Você está na página 1de 9

ESTATUTO

DE
ASSOCIAÇÃO CHÃ DE MATIAS

Capitulo I

Da Constituição, Natureza, Sede e Objectos.

Artigo 1º
(Constituição e Denominação)

É constituído por tempo indeterminado a Associação para o desenvolvimento


Comunitário de Chã de Matias, adiante designada, Associação “Chã de Matias”.

Artigo 2º
(Natureza)

A Associação “Chã de Matias” é uma Organização Não Governamental criada por


munícipes residentes e não residentes da localidade de Chã de Matias com finalidade
de promover e apoiar sem fins lucrativos, a participação dessa comunidade no seu
desenvolvimento.

Artigo 3º
(Sede)

1 – A Associação “Chã de Matias” tem a sua sede em Espargos, Ilha do Sal.


2 – A Associação Chã de Matias pode estabelecer representações noutros pontos do
território nacional e no estrangeiro com intuito de mobilizar Cabo-verdianos e
estrangeiros interessados em apoiar iniciativas de auto-ajuda no âmbito do
desenvolvimento comunitário.

Artigo 4º
(Objectivos)

A Associação “Chã de Matias” tem os seguintes objectivos:


a) Promover e apoiar as iniciativas populares de desenvolvimento na identificação,
elaboração, execução, acompanhamento e avaliação de projectos que visem melhorar
as condições de vida da população local;
b) Colaborar com autoridades municipais e outros em tudo quanto diga respeito ao
desenvolvimento da comunidade local e da ilha em geral;
c) Reforçar o espírito de inter-ajuda;

1
d) Criar um espaço de diálogo e convivência;
e) Dinamizar actividades desportivas, culturais e recreativas;
f) Promover actividades com a finalidade de criar e estreitar laços de solidariedade
com outras comunidades;
g) Fomentar e apoiar actividades ligados a conservação do meio ambiente;
h) Dinamizar actividades de apoio às camadas mais desfavorecidas;
i) Promover actividades em colaboração com as estruturas de saúde a nível local,
nacional e internacional com a finalidade de travar o alastramento da sida e de outras
doenças na ilha e no País.

Capitulo II

Dos Sócios, Direitos e Deveres.

Artigo 5º
(Admissão)

1 – Pode ser membro da Associação “Chã de Matias” toda e qualquer pessoa nacional
ou estrangeira que concordando com os presentes estatutos queira fazer parte da
Associação.
2- A admissão dos sócios ordinários é da competência do Conselho Directivo, mas
sujeito a promulgação da Assembleia-geral.

Artigo 6º
(Categoria de Sócios)

1- Os Sócios da Associação Chã de Matias classificam-se em:


a) Fundadores;
b) Ordinários;
c) Honorários;
d) Beneméritos;
e) Correspondentes;
2 – Os membros fundadores são as pessoas que promoveram a constituição da
Associação e as que se encontram inseridos á data de assinatura de Constituição da
Associação.
3- Os membros ordinários são todas as pessoas que admitimos pelo Conselho
Directivo, mediante proposta de, pelo menos dois membros em pleno gozo dos seus
direitos.
4- Os membros honorários são todas as pessoas que tenham prestado relevantes
serviços á Associação e, sob proposta do Conselho Directivo, tenham sido eleitos pela
Assembleia-geral por maior dos votos dos membros da Associação.
5- Os membros Beneméritos são todas as pessoas que tenham contribuído
significativamente para o engrandecimento da Associação sejam eleitos na

2
Assembleia-geral por maioria de dois terços dos membros, sob proposta do Conselho
Directivo.
6- Os membros Correspondentes são todas as pessoas que permanecendo no
estrangeiro, cumpram os seus deveres de membros na sua área de residência.
7- A título pós uma, a Assembleia-geral, por maioria de dois terços dos seus membros,
poderá proclamar membros honorários e/ ou beneméritos, sob proposta de qualquer
dos órgãos sociais, pessoas que tenham prestado serviços relevantes que
engrandeceram a Associação.

Artigo7º
(Direitos dos Sócios)

1- São direitos dos sócios fundadores e ordinários:


a) Discutir e votar na Assembleia-geral sobre todas as questões relacionadas com
a vida e objectivos da Associação;
b) Eleger e ser eleitos para os órgãos da Associação;
c) Receber regularmente informações sobre as actividades da Associação Chã de
Matias;
d) Solicitar e obter explicações sobre a organização e gestão dos projectos;
e) Usufruir de todas as vantagens e regalias atribuídas aos sócios nas condições
que forem estabelecidas pela Assembleia-geral e regulamentos internos;
f) Pedir por escrito a sua exclusão de sócio quanto assim desejar.
2 – Os sócios honorários e beneméritos gozam dos seguintes direitos:
a) Participar nas sessões da Assembleia-geral sem direito a voto;
b) Apresentar sugestões e propostas aos órgãos da Associação visando o seu bom
funcionamento;
c) Propor novos membros para a associação;
d) Gozar de todas as prerrogativas que lhes forem conferidos por decisão da
Assembleia-geral.

Artigo 8º
(Deveres dos Sócios)

1 – Os sócios têm o dever de cumprir as normas estatuárias, os regulamentos e as


deliberações da Assembleia-geral.
2 – Os Sócios fundadores e ordinários devem, em especial cumprir os seguintes
deveres:
a) Pagar regularmente as suas quotas e jóias estabelecidos pela Assembleia-geral;
b) Participar ou fazer-se representar por outro sócio nas reuniões da Assembleia-
geral;
c) Contribuir com os meios ao seu alcance para o êxito dos objectivos da
Associação Chã de Matias.

Artigo 9º
(Sanções)

3
Os Sócios que violarem as normas estatuárias ser-lhes-ão aplicados as
correspondentes Sanções em conformidade com o regulamento disciplinar a ser
aprovado.

Capitulo III

Dos Órgãos da Assembleia

Artigo 10º
(Dos Órgãos)

1 – São órgãos da Associação Chã de Matias:


a) A Assembleia Geral;
b) O Conselho Directivo;
c) O Conselho Fiscal;

Artigo 11º
(Da Assembleia Geral)

1 – A Assembleia-geral é órgão máximo da Associação Chã de Matias e é


constituída por todos os seus membros em pleno gozo dos seus direitos estatuários.
2 – Poderão tomar parte na Assembleia-geral pessoas convidados para o efeito pela
Mesa Assembleia-geral, mas sem direito a voto.

Artigo 12º
(Mesa de Assembleia Geral)

A mesa de Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente,


dois vogais e um suplente, eleitos por um período de dois anos, por sufrágio secreto
e ela compete, dirigir os trabalhos da Assembleia Geral e através do seu Presidente
convocar a Assembleia Geral nos termos estatuários.

Artigo 13º
(Funcionamento de Assembleia Geral)

1 – A Assembleia-geral reúne-se ordinariamente duas vezes por ano, sendo a


primeira reunião para a apreciação e aprovação do relatório e contas do Conselho
Directivo e a segunda para a apreciação e aprovação do programa de actividades e
orçamento para o ano seguinte.
2 – A Assembleia-geral reúne-se em sessão e extraordinária, mediante
convocatória do Presidente da Mesa de Assembleia-geral, á solicitação do
Conselho Directivo ou de um quarto dos seus membros.

Artigo 14º
(Quórum)

4
Para a Assembleia-geral funcionar em primeira convocatória torna-se necessária a
presença da maioria dos sócios com direito a voto, podendo funcionar em segunda
convocação com qualquer número de sócios.

Artigo 15º
(Competência da Assembleia Geral)

Compete á Assembleia-geral:
a) Garantir a manutenção dos princípios orientadores da Associação;
b) Eleger os órgãos sociais da organização;
c) Discutir e aprovar o relatório e contas do Conselho Directivo com o
parecer do Conselho Fiscal;
d) Discutir e aprovar as grandes linhas de educação da Associação;
e) Discutir e aprovar as actividades das restantes órgãos da Associação;
f) Criar Comissões de trabalho permanente para a realização de estudos ou
actividades ligados a Associação;
g) Deliberar sobre a filiação da Associação em organizações nacionais e
internacionais afins;
h) Discutir e aprovar projectos de alteração dos Estatutos e Regulamentos;
i) Fixar e alterar sob proposta do Conselho Directivo, o quantitativo de
jóias e quotas;
j) Exercer demais competências que lhe sejam conferidas pelo presente
estatuto, regulamentos de acordo que a Associação esteja vinculada.

Artigo 16º
(Do Conselho Directivo)

O Conselho Directivo é o órgão executivo e administrativo da Associação Chã de


Matias, composto por um Presidente, um Vice-Presidente, um Secretário, um
Tesoureiro e um Vogal, eleitos por um período de dois anos.

Artigo 17º
(Funcionamento do Conselho Directivo)

1 - O Conselho Directivo reúne-se em sessão ordinária mensalmente.


2 – Reúne-se em sessão extraordinária mediante convocação do Presidente ou a
solicitação de pelo menos três dos seus membros.

Artigo 18º
(Quórum)

1 – O Conselho Directivo não pode deliberar validamente sem a presença de dois


terços dos seus membros.

5
2 – O Conselho Directivo delibera por maioria absoluta dos membros, tendo o
Presidente voto de qualidade.

Artigo 19º
(Competência do Conselho Directivo)

Compete ao Conselho Directivo:


a) Executar as decisões de Assembleia-geral;
b) Promover o prestígio de Associação, através de orientação dada às suas
actividades com vista a satisfação dos seus objectivos;
c) Criar comissões de trabalho para o enquadramento de diversas
actividades da Associação;
d) Propor á Assembleia-geral o quantitativo das jóias e quotas a pagar pelos
membros;
e) Propor á Assembleia a admissão de membros honorários e beneméritos;
f) Propor a Assembleia a filiação da Associação em organizações nacionais
e estrangeiros congéneres;
g) Estabelecer relações de cooperação com associaçoes congéneres no País
e no Estrangeiro;
h) Representar a Associação em juízo e fora dele;
i) Elaborar, anualmente o orçamento e programa de actividades para ser
presente á Assembleia-geral;
j) Elaborar e submeter á apreciação de Assembleia-geral, anualmente, o
relatório e contas da sua administração, com o parecer técnico do Conselho
Fiscal;
k) Elaborar os regulamentos internos;
l) Admitir, suspender e despedir empregados e fixar-lhes as remunerações
nos termos da legislação em vigor;
m) Propor á Assembleia-geral a alteração dos Estatutos;
n) Solicitar a convocação da Assembleia-geral quando julgue necessário;
o) Exercer as demais funções previstas nos Estatutos e nos Regulamentos
Internos.

Artigo 20º
(Competência do Presidente)

Compete ao Presidente do Conselho Directivo da Associação Chã de Matias convocar


e orientar as reuniões do Conselho Directivo e representar a Associação em juízo e
fora dele.

Artigo 21º
(Substituição do Presidente)

6
O Presidente é substituído nas suas faltas, ausências e impedimentos pelo Vice-
Presidente.

Artigo 22º
(Do Conselho Fiscal)

1 – O Conselho Fiscal é constituído por um Presidente, um Secretário e um vogal


eleitos por dois anos.
2 – O Conselho Fiscal reúne-se pelo menos uma vez por semestre.

Artigo 23º
(Competência do Conselho Fiscal)

Compete ao Conselho Fiscal:


a) Fiscalizar os serviços Administrativos e financeiro do Conselho Directivo;
b) Emitir parecer sobre as contas anuais e visar os balancetes;
c) Requerer a convocação da Assembleia Geral quando os actos do Conselho
directivo aconselharem tal providência;
d) Emitir parecer sobre qualquer matéria, á solicitação dos restantes órgãos;
e) Participar nas reuniões do Conselho Directivo sempre que o entender
conveniente, sem direito a voto.

Capitulo IV

Das Eleições

Artigo 24º
(Eleições)

Os titulares dos órgãos da Associação serão eleitos pela Assembleia Geral em sufrágio
secreto por maioria simples dos votos dos membros.

Artigo 25º
(Candidaturas)

1 – O Presidente da Assembleia-geral fixará prazo, não inferior a oito dias, para


apresentação das candidaturas para os diversos órgãos da Associação.
2 – A Assembleia-geral que tiver de proceder às eleições reunir-se-á nos oito dias
seguintes ao termo do prazo do número anterior.
3 – As candidaturas serão apresentadas por listas separadas consoante o cargo e com
indicação dos nomes pela Assembleia-geral.

7
4 – No caso de não haver candidaturas, a direcção cessante deverá apresentar uma lista
dos novos órgãos que será apreciada pela Assembleia-geral e votada.

Artigo 26º
(Mesa Eleitoral)

A Mesa Eleitoral é constituída pela Mesa da Assembleia-geral e por outros membros


de Associação designadas pelos promotores das diversas candidaturas.

Artigo 27º
(Votação)

1 – A Mesa Eleitoral é a primeira a votar, seguindo-se os restantes membros da


Associação por ordem de inscrição no livro das presenças.
2 – Terminada a votação proceder-se-á ao apuramento e á proclamação dos eleitos,
podendo o Presidente nomear escrutinadores de entre os sócios presentes que não
sejam membros dos corpos gerentes nem candidatos.

Capitulo V

(Do Património da Associação)

Artigo 28º
(Receitas)

São receitas da Associação Chã de Matias:


a) As jóias e quotas pagas pelos membros;
b) Os subsídios, heranças, legados e doações que sejam atribuídos;
c) Os rendimentos dos bens e capitais próprios

(Património Inicial)

1 – O Património Inicial da Associação é de Vinte e cinco mil escudos (25.000$00),


constituído pelo somatório das jóias de inscrição dos seus membros fundadores.
2 – O montante de jóia individual é de mil e quinhentos escudos não podendo nenhum
sócio subscrever a três vezes mais) o montante estipulado.
3 – Cada Sócio deverá realizar no acto de constituição a quantia não inferior a
cinquenta por cento de jóia, devendo a outra parte ser realizada no período de dois
meses.

8
Capitulo VI

(Disposições Finais e Transitórias)

Artigo 29º
(Dissolução)

As deliberações sobre a dissolução de Associação Chã de Matias requerem o voto


favorável de dois terços do total dos sócios.

Artigo 30º
(A Comissão Instaladora)

1 – A Comissão Instaladora é composta por sete elementos, escolhidos entre os


promotores da Associação reunidos para o efeito.
2 – Será designado um Presidente de entre os elementos escolhidos para coordenar no
dia-a-dia as actividades da Comissão, podendo designar um substituto em caso
ausências e impedimento.
3 – A Comissão Instaladora tem as seguintes funções;
a) Elaborar o projecto de estatutos da Associação;
b) Fazer o competente registo da Associação e mandar publicar no B.O. os estatutos;
c) Convocar a primeira Assembleia-geral para eleição dos corpos Gerentes da
Organização;
d) Representar a Associação perante terceiros, enquanto á Assembleia-geral não eleger
os corpos gerentes da Associação;
e) Exercer outros poderes com objectivo de se instalar rapidamente a Associação.

Artigo 31º
(Fim da Comissão Instaladora)

A Comissão Instaladora, termina as suas funções com a eleição dos corpos sociais da
Organização, que deverá acontecer, num período máximo de 90 dias, a contar da data
do registo da Associação.

Você também pode gostar