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Comunidade Católica Face de Cristo

Formação

Título formação: O vínculo com a comunidade e o senso de pertença

Objetivo:

Destacar a importância do "Senso da Pertença" na vida familiar, comunitária e


sociocultural. Explorar a necessidade humana de pertencer a algo ou alguém,
enfatizando como relações enfraquecidas afetam o mundo ao nosso redor. Além
disso, abordar os problemas resultantes de uma pertença instável e destacar a
necessidade de reconstruir uma pertença original sólida como filhos de Deus.
Ressaltar que um senso de pertencimento forte fortalece os vínculos humanos e
promove relacionamentos saudáveis, responsabilidade e compromisso,
contribuindo para a construção de famílias e comunidades sólidas.

Pontos Principais:

1. O Senso da Pertença aborda vários aspectos da vida familiar, comunitária e


sociocultural, enfatizando sua importância.
2. A pertença é um vínculo humano fundamental e uma necessidade, pois os seres
humanos não existem isoladamente.
3. Relações enfraquecidas levam ao sofrimento do entorno, das famílias e
comunidades, resultando em medo, desconfiança e relacionamentos superficiais.
4. A falta de pertença está relacionada à instabilidade, fragilidade e problemas de
ordem familiar e comunitária.
5. Reconstruir a pertença original como filhos de Deus fortalece os vínculos
humanos e promove relacionamentos saudáveis e responsabilidade mútua.

Desenvolvimento:

O Senso da Pertença está inserido na contextualização de vários aspectos que envolvem


a vida familiar, comunitária e sociocultural. A conscientização e reconstrução da
pertença.

Vínculo humano essencial, fundamental - Ação permanente, processo (nunca acaba). É


Necessidade humana: pertencer a algo ou alguém. Porque não nos constituímos
sozinhos, precisamos do outro para sermos.

Habita-nos numa dimensão comunitária: ser de relação (inseridos na Trindade/imagem


e sem). Por isso sofremos a fragilidade desse vínculo.
O universo inteiro agoniza a partir das relações enfraquecidas. O entorno, o meio
ambiente (não diz respeito a mim, não é meu...), as famílias, as pessoas, as instituições, a
Comunidade. Vivemos relações de medo, desconfiança, desrespeito, não envolvimento,
irresponsabilidade, mal uso de comunicação, relacionamentos descartáveis... Enfim,
uma vida medíocre, longe de valores reais. ( Jo.10,10) Porque a pertença está fragilizada,
por isso me fragilizo (sem laços, sem vínculos), me torno: ambíguo, inseguro, indeciso,
sem firmeza, sem compromisso, sem responsabilidade.

Gn 4,9: não vamos nos tornando “Caim”? fechados, medrosos, invejosos, infiéis,
cobradores, ingratos, sem vínculo com o outro: A morte nos ronda.

A pertença instável, gera problemas de toda ordem:


Não assumo minha família (com seus defeitos, mas é minha família). Não assumo
compromissos (quando sou chamado a ser construtor da família, da Comunidade...)
Obs.: Se a instabilidade da pertença for muito intensa pode tornar-se patológica.
Dessa pertença inconsistente emerge uma pertença frágil, múltipla ou compensativa
afetiva.

A pertença frágil: sem motivação, sem significação, sem expressão, sem envolvimento,
com afastamento, sem sentir-se responsável, cumprindo o dever de modo individual,
com relações formais, sem firmeza, porque sem ponto de referência firmado.

A pertença múltipla: busca outros pontos de referência, identifica-se em torno de vários


carismas (confusão de Identidade, dispersão, desordem, situação insustentável no plano
psíquico também.

A pertença compensativa-defensiva: compensa algo negativo de Identidade, ou fugir de


responsabilidade, ou ocultar problemas pessoais, ou servir-me dela, ou buscar
gratificações, cobro afeto excessivo, sonho com a comunidade Ideal (cobro).

Obs: Preciso amar minha Comunidade, família, como então e ajudá- los a crescer sem
difamá-los; sem negar sua realidade, mas amando-a, ajudá-la para alguma coisa mudar.
Assim é preciso reconstruir a pertença para viver a vida de filho de Deus, para ser
cristão. Por não ser ingrato, sem memória, ou com memória pobre. É preciso voltar à
origem da pertença, para tornarmo-nos o que somos: filhos de Deus.

Pertença Original, reconstruir tal pertença, matriz de todas as outras. Vivê-la em espírito
e verdade: 1Jo 3,1

Quanto mais forte for o senso da pertença original, mais forte serão os vínculos
humanos, isto é, mais forte serão as outras pertenças, porque muda nossa posição diante
da vida: digno filho de Deus.

“O senso de pertencimento torna-se mais forte do que tudo aquilo que poderia nos
dividir, faz o mal perder seu poder destruidor, sua carga diabólica e explosiva. Em vez
de se reproduzir, transforma-se em experiência de graça que se espalha sobre todos
nós, com o fim e o desejo de construir juntos e com a liberdade de sentir-se responsável
pelo outro e a alegria de sempre reconciliar-se.”

A pertença portanto constrói a família, a Comunidade, as relações porque vive-se a


maturidade, o compromisso, a responsabilidade tecendo relações e permanecendo
amando de modo sobrenatural.

Face de Cristo Resplandecei em nós!

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