Florestan Fernandes (1920-1995) foi um importante sociólogo e político brasileiro. Estudou as desigualdades raciais no Brasil e defendeu a educação pública de qualidade e as relações democráticas entre negros e brancos para promover a igualdade social. Suas teorias sobre racismo, desigualdade e a importância da educação ainda são válidas hoje.
Descrição original:
Um resumo em formato de texto expositivo a respeito do sociólogo.
Florestan Fernandes (1920-1995) foi um importante sociólogo e político brasileiro. Estudou as desigualdades raciais no Brasil e defendeu a educação pública de qualidade e as relações democráticas entre negros e brancos para promover a igualdade social. Suas teorias sobre racismo, desigualdade e a importância da educação ainda são válidas hoje.
Florestan Fernandes (1920-1995) foi um importante sociólogo e político brasileiro. Estudou as desigualdades raciais no Brasil e defendeu a educação pública de qualidade e as relações democráticas entre negros e brancos para promover a igualdade social. Suas teorias sobre racismo, desigualdade e a importância da educação ainda são válidas hoje.
Florestan Fernandes, nascido em 22 de julho de 1920, em São Paulo, foi um
político, sociólogo e ensaísta brasileiro, considerado Patrono da sociologia brasileira e
fundador da Sociologia Crítica no Brasil. Foi deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores, tendo participado da Assembleia Nacional Constituinte. Filho único da imigrante portuguesa Maria Fernandes, não chegou a conhecer o seu pai Foi criado por sua madrinha Hermínia Bresser de Lima, que lhe despertou o interesse pelos estudos. Cresceu em uma realidade entre a casa de sua marinha e os cortiços que haviam na cidade naquela época. Largou os estudos quando estava no terceiro ano do ensino fundamental, para ajudar sua mãe, trabalhou como engraxate, ajudante de padeiro e em um restaurante. Aos dezessete anos, retornou aos estudos e começou um curso de sete anos. Formou-se na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (USP), e foi bacharel em Ciências Sociais no ano de 1943. Ainda em 43 com a ditadura do Estado Novo, ele começou a contribuir para jornais contemporâneos. Foi na Folha da Manhã que conheceu Hermínio Sacchetta que levou-o ao Partido Socialista Revolucionário. Em 46 se formou na pós-graduação de Sociologia e antropologia, conseguiu em suma, muitos títulos como pesquisador e professor, mestre também foi um destes, em Ciências Sociais na Escola Livre, recebeu o Prêmio Fábio Prado em 48, e em 51 conseguiu um título de doutor em Sociologia pela Faculdade de Filosofia. Ao longo de sua vida escreveu alguns livros, sendo eles Organização Social dos Tupinambá (1949), A Função Social da Guerra na Sociedade Tupinambá (1952), A Etnologia e a Sociedade Brasileira (1959), Fundamentos Empíricos da Explicação Sociológica (1959), Mudanças Sociais no Brasil (1960), Capitalismo Dependente e Classes Sociais na América Latina (1973), A Revolução Burguesa no Brasil (1975), A integração do Negro na Sociedade de Classes (1978), O Que é Revolução (1981), Poder e Contra Poder na América Latina (1981), e A Ditadura em Questão (1982). Em seus ideais podemos citar seu foco. Foi estudioso das relações étnico-raciais no Brasil, estudou a respeito tanto da comunidade indígena tupinambá quanto da comunidade negra. Tendo em si um âmbito de visão que havia a dificuldade de integração democrática desses povos não brancos na cultura do “Brasil branco”. Na época o país tinha como meta a industrialização e modernidade, deixando para trás o capitalismo e a escravidão. Fazia-se então de suma importância buscar algum jeito de entender essas exclusões e o que na sociedade as permitia acontecer em maioria com pobres e negros, para achar soluções. Um conceitos que tinha era a desigualdade social entre brancos e negros, a desigualdade quanto oportunidades de vida para pobres e ricos. Podemos tirar isso da vida do próprio Florestan, que vivia a desigualdade contra os pobres e moradores de periferias. Inclusive ele mesmo conta que os empregos que conseguiu quando mais novo era o melhor que ele poderia conseguir, ninguém empregava pobres do gueto de São Paulo. Não os achavam confiáveis. Daí vem a situação que marcou sua infância, e que formou essa complicada visão realista em relação à desigualdade. Outro conceito, relacionado ao da desigualdade, é o da educação. Ao ver de Florestan a forma de corrigir a sociedade, para que aprendam a forma correta de se portar, e acabar com os privilégios ridículos, é investir em uma educação pública de qualidade. Inclusive, Fernandes e seu amigo e colega, o sociólogo Darcy Ribeiro, chegaram a elaborar uma pesquisa e projeto para valorizar a educação básica, assim iniciaram a tentativa de formulação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira. Também era defendida a democracia, um ensino democrático, ou seja, o acesso aos serviços básicos garantidos a todos os cidadãos, isso demonstra o lado democrata de Fernades. Foi defensor de relações democráticasentre negros e brancos. Florestan, ao contrário de outros sociologos, tinha a visão de que “mito da democracia racial” nunca existiu no brasil, afinal o país não introduziu o negro no modelo novo de sociedade capitalista nacional. Como esperado, as teorias são válidas e aplicáveis, como podemos ver no nosso dia a dia, os preconceitos e mesmos problemas relatados por ele, desigualdades sociais por conta da cor da pele, desrespeitos, quebra de direitos, é isso que acontecia e acontece até hoje, porque a educação falha em fazer sua parte e os indivíduos falham em contribuir.