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O corpo apresenta seu discurso através dos sintomas. Estes falam muito de nós e através de
nós. A compreensão da sintomatologia associada a compreensão das nossas emoções é a chave
mestra para o portal do autoconhecimento, pois sintomas e estados emocionais estão
intrincados em um mosaico.
Existe uma linguagem corporal conflituosa que nos diz respeito através da sintomatologia
apresentada e esta deve ser avaliada, compreendida e ressignificada. Isto porque conteúdos
subjacentes “se encondem” nestes sintomas e que uma vez cronificados podem desenvolver
quadros ansiosos e depressivos, bem como outros distúrbios psiquiátricos e doenças físicas.
Sendo assim, a questão principal não é retirar o sintoma e sim deixar que este flua, para que
seja trabalhado.
Infelizmente as pessoas não apresentam uma cultura preventiva. O que acontece é que elas
procuram se autoconhecer diante de um estado de sofrimento significativo, seja por seus
sintomas, seja em busca de respostas existenciais. Esta resistência advém do fato de que,
embora se autoconhecer seja gratificante, é também um trabalho longo e doloroso, pois nem
sempre estamos dispostos ou prontos a encarar nossas sombras, romper paradigmas,
desconstruir autoconceitos, mudar hábitos e rever condutas.
Sofremos porque não nos conhecemos, porque não somos conscientes de como funcionamos.
O sofrimento existencial é produto da ignorância, sendo nós mesmos os geradores destes
mesmos sofrimentos que tanto desejamos nos desvencilhar e que nos seria poupado, caso nos
conhecêssemos.
Sendo assim, não existe a possibilidade de fugirmos de nós mesmos, já que a verdadeira
liberdade advém da própria conquista consciente do “eu”.
A partir desta conquista, a maior de todas que podemos fazer, não buscaremos nos satisfazer
nos prazeres e ilusões externas, nem tampouco precisaremos da incessante aprovação dos
outros, visto que estaremos satisfeitos e preenchidos conosco. No entanto, para que este
processo se inicie, é necessário coragem para sairmos da nossa zona de conforto, o que gera
certo sofrimento e readaptação, ou seja, dispêndio de energia para encarar estados emocionais
negativos; paciência e perseverança no processo de mudança de paradigmas e hábitos, mas que
indubitavelmente valerão a pena.
Para refletir: