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PAES & SOUZA ADVOGADOS

T hiago Paes de Aguiar OAB/ RJ 205.596


Samuel da Rocha Souza OAB/ RJ 244.097

EXMO. JUÍZO DO TRABALHO DA ___ VARA DO TRABALHO DA COMARCA


DE DUQUE DE CAXAIS – RJ

WILLIAM SOARES FAUSTINO DA SILVA, brasileiro, casado, 28 (vinte e


oito) anos, portador da cédula de identidade de RG nº 27.776.257-1, e inscrito no CPF sob o
nº 149.187.167-92, residente e domiciliado à Rua Dos Lírios, 22, Pilar, Duque de Caxias, Rio
de Janeiro, CEP nº 25235-112, por meio do seu advogado, devidamente habilitado nos autos,
(procuração em anexo), vem, à presença de V. Exa, com fulcro nos artigos 840, §1º e 852-A e
seguintes, todos da Consolidação das Leis do Trabalho, propor a presente

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Pelo Rito Sumaríssimo, em face da empresa BAURU LANCHES, pessoa jurídica


de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 22.964.280/0001-90, com sede na Rua Manoel
da Rocha Mendes, S/N, Lote 07, Quadra A, Duque de Caxias/RJ, CEP nº 25045-485, pelos
fatos e fundamentos a seguir aduzidos.

I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

O Reclamante encontra-se desempregado e não possui condições suficientes para


arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem comprometer a sua
subsistência e de sua família, constituindo pessoa economicamente hipossuficiente, nos
precisos termos do inciso LXXIV do Artigo 5º da CRFB/88.

Nesse sentido, estabelece o artigo 790, §4º da CLT:

Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no
Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e
emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal
Superior do Trabalho.
§ 4o O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar
insuficiência de recursos para o pagamento das custas do processo.

Av. Perimetral Marechal Deodoro, nº 392, sala 806, 25 de Agosto, Duque de Caxias, RJ, CEP: 25.071-190.
E-mails: aguiareadvogados@gmail.com e samuelsouza784.ss@gmail.com
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Faz jus, portanto, a concessão dos benefícios da gratuidade da justiça por se tratar
de pessoa pobre e não possuir recursos financeiros suficientes para arcar com as despesas de
um processo judicial, conforme declaração de hipossuficiência em anexo.

II – DOS FATOS

O Reclamante foi admitido pela reclamada, uma empresa de segmento


alimentício, no dia 09 de maio de 2021 para exercer a função de entregador, um uma carga
horária de, 6 horas diárias. Percebendo valor de salário mensal de R$ 1.200,00 (um mil e
duzentos reais), sendo os pagamentos realizados em dinheiro.

Ocorre que, apesar da relação de emprego ser inegável, como será demonstrado
adiante, a Reclamada jamais assinou a CTPS do Reclamante, bem como não efetuou os
depósitos a título de FGTS relativo ao período trabalhado. Também não realizou os
pagamentos de 13º salário e férias em todo o período trabalhado.

No dia 20 de novembro de 2021, quando de sua folga, o reclamante decidiu se


dirigir com sua família até o estabelecimento da reclamada, ocasião em que, mesmo enquanto
cliente pagante, foi extremamente maltratado pelas funcionárias que realizaram seu
atendimento, se sentindo profundamente ferido em sua honra subjetiva, eis que estava com
sua família, em um episódio de laser e repouso, episódio este que foi frustrado pela prática
absurda e abominável das funcionárias do estabelecimento.

Na mesma circunstância de tempo e lugar, o Reclamante teve o desprazer de ver


seu pedido servido de forma a violar todas as regras de higiene e vigilância sanitária, podendo
observar diversas irregularidades, tais como mal cheiro e mal gosto no pedido, além de ter
sido servido uma porção muito inferior à de praxe, sem contar que após o Reclamante ter
pedido a troca do prato a ele servido, foi informado de que não seria mais atendido no local.
Tais fatos restarão comprovados ao longo do feito, por testemunhas visuais e provas
documentais.

Após esses fatos, o reclamante teve a notícia de sua dispensa sem justa causa, sem
receber nenhuma verba rescisória a que possui direito de acordo com a legislação laboral.

Tendo em vista os argumentos jurídicos a seguir apresentados, interpõe-se a


presente Reclamação Trabalhista no intuito de serem satisfeitos todos os direitos do
Reclamante.

III – DO DIREITO

III – 1: DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO


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O Reclamante não foi registrado pela Reclamada para exercer a função de


entregador que foi admitido desde 09 de maio de 2021, permanecendo nesta função até o mês
de novembro de 2021, quando foi dispensado injustamente.

Destaca-se que o Reclamante jamais teve sua CTPS assinada pela Reclamada.

No artigo 3º da CLT, o legislador trouxe o conceito de empregado estabelecendo


todos os requisitos necessários para que o indivíduo seja reconhecido como empregado:

"Art. 3° - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar


serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência
deste e mediante salário".

Dessa forma, para ser considerado, é necessário que todos os requisitos trazidos
pela legislação estejam preenchidos cumulativamente.

Durante todo o período em que o Reclamante prestou serviços para a Reclamada,


estiveram presentes todas as características do vínculo de emprego, quais seja a pessoalidade,
onerosidade, subordinação e não eventualidade.

O Reclamante cumpria jornada de trabalho delimitada pelo empregador, além do


que trabalhava diariamente, exclusivamente para a Reclamada, não podendo ser substituída, e
mediante ânimo subjetivo de perceber uma contraprestação mensal.

Dessa forma, requer que seja reconhecido o vínculo empregatício, para que a
Reclamada proceda à anotação da CTPS do Reclamante, surtindo todos os efeitos legais,
como pagamento referente a todas as verbas rescisórias e indenizatórias, advindas da rescisão
do contrato de trabalho sem justa causa, bem como a liberação das guias de seguro
desemprego ou pagamento de indenização correspondente.

III – 2: DO SALDO DE SALÁRIO

O Reclamante trabalhou até o dia 25 de novembro de 2021, mês que foi


dispensado sem justa causa, nada recebendo a título de saldo de salários.

De acordo com o art. 4º da CLT, considera-se como tempo de serviço o tempo


efetivamente trabalhado pelo empregado, integrando-se os dias trabalhados antes de sua
dispensa injusta a seu patrimônio jurídico, consubstanciando-se direito adquirido de acordo
com o inciso IV do art. 7° e inciso XXXVI do art. 5º, ambos da CF/88, de modo que faz o
Reclamante jus ao saldo salarial. Dias relativo ao período trabalhado no mês da dispensa.

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III – 3: DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO

Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do contrato de


trabalho, surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado, prorrogado o
término do contrato para o dia 03 de dezembro de 2021, uma vez que o § 1º do art. 487, da
CLT, estabelece que a não concessão de aviso prévio pelo empregador dá direito ao
pagamento dos salários do respectivo período, integrando-se ao seu tempo de serviço para
todos os fins legais.

"RECURSO DE REVISTA - AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL -


CONTAGEM. A Lei nº 12.506/2011, ao instituir o aviso prévio
proporcional ao tempo de serviço do empregado, fixou a proporcionalidade
como direito dos empregados, a partir de um ano completo de serviço, à
base de três dias por ano de serviço prestado na mesma entidade
empregadora até o máximo de 60 dias de proporcionalidade, perfazendo
um total de 90 dias. Inexiste previsão legal para a exclusão do primeiro ano
de serviço, para o cômputo do aviso prévio proporcional. (...) (TST, 8ª
Turma, RR-647 85.2012.5.03.0027, Data de Julgamento: 18/12/2013,
Relator Desembargador Convocado: João Pedro Silvestrin, DEJT
07/01/2014.)".

Dessa forma, o período de aviso prévio indenizado, corresponde a mais 8 dias de


tempo de serviço para efeitos de cálculo do 13º salário, férias além da multa de 40%.

O Reclamante faz jus, portanto, ao recebimento do Aviso Prévio indenizado nos


termos do inciso I do artigo 487 da CLT.

III – 4: DAS FÉRIAS

O Reclamante tem direito a receber, todos os períodos de férias, acrescido do


terço constitucional, em conformidade com o art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º, XVII
da CF/88.

O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado ao período


de férias na proporção de 1/12 por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias.

É devido o pagamento em dobro da remuneração de férias, incluído o terço


constitucional, com base no art. 137 da CLT, quando, ainda que gozadas na época própria, o
empregador tenha descumprido o prazo previsto no art. 145 do mesmo diploma legal.

Sendo assim, tendo o contrato iniciado no dia 09 de maio de 2021 e terminado no


dia 25 de dezembro de 2021, o Reclamante faz jus as férias proporcionais acrescidas do terço
constitucional.

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III – 5: DO 13º SALÁRIO

O Reclamante tem direito a receber de todos os anos o 13º salário, conforme


prevê as leis 4090/62 e 4749/65 preceituam que o décimo terceiro salário será pago até o dia
20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração igual ou superior a 15 dias de
trabalho será havida como mês integral para efeitos do cálculo do 13º salário.

Assim, tendo iniciado o contrato do Reclamante no dia 09 de maio de 2021, com


o término em25 de dezembro de 2021, deverá ser paga a quantia de 07/12 em relação à
remuneração percebida.

III – 6: DO FGTS E DA MULTA DE 40%

Expõe o artigo 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar até o dia
7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância correspondente a 8% de sua
remuneração devida no mês anterior.

Sendo assim, Vossa Exa deverá condenar a Reclamada a efetuar os depósitos


correspondentes todo o período da relação de emprego, tendo em vista que a CTPS do
Reclamante não foi sequer assinada. Além disso, por conta da rescisão injusta do contrato de
trabalho, deverá ser paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de
FGTS, de acordo com parágrafo 1º do artigo 18 da lei 8036/90 c/c artigo 7º, inciso I da
Constituição da República Federativa do Brasil de 1998.

III – 7: DA MULTA DO ARTIGO 477 DA CLT

No prazo estabelecido no artigo 477, § 6°, da CLT, nada foi pago ao Reclamante,
pelo que se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em
favor do Reclamante, conforme § 8º do mesmo artigo.

III – 8: DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT

A Reclamada deverá pagar ao Reclamante, no ato da audiência, todas as verbas


incontroversas, sob pena de acréscimo de 50%, conforme artigo 467 da CLT, transcrito a
seguir:

"Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo


controvérsia sobre o montante das verbas rescisórias, o empregador é
obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento a Justiça do
Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las
acrescidas de cinquenta por cento."
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Dessa forma, protesta o Reclamante pelo pagamento de todas as parcelas


incontroversas na primeira audiência.

III – 9: DOS DANOS MORAIS (EXTRAPATRIMONIAIS)

É evidente o dano moral que o Reclamante foi acometido, trazendo reflexos não
só para a vida laborativa, mas também social e familiar.

Inicialmente, cumpre esclarecer que durante seu pacto laboral o Reclamante


trabalhou com as seguintes gerentes: _______________________.

Em diversas situações, através de seus prepostos, a Reclamada abusou de seu


poder diretivo e praticou assédio moral contra o Reclamante, sendo o pior e mais grave
aquele descrito acima, no qual o Reclamante juntamente com sua família se sentiu
profundamente ofendido em sua honra subjetiva, tendo ainda sido demitido sem observância
as normas legais e constitucionais que protegem a relação de emprego.

Os incisos V e X, do artigo 5º, da Constituição Federal, asseguram a todo cidadão


o direito à reparação dos danos morais porventura sofridos, assim entendidos aqueles que
dizem respeito à esfera de personalidade do sujeito, mais especificadamente, os decorrentes
de ofensa à sua honra, imagem e intimidade.

O dano moral é “in re ipsa”, ou seja, é evidenciado pela simples verificação da


ofensa ao bem jurídico. O dispositivo 223-B da CLT dispõe:

“Causa dano de natureza extrapatrimonial a ação ou omissão que ofenda a


esfera moral ou existencial da pessoa física ou jurídica, as quais são as
titulares exclusivas do direito à reparação. ”

Na sequência, completa o artigo 223-C da mesma normativa que:

“A honra, a imagem, a intimidade, a liberdade de ação, a autoestima, a


sexualidade, a saúde, o lazer e a integridade física são os bens
juridicamente tutelados inerentes à pessoa física. ”

No caso em tela, evidencia-se o dano moral experimentado pelo Autor quando foi
menosprezado, humilhado e maltratado por culpa exclusiva da Ré.

III – 9: DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

Em suma, cabe ao Juiz, frente aos fatos e elementos trazidos aos autos, fazer
análise e avaliação sobre a extensão do dano a ser reparado.

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Desta forma, requer a Vossa Excelência que arbitre valor digno a condenação,
capaz de efetivamente ressarcir o Reclamante pelos danos morais sofridos, nos termos do que
estabelece o artigo 223-G da CLT, capaz de reparar a vítima pelo dano sofrido e evitar que
tais práticas voltem a ocorrer no ambiente de trabalho, evitando indenizações pífias que, por
vezes, até ofendem o atingido e encorajam o ofensor a perpetrar as mesmas práticas.

Impende destacar ainda, que tendo em vista serem os direitos atingidos muito
mais valiosos que os bens e interesses econômicos, pois reportam à dignidade humana, a
intimidade, a intangibilidade dos direitos da personalidade, pois abrange toda e qualquer
proteção à pessoa, seja física, seja psicológica. As situações de angústia, paz de espírito
abalada, de mal-estar e amargura devem somar-se nas conclusões do juiz para que este saiba
dosar com justiça a condenação do ofensor.

Conforme se constata, a obrigação de indenizar a partir do dano que o Autor


sofreu no âmbito do seu convívio domiciliar, social e profissional, encontra amparo na
doutrina, legislação e jurisprudência de nossos Tribunais, restando sem dúvidas à obrigação
de indenizar da Reclamada.

Assim sendo, deve-se verificar o grau de censurabilidade da conduta, a proporção


entre o dano moral e material e a média dessa condenação, cuidando-se para não se arbitrar
tão pouco, para que não se perca o caráter sancionador, ou muito, que caracterize o
enriquecimento ilícito.

Portanto, diante do caráter disciplinar e desestimulador da indenização, do


poderio econômico da empresa promovida, das circunstancias do evento e da gravidade do
dano causado à autora, mostra-se justo e razoável a condenação por danos morais da
Reclamada num quantum indenizatório de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

III – 10: DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Segundo declaração acostada à presente, há de constatar que o Reclamante é


hipossuficiente na acepção financeira, de modo a não possuir condições de arcar com as
custas processuais, e, menos ainda, com a remuneração dos serviços prestados pelo seu
patrono em defesa dos seus interesses.

Destarte, com o advento da reforma trabalhista de 2017, a CLT passou a prever


expressamente a possibilidade do recolhimento de honorários sucumbenciais, ainda quando o
advogado atuar em causa própria, é o teor do artigo 791-A da CLT, in verbis:

“Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários
de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação
da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-
lo, sobre o valor atualizado da causa. ”

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Requer, pois, a condenação da Reclamada em honorários sucumbenciais no


percentual de 15% sobre o valor bruto total resultante desta demanda, como medida apta a
custear o trabalho advocatício.

IV – DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer que V. Exa, se digne a:

1. Que seja deferido o benefício da assistência judiciária gratuita, devido à difícil situação
econômica do Reclamante, que não possui condições de custear o processo, sem prejuízo
próprio sustento.

2. A notificação da Reclamada para comparecer à audiência a ser designada ara querendo


apresentar defesa a presente reclamação e acompanha-la em todos os seus termos, sob as
penas da lei.

3. Julgar ao final TOTALMENTE PROCEDENTE a presente Reclamação, declarando o


vínculo empregatício existente entre as partes, condenando a empresa Reclamada a:

a) reconhecer o vínculo empregatício anotando a CTPS do Reclamante no período de


09 de maio de 2021 à 03 de novembro de 2021 na função de entregador.

b) pagar os valores de aviso prévio indenizado referente a 8 dias no valor estimado de


R$ 320,00 (trezentos e vinte reais).

c) pagar os valores de saldo de salário e horas extras, referente a 3/30, valor estimado
R$ 120,00 (cento e vinte reais).

d) pagar os valores 13° indenizado (1/12) e 13º salário proporcional (7/12), valor
estimado R$ 800,00 (oitocentos reais);

e) pagar os valores de férias proporcionais (7/12), acrescidas de 1/3, e férias


indenizadas (1/12), igualmente acrescidas de 1/3, valor estimado total de R$ 1.066,67
(mil, sessenta e seis reais e sessenta e sete centavos);

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f) pagar os valores dos depósitos de FGTS de todo o período acrescido de multa de


40% à título de indenização, valor estimado R$ 1.843,00 (mil, oitocentos e quarenta e
três reais);

h) pagar o valor da multa prevista no § 8°, do art. 477 da CLT, valor estimado R$
1.200,00 (mil e duzentos reais) além da multa do artigo 467 da CLT no caso do não
pagamento da parte incontroversa;

i) Todos os itens acima mencionados na letra b, c, d, e, f, g, h, com os devidos juros e


correção monetária sobre todos os valores, na forma legal;

j) Honorários de Assistência Judiciária, pagar honorários advocatícios no patamar de


15% sobre a condenação valor estimado R$ 1.552,00 (mil, quinhentos e cinquenta e
dois reais).

Dá-se à causa o valor de R$ 10.350,00 (dez mil, trezentos e cinquenta reais),


correspondente a somatória do valor dos pedidos.

Protesta provar o alegado por todos os meios no Direito permitidos, notadamente


oitiva de testemunhas e depoimento pessoal.

Nestes termos,

Pede e espera Deferimento.

Duque de Caxias, 07 de junho de 2022.

SAMUEL DA ROCHA SOUZA

OAB/RJ 221.935-E

THIAGO PAES AGUIAR

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