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CURSO: DIREITO

DISCIPLINA: PRÁTICA JURÍDICA II TURMA: 6°


PERÍODO
SEMESTRE: 2021.2
PROFESSOR: GUSTAVO COSTA VASCONCELOS
ALUNO (A): HELLEN ARAUJO DOS SANTOS
MATRÍCULA:1913051041
ALUNO (A): MARIA EDUARDA FERREIRA DE ALMEIDA
MATRÍCULA:1913050076
ALUNO (A):
NOTA:() DATA:// 2021.

AVALIAÇÃO CONTÍNUA
(Apostila n° 05)

Caso :

Celso Marques e sua esposa Zeneide Marques, são proprietários do apartamento duplex nº 910, situado no
condomínio “Good Life”, localizado na Avenida Pedro I, nº 10, bairro: Bodocongó, cidade de Campina Grande-PB.

No dia 01/09/2021, os proprietários tomaram ciência da assembleia ordinária do condomínio que ocorreria
no dia seguinte, onde seria deliberada a proposta para compra do novo maquinário para academia do condomínio,
além de grande reforma na área de lazer e garagem. Assim, no dia e hora agendada, Celso e sua esposa se dirigiram
até a sala de reuniões, instante em que foram surpreendidos pelo síndico do prédio, Wesley Paiva, de que estariam
impedidos de participarem da reunião, haja vista inadimplência perante o condomínio dos meses de março, abril,
maio e junho 2021. Ainda naquela ocasião, apesar de Celso e sua esposa afirmarem que não possuíam qualquer débito
para com o condomínio, o Síndico não aceitou a justificativa e, de forma ríspida e grosseira, ofendeu o Casal
perante todos os demais condôminos que estavam na sala de reuniões, chamando-os de “caloteiros e velhacos”, e
ainda, expulsou-os do ambiente e seguiu com a assembleia.

Como se não bastasse todo constrangimento sofrido, no dia seguinte ao ocorrido, o Casal foi mais uma vez
surpreendido, desta vez com uma visita de um oficial de justiça, o qual citou-os, entregando cópia de petição inicial
promovida pelo Condomínio que lhes exige, por meio de ação de cobrança, as mensalidades condominiais dos
meses março, abril, maio e junho 2021, os quais totalizam a quantia atualizada de R$ 10.000,00 (Dez mil reais).
Ressalte-se, que o valor mensal do condomínio é de R$ 1.000,00 (Um mil reais).
EXCELENTISSÍMO JUÍZ DA 100° VARA CÍVEL DA COMARCA DE
CAMPINA GRANDE ESTADO DA PARAÍBA

AUTOS N° 1111/2021

Celso Marques e Zeneide Marques já devidamente


qualificados nos autos do processo em epígrafe, proprietários do apartamento
duplex nº910, situado no Condomínio “Good Life”, localizado na Avenida
Pedro I, nº10, Bodocongó, Campina Grande-PB, neste ato devidamente
representados por sua advogada, já qualificada, vem, respeitosamente, perante
Vossa Excelência, com fulcro no artigo 335 do Código de Processo Civil,
apresentar a presente:

CONTESTAÇÃO c/c RECONVENÇÃO

em face da Ação de Cobrança, proposto para o condomínio


GOOD LIFE, já qualificado na peça exordial, em razão das justificativas de
ordem fática e de direito, abaixo estipuladas.
I. DOS FATOS

Aduz os autores que pretendem responsabilizar o Condomínio

Good Life, pelos danos causados, tendo em vista constrangimento diante dos

outros moradores do condomínio. Desse modo, o síndico sustenta a tese de que

o casal esteja com pendências de pagamento no período de quatro meses, não

concordou com a justificativa e de forma ríspida, os desrespeitou.

Importante destacar que, os autores não possuem dívidas


vigentes no Condomínio e foram impedidos de participar da assembleia com
os demais moradores.

II. PRELIMINAR DE MÉRITO

Ao contrário do que tenta fazer crer, o verdadeiro decorrer dos


fatos é completamente diferente do apresentado, sabendo que, Celso Marques
e Zeneide Marques não possuem nenhum débito.

Nesta linha, Excelência, no que se refere ao demandado, percebe-


se que não poderia ajuizar ação de cobrança pautada em dívidas que não
existem. Vale ressaltar que o valor cobrado é exorbitante, e totalmente oposto
ao valor do condomínio.
Tendo em vista que na sua fala, o síndico discorre que o casal
tinha uma divida referente a quatro meses do valor condominial, sabendo que
o valor mensal é de R$ 1.000,00 reais, e na exordial tem-se o valor de R$
10.000,00 mil reais, torna-se totalmente contestável, improcedente e injusto o
pedido do demandante.

III. DO MÉRITO

Restam totalmente errôneas e contestáveis as dívidas ditas


existentes do casal, é inegável o direito dos réus-reconvinte em contestar a ação
que corre. Observa-se o que diz o artigo 373, I, do Código de Processo Civil:

Art. 373. O ônus da prova incumbe:

I. Ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;

Ao analisar os autos, verifica-se a ausência de prova indicativa do


direito do autor, exatamente pelo fato de não haver comprovado a
inadimplência. Portanto, torna-se totalmente improcedente os pedidos da
exordial, razão pela qual conduz à sua imediata extinção.

O art. 335, I do CPC prevê o prazo de 15 dias para contestar a


contar da data da audiência de conciliação, pois, a presente contestação com
reconvenção.
Ainda requerendo que a tese apontada seja acolhida, os

demandados jamais poderam deixar combater o mérito do processo pelo

princípio da concentração e eventualidade, motivo pelo qual passa a defender-

se e requerer como segue.

É de suma importância ressaltar que Celso Marques e sua esposa

Zeneide Marques possuem todos os comprovantes e respectivos boletos,

demonstrando que sequer atrasaram algum dia de pagamento, totalizando o

valor de R$4.000,00(quatro mil reais), valor este, correspondente aos meses nos

quais foram afirmados a existência de débitos.

Corroborando com tal entendimento, vejamos o magistério


de Flávio Tartuce:

“Inicialmente, tanto doutrina como jurisprudência sinalizam para o fato

de que os danos morais suportados por alguém não se confundem com os meros

transtornos ou aborrecimentos que a pessoa sofre no dia a dia. Isso sob pena de colocar

em descrédito a própria concepção da responsabilidade civil e do dano moral [ ... ] “

Desse modo, reitera-se a informação de que os demandados não

possuem dívidas, havendo nomes limpos. Portanto, outro não poderia ser o
entendimento se não o necessário provimento do presente contrapedido, concedendo

a improcedência da demanda.
IV. RECONVENÇÃO

Como amplamente exposto nesta reposta, os reconvintes não


possuem débito condominial algum, haja vista o adimplemento de todas as
taxas. Levando em consideração todo o constrangimento causado, a forma
ríspida que foram tratados, vejamos os artigos 186 e 927s do CC/02 prevê,
respectivamente:

Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito.”

Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187),


causar dano a outrem, fica obrigado a repará- lo.”

Assim, como o Código Civil assegura o direito de


reparação, os reconvintes utilizam da reconvenção para lhe garantir tal direito.

Ainda, exposto no art. 389: “Não cumprida à obrigação, responde


o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo
índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”

Portanto, é inegável que não pode ser proferido outro julgamento


além da total procedência da presente contestação c/c reconvenção, uma vez
que fora comprovado o pagamento da dívida e a má fé do reconvindo.
Ainda que ocorra a desistência da ação ou a ocorrência de causa
extintiva que impeça o exame do seu mérito, não obsta ao prosseguimento do
processo quanto à reconvenção, conforme preceitua o § 2º do art. 343 do CPC.

Conforme narrado, o Autor, além de não ter direito ao requerido, deve


arcar com indicar pedido do réu em reconvenção, conforme passa a demonstrar.

Sendo assim, resta o valor da causa a R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

DOS PEDIDOS

Diante de todo o exposto, em sede de CONTESTAÇÃO, requer:

I. Seja reconhecida a conexão, para fins de que o presente processo


tramite em conexão ao processo nº 1111.2021

II. O acolhimento das contraposições às provas e argumentos trazidos


e consequente declaração de IMPROCEDÊNCIA DA DEMANDA;

III. O reconhecimento da cobrança indevida, devendo o mesmo arcar


com as custas processuais e honorários de sucumbência;

IV. A TOTAL IMPROCEDÊNCIA da demanda de cobrança indevida,


com a condenação do Autor ao pagamento de honorários
advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC;

Em sede de RECONVENÇÃO, requer:


I. O recebimento das razões de reconvenção para o seu devido
processamento, nos termos do art. 343 do CPC;

II. Seja intimado o Autor para apresentar resposta, nos termos do §1º
art. 343, do CPC;

III. A total procedência da RECONVENÇÃO para Celso Marques e


Zeneide Marques;

IV. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial a


testemunhal;

V. Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome


das Advogadas Maria Eduarda Ferreira e Hellen Araújo dos Santos,
OAB 11.111 e OAB 22.111, respectivamente;

Do valor da causa à Reconvenção: R$ 3.000,00(três mil reais)

Nestes termos,
pede deferimento.

Campina Grande, 21/09/2021

MARIA EDUARDA FERREIRA DE ALMEIDA


ADVOGADA
OAB 11.111

HELLEN ARAÚJO DOS SANTOS


ADVOGADA
OAB 22.111

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