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PRÁTICA CÍVEL

DRA. MAGNA NOGUEIRA


NOME:
MATRÍCULA:

CASO CONCRETO 7

AO JUÍZO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS – SP

Processo nº: 1234

JULIANA FLORES, brasileira, solteira, empresária, inscrita sob o CPF nº “...”,


documento de identidade de nº “...”, residente e domicilia na Rua Tulipa, 333, no
município de Campinas/SP, endereço eletrônico “...”, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, por seu procurador que esta subscreve, com
endereço profissional localizado na Av “...”, nº“...”, Bairro “...”, cidade/UF,
endereço eletrônico “...”, onde receberá futuras intimações, com fulcro no art. 335
e seguintes do CPC, apresentar

CONTESTAÇÃO
a presente Ação de Anulação de Negócio Jurídico, pelo procedimento comum,
que lhe move SUZANA, já qualificada nos autos, expor e ao final requer:

1 – PRELIMINARMENTE

I – INCOMPETÊNCIA RELATIVA
Ver-se no caso relatado, vossa excelência, que é relativamente incompetente o
foro ao qual tramita esta lide, tendo em vista que tradando-se de bens imóveis, a
regra é de que a ação seja proposta no foro onde se situa a coisa imóvel, com
isso temos o foro de ribeirão preto como competente para apreciar tal lide,
afirmação esta positivada no artigo 47 do código de processo civil, in verbis:
Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro
de situação da coisa.
Cm isso requer, seja reconhecida a preliminar de incompetência relativa e, como
consequência, a remessa dos autos ao Juízo competente.

II – COISA JULGADA

Excelência, a lide ora apresentada, trata-se de uma tentativa de anulação de


negócio jurídico, entretanto magistrado, não é a primeira vez que a demandante
apela para medidas judiciais para este caso, tendo em vista que o mesmo tema
desta lide haverá sido apreciado em juízo na segunda vara cível da comarca de
campinas, sendo julgado improcedente e do pedido não se é cabível qualquer
recurso, tenta então a demandante pleitear referente a coisa que outrora já
havera sido julgada, nos remetendo ao artigo 502 do código de processo civil, in
verbis:

Art. 502. Denomina-se coisa julgada material a autoridade que torna imutável e
indiscutível a decisão de mérito não mais sujeita a recurso.
Não obstante, requer-se, o reconhecimento da extinção da presente ação sem
apreciação do mérito, pelo fato de existência de coisa julgada, com o
reconhecimento e condenação da demandante ao pagamento das custas e dos
honorários advocatícios pertinentes, ao advogado da demandada, com fulcro nos
artigos 337, VII e 485, V, ambos do código de processo civil, in verbis:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
VII - coisa julgada;
[...]
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;

2 – PREJUDICIAL DE MÉRITO

I – DECADÊNCIA

A ora demandante, pleiteou a presente ação no ano de 2017, o ato jurídico da


doação ocorrera no ano de 2012, não nos resta dúvida, Vossa Excelência, que
recai o instituto da decadência sobre o direito da demandante, visto que se
passara um período de cinco anos, nos remete o artigo 178, inciso I do código
civil, in verbis:

Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do


negócio jurídico, contado:

I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;

Não há que se falar em propositura de ação vossa Excelência, visto que já


decorrera o prazo decadencial para a propositura, portanto resta-se descaído o
pedido da demandante, pois, não há como anular um negócio jurídico que já fora
atingido pelo prazo decadencial.

Ante ao exposto, constando a impossibilidade do acolhimento do pedido inicial,


requer o juramento com resolução de mérito, nos termos do artigo 487, inciso II
do código de processo civil, in verbis:

Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:

II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou


prescrição;

Não obstante, requer a consequente condenação da demandante ao pagamento


das custas processuais e dos honorários advocatícios da demandada.

4 – PEDIDOS

Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, o que segue:

I – Seja acolhida a primeira preliminar arguida reconhecendo-se a incompetência


relativa d. juízo e remetendo-se os autos ao juízo competente;

II – Seja acolhida a segunda preliminar de coisa julgada, determinando a extinção


do processo sem a resolução do mérito;

III – Seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva, intimando o autor para se


manifestar em 15 (quinze) dias, sobre a alteração da petição inicial para
substituição do réu, caso contrário seja extinto o processo sem a resolução do
mérito;
IV – Seja pronunciada a decadência extinguindo-se o processo com resolução do
mérito;

V – Ultrapassada a prejudicial de mérito, seja julgado improcedente o pedido;

VI – Condenação do autor ao pagamento doas custas judiciais e honorários


advocatícios estes fixados em 20% sobre o valor da causa.

5 – PROVAS

Requer a produção de todos os meios de provas em direito admitidos,


notadamente, documental e testemunhal, bem como depoimento pessoal do
autor, na amplitude do artigo 369 do código de processo civil.

Nestes termos,

Pede e espera deferimento.

Local, data.

Advogado

OAB/UF

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