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ª Tatiane Galdino
Proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim, sem autorização prévia, por escrito, do autor, segundo as
disposições da Lei de Direitos Autorais e legislações aplicáveis. O infrator será responsabilizado pelas perdas e danos morais e materiais causados
ao autor.
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SUMÁRIO
CLASSES GRAMATICAIS .................................................................................................................................................................. 3
OS SUBSTANTIVOS..................................................................................................................................................................... 3
OS ADJETIVOS ............................................................................................................................................................................ 3
OS ARTIGOS ................................................................................................................................................................................ 3
OS PRONOMES ........................................................................................................................................................................... 4
OS NUMERAIS ............................................................................................................................................................................. 5
OS VERBOS ................................................................................................................................................................................. 5
OS ADVÉRBIOS ........................................................................................................................................................................... 8
AS PREPOSIÇÕES....................................................................................................................................................................... 9
AS CONJUNÇÕES...................................................................................................................................................................... 10
AS INTERJEIÇÕES..................................................................................................................................................................... 10
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 11
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 14
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 03 ..................................................................................................................................... 16
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 04 ..................................................................................................................................... 20
SINTAXE ........................................................................................................................................................................................... 24
PERÍODO SIMPLES ................................................................................................................................................................... 24
PERÍODO COMPOSTO .............................................................................................................................................................. 24
SUJEITO E PREDICADO............................................................................................................................................................ 24
ADJUNTOS ADVERBIAIS ........................................................................................................................................................... 26
PREDICATIVO DO SUJEITO ...................................................................................................................................................... 27
PREDICATIVO DO OBJETO ...................................................................................................................................................... 27
O COMPLEMENTO NOMINAL ................................................................................................................................................... 29
OS ADJUNTOS ADNOMINAIS ................................................................................................................................................... 30
APOSTO ..................................................................................................................................................................................... 31
VOCATIVO .................................................................................................................................................................................. 31
ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES COORDENADAS ....................................................................................... 32
ESTUDO DO PERÍODO COMPOSTO: ORAÇÕES SUBORDINADAS ...................................................................................... 32
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 35
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 46
ACENTUAÇÃO GRÁFICA ................................................................................................................................................................ 53
ENCONTROS VOCÁLICOS ........................................................................................................................................................ 53
REGRAS GERAIS ....................................................................................................................................................................... 54
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 56
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 60
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS ................................................................................................................................. 63
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DAS PALAVRAS ........................................................................................................................ 63
FORMAÇÃO DE PALAVRAS ...................................................................................................................................................... 63
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS............................................................................................................................................... 64
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 66
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 72
USO DOS PORQUÊS ....................................................................................................................................................................... 74
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 75
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 76
DISCURSO DIRETO, INDIRETO E INDIRETO LIVRE ..................................................................................................................... 84
PONTUAÇÃO ................................................................................................................................................................................... 85
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 01 ..................................................................................................................................... 88
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO – LISTA 02 ..................................................................................................................................... 97
PRONOMES DEMONSTRATIVOS E SUAS FUNÇÕES REFERENCIAIS ....................................................................................... 99
COESÃO TEXTUAL.......................................................................................................................................................................... 99
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ...................................................................................................................................................... 100
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CLASSES GRAMATICAIS
A fim de organizar as palavras que temos ao nosso dispor, convencionou-se agrupá-las em 10 grandes classes. O
critério utilizado para essa divisão é a função dessas palavras. Nessa perspectiva, temos:
OS SUBSTANTIVOS
Definição: É a classe gramatical que nomeia seres, objetos, sentimentos. Absolutamente tudo que puder ser
denominado, tendo existência comprovada ou não, será classificado como substantivo.
Exemplos: casa, amor, trabalho, motivação, estudo, força, coisa, entusiasmo, assombração, elemento, item...
OS ADJETIVOS
Definição: São palavras que fornecem características aos substantivos.
Aluno forte, calmo, triste, alegre, estudioso, determinado, ativo...
Aula dinâmica, útil, chata, importante, imprescindível, disponível...
OS ARTIGOS
Definição: São palavras que antecedem os substantivos, determinando ou indeterminando-os em gênero e número.
Os artigos se dividem em:
a) Artigos definidos: o, os, a, as
b) Artigos indefinidos: um, uns, uma, umas
O PODER DOS ARTIGOS: DEFININDO E INDEFININDO NOMES
Ontem eu conheci um médico.
Ontem eu conheci o médico.
Hoje eu quero usar uma roupa.
Hoje eu quero usar a roupa.
Vou comprar um carro.
Vou comprar o carro.
OS PRONOMES
Definição: São palavras que acompanham ou substituem nomes.
Exemplos:
Onde está a blusa que comprei? Emprestei-a.
Marcelo, você viu Maria hoje? Sim, ela estava na feira mais cedo.
Quero apenas esses materiais.
Vou a sua casa.
Não vamos a certos lugares.
PRONOMES PESSOAIS
Definição: Substituem substantivos e representam as pessoas do discurso.
a) do caso reto: eu, tu, ele(a), nós, vós, eles(as);
b) o caso oblíquo: me, mim, comigo, te ti, contigo, se, si, consigo, nos, conosco, vos, convosco, o, os, a, as,
lhe, lhes.
c) de tratamento: você, Senhor, Vossa Senhoria, Vossa Excelência, Vossa Santidade, Vossa Majestade...
PRONOMES POSSESSIVOS
Definição: Atribui às pessoas do discurso a posse de algo. Exemplos: Meu, minha, teu, tua, seu, sua, nosso, nossa,
vosso, vossa
Exemplo: Quando seu relógio marcar 7 horas, estarei em nossa sala de aula.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Definição: Indicam o lugar dos seres em relação às pessoas do discurso. Exemplos: Este, esta, esse, essa, aquele,
aquela, aquilo, mesmo, mesma...
Exemplos:
Isto é meu.
Aquilo é seu.
Os próprios sábios podem se enganar.
Tais crimes não podem ficar impunes.
Vou comprar esse carro aí.
PRONOMES INDEFINIDOS
Definição: Referem-se à 3ª pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Exemplos:
algum, alguns, todo, toda, quanto, quanta, vários, várias, qualquer, quaisquer, nenhum, nenhuma, outro, outra, pouco,
pouca, demais, quem, certo, certos ...
Exemplos:
Encontrei quem pode me ajudar.
Alguns contentam-se com pouco.
Dois tripulantes se salvaram; os demais pereceram.
Todos devem se sentar em seus lugares.
PRONOMES INTERROGATIVOS
Definição: São usados nas frases interrogativas. Exemplos: Que, quem, quantos, qual
Exemplos:
Que há?
Reagir contra quê?
Quem foi?
Quantos vêm?
Por que motivo não veio?
OS NUMERAIS
Definição: São palavras que exprimem número, ordem numérica, múltiplo ou fração. Eles podem ser:
cardinais
ordinários
multiplicativos ou
fracionários.
Exemplos:
Comprei cinco livros.
Moro no segundo andar daquele prédio.
Trinta é o triplo de dez.
Comemos um terço da torta.
OS VERBOS
Verbos: São palavras que exprimem ação, estado ou fenômeno da natureza.
Exemplos:
O criado abriu o portão da casa. (AÇÃO)
Fernando estava cansado. (ESTADO)
Nevou em Bom Jardim da Serra. (FENÔMENO DA NATUREZA)
MODOS VERBAIS
Modo Indicativo: Exprime um fato certo.
Ex.: Vou à escola hoje.
Modo Subjuntivo: Exprime um fato incerto, possível, hipotético.
Ex.: Se eu for à escola...
Modo Imperativo: Exprime ordem, conselho, pedido, proibição.
Ex.: Vá à escola.
LOCUÇÕES VERBAIS
São construções representadas por dois verbos, em que apenas o verbo principal detém o sentido expresso na
locução. O modelo de uma locução verbal é:
Verbo Auxiliar + Verbo Principal (o verbo principal aparece na forma de infinitivo, gerúndio ou particípio)
O funcionário foi admitido.
Eu estava estudando.
O gerente deve atender bem seu correntista.
Nós pretendemos enfrentar a crise econômica brasileira.
Maurício havia pagado a dívida.
OS ADVÉRBIOS
São palavras invariáveis que modificam os verbos, os adjetivos e os próprios advérbios.
Vejam:
Nós saímos cedo.
Nós saímos muito cedo.
Rebeca é bastante bonita.
APLICAÇÕES
Afirmação: Você realmente é um bom aluno.
Negação e lugar: Nós não iremos ao clube hoje.
Negação e intensidade: A prova não foi nada fácil.
Intensidade: Quanto insisti.
Lugar: “Onde houver ódio, que eu leve o amor”.
Modo: Beatriz agiu calmamente.
Tempo: Estudo diariamente.
AS PREPOSIÇÕES
São palavras invariáveis que ligam um termo dependente a um termo principal, estabelecendo uma relação entre
ambos.
Preposições essenciais: a, ante, após, até, com contra, de, desde, em, entre, para, perante, por (per), sem, sob,
sobre, trás.
Exemplos:
Recorremos a Jerônimo.
Choraram de alegria.
Olhei para ele.
Esperamos por você.
A luta contra o mal é necessária.
Fora intimado a comparecer ante o juiz para ser interrogado.
Os carros passavam sob um arco de triunfo erguido sobre a ponte.
CONTRAÇÕES
Vou à casa de mamãe. (a + a)
Eu não vou àquele lugar. (a+ aquele)
Refiro-me àquela polêmica ocorrida ontem. (a + aquela)
Refiro-me àquilo que você falou. (a + aquilo)
O carro do presidente está estacionado na rua. (de + o) (em + a)
Não gosto dele. (de + ele)
Saia daqui. (de + aqui)
Estávamos num carro branco. (em + um)
Maurício estava naquele ponto de ônibus próximo à esquina. (em + aquele) (a +a)
Chapeuzinho Vermelho caminhou pela estrada. (per + a)
Os molhos estão na porta da geladeira. (em + a)
Os sapatos estão no chão do quarto. (em + o)
AS CONJUNÇÕES
São palavras invariáveis cuja função é conectar orações ou palavras da mesma oração.
CONJUNÇÕES COORDENADAS
2) Adversativas: Exprimem uma relação de adversidade, contrariedade, oposição. A ideia de adversidade geralmente cria uma
expectativa que não se concretiza.
Exemplos: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, ao passo que, antes (pelo contrário), em todo caso, e.
O professor não proíbe, antes (pelo contrário) estimula as perguntas em sala.
Trabalho cada vez mais, mas não tenho aumento de salário há anos.
Ganha bem, todavia nunca tem dinheiro.
4) Explicativas: Introduzem uma ideia de explicação relacionada normalmente a uma ordem, advertência, solicitação, sugestão.
Iniciam uma justificativa para algo que se diz.
Exemplos: que, porque, pois, já que, visto que, uma vez que, dado que, porquanto...
“E não tenham medo, que eles não são de nada.” (Fernando Sabino)
Ela vai viajar, já que vi suas malas prontas.
Choveu, porque as ruas estão alagadas.
AS INTERJEIÇÕES
São palavras invariáveis que funcionam como recurso da linguagem afetiva ou emocional, podendo exprimir ou registrar os
mais variados sentimentos e emoções.
“Caramba! Isto é que se chama talento!” (Josué Montelo)
“Puxa vida! – exclamou Gumersindo, brecando o carro.” (Edy Lama)
Podem ser (entre outras):
Aclamação: viva!
Dor, arrependimento, lástima: ai! ui! ah! oh! ai de mim!
Advertência: cuidado! devagar! atenção! calma! sentido! alerta! olha! veja bem!
Dúvida, suspeita: hum! epa!
Admiração, surpresa, espanto: ah!, oh! puxa! céus! uai! credo!
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E E B E B B B C A E E D B E C B B A B B
No segundo quadrinho, é CORRETO afirmar que a primeira partícula “que” está exercendo função morfológica de:
a) Pronome relativo.
b) Conjunção integrante.
c) Conjunção causal.
d) Conjunção final.
13) Assinale a alternativa em que se tem destacado um adjunto adverbial de lugar:
a) “Cerca de 3 bilhões de pessoas ainda dependem de combustíveis e equipamentos poluentes para cozinhar (...).”
b) “No Brasil, a OMS estima que 50 mil pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à poluição do ar.”
c) “Quase 10% da população do país ainda queima madeira para cozinhar, o que contribui para a exposição à poluição.”
d) “A situação é mais grave em algumas regiões do mundo como a Ásia e a África e também nos países de renda média e
baixa.”
14) A relação entre as orações, estabelecida pela conjunção destacada, está INCORRETAMENTE identificada entre
parênteses, em:
a) “Há colunistas, por exemplo, escrevendo que apropriação cultural não existe, e, por outro lado, pessoas colocando a
responsabilidade nos indivíduos...” (ADIÇÃO).
b) “Mulheres negras não passaram a ser tratadas com dignidade, por exemplo, porque o samba ganhou o status de símbolo
nacional.” (EXPLICAÇÃO).
c) “Enquanto terreiros são invadidos, há marcas que acham cult colocar modelos brancas representando Iemanjá.”
(CONCLUSÃO).
d) “Porém, isso não significa culpabilizar os indivíduos que estão inseridos dentro dessa lógica.” (ADVERSIDADE).
15) No trecho “Textos e mais textos sobre o tema, discussões, muitas vezes infrutíferas, e esvaziamento de conceitos.”, o
termo destacado pertence à mesma classe gramatical que em:
a) “Acredito que ambos os caminhos são equivocados”.
b) “Essa apropriação cultural cínica não se transforma em respeito e em direitos na prática do dia a dia”.
c) “E é extremamente importante apontar isso...”.
d) “Achei correta a crítica feita à marca Farm quando colocou várias modelos brancas usando turbantes e nenhuma negra”.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15
B C C C B A C B C A A A B C B
Língua Portuguesa – Prof.ª Tatiane Galdino 15
Assistente Administrativo UFU – 2023
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01) A alternativa que apresenta classes de palavras cujos sentidos podem ser modificados pelo advérbio são:
a) adjetivo - advérbio - verbo.
b) verbo - interjeição - conjunção.
c) conjunção - numeral - adjetivo.
d) adjetivo - verbo - interjeição.
e) interjeição - advérbio - verbo.
02) Das palavras abaixo, faz plural como "assombrações"
a) perdão.
b) bênção.
c) alemão.
d) cristão.
e) capitão.
03) Na oração "Ninguém está perdido se der amor...", a palavra grifada pode ser classificada como:
a) advérbio de modo.
b) conjunção adversativa.
c) advérbio de condição.
d) conjunção condicional.
e) preposição essencial.
04) Marque a frase em que o termo destacado expressa circunstância de causa:
a) Quase morri de vergonha.
b) Agi com calma.
c) Os mudos falam com as mãos.
d) Apesar do fracasso, ele insistiu.
e) Aquela rua é demasiado estreita.
05) "Enquanto punha o motor em movimento." O verbo destacado encontra-se no:
a) Presente do subjuntivo.
b) Pretérito mais-que-perfeito do subjuntivo.
c) Presente do indicativo.
d) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo.
e) Pretérito imperfeito do indicativo.
06) Aponte a opção em que muito é pronome indefinido:
a) O soldado amarelo falava muito bem.
b) Havia muito bichinho ruim.
c) Fabiano era muito desconfiado.
d) Fabiano vacilava muito para tomar decisão.
e) Muito eficiente era o soldado amarelo.
07) A flexão do número incorreta é:
a) tabelião - tabeliães.
b) melão - melões
c) ermitão - ermitões.
d) chão - chãos.
e) catalão - catalões.
08) Dos verbos abaixo apenas um é regular, identifique-o:
a) pôr.
b) adequar.
c) copiar.
d) reaver.
e) brigar.
09) A alternativa que não apresenta erro de flexão verbal no presente do indicativo é:
a) reavejo (reaver).
b) precavo (precaver).
c) coloro (colorir).
d) frijo (frigir).
e) fedo (feder).
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A A D A E B E E D B D A B C D D C C
19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
C E E C A E C D B D D E C E D E C
Assinale a alternativa em que estão corretamente relacionadas a classe das palavras destacadas e a tipologia do texto
em questão.
a) Trata-se de advérbios, muito presentes em textos do tipo narrativo, por qualificarem os verbos responsáveis pelo
desenvolvimento da história.
b) São adjetivos, comuns em textos descritivos, pois conferem caracterização aos substantivos, permitindo ao leitor
imaginar aquilo que é descrito.
c) As palavras destacadas são conectivos, responsáveis por realizar a ligação entre uma ideia e outra e manter a
coesão dos textos dissertativos.
d) Em destaque tem-se verbos de ação, que funcionam nos textos injuntivos com o objetivo de instruir o leitor na
realização de alguma atividade.
05) Leia a letra de música a seguir.
“O que é que eu posso contra o encanto
Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar”
(Chico Buarque – Retrato em branco e preto)
Os pares de verbos / locuções verbais nos quais se tem ambos os verbos conjugados no pretérito prefeito são:
a) Usada / é apontada.
b) Ajudou / inventou.
c) Causaria / Usada.
d) É considerada / É apontada.
09) Na frase “Eu coloro meus próprios cabelos com tintura comprada na farmácia”, o verbo “colorir” está, de acordo
com a norma-padrão,
a) adequadamente conjugado na primeira pessoa do presente do indicativo.
b) adequadamente conjugado na primeira pessoa do presente do imperativo.
c) inadequadamente conjugado, pois trata-se de verbo defectivo.
d) inadequadamente conjugado, pois trata-se de verbo reflexivo.
10) “Se acessarmos as redes sociais e portais de busca na internet, vamos, talvez, nos surpreender com o uso da
expressão ‘não sou racista, mas...’, completada de formas diversas, todas com teor marcadamente racista.”
Disponível em: <https://tinyurl.com/yxrj9tcp>.Acesso em: 18 jul. 2019.
Analisando a expressão destacada, “não sou racista, mas...”, é correto afirmar, a respeito do uso da conjunção ‘mas’
aí empregada:
a) Como uma conjunção adversativa, apresenta uma ressalva de pensamento que indica uma oposição em relação ao
que é mencionado na oração anterior a ela.
b) Trata-se de uma conjunção explicativa, que se destina a introduzir a explicação do que é afirmado na oração anterior.
c) Essa é uma conjunção conclusiva, que introduz uma conclusão lógica para o pensamento desenvolvido
anteriormente a ela.
d) Como conjunção consecutiva, ‘mas’ exprime conformidade da oração que será introduzida em relação à ideia
elaborada peal oração anterior.
11) Releia o trecho a seguir.
“A vitalidade da Notre-Dame, entretanto, não está na sua arquitetura esplêndida, ou na arte deslumbrante e abundante
no seu interior, nos afrescos, nas pinturas, na escultura, nos vitrais. São destrutíveis e restauráveis.”
A conjunção destacada pode ser substituída, corretamente e sem que haja prejuízo de sentido para o trecho, por:
a) Portanto.
b) Enquanto.
c) Todavia
d) Consequentemente.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
D C A B D B B B C A C D B
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C D D D B C B A B A A D
SINTAXE
PERÍODO SIMPLES
Constituído de apenas uma oração, isto é, uma frase com um verbo ou uma locução verbal.
“A ignorância do bem é a causa do mal”. (Demócrito)
As últimas aves foram vistas no amanhecer.
Encontramos no vocabulário do português palavras oriundas do grego.
O vento vergou os galhos das árvores.
Deveria haver a aplicação mais severa das leis no Brasil.
PERÍODO COMPOSTO
Constituído por mais de uma oração.
Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.
Avancei lentamente até a sala e sentei-me.
A noite avança, promovendo uma paz profunda.
Pedi que me entregasse todos os documentos.
Há palavras cuja origem é obscura.
SUJEITO E PREDICADO
São termos essenciais da oração.
Sujeito: É o termo sobre o qual o verbo se expressa.
Exemplo: Escolhas são ordens da vida.
Predicado: Além do sujeito, tudo é predicado.
Exemplo: (...) ordens da vida.
TIPOS DE SUJEITO
Sujeito simples: Possui apenas um núcleo.
Um bando de galinhas d’angola atravessou a rua. (núcleo: bando)
Dos móveis da casa, restaram somente as cadeiras. (núcleo: cadeiras)
Isto não me agrada. (núcleo: isto)
Ninguém lhe telefonou. (núcleo: ninguém)
Sujeito oculto = elíptico = desinencial: É aquele que não está expresso na oração, mas pode ser deduzido pelo contexto.
Viajarei amanhã. (eu)
Um soldado saltou para a calçada e aproximou-se do bandido. (ele = soldado)
Fizeste uma boa prova? (tu)
Levem os doces à festa. (vocês)
FAZER e PASSAR
São verbos impessoais quando fazem referência a tempo.
Faz dois anos que me formei.
Fazia muito frio.
Passava das cinco horas.
Devia FAZER anos que não via Marcela.
ADJUNTOS ADVERBIAIS
É o termo ou expressão que exprime circunstâncias de tempo, lugar, modo, companhia.. modificando o sentido do
verbo, do adjetivo e do próprio advérbio.
Os advérbios presentes nas classes gramaticais passam a ser chamados, na sintaxe, de Adjuntos Adverbiais.
Exemplos:
Errei por distração.
Júlio reside em Niterói.
PREDICAÇÃO VERBAL
VERBOS TRANSITIVOS: são aqueles que recebem complementação verbal. Os complementos verbais dos verbos
transitivos são:
VERBOS DE LIGAÇÃO: Também conhecidos como verbos de estado, não expressam ações do sujeito.
Simplesmente ligam o sujeito a uma característica, estado ou informação sobre esse sujeito, ou seja, aos seus
predicativos.
Os verbos de ligação mais comuns são: ser, estar, permanecer, ficar, parecer, continuar, andar (no sentido de estar),
virar (no sentido de se transformar) entre outros (conforme seus contextos).
PREDICATIVO DO SUJEITO
Toda e qualquer característica atribuída ao sujeito de uma oração.
Exemplos:
O velho retrato da avó virou um brinquedo entre as crianças.
A porta está aberta.
O aluno ficou quieto.
Marina é bela.
O moço anda triste.
Inácio permaneceu sentado.
O dia continuava chuvoso.
As crianças tornam-se rebeldes.
PREDICATIVO DO OBJETO
É qualquer característica ou informação atribuída, principalmente, ao objeto direto dos verbos transitivos.
Vejam:
O juiz declarou o réu inocente.
O povo elegeu-o deputado.
A mãe viu o filho desanimado.
O advogado considerava aqueles direitos indiscutíveis.
A predicação de um verbo só pode ser determinada a partir de um
contexto.
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01) Analise e classifique cada um dos verbos grifados nas orações abaixo.
a) A terra dá bons frutos.
b) Os pais dão conselhos aos filhos.
c) O trabalho deu certo.
d) Quem dá aos pobres, empresta a Deus.
e) Esse dinheiro não dá.
f) Ele não vê.
g) Ele não vê televisão.
h) Hagar bebe demais.
i) Hagar bebe leite demais.
j) O ator não teria dinheiro para lhe pagar.
k) O desfile das escolas de samba foi um espetáculo deslumbrante.
l) O consumidor reclama muito.
m) O consumidor reclama seus direitos.
n) Hagar não consegue entender Helga.
o) Aquela menina vive calada.
p) Nossa família vive muito bem.
q) Romeu e Julieta viveram um grande amor.
Conclui-se, desse modo, que a oposição entre verbo transitivo, verbo intransitivo e
verbo de ligação NÃO é absoluta, depende basicamente de cada situação em que
forem empregados e dos sentidos que se deseja produzir.
Os verbos transitivos diretos terminados em r, s e z perderão essas últimas letras e aos pronomes oblíquos (o, os,
a, as) será acrescentada a letra l.
Exemplos:
Encontramos as pessoas. / Encontramo-las.
O professor fez os alunos entrar. / O professor fê-los entrar.
Mandaram prender o infrator. / Mandaram prendê-lo.
Os verbos transitivos terminados com som nasal (-ão, -õe, am, em...) que tiverem como complementos os pronomes
oblíquos a, as, o, os terão a letra N acrescentada a esses pronomes.
Exemplos:
Põe as cartas. / Põe-nas.
Encontraram os meninos. / Encontraram-nos.
As formas me, te, se, nos, vos podem ser usadas como objetos diretos ou indiretos conforme a transitividade do
verbo:
Objeto direto
Ele me estima.
Todos te esperam.
A criança feriu-se.
Ele nos convidou.
Eu vos louvo.
Objeto indireto
Ele me obedece.
Cedo-te o lugar.
Armando dá-se ares de importante.
ATENÇÃO!!
Apesar de os pronomes pessoais do caso reto exercerem, via de regra, funções de sujeito
das orações, as formas retas ele(s), ela(s), nós, vós também são usadas com função de
objetos indiretos, desde que regidas de preposição.
Pagarei a ele a dívida.
Lutei contra ele.
Atiraram contra nós.
Confio em vós.
O COMPLEMENTO NOMINAL
É o termo obrigatoriamente preposicionado que completa o sentido do substantivo, do adjetivo e do advérbio.
Exemplos:
O fumo é prejudicial à saúde.
O juiz agiu favoravelmente ao réu.
Todos tínhamos necessidade de informações.
Moacir está apto para o trabalho.
Todos estávamos precavidos contra o mal.
Devemos ter respeito às leis.
Devemos ter disposição para o trabalho.
VOZES VERBAIS
Temos 3 vozes verbais:
Voz ativa: Sujeito pratica a ação verbal.
Voz passiva (analítica e sintética): Sujeito recebe a ação verbal.
Voz reflexiva: O mesmo sujeito que pratica, também recebe a ação.
OS ADJUNTOS ADNOMINAIS
São expressões que acompanham os substantivos caracterizando-os. Os adjuntos adnominais são representados por:
Adjetivos: água fresca...
Artigos: as ruas...
Pronomes: meu tio, este lugar, pouco sal, país cuja história...
Numerais: dois pés...
Locuções adjetivas: presente de rei, homem sem escrúpulos, golpe de mestre.
APOSTO
É a palavra ou expressão que explica, especifica ou resume outro termo da oração.
Exemplos:
Dom Pedro II, Imperador do Brasil, foi um monarca sábio.
Berlim, capital da Alemanha, é desenvolvida.
Casas, pastos, árvores, tudo foi destruído pela enchente.
Prezamos acima de tudo duas coisas: o respeito e a liberdade.
OBSERVAÇÃO: O aposto nunca pode possuir verbos e aparece marcado por sinais de pontuação (: , -)
VOCATIVO
É o termo usado para chamar ou interpelar uma pessoa, animal ou coisas personificadas a que nos dirigimos.
Exemplos:
Francisco! Oh, Francisco, venha nos ajudar, por favor!
Oh, Deus, livre-nos de todos os males!
“Ô, Sol, vê se enriquece a minha melanina...” (Vitor Kley)
OBSERVAÇÃO: Na escrita, o vocativo é separado por vírgulas.
Oração subordinada liga-se às orações principais a fim de lhes oferecer uma função sintática ou lhes ampliar o sentido. Elas
se classificam em:
Substantivas;
Adjetivas;
Adverbiais.
1. Causais: Expressa causa, motivo, razão para um evento que se realiza na oração principal.
Não posso ir à reunião hoje, já que meu filho está doente.
Como não me atenderam, repreendi-os severamente.
“Velho que sou, apenas conheço as flores do meu tempo”. (Vivaldo Coaraci)
Não se ouvia nada, tamanho era o barulho. (sem conjunção)
2. Consecutivas: Exprimem uma consequência, um efeito ou resultado de um fato expresso na oração principal.
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
Ontem estive doente, de sorte que não saí de casa.
3. Comparativas: Representam o segundo termo de uma comparação.
“A preguiça gasta a vida, como a ferrugem consome o ferro.” (Marquês de Maricá)
Como a flor se abre ao sol, a minha alma se abriu àquele olhar.
4. Concessivas: Exprimem um fato que se concede, que se admite, em oposição ao da oração principal.
Admirava-o muito, embora não o conhecesse pessoalmente.
Nem que a gente quisesse, seria possível modificar aquela situação.
Cumpriremos nossa obrigação, mesmo que o custo seja alto.
5. Condicionais: Expressam condição para que algo se cumpra na oração principal.
Se observasse bem, não tomaria essas medidas.
Poderá ser um bom médico, caso estude muito.
PERÍODO SIMPLES
01) Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é:
a) todos;
b) fazenda;
c) vizinha;
d) vaqueiros;
e) pressas.
02) Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:
a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto);
b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado);
c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente);
d) haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente);
e) não existem flores no vaso (sujeito inexistente).
03) Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é:
a) subentendido;
b) claro, composto e determinado;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) claro, simples e determinado.
04) Marque a oração em que o termo destacado é sujeito:
a) houve muitas brigas no jogo;
b) Ia haver mortes, se a polícia não interviesse;
c) faz dois anos que há bons espetáculos;
d) existem muitas pessoas desonestas;
e) há muitas pessoas desonestas.
05) Indique a única frase que não tem verbo de ligação:
a) o sol estava muito quente;
b) nossa amizade continua firme;
c) suas palavras pareciam sinceras;
d) ele andava triste;
e) ele andava rapidamente.
06) Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos grifados são respectivamente:
a) transitivo direto - de ligação;
b) de ligação - intransitivo;
c) de ligação - transitivo - indireto;
d) transitivo direto - transitivo indireto;
e) de ligação - transitivo direto.
07) Na praça deserta um homem caminhava - o sujeito é:
a) indeterminado;
b) inexistente;
c) simples;
d) oculto por elipse;
e) composto.
08) Na oração: “Anunciaram grandes novidades” – o sujeito é:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) elíptico;
e) inexistente.
09) “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
D E A D E E C C E A D E A C E C
17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32
B B E C C A A D B A B D D C C C
33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
A C D C E C E E C C C A C A D C
49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64
E D E C D B A E C B D D D C B A
PERÍODO COMPOSTO
01)
Traduzir-se.
(Ferreira Gullar)
Uma parte de mim Uma parte de mim
é todo mundo; é permanente;
outra parte é ninguém: outra parte
fundo sem fundo. se sabe de repente.
A terceira estrofe do poema, “Uma parte de mim pesa, pondera; outra parte delira”, apresenta orações:
a) Subordinadas adverbiais.
b) Subordinadas substantivas.
c) Coordenadas.
d) Subordinadas adjetivas.
02) Assinale a alternativa CORRETA para a classificação da seguinte oração: "Sem limparem a casa, não iremos ao
shopping".
a) Oração subordinada adverbial final reduzida.
b) Oração subordinada adverbial condicional reduzida.
c) Oração subordinada adverbial consecutiva reduzida.
d) Nenhuma das alternativas.
03) Assinale a alternativa em que esteja INCORRETA a classificação do período e da oração sublinhada.
a) Soube-se QUE ELA CHEGA HOJE. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva
subjetiva.)
b) Carlos saiu cedo E VOLTOU DE MADRUGADA. (Período composto por coordenação; oração coordenada sindética
aditiva.)
c) Parece QUE VAI CHOVER NOVAMENTE. (Período composto por subordinação; oração subordinada substantiva
objetiva direta.)
d) O certo é QUE A CIDADE CRESCEU MUITO. (Período composto por subordinação; oração subordinada
substantiva predicativa.)
04) Uma mulher de 21 anos foi presa em flagrante pela Polícia Civil da Paraíba porque teria visto o filho de três anos
se afogar em uma piscina no município de Mari (PB), a 77 quilômetros de João Pessoa, e não o socorreu.
A oração sublinhada no período acima se classifica como
a) oração coordenada sindética adversativa.
b) oração coordenada sindética aditiva.
c) oração coordenada assindética conclusiva.
d) oração subordinada substantiva subjetiva.
e) oração subordinada adverbial final.
05) "Lembro-me DE QUE ELE SÓ USAVA CAMISAS BRANCAS." A oração com letras maiúsculas é:
a) subordinada substantiva completiva nominal
b) subordinada substantiva objetiva indireta
c) subordinada substantiva predicativa
d) subordinada substantiva subjetiva
e) subordinada substantiva objetiva direta
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
C B A A B A E A A A C C C D A B C A B D D A C A C
PERÍODO SIMPLES
01) “Termos acessórios são os que desempenham na oração uma função secundária, qual seja a de caracterizar um ser,
determinar os substantivos, exprimir alguma circunstância.”
(CEGALLA, 2007, p. 363).
Analise as frases e os termos em negrito e assinale a alternativa correta:
• Maria do Carmo, melhor aluna da turma, ganhou o prêmio de literatura
• Joana, venha ver seu programa favorito.
• Mudou-se havia três semanas.
• Morei com Bruno perto de dois anos
a) adjunto adnominal, complemento verbal, aposto e vocativo
b) vocativo, aposto, adjunto adnominal e adjunto adverbial
c) aposto, vocativo, adjunto adnominal e adjunto adverbial
d) complemento nominal, vocativo, numeral e complemento verbal
e) vocativo, complemento nominal, adjunto adverbial e adjunto nominal
02) “Adjunto adverbial é o termo que exprime uma circunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras palavras, que
modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou advérbio.”
(CEGALLA, 2007, p. 364).
Assinale a alternativa abaixo que não desempenha a função de adjunto adverbial:
a) Talvez Juan tivesse razão.
b) Gosto muito de chocolate.
c) Chegamos à cidade ao fim da noite.
d) Voltamos de carro para a praia.
e) José, avô de Daniel, comprou um carro.
03) Qual das frases abaixo não apresenta um aposto?
a) A geografia, estudo da terra, é uma disciplina fundamental do currículo escolar.
b) Joana apresentou seu trabalho na escola que recebeu nota máxima.
c) Diana e Richard foram os vencedores, aquela na corrida, e este no atletismo.
d) Na bolsa levava o que precisava: roupas, comida e remédios.
e) A garota, que parecia desacordada, foi levada para o hospital.
04) Em “Ainda ficam intrigados com os mistérios do cérebro os neurologistas modernos”, o termo grifado é:
a) Predicativo do objeto.
b) Objeto direto.
c) Predicativo do sujeito.
d) Objeto indireto.
05) Na oração: Os colegas consideram Pedro inteligente. O termo “inteligente” é um:
a) Predicativo do sujeito.
b) Predicativo do objeto.
c) Complemento nominal.
d) Adjunto adnominal do objeto.
06) Leia o texto abaixo:
Em “... é transmitida por animais contaminados e comentários e postagens nas redes sociais...”, o termo destacado
tem a função sintática de
a) adjunto adverbial, indica circunstância à ação verbal.
b) agente da passiva, pratica a ação verbal na voz passiva.
c) complemento nominal, pois completa o adjetivo “transmitida”.
d) objeto indireto, completa do sentido do verbo com o auxílio da preposição.
e) sujeito, pratica a ação de “transmitir” expressa na oração de ordem inversa.
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07)
Cuitelinho
(canção popular divulgada por Paulo Vanzolini, Pena Branca e Xavantinho e Almir Sater)
Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai
No verso “Bate uma, a outra faia”, ocorre o emprego da elipse por duas
Quando eu vim
vezes. A palavra ocultada nas duas situações é “batida”. As funções
da minha terra
sintáticas de cada elipse são, respectivamente:
Despedi da parentália
a) objeto direto e adjunto adnominal.
Eu entrei no Mato Grosso
b) sujeito e adjunto adnominal.
Dei em terras paraguaia
c) sujeito e objeto indireto.
Lá tinha revolução
d) objeto direto e sujeito.
Enfrentei fortes batáia, ai, ai
A tua saudade corta
Como aço de naváia
O coração fica aflito
Bate uma, a outra faia
E os óio se enche d´água
Que até a vista se atrapáia, ai...
Disponível em:<https://www.vagalume.com.br/pena-branca/cuitelinho.html> . Acesso em: 15 dez. 2018.
08) Observe os enunciados abaixo e, em seguida, marque a opção que traz as funções sintáticas dos termos destacados:
I. O homem nervoso entrou no banco.
II. O homem, nervoso, entrou no banco.
a) complemento nominal, aposto
b) complemento nominal e predicativo do objeto
c) adjunto adnominal, aposto
d) adjunto adnominal, adjunto adnominal
e) adjunto adnominal, predicativo do sujeito
09) Para ser franco, declaro que esses infelizes não me inspiram simpatia. Lastimo a situação em que se acham, reconheço ter
contribuído para isso, mas não vou além.
RAMOS, Graciliano. São Bernardo. São Paulo: M. Fontes, 1970. p. 241.
Considerando aspectos sintáticos, a oração destacada no texto é
a) complemento nominal.
b) complemento verbal.
c) predicativo.
d) sujeito.
e) aposto.
10) Em “E tomou dois daqueles homens da terra que estavam numa almadia: mancebos e de bons corpos. Um deles trazia um
arco, e seis ou sete setas. E na praia andavam muitos com seus arcos e setas; mas não os aproveitou. Logo, já de noite, levou-os
à Capitaina, onde foram recebidos com muito prazer e festa.”, os pronomes sublinhados funcionam como
a) adjunto adnominal.
b) agente da passiva.
c) complemento nominal
d) objeto direto.
e) objeto indireto.
11) No trecho “Só o cachorro já velhíssimo (era jovem quando o jovem partiu) continuou a esperá-lo na sua esquina”, as duas
ocorrências do termo “jovem” exercem, respectivamente, as funções sintáticas de
a) predicativo e sujeito.
b) sujeito e objeto direto.
c) objeto direto e predicativo.
d) sujeito e adjunto adnominal.
e) adjunto adnominal e objeto direto.
12) Analise a frase a seguir: “Querida, eu juro que não era eu.” A palavra destacada exerce, no período que compõe, a função
sintática de:
a) Aposto.
b) Sujeito.
c) Vocativo.
d) Predicativo do sujeito.
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
C E B C B B D C B D A C
PERÍODO COMPOSTO
01) Releia o trecho a seguir.
“Aos sete anos, vendia de casa em casa os pastéis que a mãe viúva fritava, enquanto os cinco filhos ainda dormiam.”
Assinale a alternativa que indica a relação existente entre os períodos, marcada pela palavra destacada.
a) Temporalidade
b) Conclusão
c) Adversidade
d) Adição
02) Leia o texto a seguir para responder a questão.
Educação profissional e a lição que os jovens ensinam ao Brasil
Rafael Lucchessi
O dado de que emprego e profissão desejados lideram a lista de aspirações dos jovens brasileiros revela um novo Brasil em
construção. Pesquisa recente publicada pelo Instituto Datafolha indica uma preocupação da juventude com o próprio futuro.
Outra pesquisa, Transições da escola para o mercado de trabalho de mulheres e homens jovens no Brasil, da OIT, avalia
que os jovens brasileiros são trabalhadores e parte significativa deles tem se esforçado para combinar trabalho e estudo.
Com menos experiência e, em geral, pouca qualificação profissional, eles são os que sofrem primeiro quando o mercado de
trabalho piora. Essa maior dificuldade para colocar em prática projetos de vida parece ter ensinado ao Brasil uma lição: é
preciso estar mais bem preparado para o mundo do trabalho. O impacto coletivo dessa mudança de percepção pode ser
visto também com a nova cara dos estudantes do ensino médio.
A maior chance de conquistar um emprego e um bom salário aumentou o interesse dos estudantes em relação ao ensino
técnico de nível médio. Dados do Censo da Educação Básica, analisados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial
(Senai), mostram aumento de 55,3% no número de matrículas nesses cursos, passando de 927.978 em 2008 para 1.441.051
em 2013.
Historicamente, a procura por cursos de formação profissional segue uma lógica anticíclica: a procura cresce mais quando o
mercado de trabalho não apresentava bom desempenho. Os trabalhadores buscavam se qualificar para manter ou conseguir
novo emprego, ou seja, pela necessidade de elevar/manter a sua empregabilidade.
Na última década, quando foram registrados baixos índices de desemprego no Brasil, essa dinâmica parece ter sido rompida,
uma vez que a sociedade brasileira começou a mudar a sua percepção sobre a educação profissional, entendendo que ela
pode ser o caminho mais curto para a inserção, com qualidade, no mercado de trabalho.
Em outras palavras, mesmo com o mercado de trabalho ativo, houve expansão significativa da procura por cursos, motivada
principalmente pela falta de mão de obra especializada e pela necessidade de atualização tecnológica, além ─ é claro ─ do
entendimento de que o trabalho abre a perspectiva da mobilidade social.
O aumento do interesse na educação profissional é importante e aponta que estamos no caminho certo da valorização da
educação profissional, mas ainda é pouco se comparado a outras nações.
Países da União Europeia, em 2010, segundo o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Educação Profissional, tinham
em média 49,9% dos estudantes do ensino secundário também matriculados na educação profissional.
Na Áustria, por exemplo, que registra o índice mais alto, 76,8% dos estudantes do secundário fazem ensino técnico. Finlândia
vem em seguida com 69,7% e Alemanha com 51,5%. No Brasil, esse índice alcançou os 7,8% em 2013.
A educação profissional melhora o ambiente de negócios, podendo ser um parâmetro importante para decisão de novos
investimentos por empresários. Na perspectiva do trabalhador, a qualificação pode reduzir o risco de desemprego ou, ao
menos, reduzir o tempo de permanência fora do mercado de trabalho.
Em um momento de arrefecimento do mercado de trabalho, como o atual, não se pode abrir mão da qualificação de
trabalhadores, estejam eles empregados ou não. Essa é, inclusive, uma estratégia para facilitar a retomada de crescimento
do país.
Um técnico que será contratado para preencher uma vaga em 2017, por exemplo, deve começar a se qualificar hoje. Os
jovens já têm nos dado o exemplo. Agora, cabe à geração madura do Brasil nos governos e setores produtivos seguir seu
exemplo e fazer a aposta correta.
LUCCHESI, Rafael. Educação profissional e a lição que os jovens ensinam ao Brasil. Folha de S.Paulo. São Paulo. Disponível
em: http://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2015/07/1661561-educacao-profissional-a-licao-que-os-jovens-ensinam-ao-brasil.shtml Acesso em: 7 et. 2015
(Adaptação).
Leia o trecho a seguir para responder a questão.
“Historicamente, a procura por cursos de formação profissional segue uma lógica anticíclica: a procura cresce mais quando
o mercado de trabalho não apresenta bom desempenho.” (4º parágrafo)
Assinale a alternativa em que NÃO se verifica a relação de proporcionalidade entre as ideias que compõem cada período.
a) À medida que o desempenho do mercado de trabalho piora, cresce a procura por cursos de formação profissional.
b) Quanto mais piora o desempenho do mercado de trabalho, mais cresce a procura por cursos de formação profissional.
c) Ao passo que piora o desempenho do mercado de trabalho, cresce a procura por cursos de formação profissional.
d) Sempre que piora o desempenho do mercado de trabalho, cresce a procura por cursos de formação profissional.
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03) Leia o texto a seguir para responder à questão.
A rara síndrome que faz homem pensar que está morto
— Bom dia, Martin. Como você está?
— Da mesma forma, eu suponho. Morto.
— O que te faz pensar que está morto?
— E você, doutor? O que te faz pensar que está vivo?
O médico é Paul Broks, neuropsicólogo clínico, que estuda a relação entre a mente, o corpo e o comportamento. O caso
de Martin é muito raro, segundo Broks.
— Tenho certeza absoluta que estou vivo, pois estou sentado aqui, conversando com você. Estou respirando, posso ver
coisas. Creio que você também faz o mesmo e, por isso, também tenho certeza que você está vivo.
— Não sinto nada. Nada disso é real.
— Você não se sente como antes, ou se sente um pouco deprimido, talvez?
— Nada disso. Não sinto absolutamente nada. Meu cérebro apodreceu, nada mais resta em mim. É hora de me enterrar.
O paciente realmente pensava estar morto ou era uma metáfora? “Ele, literalmente, achava que estava morto”, conta
Broks.
— Mas você está pensando nisso. Se está pensando, deve estar vivo. Se não é você, quem estaria pensando?
— Não são pensamentos reais. São somente palavras.
Martin sofria da síndrome de Cotard – também conhecida como delírio de negação ou delírio niilista – uma doença mental
que faz a pessoa crer que está morta, que não existe, que está se decompondo ou que perdeu sangue e órgãos internos. A
doença mexe com nossa intuição mais básica: a consciência de que existimos.
Todos temos um forte sentido de identidade, uma pequena pessoa que parece viver em algum lugar atrás de nossos
olhos e nos faz sentir esse “eu” que cada um de nós somos. O que acontece com Martin, agora que ele não tem esse
“homenzinho” na cabeça? Agora que ele pensa que não existe? Há um filósofo que tem a resposta, segundo Broks.
“Descartes dizia que era possível que nosso corpo e nosso cérebro fossem ilusões, mas que não era possível duvidar de
que temos uma mente e de que existimos, pois se estamos pensando, existimos”, diz o neuropsicólogo. O paradoxo aqui é
que os pacientes de Cotard não conseguem entender o “eu”.
Adam Zeman, da Universidade de Exeter, no Reino Unido, acredita que o “eu” está representado em diversos lugares do
cérebro. “Creio que está representado inúmeras vezes. Está em todas as partes e em nenhuma”, explica Zeman à BBC.
Zeman esclarece que, entre essas representações, está a do corpo (o “eu” físico), o “eu” como sujeito de experiências, e
nosso “eu” como entidade que se move no tempo e no espaço. “Estamos conscientes de nosso passado e podemos projetar
nosso futuro. Então, temos o ‘eu’ corporal, o ‘eu’ subjetivo e o ‘eu’ temporal”, diz Zeman. “Isso é a consciência estendida, o
‘eu’ autobiográfico, o que nos leva ao caso de Graham, um outro paciente com síndrome de Cotard”, diz Broks.
“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico
sério”, lembra Zeman, que tratou do caso. “Mas estava convencido de que seu cérebro já não estava mais vivo. Quando o
questionava, dava uma versão muito persuasiva de sua experiência”, acrescenta.
“Dizia que já não tinha mais necessidade de comer e beber. A maioria de nós alguma vez já se sentiu horrível e se
expressou dizendo ‘estar morto’. Mas com Graham era como se ele tivesse sido invadido por essa metáfora”. A maneira
como Graham descrevia sua experiência era tão intrigante que neurologistas decidiram observar como seu cérebro se
comportava. Zeman estudou o caso com seu colega Steve Laureys, da Universidade de Liége, na Bélgica.
“Para nossa surpresa, o teste de ressonância mostrou que Graham estava dando uma descrição apropriada do estado
de seu cérebro, pois a atividade era marcadamente baixa em várias áreas associadas com a experiência do ‘eu’”, conta
Zeman. “Analisei exames durante 16 anos e nunca tinha visto um resultado tão anormal de alguém que se mantinha de pé
e que se relacionava com outras pessoas. A atividade cerebral de Graham se assemelha a de alguém anestesiado ou
dormindo. Ver esse padrão em alguém acordado, até onde sei, é algo muito raro”, completa Laureys. “Ele mesmo dizia que
se sentia um morto-vivo. E que passava tempo em um cemitério, pois sentia que tinha mais em comum com os que estavam
enterrados”, lembra Zeman.
“Se colocamos alguém em uma máquina de ressonância magnética e pedimos que relaxe, esses são os conjuntos de
regiões cerebrais que permanecem mais ativos. São essas regiões que estão ligadas a nossa habilidade de recordar o
passado e projetarmos o futuro, a pensar em si e nos outros, bem como às decisões morais”, completa. “Todas essas funções
estão associadas ao ‘eu’.”
No caso de Graham, essa rede não funcionava apropriadamente.
De certa maneira, ele estava morto.
JENKINS, Jolyon. A rara síndrome que faz homem pensar que está morto. Jul. 2016. BBC. Acesso em: 18 dez. 2016 (Adaptação)
Releia o trecho a seguir.
“Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, mas não sofreu nenhum dano físico
sério[...].”
Esse trecho pode, de acordo com a norma padrão e sem prejuízo de seu sentido original, ser reescrito das seguintes
formas, EXCETO:
a) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, todavia não sofreu nenhum dano físico
sério.
b) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, portanto não sofreu nenhum dano
físico sério.
c) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, entretanto não sofreu nenhum dano
físico sério.
d) Ele tentou se suicidar ao jogar um aquecedor elétrico ligado, na água da banheira, contudo não sofreu nenhum dano
físico sério.
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04)
Igualdade de quê?
Eduardo Giannetti
O filósofo grego Diógenes fez do controle das paixões e da autossuficiência os valores centrais de sua vida: um casaco,
uma mochila e uma cisterna de argila na qual pernoitava eram suas posses.
Intrigado, o imperador Alexandre Magno foi até ele e propôs: “Sou o homem mais poderoso do mundo. Peça o que
desejar e lhe atenderei”. Diógenes não titubeou: “O senhor poderia sair um pouco de lado, pois sua sombra está bloqueando
o meu banho de sol”.
O filósofo e o imperador são casos extremos, mas ambos ilustram a tese socrática de que, entre os mortais, o mais
próximo dos deuses em felicidade é aquele que de menos coisas carece. Alexandre, ex-pupilo e mecenas de Aristóteles,
aprendeu a lição. Quando um cortesão zombava do filósofo por ter “desperdiçado” a oferta que lhe fora feita, o imperador
retrucou: “Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes”. Os extremos se tocam.
O que há de errado com a desigualdade do ponto de vista ético? Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal
em si — o que importa é a legitimidade do caminho até ela.
A justiça — ou não — de um resultado distributivo depende do enredo subjacente. A questão crucial é: a desigualdade
observada reflete essencialmente os talentos, esforços e valores diferenciados dos indivíduos ou, ao contrário, ela resulta
de um jogo viciado na origem — de uma profunda falta de equidade nas condições iniciais de vida, da privação de direitos
elementares e/ou da discriminação racial, sexual ou religiosa?
O Brasil fez avanços reais nos últimos 20 anos, graças à conquista da estabilidade econômica e das políticas de inclusão
social. Continuamos, porém, sendo um dos países mais desiguais do planeta. No ranking da distribuição de renda, somos a
segunda nação mais desigual do G-20, a quarta da América Latina e a 12ª do mundo.
Mas não devemos confundir o sintoma com a moléstia. Nossa péssima distribuição de renda é fruto de uma grave
anomalia: a brutal disparidade nas condições iniciais de vida e nas oportunidades de nossas crianças e jovens
desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas possíveis e eleger
seus projetos, apostas e sonhos de vida.
Nossa “nova classe média” ascendeu ao consumo, mas não ascendeu à cidadania. Em pleno século 21, metade dos
domicílios não tem coleta de esgoto; a educação e a saúde públicas estão em situação deplorável; o transporte coletivo é
um pesadelo diário; cerca de 5% de todas as mortes — em sua maioria pobres, jovens e negros — são causadas por
homicídios e um terço dos egressos do ensino superior (se o termo é cabível) é analfabeto funcional.
Faltam recursos? Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos
suecos; ou financiar a construção de estádios “padrão Fifa” (boa parte fadada à ociosidade); ou licitar a construção de um
trem-bala de R$ 40 bilhões ou bancar um programa de submarinos nucleares de R$ 16 bilhões. O valor dos subsídios cedidos
anualmente pelo BNDES a um seleto grupo de grandes empresas parceiras supera o valor total do Bolsa Família. O que
falta é juízo.
O Brasil continuará sendo um país violento e absurdamente injusto, vexado de sua desigualdade, enquanto a condição
da família em que uma criança tiver a sorte ou o infortúnio de nascer exercer um papel mais decisivo na definição do seu
futuro do que qualquer outra coisa ou escolha que ela possa fazer.
A diversidade humana nos dá Diógenes e Alexandre. Mas a falta de um mínimo de equidade nas condições iniciais e
na capacitação para a vida tolhe a margem de escolha, vicia o jogo distributivo e envenena os valores da nossa convivência.
A desigualdade nas oportunidades de autorrealização, ouso crer, é a raiz dos males brasileiros.
GIANNETTI, Eduardo. Igualdade de quê?, Tendências/ Debates, Folha de S. Paulo, São Paulo, 13 fev. 2014. (Adaptado)
Assinale a alternativa em que a circunstância expressa pelo trecho em destaque está INCORRETAMENTE indicada
entre parênteses.
a) “Como o exemplo revela, a desigualdade não é um mal em si (...).” (4º parágrafo) (COMPARAÇÃO)
b) “(...) desenvolverem adequadamente suas capacidades e talentos de modo a ampliar o seu leque de escolhas
possíveis (...).” (7º parágrafo) (CONSEQUÊNCIA)
c) “Não parece ser o caso, pelo menos quando se trata de adquirir uma nova frota de jatos supersônicos suecos
(...).” (9º parágrafo) (TEMPO)
d) “(...) Pois saiba, então, que se eu não fosse Alexandre, eu desejaria ser Diógenes.” (3º parágrafo) (CONDIÇÃO)
05) Leia o período a seguir. “Cidade planejada para que cada habitante tenha moradia digna, trabalho, serviços e
equipamentos públicos por perto é sustentável." (11º parágrafo)
Mantendo-se o sentido original do período em análise, o trecho destacado somente pode ser substituído por
a) “até que cada habitante tenha".
b) “desde que cada habitante tenha".
c) “a fim de que cada habitante tenha".
d) “ao passo que cada habitante tenha".
Embora em voga, o conceito de sustentabilidade ainda é pouco compreendido tanto por quem fala sobre ele quanto por
quem o ouve.
Nos últimos anos, intensificou-se a discussão a respeito do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais.
São preocupações legítimas e inquestionáveis, mas que geraram distorção no significado de sustentabilidade, restringindo-
o às questões ambientais.
Não é só isso. A sustentabilidade está diretamente associada aos processos que podem se manter e melhorar ao longo
do tempo. A insustentabilidade comanda processos que se esgotam. E isso depende não apenas das questões ambientais.
São igualmente fundamentais os aspectos sociais, econômicos, políticos e culturais.
A sustentabilidade e a insustentabilidade se tornam claras quando traduzidas em situações práticas.
Esgotar recursos naturais não é sustentável. Reciclar e evitar desperdícios é sustentável.
Corrupção é insustentável. Ética é sustentável. Violência é insustentável. Paz é sustentável.
Desigualdade é insustentável. Justiça social é sustentável. Baixos indicadores educacionais são insustentáveis.
Educação de qualidade para todos é sustentável.
Ditadura e autoritarismo são insustentáveis. Democracia é sustentável. Trabalho escravo e desemprego são
insustentáveis. Trabalho decente para todos é sustentável.
Poluição é insustentável. Ar e águas limpos são sustentáveis. Encher as cidades de carros é insustentável. Transporte
coletivo e de bicicletas é sustentável.
Solidariedade é sustentável. Individualismo é insustentável.
Cidade comandada pela especulação imobiliária é insustentável. Cidade planejada para que cada habitante tenha
moradia digna, trabalho, serviços e equipamentos públicos por perto é sustentável.
Sociedade que maltrata crianças, idosos e deficientes não é sustentável. Sociedade que cuida de todos é sustentável.
Dados científicos mostram que o atual modelo de desenvolvimento é insustentável e ameaça a sobrevivência inclusive
da espécie humana.
Provas não faltam. Destruímos quase a metade das grandes florestas do planeta, que são os pulmões do mundo.
Liberamos imensa quantidade de dióxido de carbono e outros gases causadores de efeito estufa, num ciclo de aquecimento
global e instabilidades climáticas.
Temos solapado a fertilidade do solo e sua capacidade de sustentar a vida: 65% da terra cultivada foram perdidos e 15%
estão em processo de desertificação.
Cerca de 50 mil espécies de plantas e animais desaparecem todos os anos e, em sua maior parte, em decorrência de
atividades humanas.
Produzimos uma sociedade planetária escandalosa e crescentemente desigual: 1.195 bilionários valem, juntos, US$ 4,4
trilhões ─ ou seja, quase o dobro da renda anual dos 50% mais pobres. O 1% de mais ricos da humanidade recebe o mesmo
que os 57% mais pobres.
Os gastos militares anuais passam de US$ 1,5 trilhão, o equivalente a 66% da renda anual dos 50% mais pobres.
Esse cenário pouco animador mostra a necessidade de um modelo de desenvolvimento sustentável. Cabe a nós torná-
lo possível.
GRAJEW, Oded. O que é (e o que não é) sustentabilidade. Opinião. Folha de S. Paulo. São Paulo, 7 maio 2013.
Foi notícia em toda parte: pessoa de cinquenta e poucos anos, em férias no litoral paulista, arremessou pela janela do 10º
andar seus dois cães de estimação. Eles tinham seis e 16 anos, respectivamente. Morreram na hora. É um círculo vicioso
da modernidade. Inimigos conhecidos – como estresse demais, sono de menos, muita droga, muito álcool, muita cafeína –
alimentam a onda dos distúrbios psiquiátricos, ao mesmo tempo em que o isolamento urbano estreita os laços entre homens
e animais. Resultado: trazidos para dentro de casa e criados como filhos, cães e gatos se transformam nos principais
destinatários de nossas emoções. Do amor incondicional às explosões de raiva. Da solidariedade às inconfessáveis
neuroses. No próximo domingo, dezenas de cidades serão palco da manifestação ―Crueldade Nunca Mais . Uma das
principais bandeiras é exatamente a mudança na legislação, para que haja mais rigor na punição de crimes de maus-tratos.
O símbolo do movimento é Titã, o cãozinho enterrado vivo pelo dono no interior de São Paulo e que foi adotado pela
veterinária que o tratou.
(Folha São Paulo, segunda-feira 16 de janeiro de 2012)
"Uma das principais bandeiras é exatamente a mudança na legislação, para que haja mais rigor na punição de crimes de
maus-tratos."
A oração sublinhada nessa frase tem o sentido de
a) causalidade.
b) conclusão.
c) explicação.
d) finalidade.
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA
Oxítonas: são aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última sílaba.
Exemplos: café – coração – cajá – atum – caju – papel
ENCONTROS VOCÁLICOS
Encontros vocálicos são encontros de vogais ou semivogais e são classificados em: ditongo, tritongo e hiato.
Exemplos: noite – raiz – Paraguai.
De acordo com a localização da vogal e da semivogal, os ditongos podem ser: crescentes ou decrescentes.
Ditongos Crescentes: São aqueles em que a semivogal vem antes da vogal (SV + V).
Exemplo: igual (i-gual), quota (quo-ta), pátria (pá-tria)
Ditongos Decrescentes: São aqueles em que a vogal vem antes da semivogal (V + SV).
Exemplo: meu (meu), herói (he-rói), cai (cai)
Tritongo: É o encontro de semivogal + vogal + semivogal (SV + V + SV) que ocorre na mesma sílaba.
Exemplo: Uruguai (U-ru-guai), saguão (sa-guão), enxaguam (en-xa-guam)
REGRAS GERAIS
Oxítonas
Acentuam-se as oxítonas terminadas em A, E, O, (seguidas ou não de s)
Exemplos: sofá, rapé, cipó, avô, vocês...
E as terminadas em EM/ENS
Exemplos: armazém, armazéns, vintém, vinténs, porém
Seguem essa regra os infinitivos seguidos de pronome.
Exemplos: cortá-lo, vendê-lo, repô-la
Paroxítonas
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em:
I (S): biquíni(s), táxi(s), júri(s), lápis
L: móvel, inflamável, fácil, cônsul
R: revólver, fêmur, dólar, vômer, mártir
X: látex, fênix, Félix, tórax
PS: bíceps, fórceps
N: pólen, próton, nêutron, elétron, abdômen
ONS: elétrons, prótons, nêutrons
UM (UNS): álbum, álbuns, médium, médiuns, fórum, fóruns.
US: bônus, vírus.
à (ÃS), ÃO (ÃOS), GUAM, GUEM: ímã, ímãs, órgão, órgãos, bênção, bênçãos, enxáguam, enxáguem...
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes (seguidas ou não de s):
Exemplos: infância(s), demência(s), história(s), cárie(s), armário(s), tênue(s), glória(s), oxigênio(s),
sódio(s), área(s), conterrâneo(s), errôneo(s).
NÃO se acentuam paroxítonas terminadas em ens
Exemplos: polens, hifens, edens, jovens, nuvens.
Porém, algumas palavras aceitam outra possibilidade de plural: pólenes, hífenes.
Proparoxítonas
Acentuam-se todas as proparoxítonas
a) Com acento agudo se a vogal tônica for i, u ou a, e, o (abertos)
Exemplos: xícara, úmido, queríamos, lágrima, término, déssemos, lógico, binóculo, colocássemos,
inúmeros, polígonos.
b) Com acento circunflexo se a vogal tônica for fechada ou nasal.
Exemplos: lâmpada, pêssego, esplêndido, pêndulo, lêssemos, estômago, sôfrego, fôssemos,
quilômetro, sonâmbulo, etc.
Monossílabos tônicos
Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em a, e, o (seguidos ou não de “s”.
Exemplos: pá, pás, pé, pés, pó, sós.
Os verbos derivados de ter e vir (deter, manter, conter, intervir, sobrevir ...) recebem, no presente do indicativo,
acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural.
Ele mantém – Eles mantêm
Ele intervém – Eles intervêm
Ele entretém – Eles entretêm
Os verbos crer-dar-ler-ver e seus derivados e seus derivados dobram “e” e recebiam, antes da reforma ortográfica,
acento circunflexo no primeiro e da terceira pessoa do plural.
Ele crê – Eles creem Ele dê – Eles deem
Ele lê – Eles leem Ele vê – Eles veem
Ele descrê – Eles descreem Ele revê – Eles reveem
Hiatos
De acordo com a reforma ortográfica, não se acentuam mais a primeira vogal dos hiatos ee e oo.
Exemplos: vo-o(s), en-jo-o(s), per-do-o(s), a-ben-ço-o(s).
Acentua-se o i e o u se elas:
a) Ocorrerem sozinhas na mesma sílaba ou seguidas de s.
b) Não forem seguidas do dígrafo nh.
Exemplos: saída, faísca, juízo, saíra, caía, egoísta, heroína, uísque, Grajaú, baú, reúne. Assim, não se
acentua: rainha, moinho, lagoinha, diurno, ainda, Raul, amendoim, juiz, sairmos
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01) "Os humanos, estes que sempre temeram a catástrofe na larga noite do mundo, tornaram-se a catástrofe que
temiam."
Assinale a alternativa cuja palavra negritada não é acentuada pela mesma regra de acentuação da palavra destacada
nesse trecho.
a) "Na época em que nossa espécie vive a emergência climática [...]"
b) "Todos nós, não só os indígenas, vamos ficar sem respirar."
c) "[...] para responder aos desafios do colapso climático que atingirá a todos [...]"
d) "Ameaçaram a sobrevivência da própria espécie na única casa que dispõem."
02) Assinale a alternativa em que a palavra destacada é acentuada por motivo diverso das demais.
a) “Os incêndios na floresta”
b) “[...] e até estado de emergência já foi declarado na cidade [...]”
c) “A fumaça e os gases liberados pelas fábricas”
d) “[...] um bar em Nova Déli, capital da Índia, vende doses de oxigênio aromatizado [...]”
03)
“Por que não há nada mas lindo
Do que ver todos menino
Se molhar no terrerão
Os veio vira menino”
Nesse excerto há algumas palavras que, de acordo com a norma-padrão, estão grafadas equivocadamente. No
entanto, em duas delas essa variação ortográfica muda sua classe gramatical.
As palavras em que isso ocorre são:
a) Mas e veio.
b) Vira e mas.
c) Terrerão e menino.
d) Vira e veio.
04)
“Por que não há nada mas lindo
Do que ver todos menino
Se molhar no terrerão
Os veio vira menino”
O acento na palavra destacada ocorre pela mesma regra de acentuação observada em:
a) Metafísica.
b) Álbum.
c) Amável.
d) Bisavó.
09) Leia a sentença a seguir.
“Julia e Adriano não têm noção de quanto são estimados pelos amigos.”
O acento atribuído à palavra destacada justifica-se pois
a) trata-se de monossílabo átono, e todos são acentuados.
b) é um oxítono terminado em ‘m’.
c) é uma paroxítona terminada em ‘m’.
d) indica verbo conjugado na terceira pessoa do plural.
A respeito da linguagem utilizada pelo texto, analise as afirmativas a seguir, assinalando com V as verdadeiras e com
F as falsas.
( ) O meme utiliza uma linguagem informal, o que se observa no exemplo da substituição do pronome possessivo
‘nossa’ pela construção ‘da gente’.
( ) Na primeira imagem, a palavra ‘paranóia’ está acentuada de acordo com as regras do Novo Acordo Ortográfico.
( ) A linguagem utilizada por esse meme é um exemplo da variação linguística comum na internet, o internetês.
Assinale a sequência correta.
a) F F V
b) F V V
c) V F F
d) V V V
11) Em relação à norma-padrão, assinale a alternativa incorreta.
a) A presença de hífen em “pôr do sol” é facultativa.
b) A crase em “Não está à venda” está de acordo com a norma-padrão.
c) Em “Quanto quer pelo pôr do sol?”, ‘quanto’ é um pronome interrogativo.
d) Em “eu estou vendo o pôr do sol”, ‘estou’ é verbo auxiliar e ‘vendo’ é verbo principal.
12) Assinale a alternativa em que as palavras a seguir, retiradas desse texto, são acentuadas de acordo com a mesma
regra.
a) Pé / Tevê / Raciocínio.
b) Inglês / Não / Mãos.
c) Você / Coordenação / Máquina.
d) Plástico / Número / Eletrônico.
13) Assinale a alternativa na qual as palavras são acentuadas seguindo a mesma regra de acentuação.
a) Bambolê / Patrocínio / Maracujá.
b) Fáceis / Régua / Ásia.
c) Bíceps / Cafés / Parabéns
d) Céu / Juíza / Álibi.
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FORMAÇÃO DE PALAVRAS
DERIVAÇÃO
Existem 6 tipos de derivação.
5) Derivação Regressiva: 6) Derivação imprópria: As palavras possuem a mesma forma, mas pertencem a classes
gramaticais diferentes.
São substantivos derivados
de verbos indicadores de Iremos sim à casa de nossa madrinha. (advérbio de afirmação)
ações. Não iremos à casa de nossa madrinha. (advérbio de negação)
Arranjo – arranjar O sim me excita, o não me irrita. (os advérbios transformam-se em substantivos)
Debate – debater O querido papai chegou. (verbo no particípio transforma-se em adjetivo)
Choro – chorar Ele era um judas. (substantivo próprio transforma-se em comum, além de funcionar como
Leva – levar adjetivo – predicativo do sujeito – a fim de caracterizar o sujeito “Ele”)
Luta – lutar Foi descoberto o funcionário fantasma. (substantivo transforma-se em adjetivo)
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COMPOSIÇÃO
Há dois tipos de composição em nossa língua.
1) Justaposição: Conserva-se a forma e a acentuação 2) Aglutinação: União de dois ou mais radicais com
dos radicais de origem. Não há perda fonética. perda fonética.
passa + tempo = passatempo aguardente (água ardente)
vai + vém = vaivém embora (em boa hora)
tele + visão = televisão fidalgo (filho de algo, isto é, de família nobre)
sempre + viva = sempre-viva hidrelétrico (hidro + elétrico)
gira + sol = girassol planalto (plano + alto)
01) Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada;
b) luz, luzeiro, alumiar;
c) incrível, crente, crer;
d) festa, festeiro, festejar;
e) riqueza, ricaço, enriquecer.
02) A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da mesma raiz é:
a) florescer, flandres, florear;
b) pousada, aposentado, cômodo;
c) reger; regulamento; regra;
d) corte; percurso; correr;
e) angústia; ângulo; anjo.
03) Assinale a única opção em que ocorre variante do radical:
a) dizer, dizes, dizia;
b) faço, fazes, façamos;
c) amaria, amavas, amou;
d) quero, queres, querias;
e) vência, venceste, vence.
04) Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:
a) compostas: desinência de feminino;
b) quadrar: radical;
c) adotei vogal temática;
d) pareceram: vogal temática;
e) influência: desinência de feminino.
05) Vocábulo onde existe desinência de gênero:
a) segredo;
b) curiosidade;
c) força;
d) verbo;
e) alheia.
06) Assinale a alternativa sem desinência modo-temporal:
a) aplaudias;
b) acordou;
c) faltarás;
d) vendam;
e) cobrasses.
07) Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado:
a) vaga-lume: composição;
b) cruzeiro: sufixação;
c) palmeira: sufixação;
d) irritação: sufixação;
e) baunilha: sufixação.
08) Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape:
a) zunzum;
b) reco-reco;
c) toque-toque;
d) tlim-tlim;
e) vivido.
09) Assinale a letra em que as palavras são formadas por derivação regressiva, derivação parassintética e
composição por aglutinação, respectivamente.
a) neurose, infelizmente, pseudônimo;
b) ajuste, aguardente, arco-íris;
c) amostra, alinhar, girassol;
d) corte, emudecer, outrora;
e) pesca, deslealdade, vinagre.
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10) Grupo de três palavras formadas por DERIVAÇÃO:
a) pesaroso, apelo (subst.), refazer;
b) pontapé, introduzir, cipoal;
c) decímetro, casamento, namoro (subst.);
d) cine, guarda-roupa, infiel;
e) infelizmente, amolecer, varapau.
11) Indique a opção em que foram utilizados processos de formação de palavras idênticos aos dos vocábulos plenilúncio /
burocracia:
a) vaivém / saca-rolhas;
b) surdo-mudo / corre-corre;
c) aguardente / alcoômetro;
d) vaivém / automóvel;
e) planalto / vinagre.
12) Assinale a opção onde se indica erroneamente o processo de formação:
a) encontrável: derivação sufixal;
b) inesperado: derivação prefixal;
c) emudecer: derivação sufixal;
d) inaudível: derivação prefixal;
e) canto: derivação regressiva.
13) Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo processo de formação de vaga-lume:
a) descobriu;
b) lembrança;
c) encantamento;
d) doçura;
e) fios-de-ovos.
14) Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque
a alternativa que corresponde à sequência numérica encontrada:
( ) outrora (1) justaposição
( ) a caça (2) aglutinação
( ) pontapé (3) parassíntese
( ) planalto (4) derivação prefixal
( ) anoitecer (5) derivação regressiva.
( ) transcontinental
a) 4, 5, 2, 1, 4, 3;
b) 2, 3, 1, 2, 3, 4;
c) 1, 5, 2, 1, 4, 3;
d) 1, 5, 2, 1, 3, 4;
e) 2, 5, 1, 2, 3, 4.
15) Assinale o par de vocábulos cujos prefixos possuem valor locativo, indicando, respectivamente, as ideias de por cima e
por baixo.
a) hipertrofia / hipotensão;
b) hipérbole / perímetro;
c) exotérmico / hemisférico;
d) epiderme / prólogo;
e) introduzir / decrescer.
16) Observe, nos vocábulos que se seguem, que o mesmo sufixo pode ser escrito de formas diferentes: com c (aplicação),
s (expansão) e ss (intromissão).
Assinale a série em que um dos substantivos apresenta o sufixo grafado de modo incorreto
a) rendição, presunção, fixação;
b) discussão, excessão, admissão.
c) diversão, compreensão, distensão;
d) paralisação, pulsação, cassação;
e) submissão, sucessão, concessão.
17) Assinale a opção em que todos os verbos formam substantivos designativos da ação ou do resultado dela – por meio de
sufixos distintos entre si:
a) apreender, pressintir, converter;
b) descrever, crer, dedicar;
c) confessar, lembrar, transmitir;
d) suprimir, esquecer, tolerar;
e) iniciar, prever, aceitar.
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B C B E E B E E D A C C E E A B D
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C C D C C C C C D B B A B B A D
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1. Por que: É o encontro da preposição “por” com o pronome relativo “que” e sempre será usado quando puder ser
substituído por “por qual motivo” ou “pelo qual”.
Por que ele faltou à aula? (por qual motivo)
Quero saber por que ele faltou à aula. (por qual motivo)
É enorme o drama por que a população está passando. (drama pelo qual)
4. Porquê: É um substantivo e pode ser substituído pela palavra “motivo”, por isso deve ser antecedido por artigos
ou alguns pronomes.
O porquê de sua ausência eu não sei. (motivo)
Esse porquê eu não tenho. (motivo)
Quero um porquê para sua ausência. (motivo)
10) No trecho “Em inúmeras entidades privadas vemos a burocracia aumentar, justamente porque passaram a ser
procuradas pelo grosso da população.”, a palavra porque explicita uma
a) adversidade.
b) condição.
c) explicação.
d) finalidade.
11) Assinale a alternativa em que o termo destacado está grafado incorretamente, segundo a norma culta.
a) “Não sei por que todo mundo não fala português [...]”.
b) “O da Itália pede que todos estejam prontos para morrer, porque a Itália chamou.”
c) “O nosso do Brasil, que eu prefro, entre outros, porque não dá para entender as palavras [...]”.
d) “Os nossos cantaram sempre, todos, e choraram muito. Não sei porque.”
12) Assinale a alternativa em que a lacuna deve ser preenchida com o pronome interrogativo grafado como por que.
a) As pessoas não fazem coleta seletiva _____ não sabem a importância disso?
b) Queria saber ______ vemos o lixo colocado nos passeios fora dos dias de coleta.
c) Não sei bem ______, mas muitas pessoas não atenderam ao pedido do diretor.
d) O fato de o país ser rota de petroleiros explica o ______ do desaparecimento dos recifes de corais.
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C C B A B D B C A C D B
Os discursos são formas textuais usadas para reproduzir falas e pensamentos de interlocutores durante um processo
de comunicação.
2. Discurso indireto: A fala do enunciador é reproduzida por outra pessoa que se refere a ele na 3ª pessoa
discursiva.
O juiz perguntou se havia algo a declarar.
Marina disse que começara a treinar no dia anterior.
Marcos disse que viajariam no dia seguinte.
3. Discurso indireto livre: Trata-se de um discurso dinâmico em que as falas das personagens (na 1.ª pessoa)
encontram-se inseridas dentro do discurso do narrador (na 3.ª pessoa).
Vejam:
“Emília ficou boquiaberta com a proposta do novo vizinho. Quem é que ele pensa que é para chegar e começar
logo tentando mudar diversas coisas no prédio? O síndico disse ao vizinho que a proposta teria de ser votada em
reunião. Ele que nem pense que eu vou concordar com ele.”
“A esposa nervosa com as mãos na cintura e os pés batendo no chão aguardava-o em casa. Por que chegou tarde?
Apressou-se em respondê-la, disfarçando o hálito alcoólico, dizendo que estivera em reunião com diretoria. Contudo,
ela, percebendo sua intenção, replicou-lhe ironicamente se houvera sido uma reunião regada a álcool”.
PONTUAÇÃO
A estrutura da frase em Língua Portuguesa é formada por pares indissociáveis: sujeito + verbo + complemento (ou
predicativos) + (adjuntos adverbiais). A primeira regra de ouro do uso da vírgula é: não se separam esses
elementos com vírgula.
Exemplos:
O professor devolveu as provas corrigidas hoje cedo.
Arnaldo é competente demais.
1. Vírgulas (,)
Usam-se as vírgulas para:
a) Separar itens em uma enumeração:
A terra, o mar, o céu, tudo foi criado por Deus.
Compramos peras, bananas, maçãs e algumas verduras.
I) Antes dos conectivos: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, todavia, pois, logo...
Faça suas escolhas, todavia seja responsável por elas.
Estudou muito durante o ano, logo deve conseguir uma vaga na faculdade.
7. Reticências (...)
Usamos principalmente para:
a) Indicar suspensão, hesitação ou interrupção do pensamento.
Porque... não sei por quê...
Se é amigo dele... peço-lhe que lhe dê atenção.
Você não me contou que era teu pai que...
7. Parênteses ( )
Podem ser usados para introduzir toda espécie de informação considerada acessória no texto (comentários, significado
de siglas, de palavras ou de expressões, possibilidades de leitura, exemplificações, referências bibliográficas, datas
de nascimento e morte ...)
GLÓRIA (erguendo a cabeça) – Juro que...
TERESA (retificando) – Juro por Deus...
a) Significado de siglas:
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem mais de 200 milhões de habitantes.
c) Possibilidades de leitura:
Qualquer aluno(a) poderá se candidatar ao grêmio estudantil.
8. Travessão ( – )
a) Indicar introdução de uma fala em um diálogo, ou demonstrar mudança de interlocutor.
– Você mora por aqui? Perguntei.
– Moro, sim, respondeu o menino.
10. Aspas (“ ”)
a) Para apresentar uma citação.
“A bomba não tem endereço certo” – Cecília Meireles
01) Leia o trecho a seguir: “Com 1600km de extensão, além de sua importância como eixo principal do ciclo do ouro,
a Estrada Real exerceu papel fundamental no desenvolvimento político, cultural e socioeconômico do Brasil.”
A partir da leitura do trecho, é CORRETO afirmar que:
a) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para isolar um aposto.
b) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para isolar um vocativo.
c) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para isolar um adjunto adverbial.
d) As vírgulas no trecho destacado estão sendo usadas para indicar enumeração de itens.
TEXTO 1
ADOLESCENTES QUE ENGRAVIDAM SOFREM MAIOR RISCO DE PROBLEMAS FÍSICOS, PSICOLÓGICOS E
SOCIAIS
Taxa de filhos de mães adolescentes no Brasil é maior que a média mundial. Adolescentes que engravidam têm alto
risco de uma série de danos, e as mulheres mais pobres são as mais atingidas
Os índices de gravidez na adolescência no Brasil servem para nos lembrar de que ainda temos muitas dificuldades a
enfrentar nessa área. Dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) mostram que, dos quase 3
milhões de nascidos em 2016, 480 mil eram filhos de mães entre 15 e 19 anos, compondo uma taxa de 16% de todos
os nascimentos. Apesar de ter havido uma queda de aproximadamente 20% nesse número em dez anos, ainda temos
68 bebês de mães adolescentes para cada mil meninas entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa mundial é estimada em
46 para cada mil meninas dessa faixa etária.
Explicar os motivos que levam a esse cenário não é tão simples, mas os especialistas consultados para esta
reportagem foram unânimes em duas hipóteses: independentemente da classe social, os adolescentes estão
transando cada vez mais cedo. Ao mesmo tempo, falta educação sexual. A preocupação com o uso de método
contraceptivo sempre recai sobre a mulher, e geralmente elas têm conhecimento sobre a importância de se prevenir.
“A grande maioria das gestantes adolescentes tem noção da necessidade de usar métodos contraceptivos. Sabe que
existe camisinha, pílula ou DIU. Mas entre saber e usar, há um abismo”, afirma a dra. Fernanda Surita, ginecologista
do Hospital da Mulher de Campinas-SP. Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento
mágico”. O casal dificilmente acredita que a gravidez vá de fato acontecer com eles. Muitos pensam que “é só uma
vez, então não vai acontecer nada”.
A ginecologista dra. Beatriz Barbosa trabalha no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoerinha, na zona norte de São
Paulo, desde 2003. Às quartas-feiras ela atende no ambulatório somente gestantes, muitas delas adolescentes. A
médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”. Apesar
do esforço que toda equipe faz para aconselhar as pacientes, principalmente no pós-parto, ela conta que o risco de
atender uma grávida reincidente é alto. Ela se recorda de um episódio de uma menina que engravidou 10 meses após
o primeiro parto. Conta que levou um susto quando viu a ficha dela em cima da mesa e achou que era um erro. “Mas
não era. Foi muito rápido. Mal tinha dado tempo de ela se recuperar e já ia enfrentar tudo de novo.”
No breve tempo em que fiquei aguardando para entrevistar a médica, encontrei duas garotas que não deviam ter mais
que 15 anos. Tentei conversar com uma delas, que estava acompanhada da mãe, mas sem sucesso. “Aqui é assim
praticamente toda semana. Atendo uma média de 20 pacientes, a grande maioria adolescentes. Já cheguei a atender
uma de 12 anos. Apesar dos índices do Ministério apontarem para uma queda nos índices de gravidez precoce, na
prática clínica não é isso que notamos”, comenta Beatriz.
Muitos ginecologistas acreditam que é preciso reforçar a orientação sobre a necessidade de usar métodos
contraceptivos, principalmente os de longa duração. Isso ajudaria bastante nos casos em que a jovem se esquece de
tomar a pílula. “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas
unidades de saúde”, comenta César Eduardo Fernandes, presidente da Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
02) A justificativa para o uso de aspas nos trechos a seguir é a mesma, EXCETO em:
a) Os profissionais apontam, ainda, para um fenômeno chamado “pensamento mágico”. O casal dificilmente acredita que a
gravidez vá de fato acontecer com eles.
b) A médica expressa seu desânimo com a situação, dizendo que muitas vezes se sente como se “enxugasse gelo”.
c) “O SUS oferece o DIU de cobre, mas a adesão é muito baixa e o produto chega até a vencer nas unidades de saúde.” [...].
d) “O índice de mortalidade entre filhos de mães adolescentes é muito alto. Cerca de 20% da mortalidade infantil no Brasil
decorrem do óbito precoce de bebês nascidos de mães entre os 15 e 19 anos.” [...].
04) Acerca da pontuação, é CORRETO afirmar que os dois pontos (:) utilizados na linha 3 do Texto foram empregados
pelo autor para:
a) Isolar a oração subordinada adjetiva explicativa.
b) Isolar termos conhecidos como estrangeirismos.
c) Dar um esclarecimento, uma síntese ou uma consequência do que foi enunciado.
d) Isolar um elemento de valor meramente explicativo.
TEXTO 4
Liberdade de imprensa X proteção à imagem
Por Bernardo Annes Dias, advogado, em 23/10/2017 na edição 963
[P1] Uma questão que há muito é objeto de acalorado debate, em especial quando estamos perante regimes
democráticos tal como vivemos na atualidade, é o eterno embate entre a liberdade de imprensa em contraponto aos
direitos humanos e fundamentais, tais como o direito à privacidade e o direito à imagem.
[P2] Trata-se de questão ligada ao direito constitucional, uma vez que a nossa constituição apresenta, no seu art. 5º,
como direitos fundamentais de um lado o direito à imagem e de outro à liberdade de informação.
[P3] Essa celeuma acirrou-se, ainda mais, após a decisão proferida pelo STF, na ADPF n.º 130, no sentido da não
recepção pela ordem jurídica constitucional da Lei n.º 5.250/67 (Lei de imprensa). Isso porque os vetores e limites que
devem pautar a atuação da imprensa ficaram sem uma legislação específica para regulamentá-la, de forma minuciosa.
[P4] Assim, com essa lacuna legislativa, a solução para esse choque de direitos fundamentais passou para as mãos,
em especial, da jurisprudência e da doutrina. Logo, na atualidade, os Tribunais têm uma função de destaque na fixação
de balizas acerca desse tema.
[P5] Outro fator propulsor do número de conflitos envolvendo esses direitos constitucionalmente reconhecidos é a
“difusão descontrolada da informação”, em especial por meio da internet e suas redes sociais.
[1] Vivemos inegavelmente tempos difíceis no que diz respeito aos direitos conquistados. A aprovação pela Câmara dos
Deputados do projeto que terceiriza todas as atividades de uma empresa, não somente a atividade meio, como vigorava até
então, precariza a vida do trabalhador e da trabalhadora e é um grande retrocesso e uma saída regressiva.
[2] A reforma da Previdência, que caminha no Congresso sob a forma da Proposta de Emenda Constitucional nº 287, também
é um acinte, pois aumenta o tempo de contribuição para 25 anos e a idade mínima para 65 anos para as mulheres.
[3] Essa medida não leva em consideração a divisão sexual do trabalho imposta em nossa sociedade. Mulheres ainda são
aquelas moldadas para ser responsáveis pela criação dos filhos e pelos trabalhos domésticos. Não se vê que as mulheres
partem de pontos diferentes, sobretudo desiguais. Para além dessa constatação, é necessário fazer algumas observações.
[4] Que as duas medidas são configuradas pelo retrocesso, sabemos, porém, questiono: quais os grupos mais afetados e
por que existe uma maior comoção a partir do momento em que aqueles mais privilegiados correm o risco de ser atingidos?
[5] Explico: de modo geral, mulheres negras não conseguiam se aposentar antes de a PEC 287 ser proposta. Por conta da
informalidade, de uma relação descontínua no mercado de trabalho e da dificuldade das empregadas domésticas terem seus
direitos garantidos, esse grupo historicamente sempre se viu à margem. E isso se dá por conta da relação direta entre
escravismo e trabalho doméstico.
[6] No processo de industrialização do Brasil, com o incentivo à imigração de trabalhadores europeus, a população negra
saiu da condição de escravizada para aquela de “precarizada” ou desempregada. Mulheres negras empreendiam por
necessidade ou trabalhavam como domésticas nas casas dos ex-senhores. Essa relação de desigualdade leva esse grupo
a uma condição de maior vulnerabilidade.
[7] Para se ter uma ideia, de 2003 a 2014, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad),
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o contingente de domésticas sem carteira assinada que contribuíam para o
INSS aumentou de 8% para 23% no período.
[8] Ainda assim, a categoria tem dificuldade de se aposentar por tempo de contribuição, pois o setor é marcado por grande
informalidade. No último trimestre do ano passado, 68,1% das trabalhadoras domésticas não tinham carteira assinada. O
mesmo raciocínio se aplica em relação ao trabalho terceirizado para atividades meio.
[9] Existe um grande contingente de negras nessa relação de trabalho, sobretudo em funções de limpeza. Essas medidas
vão dificultar ainda mais a vida dessas trabalhadoras, que já viviam em uma realidade precária. Antes essa condição não
gerava muita comoção, justamente por se tratar de grupos historicamente “invisibilizados”.
[10] Por conta desses atentados, propagou-se a ideia de que viveríamos uma relação de escravidão moderna, o que, a meu
ver, é equivocado.
[11] A escravidão moderna refere-se à comercialização de seres humanos que legitimou a dominação europeia. Ela fez parte
da história de muitos povos. Quem perdia a guerra tornava-se propriedade do outro e existem vários exemplos de como esse
processo se dava.
[12] O que entendemos por escravidão moderna foi, porém, a mercantilização de indivíduos, corpos negros como mercadoria
a atravessar o Oceano Atlântico e para enriquecer os senhores na base do chicote nos países para os quais foram
sequestrados.
[13] Entendo o uso do termo escravidão moderna quando se mencionam os quase 46 milhões de seres humanos a viver em
um sistema análogo à escravidão pelo mundo. Nesse caso, falamos de tráfico humano, trabalho forçado, escravidão por
endividamento, casamento forçado ou servil e exploração sexual comercial.
[14] Em relação à redução das leis trabalhistas, diria que viveremos uma espécie de “escravidão remunerada”.
[15] Em um país que ainda nega a terrível herança dos mais de 300 anos de escravidão e as violências históricas contra a
população negra, apesar do reconhecimento de que a escravidão foi um crime contra a humanidade, como consta no
documento final da Conferência de Durban, em 2001, é necessário fazer a historicidade do conceito. Nenhum conceito é “a-
histórico”.
[16] Acredito que devemos lutar contra todas as formas de injustiças sociais e não somente contra aquelas que passam a
nos atingir. É um dever moral exibir a realidade dos grupos categorizados “como vidas que não importam”, para citar Judith
Butler. Dessa forma, poderemos realmente denunciar de maneira mais ampla todas as violências e reivindicar a humanidade
verdadeira.
Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/revista/946/escravidao-remunerada Acesso em: 04/05/2017. (Adaptado)
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D A D C A A D B A D A A C A
As aspas, presentes no balão de fala da personagem da charge, nesse caso assumem a função de
a) realçar ironicamente uma expressão.
b) indicar a mudança de interlocutor no diálogo.
c) fazer sobressair um neologismo.
d) acentuar o valor significativo de uma expressão.
06) Assinale a alternativa em que a vírgula marca a elipse do verbo.
a) Tenho filhas poliglotas: Marcela fala três idiomas e Renata, dois.
b) É importante ter hábitos de vida saudáveis: caminhar, comer bem, dormir bem.
c) Quando Antônio não gosta de alguém, é bem transparente quanto a isso.
d) João é fã de Belchior, cantor brasileiro famoso nos anos 70.
07) A vírgula foi utilizada para separar o aposto do restante da oração em:
a) Se não puder chegar a tempo, favor comunicar seu atraso.
b) Jorge nunca quis ter um automóvel, preferindo andar a pé.
c) John Lennon, um dos integrantes dos Beatles, foi casado com Yoko Ono.
d) O garoto ama filmes de suspense, desde que conheceu a obra de Hitchcok.
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C B B A D A C A C C
Exemplos:
Esta cadeira está quebrada.
= Esta cadeira [aqui perto de mim que falo, primeira pessoa do discurso] está quebrada. – (1ª pessoa discursiva)
Isso é seu? Refiro-me a essa bela gravata que está em seu pescoço. – (2ª pessoa discursiva)
Isto é meu! Estou falando deste relógio que está em meu pulso. – (1ª pessoa discursiva)
COESÃO TEXTUAL
"Busquei, primeiro, o amor porque ele produz êxtase [...]. Eis o que busquei e, embora, isso possa parecer demasiado
bom para a vida humana, foi isso que - afinal - encontrei." [primeiro "isso" = a busca do amor; segundo "isso" = o
amor].
(Bertrand Russel. Autobiografia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1967)
Pedro foi preso como estelionatário. Esse cara nunca me enganou. [Esse cara = Pedro].
Elementos catafóricos: Os pronomes demonstrativos anunciam termos que estão por vir.
Estas foram as últimas palavras do meu mestre: seja sincero com seus discípulos.
Quando saí de casa, meu pai me disse isto: seja bom, ame o próximo, e respeite a vida.
Este foi um divertido anúncio de uma revista: "Cara, se, tipo assim, o seu filho escrever como fala, ele tá ferrado!"
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
A gratidão tem o poder de salvar vidas (ou por que você deveria escrever aquela nota de agradecimento)
Richard Gunderman. Tradução: Camilo Rocha
A gratidão pode ser mais benéfica do que costumamos supor. Um estudo recente pediu que pessoas
escrevessem uma nota de agradecimento para alguém e depois estimassem o quão surpreso e feliz o recebedor
ficaria. Invariavelmente, o impacto foi subestimado. Outro estudo avaliou os benefícios para a saúde de se escrever
bilhetes de obrigado. Os pesquisadores descobriram que escrever apenas três notas de obrigado ao longo de três
semanas melhorava a satisfação com a vida, aumentava sentimentos de felicidade e reduziria sintomas de depressão.
Existem múltiplas explicações para os benefícios da gratidão. Uma é o fato de que expressar gratidão encoraja
os outros a continuarem sendo generosos, promovendo, assim, um ciclo virtuoso de bondade em relacionamentos. Da
mesma maneira, pessoas agradecidas talvez fiquem mais propensas a retribuir com seus próprios atos de bondade.
Falando de modo mais amplo, uma comunidade em que as pessoas se sentem agradecidas umas com as outras tem
mais chance de ser um lugar agradável para se viver do que uma caracterizada por suspeição e ressentimento mútuos.
Os efeitos benéficos da gratidão podem ir ainda mais longe. Por exemplo, quando muitas pessoas se sentem
bem sobre o que outra pessoa fez por elas, elas sentem um senso de elevação, com um consequente reforço da sua
consideração pela humanidade. Alguns se inspiram a tentar se tornar também pessoas melhores, fazendo mais para
ajudar a trazer o melhor nos outros e trazendo mais bondade para o mundo à sua volta.
É claro, atos de bondade também podem fomentar desconforto. Por exemplo, se pessoas sentem que não são
merecedoras de bondade ou suspeitam que há algum motivo por trás da bondade, os benefícios da gratidão não se
realizarão. Do mesmo modo, receber bondade pode fazer surgir um senso de dívida, deixando nos beneficiários uma
sensação de que precisam pagar de volta a bondade recebida. A gratidão pode florescer apenas se as pessoas têm
confiança o suficiente em si mesmas e nos outros para permitir que isso aconteça.
Outro obstáculo para a gratidão é frequentemente chamado de senso de merecimento. Em vez de sentir um
benefício como uma virada boa, as pessoas às vezes o veem como um mero pagamento do que lhes é devido, pelo
qual ninguém merece nenhum crédito moral. Ainda que seja importante ver que a justiça está sendo feita, deixar de
lado oportunidades por sentimentos genuínos e expressões de generosidade também podem produzir uma
comunidade mais impessoal e fragmentada.
Quando Defoe retratou a personagem Robinson Crusoe fazendo da ação de graças uma parte diária de sua
vida na ilha, ele estava antecipando descobertas nas ciências sociais e medicina que não apareceriam por centenas
de anos. Ele também estava refletindo a sabedoria de tradições religiosas e filosóficas que têm início há milhares de
anos. A gratidão é um dos estados mentais mais saudáveis e edificantes, e aqueles que a adotam como hábito estão
enriquecendo não apenas suas próprias vidas mas também as vidas daqueles à sua volta.
Adaptado de: https://www.nexojornal.com.br/externo/2018/08/11/Agratid%C3%A3o-tem-o-poder-de-salvar-vidas-ou-por-quevoc%C3%AA-deveria-
escrever-aquela-nota-de-agradecimento Acesso em: 04 fev. 2020.
02) Nas alternativas a seguir, a palavra destacada se refere, do ponto de vista sintático, à palavra ou locução entre colchetes,
exceto em:
a) “Hoje ele é execrado, com razão, [...]” [O CIGARRO]
b) “[...] embora 93% deles reconheçam que isso é perigoso.” [DOS MOTORISTAS]
c) “[...] e pode tranquilamente deixá-lo de lado, certo?” [O CELULAR]
d) “[...] todos nós entendemos isso [...]” [SEAN PARKER, MARK ZUCKERBERG e KEVIN SYSTROM]
04) A partir do referente principal “cigarro eletrônico”, outros termos surgem para garantir a progressão referencial no texto.
São alguns desses termos, exceto:
a) Vaporizador.
b) Vape.
c) Vapor.
d) Produto.
Nos primeiros dois meses deste ano, as regiões com mais mortes foram a Baixada Fluminense e o interior do estado.
(linhas 9 e 10)
No trecho acima, o demonstrativo sublinhado exerce papel anafórico.
a) dêitico.
b) catafórico.
c) epanafórico.
d) epifórico.
Assinale a alternativa em que, como elemento coesivo, o termo exerça função anafórica.
a) esse (linha 27)
b) demais (linha 27)
c) nacional (linha 29)
d) estados (linha 34)
07) Utilize o texto abaixo para responder a questão
Naquela mulata estava o grande mistério, a síntese das impressões que 1 ele recebeu chegando aqui: ela era a luz
ardente do meio-dia; ela era o calor vermelho das sestas da fazenda; era o aroma quente dos trevos e das baunilhas,
que 2 o atordoara nas matas brasileiras; era a palmeira virginal e esquiva que 3 se não torce a nenhuma planta; era o
veneno e era o açúcar gostoso; era o sapoti mais doce que 4 o mel e era a castanha de caju, que 5 abre feridas com
seu azeite de fogo; ela era a cobra verde…
Aluísio Azevedo. O cortiço
Considerando que um recurso coesivo no texto 1, representado pela palavra “que”, é usada cinco vezes, assinale a
alternativa correta.
a) Em (1), ela pode ser substituída por “as quais”.
b) Em (3), ela retoma a palavra “mulata”.
c) Em (4), ela conecta uma ideia adversativa.
d) Em (2) e (5), retoma apenas a palavra imediatamente anterior a ela e pode ser substituída por “a qual”.
e) Em todas as vezes pode ser considerada um pronome relativo.
21) As proformas pronominais “isso” (linha 31), “essas” (linha 36) e “esta” (linha 53) desempenham, respectivamente,
função
a) anafórica – catafórica – catafórica
b) anafórica – anafórica – catafórica
c) anafórica – anafórica – anafórica
d) catafórica – anafórica – anafórica
e) catafórica – catafórica – catafórica
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C C A C B A A D A C E C A A E E C B A A B