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Ler o conto da mulher esqueleto, que conta uma história de caça ligada ao
amor, vem as lagrimas. As lagrimas podem transformar as pessoas, trazendo
lembranças do que é importante e amparando sua própria alma, aliviando a dor e
purificando. Neste momento nós nos deparamos cara a cara com a mulher esqueleto
que traz nossas histórias à tona, lembrando de muitos relacionamentos que
terminaram. Neste momento em que ficamos cara a cara com a mulher esqueleto,
cara a cara com aqueles ossos, com aquela coisa que assusta, a gente sai correndo. Às
vezes culpamos o outro,
Atualmente percebemos que esse amor profundo por alguém vem se diluindo
ficando fluído, rápido, isto é, começou a incomodar a solução é largar de mão ou se
contínua no relacionamento pode ser pela dependência, por interesses ou por
dificuldades diversas que impedem novas atitudes.
Ela aparece, no fundo do nosso mar de emoções, para nos lembrar que sabemos
que nada de valor surge sem trabalho, assim desta maneira totalmente pronto,
porque no início de uma atração, existe a ilusão e as nossas projeções que precisam
ser desembaraçadas.
A morte governa a capacidade intuitiva que sopra, sussurra e diz que existe os
ciclos vitais de nascimentos e encerramentos... De lamentações e festejos... Ela a
morte ou a mulher esqueleto observa as coisas.
nós fingimos que podemos amar sem que morram nossas ilusões acerca do
amor
nós fingimos que podemos prosseguir sem que morram nossas expectativas
superficiais
nós fingimos que podemos ir em frente e que nossas emoções preferidas
nunca morrerão
no amor, porém em termos psíquicos tudo é dissecado, TUDO.
No nosso âmago a mulher selvagem se atraí por essa tarefa de lidar com vida-
morte-vida, essa é a sua natureza profunda, pois sabe que esta tarefa é inato,
pertence a natureza dos seres vivos.
Muitas justificativas surgem, mas não vem do coração e sim do medo de amar.
A MULHER ESQUELETO afunda para debaixo d’água, mas ela surgirá... surgirá
novamente... de novo e, caíra no nosso encalço insistente. É essa sua função...
O medo é inato todos nós temos medo. O medo não é nenhuma novidade, quem
está vivo tem medo, o medo é um instinto de preservação.
Se algo não lhe parecer satisfatório de imediato ele sente medo, se ele aparece
satisfatório ele ataca.
Este capítulo deixa a gente surpresa, porque toca em questões antes não
pensadas, em relação ao sentimento sobre o amor. Apresenta uma sabedoria para
desembaraçar a trama complexa dos relacionamentos amorosos, apresentando a
sutileza da desconstrução de conceitos patriarcais sem entrar nesta questão, porque
constrói o conceito de amor desligado da dependência e do controle e sim
emergindo o instinto da mulher selvagem que usa a intuição.
Podemos falhar ou sofrer pela ignorância por não sabermos como lidar com
certas situações, nos tornamos pessoas desconfiadas, achando que deste modo
iremos nos proteger, mas caímos na armadilha da ação defensivo, impedindo que o
amor toque em nosso coração.
É dar o coração para uma nova criação, para uma nova vida, para as forças da
vida-morte-vida numa descida ao reino dos sentimentos.
Quando um homem entrega seu coração por inteiro, ele se torna uma força
espantosa ele se torna uma inspiração.
Quando a mulher esqueleto dorme com o homem, ele se torna fértil, ele é investido
com poderes femininos no meio masculino, ele passa a levar as sementes da nova
vida e das mortes necessárias.