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Formação: A dignidade da pessoa humana

A Dignidade da Pessoa Humana é aspecto doutrinal do Magistério da nossa Igreja, é aspecto q precisa
ser redescoberto, vir à tona, vir à consciência.
(Doutrina: conjunto dos ensinamentos da verdade de fé na nossa igreja
Magistério: responsável por cuidar, guardar e repassar a doutrina, promover q seja repassada fielmente)

É fundamental tirar da sombra esse tema doutrinal e refletir à luz da teologia, do estudo da revelação q
compreende o AT e NT

Reconhecer sua centralidade na revelação – ela é chave p a compreensão do ser humano, faz enxergar e dá
nitidez, pq o constitui e define, portanto ñ é possível compreender o mistério do ser humano separado do
mistério de Deus

Ela é a primeira verdade q a Sagrada Escritura pronuncia sobre o ser humano: Façamos o homem à nossa
imagem e semelhança - Gn 1,26-27
É a verdade de q a pessoa humana é criada à Imagem de Deus p a comunhão c o criador, consigo mesmo, c
o seu semelhante e c a criação – ela é, portanto, o fundamento da comunhão

Isso tudo tem implicações concretas na vida, na existência:


Ela faz enxergar o modo de ser no mundo, constitui o modo de ser: nascido pessoa p a comunhão c o
criador, consigo mesmo, c o seu semelhante e c o mundo criado –
Pessoa de comunhão, de responsabilidade perante si mesmo, os semelhantes e tudo criado

A comunhão compromete, responsabiliza: o outro é meu irmão. Sou irmão e isso implica uma relação
pessoal, não com a causa do outro, mas com o outro enquanto pessoa, enquanto membro da mesma e única
família humana – ( fixar em questão pontual e ñ na expressão da pessoa em si, compromete sua
dignidade, põe em risco e nós temos compromisso e responsabilidade c a pessoa humana – a causa
ganha conotação maior q o ser humano)

Estar diante do outro deve nos comprometer. A presença de um tu és sempre interpeladora (desafiadora). A
relação com o outro questiona-me, esvazia-me de mim mesmo e não cessa de esvaziar-me, descobrindo-me
possibilidades sempre novas. Nesse encontro, a subjetividade dá lugar à intersubjetividade. O rosto do
outro é abertura existencial para um encontro e reencontro que compromete. A relação humana é uma
questão de saúde vital (Levinás)

Deserto:Tenho compreensão das implicações da Dignidade humana na minha existência? Qual a minha
dificuldade pessoal de vive-las?

A Dignidade Humana é é esse aspecto q fecunda minha existência, habita nela uma fecundidade divina
q dá sentido profundo a minha existência, pq me insere nessa relação c Deus q me faz descobrir meu
valor, singularidade e beleza. Me faz tb reconhecer a igual dignidade no outro (olhar transcendente)
pois ela gera vida de comunhão

O ser humano é uma dignidade e Deus abomina vê-lo na indignidade Ex 3, 7-8

Quando o homem não reconhece o valor e a grandeza da pessoa em si próprio, ñ reconhece no outro na sua
dignidade, de fato priva-se da possibilidade de usufruir da própria humanidade e de entrar na relação de
comunhão, espaço único de realização. (S J P II)
Urge acordar p a dignidade Humana, ela é fundamento p me humanizar, p desenvolver o bem em meu ser, o
bom, o amor em movimento

É fundamento de participação no Senhorio de Deus sobre toda a criação visível : o senhorio da pessoa
humana sobre a criação tem um nome: SERVIÇO, estar a serviço no cuidado de promover as todas as
formas de vida

Estar a serviço dos nossos semelhantes, a serviço do universo – serviço q flui da comunhão por isso gera
comunhão, crescimento, unidade, fraternidade

Deserto: Meu serviço gera comunhão, crescimento, unidade? Aponta p o bem do ser humano, p a solidez da
sua DH?

Estar a serviço do bem do ser humano, em ações voltadas p o seu desenvolvimento e q ñ sejam em
detrimento, em prejuízo da sua dignidade, portanto o serviço deve apontar p o bem, p o bem comum

O bem comum é o meio pelo qual a dignidade humana alcança seu pleno desenvolvimento: ele é o conjunto
das condições q permitem alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição (condições: espirituais,
humanos e materiais) GS

O Magistério da Igreja afirma que o bem comum corresponde às mais elevadas inclinações do homem, um
bem árduo de alcançar, pois exige a capacidade e a busca constante do bem do outro como se fosse o
próprio.

Afirma tb q Comunhão e Serviço são os dois grandes pilares com q se compõe a Imago Dei, a Dignidade
Humana e que a compreensão insuficiente do mistério humano q reside na sua dignidade, provoca relações
medíocres, adoecidas e consequentemente amizades, famílias, comunidades e sociedades marcadas por
desafetos, por desamor, por divisões, partidos por visões diferentes... (1 Cr 1,12) (Vale ressaltar q
comunhão diz respeito a uma comum unidade e ñ uniformidade – Santa Teresinha já dizia q o jardim
do Senhor era belo por sua diversidade)

Embora convivamos c todo um conteúdo formativo q aponta p a vivência da dignidade humana,


paradoxalmente, convivemos com esses cenários que ferem direta e constantemente a Imagem de Deus.
(Nossa vivência comunitária mostra isso – perseguimos, exaltamos o mal do próximo, rotulamos, criamos
cenários falsos de fatos, aumentamos, denegrimos, ...em nome de Deus.

Deserto: Eu, consagrado, sou chamado a ser presença transformadora de todo esse cenário, chamado a
manifestar Deus ao mundo através de ações dignas. Até q ponto tenho sido agente de mudança ou causa de
tudo isso? O q em meu ser precisa ser trabalhado p fluir uma vida de comunhão?

É vital fazer vir à tona a DH e então acordar p o nosso chamado q ultrapassa nosso, pequeno mundo fechado
em esquemas medíocres, narcisistas, sem caráter, dissimulados, sem dignidade. É vital assimilar na
existência essa Palavra c suas implicações: Deus criou o homem à sua Imagem – criou-o pessoa de
comunhão –
Quando o homem não reconhece esse valor e grandeza da pessoa em si próprio, ñ reconhece o outro na sua
dignidade, de fato priva-se da possibilidade de usufruir, de aproveitar da própria humanidade e de entrar
na relação de comunhão, espaço único de realização. SJP II

Deserto: O q me habita, q ferida de amor me habita q me impede de reconhecer minha dignidade e a


dignidade do meu semelhante? O q tem alimentado um sub mundo em meu ser, em minhas ações?

A vida do ser humana, consiste em viver em coerência com esse mistério

S J P II reforça: o ser humano na sua dignidade é um ser transcendente e alienado é o homem que recusa
transcender-se a si próprio e viver a experiência do dom de si e da formação de uma autêntica comunidade
humana, orientada para a comunhão até a sua dignificação definitiva, o seu destino último, Deus

A Dignidade Humana precisa ser vista como o caminho estreito do evangelho que leva o ser humano ao
outro. O outro é o lugar da graça, da transformação, da dignificação da vida p cada um, pq é a virada do
necessitado, fechado sobre si, p a abertura a um outro q liberta de si p a vida dos filhos de Deus, p a vida
em plenitude, a vida madura, q promove enfim, alcança o totalmente Outro

A Dignidade humana precisa sair da sombra de nós, pq é sob a sua luz q vamos mais profundamente
compreender quem somos, o sentido da nossa vida e viver mais profundamente nossas relações, c Deus, c
o próximo e consigo mesmo

É à sombra da sua luz q vamos contribuir legitimamente, para uma vivência nova no mundo criado como
espaço de comunhão!

A Dignidade humana chama a dar uma resposta na sua existência:


O homem é chamado a dar uma resposta de amor ao seu Criador, ninguém mais pode dar em seu lugar -
Cabe a nós responder c ações dignas, ao nosso Deus criador – C S

Chama o ser humano a despertar p o sentido maior da sua vida: viver em comunhão!

Chama a dominar tudo o q o aprisiona e limita à dignificação!

Deserto: Q inimigos em meu ser ainda habitam e me limitam viver em dignificação?

Ler Jz 5, 12: O Cântico de Débora diz respeito a cada um de nós! Proferi-lo diante dos inimigos q nos
habitam, é libertador. É movimento dinamizador da força de “Israel” q reside na Imagem de Deus, p vencer
seus inimigos e viver em dignificação!

Oração/Música: Eu sou o Senhor Teu Deus

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