Você está na página 1de 20

O Bloqueador de Comunhão

(Parte 2)

Pr. Fernando Fernandes

PIB Penápolis, 22/08/2007


1
Há uma infinidade de situações
que bloqueiam a pessoa na
vivência social ou em
comunhão na igreja.
Já estudamos sobre o tema em
anos anteriores, mas agora
estamos estudando
especificamente sobre os
complexos. 2
O complexo é um violento e cruel
bloqueador da comunhão cristã
e da boa vivência social.
Complexo é o conjunto de
representações ou idéias
estruturadas e caracterizadas
por forte impregnação
emocional reprimida, que
determinam atitudes e
comportamentos. 3
O termo foi criado pelo psicólogo
C. G. Jung e é usado para
definir uma estrutura psíquica
bombardeada por emoções
confusas, que afetam e
interferem em todos os
aspectos da vida da pessoa.
O complexo se estabelece a
partir das relações
interpessoais, desde a infância.
4
Um complexo pode desencadear
algumas patologias sérias tais
como:
a) Obsessão – Introjeta culpa
excessiva.
b) Paranóia – Mania de
perseguição.
c) Narcisismo – Idéias de
superioridade.
d) Dependência – sensação de
inferioridade. 5
Este estudo é sobre duas
situações que, com certeza,
atuam no processo de
bloqueio da comunhão cristã e
da boa vivência social.

Estes dois complexos são os de:


1. Superioridade (Já estudamos).
2. Inferioridade. 6
2. Complexo de Inferioridade:
É natural que em certas
situações nos sintamos
inferiores, mas isso ainda não
é um complexo.
O complexo se define pela
permanente sensação
inferioridade diante das
demais pessoas e das diversas
circunstâncias da vida. 7
Quem tem este complexo faz de
tudo para se esconder da
sociedade, evitando
relacionamentos, mas jamais
admitindo o complexo.
A pessoa realmente complexada
rejeita a idéia de inferioridade,
mostrando-se tímida, “humilde”
ou púdica. 8
A raiz deste complexo está na
insegurança pessoal e na
crença de que não se é capaz
de enfrentar os desafios
existenciais e sociais.

Não é necessário que realmente


haja um problema ou uma
deficiência para que a pessoa
desenvolva este complexo. 9
A deficiência a limitação pode
ser imaginária.
A causa mais comum do
complexo de inferioridade é
uma experiência, geralmente na
infância, que tenha marcado
profunda e dolorosamente a
personalidade da pessoa.
Rejeição, comparações, apelidos
e piadas geram este complexo.10
Quatro são as áreas da vida
afetadas pelo complexo de
inferioridade:
a) Físico - Aparência.
b) Intelectual – Baixo
desempenho cultural.
c) Social – Desconhecimento das
normas de etiqueta e
desajustes nos
relacionamentos. 11
d) Espiritual – Culpa excessiva
pelos pecados ou estigma
eclesiástico.
A Bíblia apresenta exemplos de
pessoas com complexo de
Inferioridade.
Um dos mais significativos é o
do profeta Jeremias.
12
Jeremias, apesar de sua
intrepidez na pregação, lutava
contra sentimentos próprios de
quem ainda nutria complexo de
inferioridade.
Ele disse para Deus que não se
sentia capaz para o ministério,
Jeremias 1.6.
Lamentou a traição sofrida da
parte de amigos e familiares,
Jeremias 11.18 a 12.6 13
Questionou o porquê de seu
ministério, 15.10-21.
Demonstrou impaciência quanto
ao cumprimento da Palavra de
Deus, 17.12-18.
Orou pedindo vingança, 18.18-23.
Disse que se sentia enganado
por Deus, 20.7. 14
Amaldiçoou o dia de seu
nascimento, 20.14-18.
Para quem tem complexo de
inferioridade, sofrendo
bloqueios para a comunhão
cristã, a Bíblia orienta:
“Pois Deus não nos deu espírito
de covardia, mas de poder, de
amor e de equilíbrio.”
2 Timóteo 1.7 15
A palavra “espírito” aqui é
disposição, apontando para o
ânimo humano, que determina
parâmetros existenciais e
sociais.
O termo “covardia” é timidez, que
significa ter medo, agir
covardemente, se escondendo
da vida ou das situações
desafiadoras.
“Poder” é unção espiritual. 16
A Bíblia está nos dizendo que o
Espírito Santo nos capacita
para as diversas situações da
vida e para superarmos os
desafios existenciais,
psicológicos e sociais.
Devemos agir com “amor” em
tudo, com virtude, e com
“moderação”, autocontrole
sempre, mas nunca com
covardia e inferioridade. 17
À luz da Bíblia, nada justifica o
complexo de inferioridade.
Jesus mesmo sempre se
mostrou e se comportou com
humildade, mas nunca com
inferioridade.
Da mesma forma, cada um de
nós, se desejamos a comunhão
cristã, necessitamos de
libertação deste complexo. 18
Devemos colocar nossas vidas
nas mãos de Deus, para que
sejamos curados do complexo
de inferioridade que nos faz
desejar um casulo diante da
vida e dos desafios sociais e
nos relacionamentos.
Comunhão se estabelece em
amor e em mutualidade
abençoadora, mas exige de nós
exposição aos riscos. 19
Amém.

20

Você também pode gostar