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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO UNOPAR


BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

GABRIEL SOUSA MACHADO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I


INICIAÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO

BRAGANÇA-PA
2023
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GABRIEL SOUSA MACHADO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO I


INICIAÇÃO E TREINAMENTO DESPORTIVO

Relatório apresentado à Universidade Norte


do Paraná - UNOPAR, como requisito
parcial para o aproveitamento da disciplina
de Estágio Curricular Obrigatório I: Iniciação
e Treinamento Desportivo do Curso de
Educação Física.

Docente supervisor:

BRAGANÇA-PA
2023
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
1. RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LOCAL/INSTITUIÇÃO
CONCEDENTE.................................................................................................................5
2. RELATO DOS ARTIGOS DE METODOLOGIAS, ESTRATÉGIAS E ABORDAGENS
USADOS NO CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL..................................................6
3. RELATO DE ESTUDO DE REFERÊNCIAS ADICIONAIS...........................................8
4. RELATO DA ANÁLISE DO LOCAL DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO ............................10
5. RELATO DAS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO SUPERVISOR DE CAMPO..11
6. RELATO DA OBSERVAÇÃO......................................................................................12
7. RELATO DA PARTICIPAÇÃO....................................................................................13
8. APRESENTAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO..................................................14
9. RELATO DOS APONTAMENTOS DO SUPERVISOR DE CAMPO...........................15
10. RELATO DE INTERVENÇÃO ..................................................................................16
11. ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE AS ETAPAS DE CAMPO .......................................17
12. APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS.....................................18
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................19
VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO.......................................................................................20
REFERÊNCIAS..............................................................................................................21
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INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado caracteriza-se como um momento


curricular que tem como objetivo o desenvolvimento e/ou aprimoramento de
competências e habilidades através do contato com o futuro campo profissional e a
ação-reflexão sobre a prática interventiva, a partir das experiências vivenciadas em
ambiente de trabalho do educador físico.
A formação do bacharel em Educação Física é um processo além do
ensino e aprendizagem de conhecimentos na área e atualização cientifica de saberes
pedagógicos que possibilitam a criação de participação, ação e reflexão dos futuros
profissionais. Desse modo, o estágio oferece aos estudantes dos cursos de bacharel
um importante contato com o futuro campo de atuação profissional.
Pensando nisso, esta produção objetiva abordar as etapas seguidas na
realização de um estágio em um clube desportivo, seguindo a temática da Iniciação e
Treinamento Desportivo. Foram realizadas atividades de intervenção na instituição
Escolinha do Bragança, em que o aluno pode desenvolver planos de trabalhos a
serem feitos.
Por intermédio da prática nesse ambiente, objetiva-se vivenciar no âmbito
escolar as teorias e conceitos tratados na universidade, colocando-os em prática com
vista ao desenvolvimento de habilidades e com isso avaliar como essas teorias e
práticas podem ser trabalhadas no espaço. Assim, o estágio foi realizado para
melhorar e capacitar o futuro profissional de Educação Física.

1 RELATO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO LOCAL/INSTITUIÇÃO


CONCEDENTE
A empresa escolhida para a realização das atividades consiste na
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Escolinha do Bragança, selecionada pela proximidade com o local e pela proposta
de trabalhar o futebol modalidade de esporte, sendo um espaço esportivo atrelado
ao futebol. Além disso, o seu público-alvo é crianças e adolescentes, sendo uma
excelente forma de compreender todo o processo de desenvolvimento que ocorre
nas atividades de iniciação esportiva. Cabe ressaltar que o acolhimento foi muito
bem realizado pela instituição, havendo um ótimo espaço para o estagiário
desenvolver suas atividades. Em relação as atividades desenvolvidas na Instituição
Escolinha do Bragança, houve ampla participação na observação da instituição,
em que se conheceu a estrutura e os recursos disponíveis, com o objetivo de
analisar o cenário para poder propor alguma intervenção prática. Além disso, também
se observou o funcionamento, a relação dos funcionários e como era a dinâmica dos
treinamentos no clube, bem como o relacionado aos estudantes matriculados.
Acerca da atividade proposta pelo estagiário, foi realizado um torneio na
Escolinha, o qual permitiu que as crianças participassem, cooperassem e
competissem entre si, contribuindo para a valorização do trabalho em equipe,
autoestima e reconhecimento da importância da confiança para o atleta. Em se
tratando do torneio, participaram crianças de 6 a 11 anos, que foram divididas em
grupos e de acordo com a faixa-etária, sendo uma competição justa. Cada equipe
realizou três jogos e não foram determinadas classificações finais, com ênfase na
diversão.
Ademais, foi realizado um torneio de futebol destinado a adolescentes de
12 a 15 anos. O torneio, disputado por quatro equipes, foi dividido em duas fases: uma
fase de grupo, em que duas equipes jogavam entre si duas vezes, e a final, em que os
times líderes dos dois grupos disputavam, em partida única, o título do torneio.
As partidas eram jogadas no formato 7x7, sendo 6 deles jogadores de
linha e um goleiro. Cada time dispõe de um plantel de 14 jogadores, com 2 deles
sendo goleiros. O resultado desta experiência foi positiva, já que permitiu aos
adolescentes a oportunidade de participarem de vivências pelas quais nunca haviam
passado, auxiliando no desenvolvimento do espírito de grupo e da autonomia.
2 RELATO DOS ARTIGOS DE METODOLOGIAS, ESTRATÉGIAS E ABORDAGENS
USADOS NO CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
A iniciação esportiva é marcada pela prática regular e orientada de uma
ou mais modalidades esportivas, e o objetivo imediato é complementar o
desenvolvimento da criança de forma integral, não implicando somente em
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competições (RAMOS; NEVES, 2008).
De modo geral, na iniciação esportiva, entendida como o contato inicial da
criança com o esporte, a criança inicia a prática regular de um determinado esporte,
fazendo com que seja possível a continuidade do desenvolvimento motor do indivíduo.
Além disso, a prática esportiva também contribui para o desenvolvimento psicossocial
e cognitivo.
Em relação a iniciação esportiva, nota-se que este processo pode ser
muito variável, pois muitos jovens podem começar a praticar este esporte em casa,
nas ruas e campos de várzea, com amigos e familiares. Também pode ser feita na
escola, através das aulas de Educação Física ou em projetos sociais, e por fim pode
ser iniciada em escolinhas de futebol, locais especializados no ensino deste esporte.
Segundo Filgueira (2006), a criança durante a prática do esporte
incorporam transformações de cunho social, afetivo, intelectual e motora,
proporcionando uma formação integral do indivíduo. Nesse contexto, o esporte precisa
ser visto como um impulsionador do desenvolvimento da criança, sendo uma forma de
integrar e formar o indivíduo.
Acerca disso, Filgueira (2006) ressalta que as competições podem estar
presentes nesta iniciação, porém não podem se tornar o principal objetivo da
iniciação. Pode-se dizer que a competição vai ser um complemento da aprendizagem
durante a iniciação esportiva. Assim sendo, as competições serão uma das
estratégias utilizadas na realização das atividades.
Acerca de aspectos metodológicos, há um grande destaque para a
metodologia mista nesse espaço da iniciação científica, pois o método misto permite
que o indivíduo no processo de aprendizagem de esporte consiga realizar a prática do
jogo como um todo, suprindo seu gosto pela modalidade e desenvolvendo suas
habilidades motoras, assim como também é possível aprender as técnicas e
habilidades específicas (ROMÃO; BARBOSA; MOEREIRA, 2017).
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3 RELATO DE ESTUDO DE REFERÊNCIAS ADICIONAIS


A iniciação esportiva é o período em que a criança deve desenvolver suas
qualidades físicas básicas através da modalidade praticada. Neste período não deve
haver preocupação com competições esportivas, cabendo então a aplicação de jogos
e brincadeiras que instiguem o desenvolvimento motor (NASCIMENTO, 2005).
Cunha et al. (2021) dividem a iniciação esportiva em 3 fases, para que
esta possa ser mais bem entendida e realizada. A primeira fase corresponde da 1ª à
4ª séries do ensino fundamental, atendendo crianças da primeira e segunda infância,
com idades entre 7 e 10 anos. O envolvimento das crianças nas atividades
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desportivas deve ter caráter lúdico, participativo e alegre, a fim de oportunizar a
vivência das técnicas desportivas sem a preocupação de reproduzi-las com perfeição,
estimulando assim que a aprendizagem destas técnicas se torne prazerosa e de fácil
aceitação.
A segunda fase da iniciação esportiva segundo Cunha et al. (2021), é
marcada por oportunizar aos jovens à aprendizagem de várias modalidades
esportivas, atendendo crianças e adolescentes da 5ª à 7ª séries do ensino
fundamental, com idades aproximadas de 11 a 13 anos.
Visto que a primeira fase de iniciação esportiva estimula e amplia o
vocabulário motor, mas não se trabalha técnicas específicas de nenhum esporte. A
segunda fase dá início à aprendizagem de diversas modalidades esportivas, dentro de
suas particularidades, ou seja, inicia-se o trabalho de técnicas e exercícios mais
específicos.
Por fim a terceira fase da iniciação esportiva corresponde à faixa etária
aproximada de 13 a 14 anos, às 7ª e 8ª séries do ensino fundamental. Enfatiza-se o
desenvolvimento dessa fase, bem como a automatização e o refinamento dos
conteúdos aprendidos nas fases anteriores e a aprendizagem de novos conteúdos de
uma maior complexidade técnica-tática, fundamentais nesse momento para que haja
um bom desenvolvimento esportivo.
Entende-se que a criança não pode ser vista como um adulto em
miniatura e, difere de um adulto em todos os aspectos (físico, psicossocial,
emocional). A sua mente é diferenciada em qualidade e quantidade. Nesse sentido,
deve preocupar-se para a iniciação esportiva e consequente prática que é
desenvolvida com essa criança e mesmo com jovens e adolescentes (NASCIMENTO,
2005).
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4 RELATO DA ANÁLISE DO LOCAL DE ATUAÇÃO DO ESTÁGIO


A instituição Escolinha do Bragança, apesar de nova é reconhecida pelo
seu dinamismo, havendo por parte do seu coordenador e responsável uma
compreensão e doação para o desenvolvimento deste projeto, voltado para a pratica
esportiva. Acerca da infraestrutura, é um espaço amplo, possuindo alguns
colaboradores, que conjuntamente com o coordenador, se revezam para a
manutenção e limpeza dos espaços e equipamentos e principalmente dois
Educadores Físicos, responsáveis pela iniciação e treinamento desportivo.
No local de visita, foi visto 1 campo society, onde os alunos disputam as
partidas e realizam os treinos, desde o sub 8 até o sub 15. Apesar de apresentar uma
infraestrutura, um pouco distante da realidade, a Escolinha do Bragança, procura dar
aos seus alunos um treinamento difereciado, buscando exatamente, nas modalidades
empregar atividades lúdicas que visem exatamente proporcionar um treinamento, que
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faça com que os alunos aprendam e executem de forma prazerosa suas atividades.
A Instituição Escolinha do Bragança, foi fundada no ano de 2022 e tem
como responsável o sr. Carlos Eduardo Oliveira de Sousa. As atividades esportivas
são realizadas no periodo da tarde, no horário das 16h às 18h.

5 RELATO DAS METODOLOGIAS UTILIZADAS PELO SUPERVISOR DE CAMPO


Por lidar com o treinamento, o educador físico ressaltou duas
metodologias: uma para o desenvolvimento do atleta e outra para o ensino dos
esportes e trabalhos em grupo. Em relação a questão individual ao atleta, foi utilizada
a metodologia de treino, sendo um processo metodológico baseado no processo de
repetição lógica, organizada e sistemática dos exercícios específicos do treino. Por
meio da execução dessas etapas de forma continuada, é possível potencializar as
características físicas, técnicas, táticas e psicológicos dos jogadores, possibilitando
que estes melhorem seu desempenho ao trabalhar em equipe.
Através da prática do exercício, é possível trabalhar a totalidade do atleta.
Assim sendo, por meio do cumprimento de uma determina tarefa motora, o indivíduo
põe em evidência aspectos cognitivos, sendo um processo com a presença da
consciência ativa na consecução dos objetivos e no controle da execução. Nesse
contexto, o supervisor defende uma metodologia em que o exercício é o foco, sendo
este responsável pela mobilização de diversas dimensões do atleta, como as
dimensões físicas, anatômicas e energéticas.
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No que diz respeito ao processo metodológico do ensino de esportes, é
utilizado o Método Misto, o qual refere-se a uma espécie de união entre o método
global (a prática do jogo como um todo para desenvolver as habilidades motoras) e o
método parcial (em que se ensina, de forma isolada, a técnica de cada movimento e
habilidade).
Neste método, o Educador Físico realiza a prática do jogo com os atletas,
atendendo o seu desejo da prática e fornecendo um contexto para a aprendizagem, e
em seguida executa separadamente o ensino do movimento motor necessário, de
modo a ensinar a sua execução correta. Por fim, tem-se a prática do jogo como um
todo. O método misto é extremamente vantajoso, pois fornece uma aprendizagem
holística e integral aos alunos, proporcionando diversão e ensino completo para os
alunos, na medida em que o aluno consegue atingir a perfeição do movimento por
meio da prática.

6 RELATO DA OBSERVAÇÃO
Em relação a estruturação das observações, ao longo desse processo
foram realizadas anotações em um caderno, de modo a identificar possibilidades e
limitações existentes na Escolinha, permitindo visualizar qual seria a melhor
intervenção a ser realizada. Desse modo, para a observação feita em campo, foram
pensadas as seguintes variáveis: a) apresentação da rotina de treino dos alunos; b)
organização e gestão do treinamento; c) solicitação de comportamentos durante o
treino; d) feedback dos alunos acerca do treino.
Com adolescentes, foi observado que o supervisor apresenta um modelo
de ensino com ênfase na repetição de exercícios com o objetivo de melhorar o
desempenho dos atletas. Observou-se que sua rotina consiste em verificar o
planejamento de cada treino e aplicá-los nos alunos, seguindo a seguinte estrutura:
primeiro conta para os alunos o que será feito no dia; realiza os exercícios e o
treinamento; e encerra com comentários sobre pontos positivos e o que cada aluno
necessita trabalhar.
Além disso, o Educador Físico sempre retirava um momento do
treinamento para ensinar, discutir e abordar as estratégias de exercícios que podem
fazer em casa para melhorar a mobilidade e não forçar mais do que o necessário,
priorizando um treinamento saudável para os alunos. Assim, pode-se afirmar que se
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identificou um treino muito focada prática esportiva, mas sem deixar de olhar também
para o lado humano dos atletas.
No público infantil, observou-se um processo bastante diferente, com
diversos elementos lúdicos, música presente no ambiente e uma comunicação mais
acessível. Havia muitos exercícios, mas o foco era a realização de brincadeiras que
desenvolvessem as habilidades motoras, trazendo o aspecto lúdico para trabalhar o
desenvolvimento psicomotor dos pequenos atletas.

7 RELATO DA PARTICIPAÇÃO
Após o período de observação, pôde-se iniciar uma participação mais
ativa dentro da instituição, principalmente no que diz respeito ao treinamento dos
alunos. A primeira atividade de participação consistiu em informar para os alunos o
que seria trabalho no dia, auxiliando no primeiro exercício da turma A de iniciação
esportiva em futebol.
Assim, demonstrei e ajudei os alunos a realizarem exercícios de
mobilidade e aquecimento, como polichinelo, corrida ao redor do campo e treinos de
passe. Essa atividade de controlar um treinamento foi evoluindo com o tempo, na
medida em que houve participação nos treinamentos de futebol.
Além dessas atividades de comandar e planejar treinos, também foi
destinado um pequeno tempo para atividades de promoção das atividades realizadas
na Escolinha, por meio da elaboração de um texto apresentando a modalidade
esportiva do futebol para o perfil da instituição nas mídias digitais. Conforme
explicitado pelo supervisor, atualmente há uma grande demanda por profissionais que
conseguem passar o conhecimento para o público sobre os esportes, gerando uma
maior conexão entre o clube e a comunidade.
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8 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE INTERVENÇÃO


Durante as observações e as participações nas atividades da instituição,
o supervisor trouxe como demanda a necessidade de desenvolver uma maior
competitividade entre os alunos mais novos, entre 6 e 10 anos, pois, diferentemente
daqueles mais velhos, estes ainda participavam pouco de amistosos. Assim sendo,
estabeleceu-se como principal objetivo do plano de intervenção proporcionar uma
atividade propícia para o desenvolvimento do sentimento de competitividade entre os
alunos, mas respeitando os valores da prática esportiva.
Para desenvolver os procedimentos metodológicos, foi realizada uma
pesquisa na literatura da Educação Física acerca da iniciação esportiva para crianças
e o elemento da competição, principalmente no que diz respeito a seus efeitos e
modos de trabalho. Encontrou-se diversos artigos acerca da importância do lúdico
nesse processo e de evitar o trabalho com o esporte competitivo, priorizando o
esporte educativo. Assim sendo, visou-se o trabalho entre equipe e o valor de obter
sucesso por meio dessa colaboração, ressaltando a importância do outro.
Dessa maneira, o plano de intervenção foi proposto com base em um
torneio realizado no espaço da Escolinha. Tal torneio, teve como princípios a iniciação
esportiva e a competitividade, e buscou principalmente, fazer com que as crianças se
sentissem estimuladas pelo espírito competitivo dos esportes, no caso, o futebol.
Está competição foi dividida em duas fases. Na primeira etapa, foram
sorteadas quatros equipe em dois grupos, no qual os grupos eram definidos em duas
partidas entre os dois times. Após a definição do líder dos grupos, era disputada a
final, entre os dois melhores participantes do torneio na primeira fase. A final era em
jogo único, e em caso de empate, o título seria decidido nos pênaltis.
Ainda como plano de intervenção, mas buscando a ludicidade, foi
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proposto um dia apenas para a diversão dos atletas. Um dia após a disputa do torneio,
os atletas puderam jogar com quaisquer dos outros alunos que quiserem. Isso
permitiu com que as crianças criassem mais laços com outros jovens também, e não
só com os do seu time. Além disso, as partidas disputadas sem o teor competitivo, é
um meio de divertir os alunos, sem colocar pressão sobre os atletas.

9 RELATO DOS APONTAMENTOS DO SUPERVISOR DE CAMPO


Antes de realizar a intervenção, foi fundamental mostrar o plano para o
supervisor, com o objetivo de escutar a opinião de um profissional com experiência
sobre a ideia desenvolvida de acordo com os conhecimentos do estagiário sobre a
atuação do profissional de Educação Física.
Desse modo, foi feita uma consultoria com o supervisor. Ao analisar o
plano de intervenção, o profissional afirmou que achou muito interessante dividir as
atividades e partidas a serem realizadas na competição com as habilidades já
desenvolvidas pela maioria das crianças, pois indicava que houve preocupação com a
adaptação de acordo com a etapa de desenvolvimento do aluno.
Além disso, o supervisor salientou que como a proposta é ser uma
metodologia mista, é de extrema importância que os alunos possuam um momento
para interagirem de modo livre, de fato jogando a modalidade esportiva proposta,
mesmo que realizem movimentos errados, na medida em que desenvolver o interesse
e a curiosidade pelo jogo também faz parte desse processo de aprendizagem.
Assim sendo, o professor recomendou que o tempo da dinâmica voltada
para o jogo lúdico fosse aumentada, pois a diversão é um pilar importante para a
iniciação desportiva infantil. Acerca disso, ressaltou a importância de no intervalo ter
momentos animadores, como músicas do interesse dos alunos, pausa para um lanche
rápido e pausa para descanso também.
Ademais, por considerar uma ótima proposta de intervenção, pois é um
modo de adaptar o esporte de acordo com a idade, o supervisor perguntou se seria
possível aplicar o plano de intervenção adaptado para os alunos adolescentes, como
forma de incentivá-los. Nesse sentido, essa sugestão foi aceita e também ocorreu a
intervenção com o público-adolescente.
Portanto, as principais pontuações realizadas pelo supervisor estavam
associadas a diversão e a motivação dos alunos, destacando o coletivo sobre o
individual, intensificando as habilidades físicas, cognitivas e, também ajudar a
construir valores e atitudes para a vida em sociedade, cooperando para a formação
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crítica e integral do ser humano, por meio da interação social.
10 RELATO DE INTERVENÇÃO
Em relação a intervenção, foi uma experiência muito enriquecedora, na
medida em que foi possível auxiliar os alunos durante os jogos e promover uma
atividade de seu interesse. Primeiramente, ressalta-se a empolgação dos alunos com
o anúncio da competição, os quais solicitaram para o supervisor maior foco no
treinamento para participarem e ganharem a competição. Assim, ficou um clima muito
animador na Escolinha durante a semana anterior a competição.
No dia da intervenção, a principal dificuldade esteve relacionada com o
controle da turma: era um grande número de alunos e no início somente estava o
estagiário e o supervisor, sendo difícil realizar um bom controle daqueles que não
estavam jogando. Com o tempo, outros colaboradores chegaram para auxiliar e foi
possível melhorar a atenção aos alunos.
Durante a prática, foi bastante satisfatório observar os alunos
comemorando os seus resultados e os gols realizados, assim como as defesas feitas
pelo goleiro. Nesse contexto, os principais aspectos positivos foram: o grande
engajamento dos alunos, a possibilidade de observar as técnicas dos atletas; a
excelente interação em grupo; e o clima competitivo respeitoso presente, na medida
em que não houve conflitos e todos comemoraram no momento dos resultados.
No que concerne os pontos negativos, destacaram-se os seguintes: a
dificuldade na organização dos jogos; a necessidade do tempo para que todos os
jogos pudessem ser feitos em um único dia, mas sem forçar os alunos; e também o
tempo demandado com a divulgação do torneio e informativos para os pais. Ademais,
cabe abordar o aprendizado proporcionado, tanto para as crianças como para os
discentes.
Em se tratando das crianças, observou-se uma melhoria, conforme o
supervisor, em seu trabalho em grupo, já que conseguiram jogar sem discussões, bem
como aprenderam a importância de respeitar o outro em situações da competição. No
âmbito do estagiário, este aprendeu acerca da atuação com crianças em espaços
esportivos, principalmente em relação aos temas de engajamento, criatividade,
treinamento e busca por um ambiente lúdico capaz de desenvolver as mais diversas
dimensões dos futuros atletas, sejam elas motoras, sociais ou psicológicas.
11 ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE AS ETAPAS DE CAMPO
Antes da realização do estágio, os conhecimentos teóricos eram
organizados e seguiam uma determina estrutura e cronologia, fazendo parecer que
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era possível organizar todos esses processos e aplicá-los sem dificuldades. Contudo,
a partir da vivência prática, foi possível analisar que as etapas práticas possuem
diversos desafios, bem como exige diversas habilidades do profissional.
Em relação a observação, este processo foi essencial, pois permitiu
conhecer o local e a atuação do supervisor, permitindo visualizar um modelo a ser
seguido e analisar como este profissional lidava com suas responsabilidades no
cotidiano. Assim, a etapa de observação serviu como uma forma de elucidar as
principais dúvidas e reduzir as tensões para o momento da participação ativa nas
atividades da Escolinha.
Ao longo do estágio, principalmente na etapa de participação, apareceram
novos desafios que, se por um lado eram complexos, por outro fascinavam e
prendiam a atenção. O estágio proporcionou a oportunidade de trabalhar com
excelentes profissionais que permitiram a aquisição de conhecimentos relevantes e
motivadores para o futuro, o que, sem dúvida, contribuiu para o crescimento
profissional e humano. Foi muito enriquecedor a nível pessoal, uma vez que permitiu
fomentar a partilha de saberes e ideias, exposição de dúvidas e o reconhecimento de
erros.
Na prática interventiva, verificou-se que cada aluno é único, com
características próprias, o que faz com que o profissional pense em diversas
abordagens e se mantenha atualizado, devendo realizar pesquisas para esclarecer
suas dúvidas, como foi feito para a elaboração do plano de intervenção. Ademais,
esse momento de intervir possibilitou a consolidação de conhecimentos adquiridos ao
longo do curso, permitindo uma melhor percepção da responsabilidade do trabalho
desenvolvido na Escolinha.
Durante o estágio, a participação foi realizada de forma oportuna, quer
pela partilha, quer pela necessidade de conhecer e aprender, tentando ir ao encontro
do que era solicitado. A partilha de informação, de trabalho e de experiências
proporcionadas foram gratificantes, contribuindo para intensificar o gosto e o prazer
de, no futuro, ser educador físico.
12 APRESENTAÇÃO DOS DOCUMENTOS PEDAGÓGICOS
Incluir todos os documentos pedagógicos, com exceção da ficha de
validação do relatório. Os modelos encontram-se em PDF para download no AVA.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio contribui fortemente para o desenvolvimento do discente
enquanto um futuro profissional da Educação Física, pois possibilitou uma maior
compreensão acerca do treinamento de esportes, na medida em que se pode
observar que não basta apenas ensinar as regras do jogo ou a execução dos
movimentos: é preciso um treinamento com objetivos específicos e de acordo com
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cada etapa do desenvolvimento do indivíduo.
Possuindo como proposta a prática dos conhecimentos teóricos
adquiridos ao longo do curso, esta produção proporcionou uma experiência real do
campo de atuação da área profissional e educação física no âmbito esportivo, pois
exige do discente elaborar um material para ser praticado por uma turma de alunos de
uma Escolinha Esportiva.
Além disso, o estágio contribuiu para iniciar o desenvolvimento da
capacidade do profissional de educação física, possibilitar um espaço lúdico para o
treinamento desportivo, possibilitando o desenvolvimento da criatividade, colaboração,
competição, autonomia e autoestima.
Sendo assim, esta experiência foi muito importante e de grande valor,
visto que foi possível se aproximar do campo de atuação e também de aprimorar os
conhecimentos e estratégias já adquiridos no decorrer do tempo. Acerca da empresa,
os resultados foram benefícios, pois a presença de um estagiário com novas ideias
possibilitou mobilizar novas reflexões sobre a atuação.

VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO
Eu, Gabriel Sousa Machado, RA 3481252101, matriculado no 1º semestre do Curso
de Bacharel em Educação Física da modalidade a Distância da Universidade Norte do
Paraná - UNOPAR, realizei as atividades de Estágio Curricular I: Iniciação e
Treinamento Desportivo no(a) Escolinha de Bragança, cumprindo as atividades e a
carga horária previstas no respectivo Relatório de Estágio.
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___________________________ _____________________________
Assinatura do(a) Estagiário(a) Assinatura Supervisor de Campo

REFERÊNCIAS
CUNHA, Rariane Kelly et al. Efeitos da iniciação esportiva no desenvolvimento
motor e psíquico de crianças em várias faixas etárias: Uma revisão sistemática.
Research, Society and Development, v. 10, n. 8, p. e58810817666-e58810817666,
2021. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17666. Acesso
em: 09 abr. 2023.
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EFDeportes.com, Revista digital, Buenos Aires, v. 11, n. 103, 2006. Disponível em:
https://www.efdeportes.com/efd103/iniciaciao-futebol.htm#:~:text=Aspectos%20t
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20
%C3%A1ticos,e%20experi%C3%AAncia%20motora%20do%20atleta. Acesso em: 09
abr. 2023.
NASCIMENTO, A. C. S. L. do. Pedagogia do Esporte e do Atletismo:
considerações acerca da iniciação e da especialização esportiva precoce. Santo
André: Faculdade de Educação Física de Santo André, 2005. Disponível em:
http://www.aidachristine.com.br/livro.pdf. Acesso em: 09 abr. 2023.
RAMOS, A. M.; NEVES, R. L. R. A iniciação esportiva e a especialização precoce
à luz da teoria da complexidade: notas introdutórias. Revista Pensar A Prática,
Goiânia, v. 11, n. 1, p.1-8, 10 jan. 2008. Disponível em:
https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/1786. Acesso em: 09 abr. 2023.
ROMÃO, Emerson Junio Rezende; BARBOSA, Paulo Victor; MOREIRA, Mairon
César. Metodologias de Ensino para Jogos Esportivos Coletivos na Educação
Física Escolar. Revista de Iniciação Científica da Universidade Vale do Rio
Verde, v. 7, n. 1, 2018. Disponível em:
http://periodicos.unincor.br/index.php/iniciacaocientifica/article/view/4917. Acesso em:
09 abr. 2023.

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