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AO JUÍZO DA ... VARA DO TRABALHO DE ...

Processo nº ...

MAURO MATIAS, devidamente qualificado nos autos do processo em epígrafe,


movido por ..., por seu advogado que esta subscreve, vem, respeitosamente perante vossa
Excelência, inconformado com a r. sentença de 1º grau, e, com fundamento no art. 997 do CPC
e na súmula 283 do TST, interpor RECURSO ADESIVO, pelas razões que seguem anexas, as
quais requer sejam recebidas e remetidas ao Tribunal Regional do Trabalho da ... Região.
Requer, ainda, a juntada das cópias do recolhimento das custas e depósito recursal,
além da notificação da Reclamante para, querendo, apresentar contrarrazões.

Nestes termos,
pede deferimento.

Local, data.

Advogado
OAB
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO ADESIVO

Recorrente: Mauro Matias


Recorrido: ...
Origem: ...
Processo: ...

Egrégio Tribunal,
Colenda Turma,
Nobres Julgadores,

I – DOS PRESSUPOSTOS RECURSAIS


O presente recurso adesivo preenche todos os requisitos de admissibilidade recursal
extrínsecos e intrínsecos. Dessa forma, espera o recorrente que este recurso seja conhecido e
tenha o seu mérito apreciado.

II – DO RESUMO DA DEMANDA
(...)

III – PRELIMINARMENTE – DO CERCEAMENTO DE DEFESA


Antes de quais prolegômenos, impõe suscitar a preliminar de cerceamento de
defesa, lastreada no artigo 5º, LV, da Carta Magna de 1988, uma vez que, tendo sido deduzido
nos autos pleito relativo à periculosidade, o D. Magistrado a quo não determinou a realização
de perícia. Embora o ônus probatório, regra geral, seja daquele quem alega, no caso da
periculosidade, por tratar-se de questão técnica dependente de conhecimento específico e
também da presença no local da origem do fato, a própria lei estabelece a obrigatoriedade do
exame pericial para a sua aferição. De modo que a designação de perito independe do pleito das
partes, conforme estabelece o artigo 195, §2º da CLT.

Sendo patente, portanto, o cerceamento de defesa, requerer seja declarada nula a


sentença, com o consequente retorno dos autos ao juízo de 1º grau, para reabertura do processo
e realização da imprescindível prova.
IV – DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
Impõe-se ainda impugnar os termos como foi posta a condenação relativa ao
adicional de periculosidade, com o seu cálculo a ser realizado sob a remuneração. A este
respeito, cumpre fazer breve diferenciação sobre salário e remuneração. O primeiro refere-se à
contraprestação devida ao empregado, em razão da prestação do serviço, decorrente de contrato
de trabalho, periodicamente. Já a remuneração compreende não apenas o salário, mas também
demais vantagens recebidas na vigência do mesmo contrato, como horas extras, adicionais,
comissões, percentagens, etc. É entendimento consolidado pelo TST, em sua súmula 191, o de
que o adicional de periculosidade, objeto da demanda autoral, possui como base de cálculo o
salário básico.
Desta feita, na eventualidade de se manter a condenação do Recorrente ao
pagamento do referido adicional, espera-se a reforma parcial da sentença, para que a
condenação incida sobre o salário básico.

V – REQUERIMENTOS FINAIS
Diante do exposto, o Recorrente espera que o presente recurso adesivo seja
conhecido e provido, com o acolhimento da preliminar suscitada, para que seja declarada a
nulidade da respeitável sentença, com o retorno dos autos à primeira instância e reabertura
processual, com o objetivo de que seja realizada a respectiva perícia. Ademais, no mérito,
requer seja reformada a sentença, para que o adicional, na eventualidade de ser devido, seja
calculado sobre o valor do salário básico.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local, data

Advogado
OAB

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