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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA 8ª UNIDADE

JURISDICIONAL CÍVEL - 24º JD DA COMARCA DE BELO HORIZONTE/MG

Processo nº 5139923-12.2021.8.13.0024

LIZYA MYLLE MARQUES ROSA DO NASCIMENTO, já qualificada nos autos em


epígrafe que move em face de WANDERLEY MARCELO ROSA DA CRUZ, vem
por meio de sua advogada abaixo assinado, com escritório na Rua Nova York, 587,
Bairro Capelinha, Betim/MG, CEP 32678-325, onde recebe intimações, propor a
presente IMPUGNAÇÃO À CONTESTAÇÃO diante dos fatos novos alegados em
contestação.

I. DA TEMPESTIVIDADE
Salienta-se que a presente impugnação é devidamente
tempestiva, haja vista que o prazo para sua apresentação é de 15 (quinze) dias,
contados do primeiro dia útil seguinte ao da publicação, nos moldes dos arts. 219,
224 e 350, NCPC.
Assim, considerando que foi registrado ciência em
29/08/2022, o termo final ocorre em 20/09/2022.

II. DOS FATOS


O réu fora citado para apresentar contestação, e em sua
defesa realizou algumas alegações e apresentou fatos novos, que serão
impugnados a seguir.
A título de melhor elucidação insta registrar que o réu,
embora tenha cumprido com o pagamento da pensão alimentícia no passado,
tornou-se inadimplente após maioridade da parte autora, exonerou-se do
pagamento voluntariamente, sem pedido de exoneração de alimentos, o que levou
a autora passar por uma grande instabilidade social.

III. DO MÉRITO
Meritíssimo(a) Juiz(a), data máxima vênia, a contestação
trazida pelo Réu não merece prosperar, denotando apenas o intuito de defender o
indefensável com meras alegações desprovidas da integridade dos fatos, sendo
em tese, peça procrastinatória.
Retificando o autor, os termos da inicial, protesta pela
procedência da ação, por medida da legítima justiça.

IV. DOS ARGUMENTOS DO RÉU


Entende-se pela ausência de prova da capacidade
contributiva do réu pela autora, e que por isso, deveria ser julgado improcedente
o pedido.
Em sua peça defensória a parte ré aduz que se encontra
em condição de miserabilidade e por essa razão não vem cumprindo com o
pagamento de cada vencimento da pensão fixada por meio de acordo em
audiência.
Além disso, alega que está com dificuldades para pagar
o débito da presente ação e por isso requer a declaração de insubsistência da
execução e dar por justificada a impossibilidade de pagamento.

V. DA RESPOSTA DA AUTORA
Compreende-se o pedido do executado, entretanto razão
não assiste a ré senão vejamos:
Sua dificuldade em se manter adimplente ao pagamento
das parcelas atrasadas não é sinônimo de exoneração permanente, uma vez que
foi celebrado acordo em audiência autos do processo de nº 5164782 fixado a
pensão nos seguintes termos:
“...As partes ajustaram no sentido de que o pai pagará a filha uma pensão
alimentícia no equivalente a cento) do salário mínimo, nos dias 1º de cada
mês...”
Certa de que havia um acordo firmado entre as partes, a
autora já conta com a quantia a título de pensão para custear suas despesas
básicas, o que não deve ser cessada de maneira repentina, devendo ser levado em
consideração alguns quesitos, e o comprometimento do réu com o débito alimentício
é um deles.
VI. DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer que sejam rechaçadas todas as
alegações na contestação, bem como a impossibilidade de exoneração dos
alimentos nos moldes pretendidos pelo autor, com o acolhimento de todos os
pedidos elencados na exordial.
Contudo, movida pela maleabilidade com relação aos
pedidos feitos pelo réu, requer a autora que a presente ação seja suspensa pelo
período em que levar para concluir o acordo celebrado no processo de alimentos
pelo rito de prisão, autos nº 5164782-68.2016.8.13.0024.
Isto é, até que o réu conclua a quitação de seus débitos
anteriores pede-se pela suspensão do presente feito, voltando a tramitar
imediatamente após o término da pendência anterior, contando com juros e
correção monetária.

Nesses termos,
Pede deferimento.

Belo Horizonte, 06 de setembro de 2022.

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