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Filosofia da Religião.
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Religião, razão e fé.
Filosofia da Finitude
Religião Transcendência
religião humana
Sagrado Profano
Realidade
Transcendência
comum
Vida religiosa
Vida secular
Hierofanias
Etimologia grega hierofani,
revelação de algo de sagrado.
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Deus existe? Justifique.
https://www.youtube.com/watch?v=Rzca6cLIzfQ
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Religião, razão e fé.
Deus existe?
Deísmo Panteísmo
Afirmação da Afirmação da
existência de identidade entre
Deus, à margem Deus e o mundo:
da revelação e da Deus é tudo e tudo
Providência é Deus
(Não intervém Não é distinto do
nem se importa mens.
com a criação).
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Religião, razão e fé.
O problema da
existência de Deus Deus existe?
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Religião, razão e fé.
Omnipotente
Transcen-
Omnisciente
dente
Deus
Teísta
Sumamente
Pessoal
Bom
Criador
Página 181
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Mapa conceptual.
Argumento
da fé
A aposta de
Pascal
Página 178
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Mapa conceptual.
Não é uma questão de provas Há provas
Desígnio, cosmológica e
Deus existe Fideísmo, aposta de Pascal
ontológica
Argumento do desígnio
Argumentos a posteriori
Argumento cosmológico
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Fideísmo: fé sem provas.
Problema: Será razoável ter fé na existência de Deus na ausência de provas?
Autor de referência
Kierkegaard (1813-1855)
Filósofo dinamarquês
Especificação Justificação
Fideísmo (lat. Fides) Só a fé nos pode pôr em contacto com
Deus.
Argumento da fé. A vida religiosa funda-se na fé.
A fé é incompatível com a razão.
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Fideísmo: fé sem provas.
Especificação Formulação
Fideísmo Fideísmo:
A fé religiosa é uma crença numa divindade quando não há boas razões
Argumento para acreditar na sua existência.
da fé Quando há boas razões para acreditar na sua existência, não é preciso ter
fé, nem é possível tê-la.
Logo, é epistemicamente legítimo acreditar que Deus existe, mesmo que
não se tenha provas.
Críticas
Objeções:
Será é legítimo crer sem provas? Para os críticos, o argumento fideísta é circular:
É correto crer sem provas porque essa é a natureza da fé.
Analogia: É correto enganar os outros porque essa é a natureza da mentira.
Autor de referência
Especificação Justificação
A aposta de Pascal Aceitemos que não conseguimos provar
que Deus existe, nem que não existe.
O que será melhor fazer?
Acreditar ou não?
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Aposta de Pascal
Especificação Justificação
A aposta de Explicar a Aposta de Pascal:
Pascal Se eu acreditar, nada perco de especial caso Deus não exista, mas ganho o
(Diz-nos o que é infinito se ele existir;
preferível)
Se eu não acreditar, perco o infinito se Deus existir, mas nada ganho de
especial caso ele não exista.
Logo, mais vale acreditar.
https://www.youtube.com/watch?v=S93jMOqF-oE&t=2s
Página 180
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Aposta de Pascal
Objeções / Críticas
O argumento pressupõe que se Deus existir e não formos crentes, temos tudo a
perder. Como sabe Pascal que isto é verdadeiro? Como consegue saber que Deus oferece
o infinito a quem acredita sem provas, em vez de castigar? Como sabe Pascal que o
infinito é desejável?
- Se Deus castigasse os descrentes bondosos, não seria sumamente bom. Logo, é falso que
tenhamos tudo a perder se não acreditarmos em Deus.
-Afinal, Deus é bondoso ou vingativo? Deus pode perdoar todos. Deus pode decidir em
função do comportamento e não da crença no culto.
- Acreditar em função da contabilização de lucros e prejuízos parece imoral e
hipócrita.
-A aposta de Pascal não dá boas razões para seguir uma fé teísta em vez de outras.
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A prova do desígnio / Argumento teleológico
Problema: Será que Deus existe? Há provas…
Autor de referência
Cícero (106 a. C – 43 a. C)
Escritor, político, advogado, filósofo,
orador romano.
Tomás de Aquino (1225-1274)
Doutor Igreja Católica
William Paley (1743 – 1805)
Cícero Tomás de Aquino William Paley
Especificação Justificação
Tudo no universo está cuidadosamente
Argumento do desígnio / Teleológico organizado, cada parte numa totalidade
(gr. Telos) complexa.
Argumento a posteriori Deus existe porque de outro modo não
poderíamos justificar esta ordem.
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A prova do desígnio / Argumento teleológico
Formulação
Versão da semelhança:
Se o universo com as suas diversas partes interligadas, é semelhante a um artefacto.
Se encontrássemos um artefacto qualquer na Lua, por exemplo, concluiríamos que alguém o concebeu
e criou.
Logo, o mesmo devemos concluir com respeito ao universo: alguém o concebeu e criou.
Versão da ordem:
Se Deus não existisse, seria o acaso a origem de toda a ordem que encontramos no universo;
o acaso não pode ser a origem dessa ordem;
Logo, Deus existe.
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A prova do desígnio / Argumento teleológico: Objeções
Objeções/ Críticas
Objeção à versão da semelhança:
- David Hume, um dos críticos deste argumento (versão de Paley), afirma que o argumento se baseia
numa fraca analogia. Há diferenças importantes entre artefactos (relógio) e a natureza / o universo.
Nem todas as analogias são aceitáveis. Portanto, não podemos basear-nos numa analogia para provar a
existência de Deus.
-Limitação da prova: este argumento, ainda que possa demonstrar a existência e a necessidade de um
criador, não prova o deus teísta – único, omnipotente, omnisciente, bondoso.
-Não justifica a existência do mal: Se o argumento do desígnio sugere que devemos observar os sinais
da obra de Deus. Mas, poderá o mal existente no mundo resultar de um criador benevolente? (Nigel
Warburton).
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A prova cosmológica / Argumento cosmológico
Problema: Será que Deus existe? Há provas…
Autor de referência
Tomás de Aquino (1225-1274)
Doutor Igreja Católica
Leibniz (1646-1716)
Filósofo alemão
Tomás de Aquino Leibniz
Especificação Justificação
De onde veio o mundo? Como começou a
Argumento Cosmológico existir? Por que há mundo, em vez de nada?
Causa Primeira (Platão | Aristóteles)
O argumento baseia-se na lei da causalidade.
Todas as coisas finitas e contingentes são
Argumento a posteriori causadas por algo diferente de si mesmas, a
causa primeira é Deus.
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Argumento cosmológico
Formulação
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Argumento cosmológico
Formulação
-Versão da causa primeira:
-Todas as coisas e acontecimentos têm uma causa, sendo causados por acontecimentos
anteriores.
-Como não é possível uma série infinita de causas teve de haver uma causa primeira (causa
incausada) que iniciou a série de causas e o Universo começou a existir.
-Logo, a causa primeira é Deus.
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Argumento cosmológico: objeções
Objeções / Críticas
-O argumento pressupõe que não há uma regressão infinita na série de causas e efeitos. Mas, a
série causal pode estender-se sem fim no tempo. A matemática demonstrou que é possível
existirem séries infinitas de eventos ou causas.
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Argumento Ontológico
Problema: Será que Deus existe? Há provas…
Autor de referência
Sto. Anselmo de Cantuária (1033-1109)
Filósofo e teólogo italiano.
Fundador da escolástica.
Especificação Justificação
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Argumento Ontológico
Formulação
-Versão de Santo Anselmo.
-1) Deus é o ser supremo e nada superior a si pode ser pensado.
-2) Se Deus fosse apenas um conceito e não existisse, então poderia ser concebido um ser superior a
Deus, que existisse enquanto conceito e na realidade.
-3) Isso implica que Deus não seria supremo.
-4) Logo, Deus não é apenas um conceito (pensamento), existe na realidade.
Justificação
-O ser mais grandioso do que o qual nada pode ser pensado não pode existir apenas no pensamento.
Se existisse apenas em pensamento, poderíamos pensar noutro ser mais grandioso do que ele. Logo, Deus
existe na realidade.
-Supor que Deus não existe leva a uma contradição, e isso é prova da sua existência.
Deus existe em pensamento, existe na realidade.
Deus como ser grandioso / superior: «entidade mais grandiosa da qual nenhuma outra pode ser
concebida».
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Argumento Ontológico
Formulação
-Versão de Descartes.
1) Um ser perfeito tem todas as perfeições.
1)A perfeição implica a existência.
2) A existência é uma perfeição.
2) Deus é um ser perfeito.
3) Logo, um ser perfeito (Deus) existe.
3) Logo, Deus existe.
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Argumento Ontológico
Críticas
Objeção de Gaunilo de Marmoutier: exemplo da Ilha Perfeita, permite demostrar a
existência de qualquer coisa. Não é correto concluir que Deus existe porque o definimos
como ser mais grandioso.
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Mapa conceptual.
Desígnio, cosmológica e
Deus existe Fideísmo, aposta de Pascal
ontológica
No caso da existência de Deus, há autores que alegam que quem defende que
Deus existe tem o ónus da prova.
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Problema do Mal
Problema: Será que Deus existe? Não, há provas…
Autor de referência
Epicuro (341 a C – 270 a C) ?
Filósofo grego - Pág. 190
Especificação Justificação
Problema do Mal
Como é que um Deus com esses atributos
(Deus teísta) pode permitir a existência do Incompatibilidade entre a existência do mal e
mal? de um Deus omnipotente, omnisciente e
sumamente bom.
Distinguir Mal Natural e Mal Moral
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Problema do mal
Formulação
Se existe uma divindade teísta, não há males
Se Deus existisse, não existiria mal.
gratuitos.
Mas o mal existe.
Há males gratuitos.
Logo, Deus não existe.
Logo, não existe uma divindade teísta.
https://www.youtube.com/watch?v=S4JSZzSt_4s&t=2s
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Problema do mal
Resposta ao Argumento do Mal
Teodiceia proposta por Leibniz – justificação do mal moral: livre-arbítrio. O mal moral
pode ser necessário para termos livre-arbítrio. Sem livre-arbítrio, não seríamos livres nem
bons ou maus.
Ora, se Deus tivesse feito um mundo sem livre-arbítrio, esse mundo seria pior do que é,
apesar de não ter mal moral.
Seria pior porque não haveria escolhas moralmente significativas.
Dois pressupostos:
- O livre-arbítrio exige a possibilidade de mal moral.
- Um mundo com mal moral mas com livre-arbítrio é melhor do que um mundo sem
mal moral e sem livre-arbítrio.
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Problema do mal
Respostas ao Argumento do Mal
Teodiceia proposta por Leibniz – justificação do mal natural: sem mal natural os seres
humanos não poderiam ter coragem, por exemplo, ou heroísmo: o mal natural é necessário
para que existam bens morais maiores.
Leibniz pensa que não há de facto males gratuitos; só nos parece que são gratuitos
porque não vemos os bens superiores que esses males tornam possíveis.
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Problema do mal
Críticas às respostas apresentadas por Leibniz
-O livre-arbítrio exigirá a possibilidade do mal?
-Não justifica que sendo este o melhor dos mundos possíveis, possa existir tanto mal.
-Se somos demasiado limitados para ver os bens superiores que os males aparentemente
gratuitos tornam possíveis, também somos demasiado limitados para saber se Deus existe ou
não.
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Mapa conceptual.
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