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Chamados para a Comunhão

1 Coríntios 1.4-9
Pr. Fernando Fernandes
PIB Penápolis, 19/08/2012
A comunhão
do cristão com
Jesus Cristo é o
sinal distintivo
da Verdadeira
Igreja.

2
O termo comunhão,
descreve as pessoas
que compartilham a
união espiritual
com Deus e com
Jesus, o Senhor da
Igreja, e o
companheirismo
com os irmãos e
irmãs em Cristo na
Igreja Local.
3
Essa unidade vivenciada na Igreja não
é invenção ou articulação humana,
mas é criada por Cristo através do
Espírito Santo, e é esta comunhão o
que nos leva a sermos solidários,
compassivos, amoráveis e pacientes
uns com os outros, e a nos ajudarmos
mutuamente.
4
Porém, para que esta comunhão
exista e se consolide na Igreja Local
como o sinalético que caracteriza a
relação espiritual e íntima entre o
cristão, Deus, Jesus e os demais
irmãos e irmãs na Igreja, devemos:

5
1. Orar e depender
da graça de Deus –
vs. 4 e 5.

6
A palavra oração não aparece no vs. 4,
mas o conceito que o texto expressa é
o da oração com alegria e regozijo
espiritual, razão pela qual Paulo usa o
termo eucaristia para dizer que dava
graças a Deus pela vida daqueles
irmãos e irmãs.
7
Eucaristia, neste verso, é uma oração
de agradecimento a Deus pelo fato de
os irmãos e irmãs da Igreja em Corinto
serem pessoas cheias do Espírito
Santo, de conhecimento e de
sabedoria espiritual, maturidade e da
Palavra de Deus.
8
Paulo conhecia a Igreja e sabia de suas
crises e divisões internas em partidos,
motivadas por preferências pessoais
em torno de líderes do passado ou
atuais, e, por isso, paradoxalmente,
alerta para o fato de que ele orava
agradecendo a Deus a unidade
espiritual e a comunhão cristã em
amor vivenciada pela Igreja. 9
Esta oração de Paulo é para
nós um alerta, uma
exortação espiritual e um
chamamento à reflexão
bíblica, para que a
comunhão cristã seja
restaurada na Igreja e sirva
como uma marca distintiva
de que verdadeiramente
somos Igreja de Jesus Cristo.
10
2. Ser cheio do Espírito Santo e ter um
testemunho irrepreensível diante da
sociedade – vs. 6-8.

11
Ser cheio do Espírito Santo, neste caso,
não é algo apenas conceitual,
doutrinário, religioso ou
denominacional. Não.

Ser cheio do Espírito é ser batizado com


dons espirituais e ter coragem e
disposição para manifestar estes dons
publicamente, na Igreja Local e diante
das pessoas, na sociedade. 12
Não faltava nenhum dom espiritual
aos irmãos da igreja de Corinto e,
mesmo eles não sendo muito
habilidosos na manifestação destes
dons, Paulo entende que só o fato de
serem cheios do Espírito Santo e
terem dons é algo bom e essencial
para a autenticação do testemunho
cristão na sociedade. 13
Corinto era uma cidade portuária e
amaldiçoada pelo contrabando e pela
corrupção, pirataria, fornicação (sexo
livre) e prostituição, e por uma
religiosidade mística, mitológica,
idólatra, satanista e amoral, na qual se
praticavam orgias sexuais como culto
e ato de adoração a deusa Afrodite.
14
Somente pessoas verdadeiramente
salvas e integradas à Igreja de Jesus
Cristo, os cristãos sinceros e cheios da
unção e do poder do Espírito Santo
sobreviveriam em uma sociedade
dessa, sem sucumbirem aos seus
apelos e reclamos libertinos, místicos,
idólatras, corruptores, amorais,
sexuais e, por isso, satânicos. 15
Somente os cristãos de
caráter transformados,
integrados à Igreja Local,
batizados pelo Espírito
Santo, dependentes da
comunhão e de oração
são capazes de se
manterem inculpáveis e
irreprocháveis diante de
tamanho desafio social,
moral, religioso e
espiritual. 16
Paulo, mais uma vez, paradoxalmente,
alerta para o fato de que o
testemunho de Cristo na sociedade só
é poderoso, impactante e
transformador de caráter e de vidas se
for resultado da comunhão íntima e
amorosa com Deus, com Cristo Jesus e
com os demais irmãos e irmãs na
Igreja Local. 17
3. Crer que somos chamados à
comunhão pelo único Deus Fiel – vs. 9.

18
A declaração “Fiel é Deus” era um
Credo irrevogável para os judeus e
que também se tornou um Axioma
Doutrinário da fé cristã e das igrejas
de Jesus Cristo.

Esta afirmação se contrapõe à


vulnerabilidade de caráter e à
inconstância dos deuses dos povos
sem Deus, sem Jesus e sem salvação. 19
As pessoas eram religiosas e
praticavam os rituais, os cultos, os
sacrifícios pessoais e de animais, e se
permitiam à promiscuidade e às orgias
sexuais na esperança de que a sua
deusa ou o seu deus se lembrasse
delas, mas não tinham certeza
absoluta de salvação e de vida eterna.
20
Eram religiosas e sinceras, mas viviam
atormentadas pelo medo da morte e
pelo terror da danação eterna no
Inferno.

Por isso, Paulo faz questão de declarar


que a situação e a convicção espiritual
dos cristãos era total e radicalmente
diferentes. 21
Pois o Deus que nos chama para a
salvação e para a comunhão com ele,
com Jesus Cristo, nosso Salvador e
Senhor, e com os irmãos e irmãs na
Igreja Local é O Deus Fiel, em quem
não há inconstância mental,
vulnerabilidade de caráter,
relativização moral ou variação de
propósito. 22
Somos chamados
pelo Deus Único
Vivo, Verdadeiro e
Fiel, e que nos ama
apesar dos nossos
pecados e conflitos
existenciais, e da
A CRUZ
nossa predisposição
demandante contra
ele, contra nossa
própria vida e contra
os desiguais.23
Este Deus Fiel não apenas nos ama,
mas demonstra o seu amor por nós
enviando o seu Único Filho, Jesus
Cristo, para morrer na cruz por nós e
para nos reconciliar com ele, com nós
mesmos e com os nossos irmãos e
irmãs na Igreja Local.
24
Ao dizer que Deus nos chamou Paulo
declara que, por seu Amor e sua
Graça, ele nos selecionou, nos
escolheu e nos elegeu, para que
recebamos a salvação, mas também
para que vivamos em comunhão com
ele, com o nosso Salvador e Senhor
Jesus Cristo e uns com os outros na
Igreja Local. 25
Mais uma vez, paradoxalmente,
porém, com sabedoria e autoridade
moral e espiritual, Paulo desafia
aqueles irmãos e irmãs, assim como a
nós hoje, a pormos fim às divisões,
dissensões, preferências ideológicas e
pessoais, posto que fomos chamados
para a Comunhão dos salvos, a Igreja
Corpo de Cristo, e com os salvos na
Igreja Local. 26
Amados irmãos e irmãs, fomos
chamados por Deus. O Deus que é
Fiel, que tem um propósito de bênção,
de unidade, de comunhão, de
testemunho e para que sejamos Igreja
Viva, santa, poderosa e que vive em
plena unidade no Espírito.
27
Somos escolhidos, selecionados e
eleitos por Deus, o Deus que faz com
que todas as coisas contribuam para o
nosso bem espiritual, emocional e
psicológico, Rm 8.28, e que nos
capacita para sublimarmos e
superarmos as diferenças e as
divergências, a fim de que vivamos em
comunhão na Igreja Local. 28
Assim sendo, paradoxalmente ao
estilo de vida individualista e
beligerante a que nos incita e nos
tenta impor a sociedade sem Deus,
sem Jesus e sem salvação, e que
chafurda no pecado, oremos,
confiantes na graça de Deus, para que
sejamos cheios do poder, da unção e
dos dons Espírito Santo. 29
Paradoxalmente ao padrão antiético,
corrompido imoral e libertino do
mundo e da sociedade sem Deus, sem
Jesus e sem salvação, sejamos
verdadeiramente cristãos, salvos,
lavados e purificados no sangue de
Jesus, vivendo de forma irreprochável
e, por isso, testemunhando a Cristo
Jesus nosso Salvador e Senhor.
30
Paradoxalmente à religiosidade
nominal, ritualista, legalista,
dogmática e tradicionalista das
pessoas sem a certeza da salvação de
nossa sociedade, que vivem
atormentadas e aterrorizadas pela
iminência da morte eterna no Inferno,
testemunhemos a nossa fé e certeza
de salvação em Jesus com autoridade
espiritual, moral e congregacional.
31
Pois aquele que é Fiel, Deus, foi quem
nos chamou em Cristo Jesus para a
salvação e para sermos Igreja, vivendo
em benfazeja e abençoadora
Comunhão.

32
Amém.

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