AS oc i e d ad e

ra si l e
B capítulo 6 ir a
FORMAÇÃO HISTÓRICA DA
SOCIEDADE BRASILEIRA

[...] TRÊS LONGOS RIOS RESUMIRIAM A NACÃO: UM

GRANDE E CAUDALOSO, FORMADO PELAS
POPULAÇÕES BRANCAS; OUTRO UM POUCO
MENOR, NUTRIDO PELOS INDÍGENAS; E AINDA
OUTRO, MAIS DIMINUTO, ALIMENTADO PELOS
NEGROS. [...]
O SOCIÓLOGO GILBERTO FREYRE EM SEU ENSAIO CASA-GRANDE & SENZALA, DE 1933,
FOI O PRINCIPAL RESPONSÁVEL POR DIFUNDIR ESSA INTERPRETAÇÃO. APESAR DE O
TERMO "DEMOCRACIA RACIAL" TER SIDO CUNHADO PELO ANTROPÓLOGO
ARTHUR RAMOS APESAR DE O TERMO DE IREVIE O CHAMADO "MITO” DA CONVIVÊNCIA
HARMONIOSA ENTRE AS TRÊS RAÇAS FORMADORAS DA NAÇÃO.

FREYRE, QUE OBSERVAVA O BRASIL SOB A PERSPECTIVA DO DECLÍNIO DOS

ENGENHOS DE AÇÚCAR DO NORDESTE, PREFERIA FALAR EM "BAMBO EQUILIBRIO DE
ANTAGONISMOS", OU SEJA, SENHORES, ESCRAVOS E AGREGADOS ESTABELECIAM
VINCULOS DE CONVIVÊNCIA E RELATIVA INTIMIDADE QUE SE REFLETIRAM
E NAS MISCIGENAÇÕES ÉTNICA E CULTURAL. CONTUDO, GILBERTO FREYRE NÃO
NEGOU A EXISTÊNCIA DO PATRIARCALISMO E DA VIOLÊNCIA DOS PODEROSOS SOBRE
OS DOMINADOS.
OS DONOS DO PODER INTÉRPRETES DO
BRASIL
Foi uma obra apresentada pelo
Foi o começo de uma sintetização
sociólogo Raymundo Faoro que
de um pensamento sociológico no
aborda uma análise crítica sobre as
Brasil , com 2 pontos : o primeiro é
estruturas arcaicas e aristocráticas
formação de uma pensamento social
ocorridas no processo brasileiro.
e o segundo é a sociologia brasileira
Nessa análise basicamente ele busca
, abordagens bem complexas que
explicar as diferenças
apresentam umas grande visão sobre
socioeconômicas presentes no Brasil
a variedade multiétnica e cultural ,
desde a chegada portuguesa.
havendo um modelo conservador e
revolucionário.
 Os ensaístas na década de 1930 que dentre eles, estão
Florestan Fernandes e Celso Furtado, indentificaram
elementos e elaboraram conceitos que ajudam a
compreender a formação política e social do Brasil

Cordialidade Patriarcalismo Nepotismo

A ideia gera confusões, pois não
significa que todo brasileiro tenha
temperamento gentil e seja de fino
trato.
Sistema de dominação em que o Uso de cargo público para
poder é centralizado na figura do favorecimento de parentes.
homem ou do masculino, tanto no
âmbito público quanto privado da
vida social.

Coronelismo
Prática de grandes proprietários de terra que
desempenhavam algumas funções no Estado, com
o objetivo de manter-se no poder.

 Corrupção
A corrupção consiste em uma
prática ilícita, com o uso de

Patrimonialismo Preconceito
dinheiro público para benefício
privado, o tráfico de influência,
Prática comum em Estados com entre outros. Diz respeito às formas de
uma pessoa ou grupo que se
descriminação disfarçadas em
mantém no poder a todo custo, frases como “não tenho nada
fazendo do Estado um patrimônio
contra, até tenho amigos que são…
privado. negros, gays, ateus, nordestinos, etc

Afeto autoritário
Maneira de exercer dominação
com simpatia e sorriso no rosto.
 D N A d o p o v o
No
bras i l e i r o ?

re a lid a d e so c ial
Interpretando a ra m
c o nc e ito s fo
brasileira, dois e n sa io s
a ra o s fa m o s o s
fundam e nta is p
ic o s e h is tó ri co s
ic o s, a n tro p o ló g
sociológ ta r is m o e a
d e 3 0: o a ut o ri
da déc a d a
cordialidade.
Somos Autoritários?
"O lado autoritário e hierarquizado
da sociedade brasileira tem pelo
menos três dimensões distintas. Uma
é a existência de uma ordem formal,
baseada em posições de status e
prestígio social. A outra é a
existência de uma oposição
sistemática entre o mundo das
"pessoas", socialmente
reconhecidos em seus direitos e
privilégios. A terceira é o mundo do
sagrado, onde se opera uma
suposta equalização da sociedade,
já que todos são filhos de Deus.
Somos Cordiais?
O brasileiro cordial, típico do Brasil
rural e colonial e que vai
desaparecendo com a urbanização,
é aquele que é alheio aos rituais e
que prefere a intimidade às
reverências.
De origem latina, cordis significa
"coração". Nesse sentido, cordial é
o que age com o coração, sem
deixar a razão sobrepor-se aos
sentimentos.
 O caráter brasileiro
e a identidade

nacional
No Brasil, a independência em relação à
Portugal e a ideia de uma nacionalidade
nasceram Juntas.
Não faltou quem tentasse compreender as
peças do mosaico Brasil, dos povos l, da
economia, do Estado e da sociedade que se
formavam: romancistas ligados ao Realismo,
artistas e ensaístas do Modernismo, juristas e
médios letrados, dos sem formação
sociológica aos cientistas sociais diplomados.
 Ideias importadas
Nossas instituições também foram importadas, por causa, obviamente, do
processo de colonização, mas também pelo comportamento de nossas elites,
que tendem a admirar, de antemão, o que "vem de fora". A onda
modernizadora que tomou conta de nossa sociedade a partir do final do século
XIX.
Machado soube demons-trar, com elegância e fina ironia, em novelas, crônicas,
romances e poemas, as mazelas de nossa sociedade. O elemento central da
ironia machadiana utilizada por Schwarz é a curiosa maneira de nossos
intelectuais e homens públicos defenderem ideias políticas e científicas
"de fora".
 Descompasso entre
ideias e realidade
Sérgio Buarque de Holanda. Afirmou que
havia uma "demora cultural", uma falta de
sintonia entre a democracia moderna e os
valores de nossa sociedade. Os intelectuais
adotavam modismos científicos externos
(Iluminismo, Positivismo, Evolucionismo), sem
compreender ao certo o que significavam e
sem conseguir articular em nossa sociedade
essas filosofias que buscavam uma nova
ordem.
 A formação da sociologia brasileira

O sociólogo e crítico literário Antônio Cândido divide o processo de consolidação da sociologia

brasileira em dois grandes momentos: uma primeira fase que compreende o período entre 1880 e
1930, e uma segunda a partir de 1940. Como vimos nas sessões anteriores essa primeira fase foi
levada a cabo por intelectuais não especializados, com propósito de formular princípios teóricos
interpretativos acerca da sociedade brasileira
Na fase transitória a partir da década de 1930 a sociologia é introduzida nos ensinos secundário e
superior como instrumento de análise social. É necessário destacar também que a formação dos
primeiros intelectuais sociólogos no primeiro país ocorre a partir de 1936. E um fato importante
para a formação da sociologia nesse período é a sua difusão no ensino médio
A segunda grande fase da sociologia brasileira é iniciada a partir de 1940, corresponderia a sua
consolidação como disciplina universitária e a atividade de pesquisa social institucionalmente
reconhecida
 A Instituci
consolidaç onalização e a
A institucionalização da sociologia no Brasil ã o
sociais nodas ciências
Brasil
ocorre a partir da década de 1930 com a
criação da escola livre de sociologia e política
de São Paulo e com a criação da sessão de
sociologia e ciência política da faculdade de
filosofia de universidade de São Paulo
Os franceses Claude Levi-Strauss, Jacques
Lambert, Roger Bastide e Donald Pierson, foram
fundamentais para a introdução da cultura
universitária na área das Ciências sociais
Nesse momento o Brasil passava por um
processo de industrialização e os sociólogos
tentavam entender valendo-se desses primeiros
estudos científicos.
Entre os principais temas estudados pelos
cientistas sociais, estavam:
- População e migração e colonização;
- relações étnicas, contatos e assimilação
- estudos sobre a educação;
- análises regionais e de sociologia rural e
urbana
 e n v o l v i m e n t o
n a l i s m o e de s
Nacio i n a l d o g ov e rn o G e tú lio V ar g a s , e m 19 5 4 , e
e n d i d o e n t re o f u la rt , m a r - c ou
re oG o
O período comp e p o s fim a o g o v e rn o d e J o ã
t i c o s
d e 1 9 6 4 , q u r o je t o s p o lí
o golpe militar s in te le c tu als b r a s ile ir o s n o s p
p a r ti c ip a ç ã o d o a n a ç ã o .
també m a se n v o lv i me n t o d
e s o c ia ls d e d e d o s p e lo
econ ó m ic o s o s f o ra m m a rc a
e F ilh o, e s s e s a n
s o c ió log o L ie d k n a c io n a lis ta ,e
o ca ” ,
Como descreve p o s t a d e “S o c i o lo g ia A u té n ti
o s ,
e nt o d e u m a p r o o G u e rr e i r o R a m
de se nv o lvim f igu ra d e A lb e rt
ip al r e f e rê n cia a
te v e c o m o p ri n c lo g i a d o Is e b .
que t a m e n t o d e S o cio
diretor do depa
r vo lv i m e n t o d e um
id a d e d e d e se n
f a v o r d a n ece ss li d a d e
t a v a e m ção d a re a
Ramos argumen n t e , e n g a ja d o n a t r a n s f o rm a
d as
c ie nt i fic o m ili ta ic o -p o i s p a rt i ri a
p en s am en to s am e n t o a u t é n t
lm e n t e , u m p e n a s.
q u e se r ia , fin a i ra e d e o u tr
nacional, e so c ie d a d e b ra sile
s p a r ti c u la r e s da
circunstância
 Subdesenvolvimento e
teoria da dependência
A preocupação com os problemas de desenvolvimento econômico e
social dos países latino-americanos foi um tema fundamental da
sociologia.

OBJETIVO DA ONU:
Promover equilíbrio no âmbito nas relações internacionais. Criada
com o fim da segunda guerra mundial 1948

Teoria da dependência: Teoria que refutava a ideia de que o

desenvolvimento econômico se dava por etapas.
 Redemocratização e
diversificação da sociologia
brasileira

Os 20 anos de Ditadura Militar Brasileira foram marcados pela necessidade de afastamento dos
cientistas sociais brasileiros da vida pública e política do Brasil muitos deles tiveram suas permissões
para ensino e pesquisa caçados Embora tenha havido uma amplificação do número de programas de
graduação e pós-graduação no período.
os cientistas tiveram por sua vez um papel importante na luta pela redemocratização da sociedade
brasileira e contribuiu decisivamente para a construção de Constituição democrática muitos deles
atuaram como membro da constituinte integraram o corpo dos nossos partidos políticos que se
formaram no país a época e concorreram a cargos eletivos nas primeiras eleições municipais
estaduais e até mesmo presenciais após a redemocratização
 Imagens
Casarão de uma fazenda de café
do século XIX em São Paulo
 BRIGADA!!!
O