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DA COMARCA DE CAMPINAS.
2. PRELIMINARMENTE
Trata-se de relação jurídica que foi realizada entre a Autora e a pessoa jurídica Orfanato
Semente do Amanhã, ocorrendo, portanto, ilegitimidade passiva na ação, devendo o
feito ser extinto, sem resolução de mérito, por carência de ação, conforme elencam os
Art. 337, inciso XI, e 485, inciso VI, do código de processo civil
3. DA PREJUDICIAL DO MÉRITO
De acordo com as alegações da autora a Ré teria a coagido, afim de que a mesma doasse
o referido imóvel para o orfanato Semente do amanhã, o qual fora doado no dia 18 de
março de 2012. Supondo que houvesse ocorrido, a coação cessaria no ato do
desligamento da Autora com empresa em que trabalhava, no caso no em abril de 2012,
se não, o prazo passaria a contar na data em se efetivou o negócio jurídico. Isto é em 18
de março de 2012, ou seja, desde a doação até o presente momento em que a autora
ingressou com o pedido já se passaram mais de 4 anos.
Desse modo, houve a decadência do direito, tendo em vista que quando a pretensão é do
próprio contratante o prazo decadencial para anulação de negócio jurídico é de 4 anos.
Conforme artigo 178, inciso I do código civil.
Requer a extinção do processo com resolução do mérito, conforme dispõe o artigo 487.
Inciso II do Código de processo civil.
4. DO MÉRITO
A requerente alega que a ré, que é sócia majoritária na empresa em que a mesma
trabalha, teria a coagido, afim de que a ela doasse um imóvel para o orfanato Semente
do amanhã, no qual a ré é diretora, e que por receio de perder seu emprego teria
realizado a doação. Entretanto, verifica-se que tais alegações são superficiais e
infundadas, por não haver provas de tais fatos.
Destaca-se que a autora pouco depois de ter feito a doação pediu demissão, por razão de
ter aceitado proposta de emprego, feita por empresa concorrente que lhe oferecera
melhor salário. Sendo que tal proposta fora feita em fevereiro de 2012, antes da doação
do imóvel. Ora, excelência, se a autora já tinha uma melhor proposta de emprego, o que
a levaria a realizar a doação imóvel, por coação, sendo que a mesma não se encontrava
em situação de insegurança pelo risco de ficar desempregada. Tal fato, não condiz com
as alegações feitas pela requerente.
Ocorre que por parte da requerida não houve coação, ameaça, ou pedido para que
fossem realizadas doações em favor do orfanato, e sim incentivos a fazer caridade, os
quais não foram exclusivos a demandante, mas sim aos funcionários da empresa no
geral. Sendo que nem um dos demais empregados, sentiu-se coagido com tais sugestões,
tanto que nenhum jamais realizou doação ao orfanato.
Segundo Francisco Amaral a coação é a ameaça com que se constrange alguém à prática
de um ato jurídico, em concordância com o código civil em seu artigo 151, no que diz:
5.DOS PEDIDOS
Isto posto, requer a Vossa Excelência:
A. Seja acolhida a primeira preliminar de coisa julgada, determinando a extinção do
processo sem resolução do mérito;
B. seja acolhida a segunda preliminar ilegitimidade passiva, intimando o autor para se
manifestar em 15 (quinze) dias, sobre a alteração da petição inicial para substituição do
réu, caso contrário seja extinto o processo sem resolução do mérito
C. seja pronunciada a decadência extinguindo-se o processo com resolução do mérito;
D. Ultrapassada a prejudicial de mérito, seja julgado improcedente o pedido;
E. A condenação do autor ao pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios
estes fixados em 20% sobre o valor da causa.
6. DAS PROVAS
Requer a produção de todos os meios de prova em direito admitidos, notadamente,
documental e testemunhal, bem como depoimento pessoal do autor, na amplitude do art.
369 CPC
Local, data
Advogado
OAB/UF