Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Muitas vezes nos deparamos com dificuldades intransponíveis que nos levam
em busca de auxílio para nos equilibrarmos. Muitas são as formas existentes e
ensinadas para nos reequilibrarmos. Cabe a cada um de nós, dar o primeiro passo.
Uma dessas terapias alternativas tem sido a frequência aos centros espíritas.
Geralmente chegamos ao Centro Espírita com altas expectativas de melhora,
depositando na casa ou em um de seus dirigentes toda a responsabilidade de cura
e reequilíbrio.
Passadas algumas semanas ou meses, nos deparamos com a distância imensa
entre o que esperávamos conseguir e o que realmente atingimos e, algumas vezes,
saímos por ai criticando e adjetivando este e/ou outros Centros Espíritas de
“fracos”.
Essa postura crítica decorre do imediatismo natural dos ocidentais e do total
desconhecimento a respeito de nós mesmos. Infelizmente, não nos conhecemos
profundamente.
Segundo Allan Kardec, somos um complexo humano formado de corpo físico,
corpo espiritual ou períspirito e espírito propriamente dito. Portanto, para nos
conhecermos integralmente é preciso conquistarmos conhecimento destes
diversos aspectos de nós mesmos.
No livro “A Gênese”, Allan Kardec nos explica que somos espíritos
imortais que vimos evoluindo milênio a milênio, vagarosamente, realizando
estágios na matéria de diversas formas: mineral, vegetal, animal e recentemente
conquistamos a individualidade humana e, com certeza, nessa forma iremos
estagiar por muitos e muitos milênios mais.
Nesse processo evolutivo vamos desenvolvendo nossos instintos, que são
valiosos para nossa condição humana, mas que não podem nos dominar a ponto
de atrapalhar nossa evolução. Com a experiência reencarnatória estamos
aprendendo a transformá-los em emoções e, seguidamente, em sentimentos, tudo
com o desenvolvimento da razão e do amor. Assim somos nós, Espíritos imortais
evoluindo desde o instinto até o amor, por nosso próprio esforço.
Temos ajuda? Claro, constantemente obtemos ajuda, mas a maioria das vezes
não temos consciência desse auxílio, que muitas vezes vem “na forma” de
pessoas e circunstâncias que nos impelem para frente, evitando estacionarmos na
ignorância, por medo (o grande vilão), por preguiça mental e física, por orgulho,
falta de perdão, mágoas, etc.
Humberto Pazian falando sobre o autoconhecimento na Revista Cristã de
Espiritismo, afirma que todos os dias se depara com pessoas insatisfeitas. Seja no
consultório, nos cursos, nas orientações ou fora de um ambiente terapêutico,
como na rua, no trânsito, nas reuniões sociais e por aí adiante.
Por essa pequena amostragem e para elucidar melhor o pensamento desse artigo,
resolveu classificá-las em três tipos:
Insatisfeitos crônicos: são aqueles que já se acostumaram a não sentir
satisfação nos pequenos prazeres da vida. Arrastam-se entre um compromisso
e outro, entre uma obrigação e outra e passam pela vida perdendo grandes
momentos de felicidade e satisfação, mas acham isso normal e não tentam e
nem esperam realizar mudanças nesse panorama, ridicularizando toda
informação, conselho e teoria a respeito.