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Antonieta de Barros

Antonieta de Barros (Florianópolis, 11 de julho de 1901 — Florianópolis, 28 de março


de 1952) foi uma jornalista, professora e política brasileira. Foi uma das primeiras
mulheres eleitas no Brasil e a primeira negra brasileira a assumir um mandato popular,
tendo sido pioneira e inspiração para o movimento negro, apesar de um grande
apagamento de sua história, que vem sendo retomada aos poucos.
Tendo contribuído no parlamento, na imprensa e no magistério, foi uma ativa
defensora da emancipação feminina, de uma educação de qualidade para todos e pelo
reconhecimento da cultura negra, em especial no Sul do Brasil.
PRIMEIROS ANOS
Antonieta nasceu em 11 de julho de 1901. Era filha da lavadeira Catarina de Barros e
de Rodolfo José de Barros, um funcionário dos Correios.
Seu pai morreu cedo, e sua mãe trabalhava na casa do político Vidal Ramos, pai de
Nereu Ramos, que viria a ser vice-presidente do Senado e foi o único catarinense a
assumir a Presidência da República. A intermediação dos Ramos ajudaria na futura
carreira política.
JORNALISMO E LITERATURA
Antonieta fundou e dirigiu o jornal A Semana entre os anos de 1922 e 1927 e é
considerada a primeira mulher negra a trabalhar na imprensa catarinense. Neste
período, por meio de suas crônicas, veiculava suas ideias, principalmente aquelas
ligadas às questões da educação, dos desmandos políticos, da condição feminina e do
preconceito.
POLÍTICA
Foi a primeira deputada estadual mulher e negra do país e uma pioneira no combate à
discriminação dos negros e das mulheres, também foi uma das três primeiras
mulheres eleitas no Brasil - Alzira Soriano havia sido eleita prefeita sete anos antes
e Carlota Pereira de Queirós foi eleita deputada federal no mesmo ano que Antonieta.
Foi constituinte em 1935, sendo responsável pelos capítulos Educação e Cultura e
Funcionalismo.
No retorno da democracia, foi deputada estadual na 1ª legislatura (1947 — 1951),
como suplente convocada, afiliada ao Partido Social Democrático (PSD).

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