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2 Tessalonicenses 3:6-16

Última seção do livro de 2 tessalonicenses – Encorajamento –


Doutrina Correta – Aplicação espiritual – Desenvolvimento na vida
prática.

Paulo sai de uma doutrina que é aquela que podemos dizer mais
elevada da vida Cristã… do momento e do ambiente mais celestial,
maravilhoso, santo e profundo da realidade de todo Cristão, que é
alcançar a glória de Cristo e então ele desce a um abismo até que
toca o pó de assuntos como trabalho e disciplina na igreja.

As coisas mais elevadas e grandiosas, as doutrinas mais profundas


e celestiais, são testadas, através de nossa conduta e prática nas
coisas mais triviais.

Por isso a compreensão equivocada de uma doutrina leva a uma


experiência equivocada com o Senhor e consequentemente à um
viver prático descordenado e desorientado em relação a sã
doutrina.

Posso testemunhar aqui diante de todos os irmãos que há um


marco em carreira quando entendi o que envolve a obra da Cruz. E
acho que muitos aqui tiveram essa experiência. Qual a implicação
do brado do Senhor na Cruz “deus deus meu porque me
desamparaste?” Se não entendemos adequadamente o fato de que
o PAI escondeu a Sua face do Senhor Jesus por causa de Sua
justiça e Santidade, essa frase Deus meu Deus meu por que me
desamparaste, nunca teria sentido, e muito pior do que isso, não
experimentariamos a força do amor do Senhor do por nós.

O entendimento adequado de uma doutrina, leva a uma


experiência com o SENHOR adequada e isso deve refletir em
nossa viva diária, nos nossos dias comuns.

E foi justamente isso que aconteceu com os tessalonicenses, eles


não compreenderam adequadamente a doutrina dos dias finais, e
deram ouvidos a outros ensinos que diziam que os seus
sofrimentos e perseguições eram na verdade o dia do Senhor, e
por então, eles perderam um relacionamento de paz com o Seu
Senhor, e esse relacionamento passou a ser um relacionamento de
medo, de incerteza o que finalmente teve como consequencia o
abandonar os seus respectivos ofícios passando a viver ás custas
de outros irmãos.

Veja o ciclo – compreende equivocadamente – sua experiência


com o SENHOR se torna inadequado e finalmente redunda em um
mal testemunho em práticas contrárias a escritura.

Por isso, o Espirito Santo, através de Paulo vem dizer aos


Tessalonicenses e a nós hoje, qual é a modo, qual é o ensino para
a vida comum dos Cristãos nos dias que antecedem a volta do
Senhor.

Será que devemos ser como aqueles que fixam datas, vendem
tudo, se tornam eremitas e saem pelas ruas prendendo plaquinhas
na cabeça dizendo que Jesus está voltando?

Ou há uma outra maneira que a escritura nos ensina?

Por isso é preciso essa advertência e esse tom enérgico e forte –


ORDENAMOS.
EM NOME DO SENHOR JESUS CRISTO – Paulo, assim como
todo o corpo apostólico, são representantes do Senhor Jesus. Era
como se Paulo tivesse uma procuração representando o Senhor.
Ele era o Senhor ali. As palavras dele eram as palavras do Senhor.
Não sou eu quem diz, mas é o Senhor Jesus Cristo quem diz,

QUE VOS APARTEIS DE TODO IRMÃO – Apartar, como será


tratado mais pra frente, não é excomungar o irmão, não é impedir o
irmão de estar na CEIA ou não admoestar não ter qualquer tipo de
relacionamento. Apartar tem nesse contexto duas finalidades – a
primeira é a cura do coração daquele irmão que anda
desordenadamente, que anda contra a palavra. E a segunda
finalidade é a proteção daqueles que andam ordenadamente – visa
guardar a vida dos irmãos em santidade, para que ninguém deixe
de praticar aquilo que é a tradição.

QUE ANDE DESORDENADAMENTE E NÃO SEGUNDO A


TRADIÇÃO QUE DE NÓS RECEBESTES – Desordenado tem um
significado de abandono de um plano anteriormente determinado.
É aquele soldado que recebeu ordens do seu comandante, para
seguir determinado plano de guerra mas voluntariamente
abandona os comandos anteriormente designado e passa a agir
conforme seu próprio pensamento.

Isso significa que os crentes em tessalonica receberam uma


ordem, alguns determinações para com o modo de viver suas vidas
no tempo do fim. Essa ordens são o que PAULO chama de tradição
- e elas foram ministradas por palavra, pela boca do apóstolo
quando esteve pessoalmente em tessalônica e por epístola como
vemos na primeira epístola.

A palavra tradição é hoje tida como antiquada. É como se tradição


tivesse uma conotação ruim. Algo envelhecido. Que não tem mais
validade. Mas esse conceito é equivocado.

O evangelho é uma tradição antiga, a essência da obra da cruz é


uma história de pelo menos 2000 mil anos, e não há nada de novo
no ensino saudável sobre isso. Se alguém acrescentar algo novo,
uma ideia nova, uma nova revelação, tal pessoa é um falso mestre.
Tudo o que Cristo tem para Sua igreja está na Sua palavra e a sua
palavra é, no sentido cronológico, no tempo, aquilo que de mais
“antigo” que existe (Jo 1:1 – no princípio era o verbo).

A tradição do evangelho é sempre algo ANTIGO mas nunca é


envelhecido, o tempo pode passar, mas a palavra do Senhor é
sempre nova, não há sinal de deterioração, depreciação, perda de
valor, mas ela apesar do tempo passar É SEMPRE NOVA, o céu e
a terra podem passar, mas as “MINHAS” palavra não passarão.

1 Pedro 1:24 Pois toda carne é como a erva, e toda a sua glória,
como a flor da erva;seca-se a erva, e cai a sua flor; a palavra do
Senhor, porém, permanece eternamente.
Mas nesse contexto de tessalonicenses, qual é a tradição
ensinada? qual é a ordem que não foi obedecida para que alguns
irmãos fossem chamados de desordenados?:

1Tessalonicenses 4:10-12 desenvolver


1) Diligenciardes por viver tranquilamente – se inquietar por uma
vida quieta – aspirar viver em honra – há uma tendência daqueles
que acham que receberam uma revelação especial da parte do
Senhor de serem excêntricos e exagerados, de modo que as suas
condutas são escândalo até para o mundo. Mas o Senhor os incita
a viver tranquilos, sem exageros e excentricidades – viver uma vida
comum..
2) Cuidar do que é vosso – o ócio, a falta do que fazer por escolha
própria, sempre vai ter como consequência se intrometer na vida
alheia. Aquele que tem muito o que fazer dificilmente se preocupa
com a vida dos outros. Cuidar do que é vosso implica em dar
atenção e o devido empenho as coisas que o Senhor nos confiou –
família, filhos, pais, emprego, estudo, igreja.
3) Trabalhar com as próprias mãos.

Não adote padrões de comportamento que até mesmo o mundo e


não apenas o Cristãos consideram como impróprio; Para que o
testemunho do Senhor não seja difamado,desonrado.

Mas hoje, saindo um pouco do assunto trabalho, quanto do


chamado Mundo evangélico tem se comportado como um
antitestemunho daquilo que é o evangelho. Quantas práticas
estranhas sendo inseridas no seio da igreja do Senhor que até os
descrentes tem discernimento para perceber que aquilo não é do
SENHOR. Que o Senhor nos guarde irmãos, para que tenhamos
sempre em nossas mãos práticas saudáveis, viver digno, santo,
que honra e glorifica o testemunho do Senhor.

Agora a partir do versiculo 7 o Espirito Santo vai desenvolver essa


assunto base que está no verso 6 – a questão da tradição ensinada
e a tratamento da igreja para com aqueles que andam
desordenadamente, contrários ao ensino do apóstolo.

“Pois vós mesmos, estais cientes do modo por que vos convém
imitar-nos visto que nunca nos portamos desordenadamente entre
vós, nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário,
em labor e fadiga, de noite e dia, trabalhamos, a fim de não sermos
pesados a nenhum de vós; não porque não tivéssemos esse
direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós
mesmos, para nos imitardes.”

Essa conduta desordenada não era apenas contrária às instruções


que foram comunicadas aos tessalonicenses, seja na forma oral ou
escrita; estava também em conflito com o exemplo que o Paulo,
Silas e Timóteo lhes havia transmitido

O Espirito Santo chama a atenção ao exemplo da vida do apóstolo


Paulo. Ao modo de viver daqueles missionários que estiveram em
tessalonica por 3 sábados. Ou seja, o ensino de Paulo, a tradição
que foi ensinada, veio acompanhada pelo exemplo, pelo viver
prático, de modo que ninguém poderia julgar a paulo e seus
companheiros por ensinarem algo e viver diferentemente.

Não que Paulo não tivesse o direito de comer pelo sustento da


igreja, mas Paulo escolheu trabalhar para servir de exemplo para
com os irmãos.

1Tm1:15-16

O nosso Senhor Jesus é o nosso padrão, é nosso grande modelo


de caráter, de vida, de prática, de relacionamento, Ele é o nosso
varão medida, tudo é medido, tudo deve ser vivido à Luz de Sua
vida. Nossa meta, nossas aspirações, nossa vida Cristã se resume
ao fato de vivermos para que o Seu caráter seja formado em nós,
de sermos cada vez mais parecidos com o Senhor.

Mas em um determinado sentido, embora ele tenha sido como nós,


Cristo é totalmente outro. Embora ele tenha sido totalmente
homem, Ele foi um homem totalmente diferente de nós. É o que os
irmãos chamam de outralidade de Cristo. Cristo embora homem
não conheceu o pecado, viveu em santidade em todos os
momentos de Sua vida aqui.

Por isso, o Senhor em sua infinita misericórdia para conosco,


determinou, escolher um homem que era como nós, inclusive, em
pecado, e não somente um simples pecador, mas como ele mesmo
se autodenomina, o principal dos pecadores, para ser um exemplo
para nós.

MODELO – PALAVRA NO GREGO HIPOTIPOSIS- PAULO tinha


consciência que Deus o escolheu para ser um tipo, um molde, um
padrão de cópia… para todos quanto hão de crer nele para a vida
eterna.

AO blasfemo, o perseguidor e o insolente Saulo de TARSO, aquele


que era um fariseu dos fariseus, irrepreensível no tocante a lei,
ensinado aos pés de gamaliel, FOI DERRAMADA GRANDE
MISERICÓRIDIA, E TRANSBORDOU A GRAÇA de nosso Senhor
com a fé o amor, para que esse pecador, se tornasse um tipo, um
padrão para todos os que creram depois dele e ainda hão de Crer.

O que o espirito Santo quer nos ensinar é que tudo o que Paulo
experimentou pode ser experimentado por nós, e o exemplo de
vida do apóstolo Paulo serve de rascunho pra aplicarmos em nossa
vida.

Não apenas no que diz respeito aos afetos de Paulo pela pessoa
de Cristo, mas também na vida comum ele é um exemplo pra nós.

Pense irmão, não seria lógico, depois de Paulo plantar tantas


igrejas, e alimentar os irmãos com a palavra do Senhor, que Ele
vivesse nas casas daqueles em que Ele trouxe para o Senhor, para
que até mesmo estrategicamente ele pudesse propagar o
evangelho. O tempo que ele usava trabalhando não seria melhor
empregado se ele se dedicasse a pregação, a oração ou ao
estudo?
Pra entender melhor isso, vamos ler 1Co9:3-12

É digno que um irmão, com chamado especial do Senhor receba


da congregação e dos irmãos a quem ele serve a devida ajuda
material. É dever da igreja fazê-lo.

Mas esse chamamento é especial, é pessoal e nunca importa num


chamado coletivo. Porque tudo tem em vista o avanço e a glória da
palavra, o testemunho do evangelho, no sentido de que se todos
vivessem assim, como alguns se aproveitariam para dar vazão a
preguiça e ao ócio, e a causa de Cristo seria seriamente
desonrada.
Mesmo podendo arrogar a si o direito de viver pelos bens dos
irmãos, Ele escolhe viver trabalhando, de noite e de dia, em labor e
fadiga, para ser exemplo, por causa do evangelho.

Não que isso seja errado, há pessoas que são chamadas


especialmente pra essa vocação, sim, o Senhor escolhe alguns
para viverem para servir, pra dar a sua vida pela causa do
evangelho, para o serviço da igreja, e isso é digno ,

Mas Paulo é um modelo geral para a Igreja, ou seja,o chamado


para o serviço integral é algo especifico, é especial, é para poucos,
a maioria de nós deve viver nossas vidas comuns, de trabalho, de
labor em casa, de serviço para com os nossos filhos, e dignidade
na sociedade e nisso não há diferença aparente entre nós e um
descrente.

Os crentes em tessalônica achavam que trabalhar era desperdiçar


tempo, por que se o Senhor está vindo, por que trabalhar? Vamos
orar, e viver uma vida de espiritualidade e se tornam piedosos
preguiçosos;

O ócio, a preguiça, não crescem no solo da comunhão


com Deus.

Então Paulo traz novamente à memória dos irmãos o princípio de


que se alguém não quer trabalhar, não coma.
A pessoa pode não poder trabalhar por questões psicologicas
(depressão, traumas recentes, doenças psquiatricas etc) questões
físicas (acidentes, incapacidades permanentes etc) e condições
específicas no seio familiar (cuidar de acamados ou de pessoas
que precisam de vigilância 24 horas). Assim como o
desempregado, a crise, são situações específicas na vida de
alguém e que ninguém está livre.

Mas aqui o contexto é que pessoa tem total condição de trabalhar e


ela decide, deliberadamente, por causa do entendimento
equivocado da doutrina da volta de Cristo que ela não vai trabalhar.

Por isso Paulo é veemente relativamente a esta questão e enérgico


no tratamento que a igreja deve dar para com o esse tipo de
comportamento.

A conclusão que chegamos então, que tipo de vida o Senhor


deseja pra nós nos tempos do fim, é tenhamos vidas tranquilas,
trabalhando com as próprias mão, mas que ao viver nossas vidas
assim, vivamos para a Glória de Deus, vivamos alcançando a glória
do Senhor Jesus, não reclusos, não apartados de tudo, mas
tocando as coisas mais pueris do ser humano, para que aqui, o
Senhor seja glorificado.

A pergunta chave neste texto é: como minha vida pode valer para a
glória de Deus em minha vocação secular?

Se a ordem do Senhor Jesus é para trabalharmos, para que


cumpramos com nossas obrigações neste mundo, como podemos,
na nossa vida comum, viver para a Glória de Deus? Como
podemos, na linguagem de Paulo “glorificar a palavra”.

1ª Tendo vidas e corações integrais para o Senhor;

Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como para o


Senhor e não para homens” Cl 3:23
Precisamos entender que a nossa vida não deve ser
compartimentalizada, tudo é sagrado na vida do Cristão. O Senhor
nos comprou, somos seus escravos, vivemos por Ele, trabalhamos
por Ele.

Muitos pensam que para um cristão trabalhar é jogar a vida fora,


desperdiçar tempo, mas Você não joga fora sua vida por causa de
onde você trabalha, mas sim por como e por que trabalha

Certa vez Jonatham Edwards, falou sobre sua Esposa.

“Ah, que bom é”, disse a pessoa certa vez, “trabalhar para Deus
de dia, e à noite deitar-se sob os seus sorrisos!”. Sublimes
experiências e sentimentos religiosos nesta pessoa não se fizeram
acompanhar de nenhuma disposição de negligenciar a ocupação
necessária de uma vocação secular, para passar tempo em leitura
e oração, e outros exercícios de devoção; mas qualquer ocupação
mundana foi cuidada com grande presteza, como parte do culto a
Deus; a pessoa declarando que, quando feita assim, “se descobre
ser tão boa quanto a oração”.

Nossas ocupações neste mundo, quaisquer que sejam, vida


familiar, relacionamento com amigos, no trabalho, no lazer, devem
ser parte do culto a Deus.

Dessa forma, agindo assim, Cristo será engrandecido em tudo o


que fizermos. Por Dele, por Ele e para Ele seja a Glória.

2ª Experimentando as bençãos de Cristo nas nossas fraquezas;

O trabalho não é uma maldição em si mesmo.


Se considerarmos o início da Criação nós vemos que Deus mesmo
trabalhou por sete dias e no sétimo dia descansou.

Gn. 2:5; 2:15 e 3:17-19 – o Trabalho não é maldição, o suor e a


fadiga são. O pecado fez com no tivéssemos que trabalhar em
fadiga, cansaço e suor para obtermos o alimento para vivermos,
aquilo que o homem queria Deus deu a ele: autosuficiencia.
Mas Cristo não morreu na Cruz por nós, tornando-se maldito em
nosso lugar?

Assim como a morte será derrotada definitivamente somente com o


SENHOR em glória e hoje nós somos libertos do aguilhão da
morte, de modo que um Cristão genuíno não precisa ter medo de
morrer porque tem a sua vida oculta em Deus e a esperança de
que se um dia morrer esse corpo, ressuscitará em glória.

Da mesma forma a maldição da terra, fez com que tivessemos que


viver em fadiga e cansaço para obter o pão para alimento,

Hoje, embora não estejamos livres dessas consequências, todos


nós Cristãos cansamos, nos fadigamos no trabalho, muitas vezes
vem a ansiedade sobre nós, o desanimo, mas graças ao Senhor,
hoje nós podemos experimentar as bençãos de Cristo e o que Ele
é em meio a esses momentos.

Basta que tomemos posse dessas bençãos.

Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e


eu vos aliviarei.

“Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de


comer ou beber, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de
vestir... Vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas.
Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas”

Experimentando as bençãos de Cristo nas nossas fraquezas;

3º Glorificando a palavra de Deus através de nossa conduta.

A essência de nosso trabalho como humanos precisa ser feito em


dependência consciente do poder de Deus e em busca consciente
do padrão de excelência de Deus, com o alvo intencional de refletir
a glória de Deus.
Se nosso trabalho para os homens deve ser feito como para o
Senhor, esse trabalho precisa ser executado com um padrão de
Deus, como se de fato fosse feito para o Senhor.

Tito 2:9-10 Quantos aos servos que sejam, em tudo, obedientes ao


seu senhor, dando-lhe motivo de satisfação; não sejam
respondões, não furtem; pelo contrário, deem prova de toda a
fidelidade, a fim de ornarem em todas as coisas, a doutrina de
Deus, nosso Salvador.

Ter consciência de que o trabalho, as obrigações, o exercício das


atividades estritamente humanas, das mais baixas que sejam, o
modo de dirigir, o modo como eu trato minha esposa, meus
vizinhos, meus colegas de trabalho, a maneira como executo
minhas obrigações no trablaho, com desleixo ou presteza, tudo
isso podem ornar ou difamar, podem embelezar, glorifiar ou infamar
e desacreditar o evangelho

Que possamos ter um viver tal, que o modo como trabalhamos e


executamos as trivialidades da vida, não sejam um estorvo para
que as pessoas venham a crer no Senhor, mas sim, seja um
adorno, um enfeite, uma glória para o EVANGELHO DO SENHOR
Jesus.

SE TIVER TEMPO - Pensar que nosso trabalho glorificará a Deus


quando as pessoas não sabem que somos cristãos é como admirar
uma propaganda eficaz na TV que nunca menciona o produto. As
pessoas poderão se impressionar, mas não saberão o que
comprar.

Martyn Loyd Jones

Estamos vivendo num país onde somente uns dez por cento do
povo alguma vez freqüenta um local de culto. Assim, por melhores
que os pregadores sejam, não podem fazer muita coisa, porque as
pessoas não vão ouvi-los. O cristão individual, porém, trabalha
diariamente com essas pessoas, e está sempre entre elas;
portanto, ele vem a ser um evangelista, por assim dizer. Como
pratica a sua ação evangelizante? Comportando-se como servo em
seu trabalho, seja este qual for! Ali está a sua oportunidade. A coisa
vem a dar nisto: um trabalho mal feito é a pior recomendação do
cristianismo; trabalho negligente, trabalho feita às pressas, aos
atropelos, trabalho feito com indiferença ou desânimo, é um mau
testemunho completo e total. É assim que o homem do mundo
trabalha! Faz o mínimo pelo máximo de recompensa. Se pode
evitar algum serviço, evita. Se o senhor não está por perto, ele
apenas faz que trabalha, de modo que, se de repente o senhor vier,
parecerá estar fazendo o seu trabalho. Mas o cristão é exatamente
o oposto disso. Num cristão, todo tipo de trabalho mal feito, todo
trabalho feito negligentemente, é um testemunho paupérrimo; e faz
dano ao reino de Deus. Isto se aplica em todas as esferas. Um
mau trabalhador, qualquer que seja o seu trabalho, é uma traição
ao Filho de Deus e ao reino do céu

Se pela assistência do Espirito Santo conseguirmos viver dessa


maneira, não importa onde trabalhamos, em casa, no banco, no
fórum, na loja, onde que que sejamos, o Senhor será glorificado.

1ª Tendo vidas e corações integrais para o Senhor;


2ª Experimentando as bençãos de Cristo nas nossas fraquezas;
3º Glorificando a palavra de Deus através de nossa conduta.

A partir do verso 11 Paulo vai começar a lidar com aqueles irmãos


que andavam desordenadamente -

A elas determinamos e exortamos – mais uma vez Paulo está


falando as mesmas coisas que ele já falou pessoalmente, por
epístola na primeira carta e agora. No mínimo tres vezes foram
dadas as mesmas instruções.

NÃO CANSEIS DE FAZER O BEM


O pecado na vida de um cristão sempre afeta toda a igreja.
O péssimo testemunho de alguns cristãos pode abalar a
devoção e obstruir o serviço do restante da congregação

Não se enganem. Não deixem que umas poucas pessoas,


as quais negligenciam seus deveres, lhes impeçam de fazer os
seus. Nunca se cansem de fazer o que é justo, nobre, excelente
Verso 14. Caso alguém não preste obediência à nossa palavra
dada por esta espístola.

Notem que esta será a terceira vez que Paulo da essa instrução,
de sorte que se ainda assim aqueles irmãos persistirem nessa
conduta, é preciso tomar as seguintes providências:

Notai-o - Pessoa precisa estar ciente de que os irmãos estão


cientes e reprovam o seu comportamento porque é contrário as
escrituras é contrário a tradição.
Nem vos associeis com ele para que fique envergonhado -

Os membros obedientes não devem viver em associação com esse


membro [desordenado] em termos íntimos. Não deve ele ser bem
recebido no círculo dos amigos íntimos, congratulando-se com ele,
aprovando sua conduta, etc.

Essa questão é lógica, como ter uma comunhão saudável e íntima


com determinado irmão ou irmã que deliberadamente desobedece
os preceitos do palavra de Deus.

Evidentemente, o propósito é corretivo. Emana do amor, do anseio


pela cura, não do desejo de se ver livre de uma pessoa que se
tomou antipática

O propósito dessa ausência de comunhão intima, de não se


associar com irmão, não é para causar humilhação. Essa atitude
de isolamento de não se associar nunca tem em vista o mal do
irmão, o sentimento que mova essa separação é o sentimento da
cura do coração, do arrependimento, da volta a obediência a
palavra, mas para que fique envergonhado- a palavra
envergonhado no original grego é entrepo, que é “dar uma volta em
torno de si”

Busca que a pessoa tenha oportunidade de olhar para dentro de si


e perceber na Luz do Senhor que tomou um caminho equivocado e
então possa se arrepender.
Todavia não o considereis por inimigo, mas adverti-o como irmão
Para todos os efeitos, apesar da conduta contrária aos preceitos
expostos na palavra, tal pessoa é ainda um irmão. Portanto, como
membro do mesmo corpo, precisa ser tratada com amor,
buscando-se a cura do seu coração.

Finalmente,

Paulo agora com o coração cheio de amor por esses queridos e


amados irmãos em tessalonica, que eram tão fieis em sua grande
maioria ao Senhor, mas que estavam passando por dificuldades
externas vindas da perseguições e internas vinda daqueles que
andavam desordenadamente, ele deseja, ele ora, que aquele que é
a paz, dê continuamente, ou seja, sem interrupções, a paz em
todas as coisas, quer em perseguição, quer em dificuldades, que o
Senhor da paz fosse a paz entre eles.

Ele é quem não só a pronuncia a paz, mas realmente a comunica,


ele é a fonte da verdadeira paz.

O mesmo da Deus da paz, que é aquele que nos santifica em tudo,


espirito alma e corpo, é o Senhor da paz que da, pessoalmente,
continuamente e em todas as circunstancia, a paz que precisamos
pra vivermos em santidade e que alcançam e testemunham aonde
quer seja, a glória do nosso Senhor Jesus Cristo.

Ora, o Senhor da paz, ele mesmo, vos dê continuamente a paz em


todas as circunstâncias. O Senhor seja com todos vós.

“E a paz que excede todo o entendimento, guardará os vossos


corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.

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