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3. Como poderás trabalhar com “mulheres que não completaram a descida” e que,
embora vivendo situações de perda e desilusão, mantêm uma atitude
culpabilizadora em relação aos outros, vitimizando-se sempre?
A forma como vejo a melhor forma de trabalhar estas mulheres em processo de mudança
é incentivar a renderem-se à dor, permitirem-se sentir vulneráveis, frustradas, magoadas
e com raiva, mas apelando a que vejam para lá da sua situação. Fazer lhes ver, sem
adotar postura maternal, que as situações vividas, as emoções sentidas são uma opção
nossa, que nos devemos permitir fazer luto, ter o nosso tempo nas sombras, mas sem
nos deixar influenciar por pressões externas, ou crenças que fomos carregando e
mantendo ao longo da vida. Cabe-nos a nós transformar a dor em experiência, e não ficar
no sofrimento que nos vitimiza.
Para chegar a esse ponto, proponha a essa mulher escrever um diário das emoções e
que vá relendo para perceber os seus padrões de emoções, se continuamente culpabiliza
os outros da sua situação, ou se gradualmente vai serenando a dor e aceitando a sua
história de vida. Pediria também que diariamente dissesse ao espelho um mantra
motivacional como: Eu me perdoo, eu me aceito, vai ficar tudo bem, eu me amo, eu
respeito a minha dor.
No fundo esta tipo de mulher só precisa sentir que é amada, que não há mal nenhum em
sentir dor.