as mãos,
para o meu sonho naufragar.
Minhas mãos ainda estão molhadas
do azul das ondas entreabertas,
e a cor que escorre dos meus dedos
colore as areias desertas.
O vento vem vindo de longe,
a noite se curva de frio;
debaixo da água vai morrendo
meu sonho, dentro de um navio...
Chorarei quando for preciso,
para fazer com que o mar cresça,
e o meu navio chegue ao fundo
e o meu sonho desapareça.
Depois tudo estará perfeito;
praia lisa, águas ordenadas,
meus olhos secos como pedras
e as minhas duas mão quebradas.
Cecília Meireles – A viagem
Há uma retomada da decisão da poetisa na estrofe
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
09)
[...] Em suma, a política está colérica e os relacionamentos nas redes sociais ou mesmo fora delas são o seu retrato
mais bem acabado. Um triste retrato de chorar lágrimas de esguicho. No ambiente amistoso ou não das mesas de bar
não falávamos o que regurgitamos nesses ambientes. Conforme questionava Monteiro Lobato em A luz do baile,
“como (o que mudou), se era a mesma gente?”. [...]
É necessário que ____________ ao inferno do autoconhecimento e ____________ a própria alma. É preciso que
____________ ao outro o que ____________ de receber. Mas nem as crianças, nem os idosos, nem os desvalidos,
nem sequer o luto dos que sofrem, expressão máxima da dignidade humana, são respeitados mais. A urgência deve
ser o amor ao próximo, não o ódio sem proximidade. A reação é do instinto humano, mas no ambiente álgido de hoje
muitos contra-atacam sem serem importunados pelo simples prazer de atingir alguém. Ou mesmo por puro
comportamento de manada – uma maneira estranha de ser aceito ou mesmo aplaudido em suas bolhas, em geral,
formada por pessoas que abominam o contraditório. [...]
(Disponível em: https://istoe.com.br/o-maniqueismo-que-nos-alimenta--e-o-amor-que-nos-falta/. Adaptado.)

Em relação ao padrão ortográfico vigente da língua portuguesa, considere as seguintes sentenças:


1. No primeiro parágrafo, a expressão em destaque (“nesses ambientes”) refere-se a “mesas de bar”.
2. No primeiro parágrafo, o autor contrapõe comportamentos do passado e do presente.
3. No segundo parágrafo, a expressão máxima da dignidade humana é o respeito ao luto de quem sofre.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 105


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
TEXTO PARA AS QUESTÕES 10 E 11
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos
do texto anterior, julgue o item a seguir.
10) A expressão “sua relevância” (l.8) refere-se a “rituais” (l.5).
( ) CERTO ( ) ERRADO
11) Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos
linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
A substituição da conjunção “porque” (l.3) pela locução de modo
que preservaria os sentidos originais do texto.
( ) CERTO ( ) ERRADO

SOBRE CAFÉS E LIVROS


O que é que eu fui fazer na livraria? Eu estava procurando um livro. Como era desses códices que a gente tem vontade de
rabiscar, anotar, comentar, marcar, resolvi ter o livro, bonito, impresso, original. Não encontrei em lugar nenhum, mas o que importa
é o percurso desta minha busca.
Passei por duas livrarias dessas enormes, com escadarias, segundo andar, rede de lojas por toda a cidade. Também passei
por duas livrarias médias, dessas que têm tradição e são cercadas de lendas urbanas. As outras quatro eram livrarias cult, dessas
que servem café e bolos. Pedi um capuchino e até fiquei um tempo ouvindo a moça que cantava ao vivo num palco. Mas então me
lembrei de que tinha uma meta: procurar um livro e fui em busca dele. Mexi e remexi em todas as prateleiras, mapeei a loja, fui nas
estantes que ficavam sob a placa da categoria em que eu imaginava encontrar meu livrinho. Observei, me aproximei, espirrei a
poeira dos livros guardados, chamei o vendedor, pedi informação à menina do caixa e saí de lá com as mãos abanando.
Em Belo Horizonte, e em vários outros lugares, você pode ir a uma livraria sem ter a menor vontade de comprar ou ver um livro.
Impressionante a limpeza do balcão, a voz da cantora, a estante de periódicos, o uniforme dos garçons, a agilidade do caixa, o
cheirinho do café. Mas na livraria, o vendedor não sabia me informar sobre livros, e as estantes estavam empoeiradas em completa
desorganização. Era impossível inferir, sem ajuda urgentíssima, o critério de disposição daquelas obras todas. No meio dos
dicionários de línguas, estava o dicionário de palavrões do Glauco Mattoso. No meio dos livros de botânica, estava o Raízes do
Brasil, do Sérgio Buarque. O livro que eu procurava devia estar em algum lugar daquele universo indistinto. Talvez na prateleira da
cozinha, junto com as colheres de pau.
O que eu procuro quando vou a uma livraria? Em geral, procuro por um livro. Também posso chegar à loja procurando por um
tema, sem ter a ideia exata de que livro levar. Eu sinto a necessidade de encontrar ajuda numa espécie de consumidor, alguém que
saiba sobre o objeto que vende. Não um vendedor treinado para me dizer “bom dia”. Daí que faço as perguntas e ele deve me
responder com alguma dose de precisão, além da simpatia. Também pode ser que ele me dê uma sugestão, o que será delicioso.
E se a sugestão for bem sucedida, serei fiel à livraria.Mas parece que, nesta cidade, as livrarias já não têm mais a missão de vender
livros. Têm tantas outras que essa se confunde com o pó do capuchino industrializado. Estão lá garçons que vendem livros e
cantoras que interpretam poetas que não se encontram mais nas prateleiras. A menina do caixa nunca lê as capas das obras que
vende. Atrás dela está pendurado um painel com uma cena de Dom Quixote. Ela pensa que é o esboço de um desenho animado
Disney. E então eu sei que não encontrarei o livro que eu quero porque ele deve estar perdido na desordem da loja. Não poderei
contar com o vendedor porque ele também não sabe do que eu estou falando. E não poderei fazer outra coisa ali que não seja
degustar um café e ler sobre vinhos chilenos com nomes interessantes.
Eu não fui com a intenção de conhecer vinhos andinos. Nem cheguei lá pensando em paquerar. Também não queria ouvir
música ao vivo, já que nem tinha dinheiro para pagar o couvert artístico. Não imaginava que seria atendida por um garçom e não
queria que o vendedor ficasse constrangido em me dizer que nunca ouvira falar daquele livro antes. Eu queria uma obra que infesta
as referências dos meus pares. E onde será que eles a encontram?
Depois de percorrer a cidade em busca do meu livro e não encontrar, entrei na internet e achei. Pedi, paguei frete e o terei em
casa sem pedir ao garçom e sem sentir cheiro de café. Não há nada de mal em tomar capuchino na livraria. O que deve estar fora
do lugar é a ênfase. Se eu entrasse numa cafeteria e perguntasse por um livro, talvez o garçom se desse conta de que eu é que
estava no lugar errado.
RIBEIRO, Ana Elisa. Meus Segredos com Capitu. 2 ed. Natal: Jovens Escribas, 2015. (adaptado)
12) Sabendo que os elementos anafóricos são importantes para a coesão textual, pela retomada de termos já citados, analise
os segmentos textuais presentes, no primeiro parágrafo do texto, e assinale a alternativa em que o vocábulo destacado
possui valor anafórico.
a) “O que é que eu fui fazer na livraria?”
b) “Eu estava procurando um livro.”
c) [...] “e então achei que eu também deveria lê-la.”
d) “Não encontrei em lugar nenhum”
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 106
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
13) É comum na estruturação dos textos a presença da anáfora.
Assinale a alternativa que apresenta a frase em que ocorre a presença da anáfora associativa aquela que é realizada
por meio de uma associação a um referente mencionado numa expressão anterior.
a) Ao longe, via-se uma igreja. A entrada estava iluminada e os vitrais brilhavam.
b) Os estudantes chegaram na hora marcada para o passeio. Poucos alunos, porém, haviam chegado bem antes
c) O Brasil teve um pequeno crescimento do PIB. Nosso país deve mudar os rumos da política econômica.
d) As palmeiras estavam murchas sob o aguaceiro, assim, como todas as árvores do Jardim Botânico.
14) Constitui exemplo de coesão anafórica referencial o
segmento:
a) “Essa parte da bula...”
b) “Você tem que alertar...”
c) “...cientistas, gramáticos, advogados especialistas...”
d) “...Vejam esta maravilha...”
e) “Qual o poeta...”

15) Julgue o item a seguir, tomando como foco estruturas


linguísticas e elementos semânticos do texto. Na linha 6,
os pronomes “os" e “se" em “os que se omitem" são
anafóricos do termo “eleitor" (l.5); o pronome “que" é
anafórico de “função de votar" (l.5).
( ) CERTO ( ) ERRADO

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 107


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
16) A relação anafórica de pronome demonstrativo em:
“Sim, isso existe!” faz-se com:
a) “cheguei”.
b) “descobri”.
c) “Sim”.
d) “existe”.
e) “semiflat”.

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 108


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br
Sabe aquele seu amigo "vergonha alheia" que tenta, de todos os jeitos, contar uma piada hilária e parece não se ligar de que os
outros não estão achando graça? Imagine se ele estivesse fadado a fazer isso o tempo todo, sem interrupções. É por essa situação
que passam pessoas que sofrem com Witzelsucht, um distúrbio que faz com que o paciente não pare de fazer comentários achando
que são engraçados.
Essa doença, normalmente, não aparece do nada. Ela pode ser resultante de um derrame ou de alguma lesão na região frontal do
lado direito do cérebro, a área responsável por sua personalidade. Qualquer mudança sofrida por lá pode alterar seu gosto e o seu
humor, normalmente o deixando mais eufórico (a título de curiosidade, alterações no lado esquerdo deixam a pessoa irritada e
depressiva).
Mas antes que você pense que fazer umas piadas a mais e ser sorridente o tempo todo não é ruim, é bom conhecer casos de
pessoas que sofrem com Witzelsucht. Um homem de 56 anos, por exemplo, sofreu um derrame e, além de desenvolver o distúrbio,
passou a ser viciado em sexo. Ele fazia piadas de cunho sexual o tempo todo, afastando qualquer mulher ao seu redor – e ele era
casado. E o pior: ele não conseguia parar, mesmo quando médicos estavam conduzindo exames nele.
Já uma mulher que teve um pequeno derrame aos 57 anos de idade e ao ter Witzelsuch parou de cuidar da higiene, só se
interessava por suas próprias piadas. Afinal, vale lembrar também que pessoas com o distúrbio podem adorar suas próprias
anedotas, mas são insensíveis às dos outros. Ou seja: não adianta tentar fazê-los rir, eles só entendem o próprio humor.
Não existem muitas formas de tratar a doença. Os médicos apelam para incansáveis sessões de terapia, nas quais devem explicar
o tempo todo para os pacientes que suas piadas não são engraçadas. Outro método é a administração de remédios para estabilizar
a condição emocional.
(Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2017/05/conheca-doenca-que-faz-com-que-pacientes-nao-parem-de-contar-piadas.html. Adaptado)
17) Em “Qualquer mudança sofrida por lá...”, o elemento anafórico, em negrito, refere- ao termo:
a) de um derrame.
b) de alguma lesão.
c) na região frontal do lado direito do cérebro.
d) a área responsável por sua personalidade.
e) qualquer mudança sofrida.
18) Na organização de um texto, há elementos anafóricos e catafóricos; o enunciado abaixo em que o termo sublinhado tem função
catafórica é:
a) A situação atual é de crise, mas é preciso enfrentá-la com coragem.
b) Cheguei à conclusão de que isto é o mais importante: não perder o emprego.
c) Trabalhar sempre: esse é o segredo do sucesso.
d) Novos assaltos ocorreram, pois a polícia não consegue controlar essas ocorrências.
e) Encontrei amigos durante a viagem, mas eles não ficaram junto conosco.
18) Alguns termos de um texto são explicitados por termos posteriores (catáforas) e não por termos anteriores, como nas anáforas.
A frase abaixo que tem um exemplo de catáfora é:
a) Ele é um grande craque, esse tal de João;
b) Encontrei o deputado numa festa, mas nunca mais o vi;
c) Comprei o novo computador no Mercado Livre;
d) As frutas e os legumes eu trouxe, mas o restante, não;
e) Os meus vizinhos sempre me auxiliam nas tarefas.
20)
Tomar decisões nem sempre é algo fácil. Tomar boas decisões, então, pode ser ainda mais difícil. Mas, chegar lá não tem muito
segredo: ponderar sobre as diversas possibilidades e ter um senso crítico são caminhos que costumam fazer tudo dar certo. Ainda
que isso, vez ou outra, envolva ir de encontro com suas próprias opiniões.
Agora, imagine você ter uma autoconfiança muito grande e simplesmente não considerar nada disso? Pois é, cientistas da
Universidade de Waterloo, no Canadá, constataram que é exatamente o que acontece com pessoas narcisistas.
A origem da palavra “narcisismo” deriva da história de Narciso, o belo jovem da mitologia grega que – spoiler – morre por se
apaixonar por sua própria imagem refletida num espelho d’água. Além da crítica óbvia ao culto exagerado à própria imagem, o mito
também chama atenção para o individualismo e a autoconfiança. Narcisistas geralmente possuem essas características, o que
acaba fazendo com que eles realmente achem que não precisam de nada além de seu próprio ponto de vista para tomar uma
decisão acertada.
Pessoas narcisistas não costumam fazer isso por mal: elas têm uma convicção clara de que já nasceram pensadores críticos
altamente inteligentes – e, por isso, não precisam colocar nada na balança. O problema é que os altos níveis de confiança que eles
têm em suas habilidades intelectuais vira e mexe estão equivocados.
(Fonte: Superinteressante)
De acordo com o texto e com a Gramática Normativa da Língua Portuguesa, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro
(V) ou Falso (F).
( ) No trecho “Ainda que isso, vez ou outra”, a palavra destacada tem função anafórica, já que faz referência a uma ideia já
enunciada no texto, retomando-a.
( ) No trecho “Narcisistas geralmente possuem essas características”, a palavra destacada tem função catafórica, já que faz
referência a uma expressão ainda não enunciada no texto, antecipando-a.
( ) No trecho “além de seu próprio ponto de vista”, a palavra destacada é, morfologicamente, classificada como um pronome
demonstrativo.
( ) No trecho “O problema é que os altos níveis de confiança”, a palavra destacada é classificada, morfologicamente, como um
pronome relativo.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
a) V, F, F, F. b) F, V, F, V. c) F, F, V, V. d) V, V, F, F.
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 109
Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 110


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676
ICL – Com você até a sua APROVAÇÃO!
End.: Av. Ubiratan Honório de Castro, 545 – Santa Mônica - (34) 3237-2012
online.iclcursos.com.br

21) As proformas pronominais “isso” (linha 31), “essas” (linha 36) e “esta” (linha 53) desempenham, respectivamente,
função
a) anafórica – catafórica – catafórica
b) anafórica – anafórica – catafórica
c) anafórica – anafórica – anafórica
d) catafórica – anafórica – anafórica
e) catafórica – catafórica – catafórica

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
C C A C B A A D A C E C A A E E C B A A B

Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 111


Assistente Administrativo UFU – 2023
3064 - 03901804676

Você também pode gostar