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Três Marias
2022
1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA
Nepotismo (do latim nepos, sobrinho, neto ou descendente) é o termo utilizado para
designar o favorecimento de parentes (ou amigos próximos) em detrimento de pessoas mais
qualificadas, especialmente no que se refere à nomeação ou elevação de cargos.
Muitos historiadores acreditam que o termo nepotismo surgiu com a Igreja Católica e o
costume que os Papas tinham de nomear seus sobrinhos para cargos eclesiásticos. Atualmente,
o termo ganhou uma conotação pejorativa indicando a prática de nomear parentes para
ocuparem cargos na Administração Pública independente de mérito, priorizando os laços
sanguíneos. Infelizmente, tal prática ainda vem sendo assunto recorrente nos noticiários do país.
A proposta do presente trabalho é decorrer sobre o referido tema, que nos últimos anos
vem atormentando a Administração Pública. Ademais, apresentar considerações pelo o ângulo
do ordenamento jurídico em face da Constituição Federal de 1988, da Súmula Vinculante nº 13
e da PEC 32/2020. E, no intuito de enriquecer conhecimento, responder algumas questões, tais
como: O nepotismo, de fato, é vedado em nosso País? O que está sendo proposto para acabar
com essa prática?
2 REVISÃO DA LITERATURA
• Cargo mais baixo hierarquicamente: Esta exceção se baseia nas pessoas que,
já atuantes na esfera pública, sejam indicadas ou nomeadas para cargos hierarquicamente iguais
ou mais baixo do que já ocupavam.
Quanto aos concursos públicos, a preocupação com as reduções, ou até o fim deles não
é de hoje. Por motivos econômicos, governos anteriores também restringiram a realização de
certames e realizaram concursos limitados. Para Paulo Guedes, ministro da economia, a
resposta aponta para o “sim”.
Isso, porque no último dia 1º de junho foi publicado no Diário Oficial da União o
Decreto N. 9.739/2019, que estabelece novas regras para a autorização e realização de
concursos públicos. Com o novo decreto, o cadastro de reserva não poderá ultrapassar os 25%
do quantitativo original de vagas, porcentagem que, anteriormente, era de 50%. E isso somente
se a justificativa do órgão federal para a formação de cadastro de reserva for aprovada pelo
Ministério.
A questão é polêmica, pois com as novas regras a preocupação é de que falte pessoas
qualificadas e adequadas para funções fundamentais no serviço público federal. Sem uma
previsão para o fim da suspensão e com o desejo do governo pela terceirização e digitalização
de serviços, o fim dos concursos estará cada vez mais presente.
Além do citado, temos a proposta, como citado acima, a PEC 32/2020 na qual trata-se
de uma Proposta de Emenda à Constituição pelo Poder Executivo que altera regras sobre
servidores públicos e modifica a organização da Administração Pública direta e indireta de
qualquer um dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. A
proposta altera 27 dispositivos da Constituição e introduz 87 novos, sendo quatro artigos
inteiros. As principais medidas tratam de contratação, remuneração e desligamento de
servidores públicos. Seus principais pontos são:
• Fragilização da estabilidade;
• Avaliação de desempenho com regras pouco claras e sem segurança jurídica para
os servidores;
• Apadrinhamento político;
Com isso é até possível, e isso não se questiona, que eventuais injustiças isoladas
sejam cometidas, entretanto, como já dito antes, em nome da moralidade e impessoalidade
(princípios expressos na constituição) devem ser desprezadas as situações isoladas em benefício
de toda a coletividade.
Quanto aos concursos, é preciso entender de uma vez por todas que os concursos
públicos não vão acabar. Afinal, a máquina pública precisa renovar seus servidores para
continuar em funcionamento e cumprir com seus deveres constitucionais, como o maior deles,
prestar serviço ao público, de maneira eficiente, integra.
REFERÊNCIAS