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DIREITO ADMINISTRATIVO
2015
APRESENTAÇÃO
Muito obrigado!
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Definição
A administração pública, segundo o autor Alexandre de Moraes, pode
ser definida objetivamente como a atividade concreta, direta, e imediata que o
Estado desenvolve para assegurar os interesses coletivos e subjetivamente
como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a Lei atribui o
exercício da função administrativa do Estado.
A administração pública pode ser direta, quando composta pelos entes
federados (União, Estados, Municípios e DF), ou indireta, quando composta por
entidades autárquicas, fundacionais e paraestatais.
Administração Pública tem como principal objetivo o interesse público,
seguindo os princípios constitucionais da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
A administração pública é conceituada com base em dois aspectos: objetivo
(também chamado material ou funcional) e subjetivo (também chamado formal
ou orgânico).
Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de
administração pública divide-se em dois sentidos:
Agências reguladoras
Sua função é regular a prestação de serviços públicos, organizar e fiscalizar
esses serviços a serem prestados por concessionárias ou permissionárias, com
o objetivo garantir o direito do usuário ao serviço público de qualidade. Não há
muitas diferenças em relação à tradicional autarquia, a não ser uma maior
autonomia financeira e administrativa, além de seus diretores serem eleitos
para mandato por tempo determinado. Essas entidades têm as seguintes
finalidades básicas: a) fiscalizar serviços públicos (ANEEL, ANTT, ANAC,
ANTAQ); b) fomentar e fiscalizar determinadas atividades privadas (ANCINE);
c) regulamentar, controlar e fiscalizar atividades econômicas (ANP); d) exercer
atividades típicas de estado (ANVS, ANVISA e ANS).
Agências executivas
São pessoas jurídicas de direito público ou privado, ou até mesmo órgãos
públicos, integrantes da Administração Pública Direta ou Indireta, que podem
celebrar contrato de gestão com objetivo de reduzir custos, otimizar e
aperfeiçoar a prestação de serviços públicos. Seu objetivo principal é a
execução de atividades administrativas. Nelas há uma autonomia financeira e
administrativa ainda maior. São requisitos para transformar uma autarquia ou
fundação em uma agência executiva: a) tenham planos estratégicos de
reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento; b) tenham
celebrado contrato de gestão com o ministério supervisor. José dos Santos
Carvalho Filho cita como agências executivas o INMETRO (uma autarquia) e a
ABIN (apesar de ter o termo "agência" em seu nome, não é uma autarquia,
mas um órgão público).
O GESTOR PÚBLICO
Gestão Pública
SERVIÇOS PÚBLICOS
Classificação
De Utilidade Pública
Próprios do Estado
Impróprios do Estado
Administrativos
Industriais
São os que produzem renda, uma vez que são prestados mediante
remuneração (tarifa). Pode ser prestado diretamente pelo Poder Público ou por
suas entidades da Administração indireta ou transferidos a terceiros, mediante
concessão ou permissão. Exs.: transporte, telefonia, correios e telégrafos.
Gerais
Individuais
Regulamentação e Controle
Formas de Prestação
Outorga
Outorga
Delegação
Permissão
Autorização
Características
Licitação
Exige-se se for para permissão de serviços públicos (CF, art. 175). Para
a realização de atividade pelo particular ou para a utilização de certos bens,
como regra não se exige a licitação, mas pode-se coletar seleção por outro
sistema.
Há que se observar que os serviços autorizados não se beneficiam da
prerrogativa de serviço público.
Os executores dos serviços autorizados não são agentes públicos, não
praticam atos administrativos e, portanto, não há responsabilidade da Adminis-
tração pelos danos causados a terceiros.
Tarifas
Convênios e consórcios
Convênios
Particularidades
Consórcios
CONCEITO
MEIOS DE ATUAÇÃO
ATOS ADMINISTRATIVOS
REQUISITOS
Independentemente de sua classificação, o ato administrativo tem cinco
requisitos básicos, que são: competência, finalidade, forma, motivo e objeto.
Condições de existência
Procedimento administrativo
É a sucessão ordenada de operações que propiciam a formação de um
ato final objetivado pela administração pública. Constitui-se de atos
intermediários, preparatórios e autônomos, porém, sempre interligados, de
maneira tal que a sua conjugação dá conteúdo e forma ao ato principal.
Classificação:
Quanto ao regramento
Atos vinculados: possui todos seus elementos determinados em lei, não
existindo possibilidade de apreciação por parte do administrador quanto à
oportunidade ou à conveniência. Cabe ao administrador apenas a verificação
da existência de todos os elementos expressos em lei para a prática do ato.
Caso todos os elementos estejam presentes, o administrador é obrigado a
praticar o ato administrativo; caso contrário, ele estará proibido da prática do
ato.
Atos discricionários: o administrador pode decidir sobre o motivo e sobre
o objeto do ato, devendo pautar suas escolhas de acordo com as razões de
oportunidade e conveniência.[1] A discricionariedade é sempre concedida por lei
e deve sempre estar em acordo com o princípio da finalidade pública. O poder
judiciário não pode avaliar as razões de conveniência e oportunidade (mérito),
apenas a legalidade, a competência e a forma (exteriorização) do ato.
Quanto à formação
Atos simples: resultam da manifestação de vontade de apenas um órgão
público.
Atos complexos: resultam da manifestação de vontade de mais de um órgão
público.
Atos compostos: são os praticados por um órgão, porém necessitam da
aprovação de outro órgão.
Quanto à validade
Válido: é o que atende a todos os requisitos legais: competência,
finalidade, forma, motivo e objeto. Pode estar perfeito, pronto para produzir
seus efeitos ou estar pendente de evento futuro.
Nulo: é o que nasce com vício insanável, ou seja, um defeito que não
pode ser corrigido. Não produz qualquer efeito entre as partes. No entanto, em
face dos atributos dos atos administrativos, ele deve ser observado até que
haja decisão, seja administrativa, seja judicial, declarando sua nulidade, que
terá efeito retroativo, desde o início, entre as partes. Por outro lado, deverão
ser respeitados os direitos de terceiros de boa-fé que tenham sido atingidos
pelo ato nulo. Cite-se a nomeação de um candidato que não tenha nível
superior para um cargo que o exija. A partir do reconhecimento do erro, o ato é
anulado desde sua origem. Porém, as ações legais eventualmente praticadas
por ele durante o período em que atuou permanecerão válidas.
Anulável: é o ato que contém defeitos, porém, que podem ser sanados,
convalidados. Ressalte-se que, se mantido o defeito, o ato será nulo; se
corrigido, poderá ser "salvo" e passar a válido. Atente-se que nem todos os
defeitos são sanáveis, mas sim aqueles expressamente previstos em lei e
analisados no item seguinte.
Inexistente: é aquele que apenas aparenta ser um ato administrativo,
manifestação de vontade da Administração Pública. São produzidos por
alguém que se faz passar por agente público, sem sê-lo, ou que contém um
objeto juridicamente impossível. Exemplo do primeiro caso é a multa emitida
por falso policial; do segundo, a ordem para matar alguém.
Quanto à executabilidade
Perfeito: é aquele que completou seu processo de formação, estando
apto a produzir seus efeitos. Perfeição não se confunde com validade. Esta é a
adequação do ato à lei; a perfeição refere-se às etapas de sua formação.
Imperfeito: não completou seu processo de formação, portanto, não está
apto a produzir seus efeitos, faltando, por exemplo, a homologação,
publicação, ou outro requisito apontado pela lei.
Pendente: para produzir seus efeitos, sujeita-se a condição ou termo,
mas já completou seu ciclo de formação, estando apenas aguardando o
implemento desse acessório, por isso não se confunde com o imperfeito.
Condição é evento futuro e incerto, como o casamento. Termo é evento futuro
e certo, como uma data específica.
Consumado: é o ato que já produziu todos os seus efeitos, nada mais
havendo para realizar. Exemplifique-se com a exoneração ou a concessão de
licença para doar sangue.
SERVIDORES PÚBLICOS
Agentes Políticos
PROCESSO ADMINISTRATIVO
Julgamento da sindicância
O julgamento da sindicância cabe à autoridade que tenha determinado a
sua abertura.Qualquer que seja a decisão da autoridade, deve a mesma, no
despacho que a proferir, determinar as medidas a serem tomadas para a sua
eficácia.Decidindo a autoridade pela aplicação de penalidade, expedirá o
competente ato que deve ser publicado em Diário Oficial da União, dele
cabendo pedido de reconsideração ou recurso na forma da lei.
Revisão do Processo
A revisão do processo administrativo disciplinar pode ocorrer a qualquer
tempo, se forem acrescentados fatos novos ou circunstâncias não apreciadas,
dos quais resulte comprovada a inocência do punido ou a inadequação da
penalidade aplicada, podendo ser feita:
1. de ofício;
2. a pedido.
Comissão Revisora
A Comissão Revisora tem o prazo de 60 dias para conclusão dos
trabalhos prorrogáveis por igual período.
Nesta fase, a Comissão verifica o meio mais adequado para apuração
do fato ou circunstância que determinou a revisão, aplicando as normas
relativas ao processo disciplinar. Quando se tratar de revisão a pedido o ônus
da prova cabe ao requerente. Concluídos os trabalhos a Comissão elabora
relatório minucioso do quanto foi apurado, manifestando-se sobre a
procedência e amplitude da revisão, com indicação precisa dos itens do
julgamento que devem ser reformulados, que juntado ao processo revisional
deve ser encaminhado à autoridade julgadora.A autoridade julgadora no
processo revisional é a mesma que aplicou a penalidade no processo
disciplinar originário.
IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA
MORALIDADE E PROBIDADE